Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
— Você diz isso agora! Quero ver se vai dizer o mesmo daqui a alguns meses, quando eu estiver tão grande que até a nossa cama será pequena para nós dois.
— Até que esse dia chegue, acho que tem espaço suficiente aqui para deitarmos e descansarmos um pouco. O que acha? — sugeri, deitando-me.
— Excelente ideia!
Ela colocou a cabeça em meu ombro e a mão sobre o meu peito, moldando com perfeição seu corpo ao meu. Suspirei de contentamento. Nenhuma outra mulher poderia ocupar esse lugar, era exclusivo e feito especialmente para ela, só para ela.
Delicadamente acariciei seus cabelos. Ela bocejou e eu sorri. Também me sentia sonolento. Fechei os olhos e acabei adormecendo.
Acordei com um grito e o movimento brusco de Dulce.
— O que foi? — perguntei preocupado, sentando também.
Ela respirava profundamente. Aqueles olhos cor de mel me fitaram assustados.
— Foi tão real! — disse trêmula.
— O que foi real?
— Eu corria numa floresta, fugindo por entre as árvores. Sentia o perigo atrás de mim, estava procurando um abrigo e não sabia para onde ir.
Num abraço, segurei-a fortemente, afagando suas costas. Queria fazer todo aquele medo ir embora.
— Você não está perdida, não existe nenhum perigo aqui e não permitirei que nada ruim aconteça.
— Promete? — sussurrou me abraçando com força.
— Prometo! — e selei minha promessa com um beijo suave.
Olhando para o chão, lembrei-me de algo que poderia mostrar para distraí-la um pouco. Eu a soltei, fui até aquele canto e afastei o feno com a mão mostrando a ela as iniciais que tínhamos gravado no piso de madeira.
— Veja isso!
Ela se abaixou. Entendendo do que se tratava. Sua feição se suavizou e sorriu.
— Quando fizemos? — perguntou passando os dedos pelo entalhe.
— Há muitos anos. Acho que era o seu segundo ano morando conosco. Estávamos escondidos aqui, brincando de pique-esconde.
— Já estávamos juntos?
— Não amorosamente. Tínhamos muito carinho um pelo outro, e isso é uma prova bem clara.
— Tantas recordações, uma vida inteira que não consigo lembrar. — declarou baixinho. — Será que um dia vou conseguir ser eu mesma outra vez?
— Vai, amor! Só tem que ter um pouquinho de paciência. — repliquei otimista. — Sabia que no dia que cheguei, vim parar nesse lugar e também tive um sonho? Sonhei que estávamos dançando num salão espelhado e você me dizia várias coisas. Foi tão real que demorei a entender onde estava.
— O que eu dizia no sonho? — inquiriu curiosa.
— Várias coisas. No final, você avisou que olhasse para a luz, somente para a luz.
— Olhar para a luz? Que coisa estranha! — comentou, franzindo a testa.
— Não se preocupe com isso, foi só um sonho. O importante é que estamos juntos.
Segurei suas mãos e vi seu olhar ansioso se acalmar.
— Você está certo. Por que se preocupar com sonhos, quando temos uma realidade muito mais doce à nossa volta?
Ela me abraçou e enlacei sua cintura. Começamos a nos beijar devagar e delicadamente. Suas mãos acariciavam os meus cabelos e minha nuca, enquanto deslizava as minhas pelas suas costas. Deitamos um ao lado do outro. Sentia o amor borbulhar dentro de mim, como se fosse um uma garrafa de refrigerante que tinha acabado de ser sacudida.
— Ah, Chris! — suspirou baixinho. — Eu estou tão feliz, mas tão feliz, que quase dói!
— Acabou o tempo da dor, Muffin de Baunilha. — respondi rolando sobre ela. — Agora é o tempo do amor.
E me segurando pelos ombros ela me puxou com uma firmeza doce, encerrando minha declaração com o mais gostoso dos beijos.
***
Os próximos dias passaram rapidamente. Quando me dei conta, era véspera de Ano Novo. Vovô e Christopher já tinham saído. Eu estava ao telefone, conversando com papai e tentando explicar que estava tudo bem conosco, que tínhamos nos acertado. Mas estava sendo difícil fazê-lo entender.
— Filha, você tem certeza? — perguntou com a voz tensa. — Não quero que sofra daquele jeito novamente.
— Eu sei que isso pode soar estranho, mas confie no meu julgamento. — solicitei com calma.
— Que provas ele lhe deu para acreditasse tão rapidamente? — insistiu.
— Não me pergunte como, papai, simplesmente sei que nada aconteceu. Eu sinto isso no fundo do meu coração. Ele me ama e não seria capaz de algo assim.
— Ai, Dulce... — murmurou do outro lado da linha. — Eu queria ter toda essa confiança, filha. De verdade! Mas não vou perdoar aquele moleque se decepcioná-la de novo.
— Ele não vai, papai. — afirmei com segurança. — Acredite em mim! Ele não vai!
— Bem, se você diz... — acatou inseguro. — Você sabe que não existe nada que sua mãe e eu queiramos mais do que vê-los felizes.
— Eu sei. — assenti emocionada. — Mas Chris e eu só seremos felizes se estivermos juntos, e não vamos deixar nada mais nos separar.
— Está certo. — concordou relutante. — Amamos vocês, está bem? Vocês dois!
— Também amamos vocês! — assegurei alegre. — Devemos voltar a Londres essa semana, mas ligaremos antes para confirmar.
— Combinado! Sua mãe vai pular de alegria quando souber da novidade! — falou entusiasmado. — Ah! Antes que esqueça, uma moça da Companhia de Dança ligou procurando por você.
— Da Companhia? Disse o motivo? — perguntei surpresa.
— Não. Ela queria saber onde você estava e informamos que estava com seu avô e seu marido para passar as festas de fim de ano.
— Certo. Quando voltar eu telefono pra eles.
Despedimo-nos, falando palavras carinhosas um para o outro e nos desejando uma boa passagem de ano.
Sentia-me confiante, tinha tudo o que queria para uma vida feliz: pais amorosos, um marido perfeito e um filho a caminho. A vida era boa e não iria desperdiçá-la me prendendo a desconfianças.
Estava na cozinha descascando algumas cenouras para o almoço, quando ouvi a campainha tocando, tirei o avental, lavei as mãos e fui atender. Abri a porta distraída. Quase morri de susto ao ver bem à minha frente aquela coisa escura e fria: o cano de uma arma.
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CAPÍTULO TRINTA E TRÊS "A inveja é a arma utilizada pelos fracos que não sabem lutar pelos seus sonhos." Olhei apavorada para a arma apontada pra mim.Segui pela mão enluvada e pelo braço coberto por um lindo casaco de pele marrom. Deparei com o rosto que tinha sido motivo de muitos pesadelos e dias de sof ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3