Fanfics Brasil - Epílogo Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: Epílogo

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Epílogo


— Como está se sentindo?— Christopher perguntou baixinho deitado ao meu lado.


— Não consigo me mexer. — respondi com voz preguiçosa.


Ele soltou uma risadinha deliciosa.


— É o que todo marido gosta de ouvir. — declarou enquanto seus dedos passeavam sem pressa pelas minhas costas.


Respirei profundamente sentindo o cheiro delicioso da maresia que nos envolvia. O luar entrava pela janela iluminando ligeiramente o quarto escuro. Eu mal conseguia acreditar que estávamos ali, naquele lugar, numa mistura de antigas e novas recordações. Ao ver novamente as praias de areia branca e o mar límpido, não consegui controlar a emoção, as lembranças de nosso casamento e lua de mel me fizeram ficar com os olhos cheios de lágrimas. Dessa vez, de pura felicidade. Christopher não tinha esquecido a promessa de retornarmos ao Taiti. Voltamos sem a sensação incômoda de sermos fugitivos ou algo parecido, como tinha ocorrido da primeira vez.


O início de um choro manhoso, mas que prometia se tornar sonoro, caso não fosse rapidamente aplacado, se fez ouvir no quarto ao lado. Comecei a me mexer, preparando para levantar, quando Christopher falou:


— Fique aqui. Pode deixar que eu cuido do Johnny.


— Obrigada, amor. — agradeci, observando ele pular da cama e vestir a calça do pijama.


Assim que saiu, fiquei atenta aos sons: um pouco mais de choro, palavras doces ditas num tom tranquilizador e o silêncio, o que indicava que Johnny devia estar no colo do pai. Sorri feliz.


Apesar de todos os contratempos, a vida seguiu seu curso e estávamos todos juntos, Christopher, eu e nosso filho, que tinha acabado de completar um ano. Fazendo um pequeno balanço dos últimos acontecimentos, até que não estávamos nos saindo tão mal. Apesar de jovens e inexperientes, compensávamos nossas pequenas falhas como pais com muito amor e carinho.


Dois acontecimentos importantes ocorreram um pouco antes do nascimento de Johnny. O primeiro foi nossa mudança para um apartamento pequeno e confortável que, para a alegria de nossos pais, ficava bem próximo a casa deles. Papai tinha ficado muito triste quando soube que iríamos embora, ainda mais com a chegada iminente do primeiro neto. Mas ele compreendia nossa necessidade. Ficou mais conformado quando dissemos que era perto e que ele poderia visitar o neto sempre que quisesse, coisa que fazia com bastante frequência.


O segundo grande acontecimento foi a minha formatura, ocasião em que, por estar no final da gravidez, me encontrava grande e redonda como um balão. Eu receava um pouco por esta fase da gestação, temendo que Christopher pudesse perder o interesse por mim, mas ele continuou o mesmo de sempre, me cercando de atenção e carinho.


— Só falta trazer o gás hélio para sair flutuando. — brinquei me olhando no espelho, depois de colocar o vestido pregueado, de estampa floral.


Christopher parou atrás de mim observando meu reflexo e sorriu.


— Está linda como sempre. — elogiou passando os braços pela minha cintura e tocando meu ventre volumoso com as mãos. — Minha pequena Buda.


Desde que comecei a ficar mais arredondada, Christopher inventou que não podia sair de casa sem antes passar várias vezes às mãos na minha barriga para dar sorte, assim como algumas pessoas fazem com a imagem de Buda. Ainda afirmava categoricamente que, quanto maior a barriga, maior seria a sorte.


Por isso queria que a minha crescesse bastante e bem rápido. Impossível não rir com Christopher e seus absurdos. Amava-o perdidamente, amava tudo nele, até seus pequenos defeitos.


Voltamos ao estúdio de Christian, onde tiramos fotos para meu álbum de grávida. Christopher assessorou o amigo de perto, para se certificar de que não seria mostrado mais do que o necessário. Apesar da interferência nada discreta e às vezes até meio inconveniente, as fotos ficaram formidáveis.


A cerimônia de formatura seria longa e monótona, como era de costume, não fossem minhas constantes interrupções para ir ao banheiro. Anahí, que estava sentada ao meu lado, afirmou que apenas por isso a coisa toda não foi um tremendo tédio. De qualquer maneira, foi um alívio quando acabou. Sentia uma dor incômoda nos quadris e ansiava por poder colocar as pernas pra cima, aliviando meus tornozelos inchados.


Teríamos um almoço rápido na casa de nossos pais para comemorar a data com toda a família. Mas assim que peguei o meu prato, senti algo quente escorrer pelas pernas. Temi que tivesse urinado. 


Muito envergonhada, chamei mamãe que, depois de me olhar atentamente, fez algumas perguntas, sorriu tentando manter a calma e me olhou alarmada.


— Vitor! Christopher! — chamou autoritária. — Mudança de planos e nada de pânico!


A “mudança de planos” a que ela se referia era me levar rapidamente para o hospital, já que minha bolsa tinha se rompido. O pedido por “nada de pânico” infelizmente não surtiu muito efeito, especialmente no lado masculino da família, que parecia baratas tontas sem saber para onde ir ou o que fazer. Sorte que as mulheres Uckermann sabiam se controlar e não fizeram feio. Maite chegou a bater com a mão na nuca do Christopher, para que ele parasse de me perguntar por segundo se eu estava bem.


— Espero que quando for a minha vez, eu não tenha um marido assim! — disse enquanto observava ele massagear a nuca dolorida.


Achei melhor tentar distraí-lo e resolvi lhe dar uma ocupação, pedi que ligasse para vovô John, Anahí, Poncho e mais alguns familiares, informando o que estava acontecendo. De forma quase mecânica, ele foi fazer o que pedi. Algum tempo depois, voltou informando que o vovô tinha ficado muito feliz e viria a Londres assim que fosse possível para conhecer o bisneto. Os outros prometeram se encontrar conosco no hospital.


No caminho para a maternidade, as contrações ficaram mais intensas e dolorosas, me fazendo gemer. Christopher, desesperado, gritou para Angel que dirigia, que não parasse sob hipótese alguma, nem mesmo nos sinais vermelhos. Até hoje não sei como chegamos vivos àquele hospital.


Anahí, acompanhada por Poncho e toda a sua família já estavam nos esperando. Passei rapidamente por eles acenando com esforço, todos me desejaram boa sorte. Com o corpo dobrado pela força de uma contração, sentei na cadeira de rodas, que me foi trazida por uma enfermeira. Christopher abaixou rápido à minha frente.


— Vou me preparar também e encontro você daqui a pouco. — informou e beijou minha testa. — Eu te amo.


Eu nem consegui responder, tamanha a dor que sentia. Acenei com a cabeça e a enfermeira me tirou rapidamente dali.


O parto em si não foi um processo muito longo, embora a dor fosse tão constante e profunda, dando a impressão que estava sendo cortada ao meio. Duas horas depois, nascia de parto normal, John Christopher Uckermann, anunciando a plenos pulmões sua chegada ao mundo. Estarmos os três juntos pela primeira vez foi inesquecível e indescritível. Não existem maneiras que possam exprimir a sensação de segurar nosso filho, observando maravilhada como ele era perfeito, lindo e saudável. Johnny era a prova mais palpável do nosso amor, nosso milagre em carne, osso e espírito.


À medida que ia crescendo, Johnny se revelava um bebê muito sorridente, conquistando a todos com sua esfuziante alegria. Com seus cabelos pretos, olhos azuis, pele rosada e covinhas irresistíveis, ele era a mistura equilibrada de nós dois. Dan insistia que o nosso filho era mais parecido comigo, mas eu discordava. Cada vez que contemplava os olhos de Johnny, cópias exatas dos da nossa mãe, era impossível não ver a semelhança. Entretanto, eu concordava que a juba cheia que o fazia parecer um leãozinho, era herança minha.


Nunca conheci um bebê mais amado e paparicado por avós, tias e amigos que Johnny, ele era um menino afortunado. E Christopher comprovou tudo aquilo que imaginei que seria, um pai amoroso e orgulhoso, que não cansava de lamber a cria.


Depois de ter ganho um prêmio como ator revelação pela minissérie em que havia atuado, sua carreira ganhou novo fôlego e ótimas oportunidades começaram a surgir. Ele tinha acabado de gravar um filme nos Estados Unidos, que prometia ser o novo sucesso da temporada e já tinha outro programado. Apesar de seu tempo estar mais curto e das constantes viagens promocionais que o faziam se ausentar mais do que gostaria, ele dedicava todo seu tempo livre a mim e ao nosso filho.


A despeito de ficar um pouco triste com essas constantes separações, eu compreendia. Sabia que oportunidade era tudo em sua carreira. Para que chegasse ao topo, como acreditava que chegaria, não podia recuar. E eu sempre estaria ao seu lado, aplaudindo de pé na primeira fila.


Eu havia recomeçado a dançar e felizmente já tinha enxugado o peso extra acumulado na gravidez. Christopher me encorajava a seguir carreira e eu pensava seriamente em me tornar professora, coisa que adorava. Quem sabe não conseguiria realizar meu sonho e abrir minha própria escola?



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Senti os olhos ficarem pesados, resultado do nosso passeio. Tínhamos levado Johnny para conhecer a cachoeira. E foi lá que passamos todo aquele dia, vendo nosso filho brincar alegre na areia, descobrindo as delícias da lagoa e rindo dos pássaros que voavam ao redor. Ao voltarmos, depois de um bom banho, de comer sua refeiç&at ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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