Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
CAPÍTULO SETE
"O melhor sentimento do mundo é aquele que você tem quando descobre que a pessoa que você gosta, gosta de você também..."
Acordei devagar, de um sono muito profundo, e me mexi pensando que horas seriam. Sentia a cabeça um pouco pesada e a língua seca; realmente tinha exagerado na noite passada, não estava acostumada a beber, e tinha entornado muito champanhe, pelo que me lembrava.
Apesar do desconforto físico, me sentia leve, satisfeita, e tentei organizar meus pensamentos, procurando o motivo de estar me sentindo tão bem. Imagens sucessivas começaram a inundar minha mente, e quando as últimas lembranças da madrugada me atingiram abri os olhos e sentei na cama quase ao mesmo tempo.
— Oh... — senti minha cabeça rodar por causa do movimento brusco que fizera.
Olhei para a janela e, pela claridade que entrava no quarto, já devia ser bem tarde. Olhei para o relógio ao meu lado e confirmei minhas suspeitas: passava das três horas da tarde.
— Droga! — falei baixinho.
Tinha caído no sono esperando pelo Christopher, e não havia conseguido me despedir dele. Voltei a deitar frustrada, pois teria adorado dar-lhe um beijo de despedida.
Ainda não estava muito certa de que tudo aquilo tinha acontecido, a noite passada parecia um sonho fantástico, ainda assim passei os dedos nos lábios, lembrando os beijos que trocamos, as carícias, o seu toque aveludado, o jeito carinhoso e meio desesperado com que ele me olhou, as suas palavras gentis e ao mesmo tempo cheias de más intenções. Só de pensar em tudo aquilo, sentia meu corpo vibrar e ansiar por ele. Meu coração cantava em meu peito uma música alegre, me sentia tão ridiculamente feliz!
Espreguicei-me com um sorriso nos lábios, levantei e fui dançando até o banheiro. Despi-me sem pressa, liguei a água quente e entrei de cabeça. Ao ensaboar meu corpo, lembrei-me do Christopher, do jeito intenso como ele me fitou o tempo todo, e ri embaraçada, ao pensar na sua reação. Ele disse me achar bonita, ele disse que me queria, minha nossa, ele disse que queria fazer amor comigo! Só podia ser um sonho, uma ilusão criada pela minha mente, cheia de bebida e fantasia.
Mas, ao me olhar nua no espelho do banheiro, pela primeira vez, encontrei as primeiras provas de que a noite passada tinha sido bem real. Meu pescoço tinha algumas manchas roxas e vermelhas, provas mais do que concretas de que certa boquinha tinha passado um bom tempo ali. Imaginei a mamãe e o papai vendo aquilo e gelei; teria que usar alguma coisa para esconder as provas do crime.
Enxuguei-me e corri para o quarto antes que alguém me visse. Abri o guarda-roupa, decidindo o que usar. Encontrei um lenço comprido, enrolei-o no pescoço, conferi o resultado no espelho e fiquei satisfeita com o que vi: disfarçava perfeitamente. Fui para a cozinha, colocar alguma coisa no estômago, e encontrei a mamãe, que me encheu de perguntas, querendo saber como tinha sido a comemoração. Falei animada sobre quase tudo, menos, é claro, as partes em que envolvia o ataque de certo rapaz de olhos castanhos e cabelos bagunçados. Estava acabando de comer quando ouvi a campainha, fui atender e, assim que abri a porta, uma Anahí sorridente entrou sem esperar convite.
— Dulce, anda! Conta, como foi? Quem estava lá? Tinha muito gato? Que músicas tocaram? Dançou com alguém? Quero saber tudo e... — Coloquei minha mão em sua boca, fazendo parar aquela metralhadora verbal.
— Calma, uma pergunta de cada vez, prometo responder a todas, mas primeiro vamos pro meu quarto — falei, rindo.
Assim que entramos, fechei a porta e sentamos na minha cama, de frente uma para outra. Comecei a descrever tudo, desde que saí de casa brigando com o Christopher no carro, nossa chegada ao cinema, o tapete vermelho, a exibição do filme. Nesse ponto da minha narração, Anahí me fez descrever várias cenas, quis saber o que cada ator vestia e com quem falei.
— Você tirou várias fotos, não foi? — perguntou, ameaçadoramente.
— Sim, Anahí, de tudo! Agora, pare de interromper e me deixa continuar! — Ela pareceu satisfeita com minha resposta e ficou quieta.
Quando cheguei à parte da festa, comecei a falar do lugar, de como as pessoas estavam vestidas, e ela me interrompeu, estendendo as mãos:
— Certo, já entendi, tudo lindo, todo mundo muito chique, mas vamos para a pergunta que não quer calar. Você beijou alguém? — perguntou, ansiosa.
— Sim — respondi, sem consegui deixar de sorrir.
— Ah, milagres existem! — disse rindo, jogando as mãos para o alto e olhando para o teto. — Quem foi o príncipe encantado que quebrou o feitiço? Já sei, deixe-me adivinhar, Felipe, o atleta brasileiro!
— Ih, está muito fria, Anahí! — disse, rindo com vontade.
— Não? Então só nos resta o charmoso francês no páreo! Acertei?
— Hum... esse aí realmente quase conseguiu, esteve muito perto, mas no último segundo alguém passou na frente — respondi, fazendo suspense.
— Outro? — falou, arregalando os olhos, surpresa. — Minha nossa, Dulce, não vai me dizer que você ficou com o Antony! — sugeriu quase gritando, e eu caí na gargalhada.
— Não, Anahí, também não foi ele. Olha, deixa eu te mostrar primeiro uma coisa, antes de revelar quem foi o príncipe. — Tirei o lenço e aguardei a reação dela.
— Isso é o que estou pensando? — perguntou, incrédula. — Cruzes! Então, não foi um príncipe, e sim um vampiro! Ai, Dulce, acaba logo com essa agonia e me conta, por favor!
— Você realmente não consegue adivinhar? Acho que agora ficou tão óbvio!
— Tão óbvio... — repetiu, apertando os olhos e pensando. — Espera aí! Não vai me dizer que o chupa-cabra que te fez isso foi o... Christopher?!
Sorrindo de orelha a orelha, confirmei.
— Sim, foi ele!
Ela começou a gritar, animada, e tive que tampar sua boca novamente.
— Calma, Any! Daqui a pouco, a mamãe vai vir aqui, saber o que está acontecendo, se você continuar histérica desse jeito!
— Caramba, mais essa foi demais, Dulce! O porquinho finalmente agiu? Anda, “cospe” tudo agora! Quero todos os detalhes!
Contei, então, um resumo do que havia acontecido. Da minha quase pegação com o Marcel – deixando Anahí inconformada com o “quase” –, do surpreendente ataque de fúria do Christopher e do desenrolar da briga até o momento culminante do beijo.
— E aí, como foi o beijo?
— Bom, eu nunca beijei outra pessoa pra comparar, então não sei se é sempre assim que a gente se sente, mas... — Fechei os olhos, lembrando a sensação ao ser beijada por ele. — Foi incrível! Ele foi tão carinhoso e sedutor ao mesmo tempo, e o gosto da boca dele, hum... — falei, dando a entender.
— Ai, amiga! Estou tão feliz por você! Depois desse lance no banheiro, parou por aí? — perguntou, desconfiada.
— Nem te conto! — E relatei todo o restante da história, até a hora do quase flagrante do papai.
— Que noite alucinante, Dulce! Então, vamos recapitular a noite passada: quase amassos com o Marcel, ainda não me conformo! Você não é mais “boca virgem”, obra do porquinho vampiresco chupa-cabra; você tomou seu primeiro por/re com classe, de champanhe; escutou um monte de confissões românticas; agarramentos em alto nível no carro da sua mãe; momento quase terror com a chegada do seu pai e a promessa de mais agarração no futuro — disse tudo isso num fôlego só, de tão rápido. — Esqueci alguma coisa?
— Só uma. Ele me chamou de namorada — disse isso fechando os olhos e me jogando na cama.
— Realmente esse foi um ponto alto da noite — concordou, sorrindo.
— Ah, Any, sou louca por ele! — confessei, ainda de olhos fechados.
— Eu sei. Você está radiante, sabia? Nunca te vi tão feliz, e você merece essa felicidade. Depois de esperar tanto tempo por aquele boçal. — Abri os olhos e fiz uma careta pra ela. — Mas... sem querer jogar água na fervura, ontem, para um primeiro encontro, vocês foram bem longe, não? — Fiquei pensando um tempo antes de responder.
— Não sei, talvez — respondi, ainda refletindo. — Mas é que é tão diferente esse lance com a gente.
— Diferente, como assim?
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— Bom, por exemplo, se eu tivesse ficado com o Marcel em vez do Christopher, com certeza a coisa não teria ido tão longe, porque eu ainda não o conhecia direito, a gente se beijaria, mas pararia por aí. — Sentei novamente antes de continuar. — Já com o Christopher, é muito diferente, eu conheço completamente ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3