Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
— Por que não? — perguntou, surpreso, erguendo o rosto, mas ainda sem me soltar. — Não está bom pra você?
— Não é isso, muito pelo contrário. — Ao me ouvir dizer aquilo, ele sorriu, avançando novamente, mas o parei com um gesto. — É que estamos indo pra casa, papai e mamãe estão lá, e vai ser muito suspeito se eu chegar com o pescoço marcado. — falei, tentando explicar racionalmente.
Ele me olhou longamente antes de responder.
— Está bem — disse, se afastando.
Dei a partida no carro e saímos dali; um silêncio estranho se instalou entre nós. Olhei pra ele de esguelha, e reparei que estava sério. Quase carrancudo.
— Está zangado comigo? — tomei a coragem de perguntar.
— Não — respondeu sem olhar pra mim. — Só muito irritado.
— Comigo? — quis saber, nervosa.
— Não — respondeu, dando um suspiro alto. — Estou irritado por ter que manter essa situação ridícula para os nossos pais. — Então, se virou para mim e continuou, exaltado: — Odeio quando eles nos chamam de irmãos, odeio ter que voltar pra casa e ver que as coisas continuam as mesmas, odeio não poder curtir você do jeito que gostamos, porque eles podem descobrir!
— Odeio isso tanto quanto você — falei, baixinho. — Mas seja sincero, o que você acha que eles iriam fazer, se chegássemos agora e confessássemos tudo? Você os conhece tão bem quanto eu, como você acha que eles iriam reagir?
Ele ficou calado, passando nervosamente a mão pelo cabelo, e parecia mais calmo quando respondeu:
— Nada bem.
— Sim, nada bem — concordei. — Olha, minha sugestão é que, por algum tempo, mantenhamos nosso relacionamento em segredo, apenas o tempo suficiente para que eu possa me tornar mais independente, ganhar maior idade, depois disso ninguém mais pode mandar em mim.
— O quê? — ele quase gritou. — Dulce, você ainda vai completar 17 mês que vem! Isso significa termos que ficar mais de um ano nessa farsa!
— Eu sei — disse, ao entrar na nossa rua. — Não consegui pensar em nada melhor.
Entrei com o carro na garagem da nossa casa, e ficamos ali, sentados em silêncio, olhando para a frente.
— Se você achar que isso tudo não vale o sacrifício, vou entender, não vou culpá-lo por querer algo diferente, ou melhor — falei, com a voz trêmula. Tudo o que eu mais queria era ficar com ele, para mim nenhum sacrifício seria grande o bastante, nenhum obstáculo era difícil o suficiente, mas não poderia obrigá-lo a se sentir como eu, ou tomar as mesmas decisões.
— Melhor? Do que você está falando, enlouqueceu? — Ele parecia alucinado. — Quando você diz “isso tudo”, significa nós, Dulce? Olha pra mim! — Virei meu rosto pra ele, mordendo a boca, nervosa. — Quero deixar uma coisa bem clara, não vou desistir de nós! Não depois de passar nove anos quase enlouquecendo nessa casa! — Ele me segurou firme pelos ombros. — Vendo você todo dia, sem poder te ter, sentindo seu cheiro e querendo você, sem poder te tocar! Eu quero você, Dulce! Quero você na minha vida, na minha cama e na minha alma! Eu te amo!
Olhei pra ele só por um segundo, antes de nos atirarmos nos braços um do outro. Sua boca se movendo urgente junto à minha, cada célula do meu corpo clamava por ele, por suas mãos habilidosas, por seu toque, por seu olhar cheio de carinho, por seu abraço aconchegante. Mas não era só isso, era muito mais que apenas desejo físico, mais que satisfação, era a necessidade da sua presença, da sua personalidade sensível e inteligente, do seu senso de humor único e de tantas outras características que admirava nele.
— Eu te amo há tanto tempo! — consegui dizer, quando nossos lábios se separaram. — Mas tinha medo que não fosse correspondida — completei, olhando em seus olhos.
— Ah, meu amor! — sussurrou, antes de encher meu rosto de beijos. — Ainda não sei bem como, mas vamos fazer “isso tudo” dar certo, de alguma forma. Vamos conseguir!
— Eu sei! — falei, confiante. — Agora que eu sei como você me ama, tudo se torna possível.
Ficamos ali, abraçados por algum tempo, como que temerosos de nos afastarmos. Sabíamos que, ao sair dali, teríamos que voltar a usar nossas máscaras, tínhamos consciência de que seria doloroso, porém sabíamos que valeria a pena. E foi essa certeza que nos deu força para sair do carro e enfrentar o que viesse pela frente. Juntos.
***
— Para, Chris! Faz cócegas! — disse, deitada no tapete do seu quarto.
Ouvi sua risada baixa – tinha acabado de lamber meu umbigo – e olhei para baixo: minha camiseta estava um pouco erguida, vi-o tirando os lábios da minha barriga e levantando a cabeça para olhar meu rosto. Eu acariciava seus cabelos com uma de minhas mãos e sorri para ele.
Fazia uma semana que estávamos naquele clima gostoso de namoro, completamente à vontade um com o outro, ao mesmo tempo nos descobrindo em outros aspectos, ainda maravilhados de poder finalmente nos tocar livremente. Na verdade, nem tão livremente assim. Quando nossos pais estavam em casa, fazíamos todo o teatro de bons irmãozinhos, mas quando conseguíamos ficar sozinhos, como agora, aproveitávamos cada segundo.
— Quando penso em quanto tempo perdi — ele disse. — Quanto tempo eu fiquei, sonhando em estar assim com você, sentindo o calor da sua pele, seu cheiro de baunilha, seu sabor. — Enquanto falava passava o nariz na minha barriga, dava leves mordidinhas. — Você me perdoa por ser tão tolo?
— Não há o que perdoar — respondi. — Tudo tem sua hora, e a nossa chegou. Agora, temos todo o tempo do mundo, não é? Mas só não vou te perdoar de uma coisa.
— De quê? — perguntou, desconfiado.
— Se não vir aqui me beijar agora. — Ao ouvir aquilo, automaticamente ficou em cima de mim, com os nossos rostos muito próximos.
— Hum, que namorada ressentida que eu arrumei!
— Você não viu nada! — falei, puxando-o para mim.
Não me cansava de beijá-lo. A sensação era como ter estado muito tempo perdida num deserto e finalmente tivesse encontrado um oásis, um lugar onde pudesse matar minha sede. Eu tinha sede dele e, quanto mais bebia, mais sede sentia, mais queria me embriagar dele. Se Christopher fosse uma bebida, eu seria uma séria candidata ao vício, uma dependente incurável.
O corpo dele foi baixando sobre o meu, nossas pernas se entrelaçaram, abracei-o com mais força, adorando sentir seu peito forte me pressionando, passei minhas mãos por suas costas, subindo e descendo, ele soltou minha boca, e seus lábios escorregaram para o meu colo, dando vários beijos úmidos. Ele pressionou o quadril contra o meu, me deixando ao mesmo tempo constrangida e excitada ao perceber que era a causadora de tamanha empolgação. Minhas mãos pareciam ter vida própria, deslizavam por suas costas e, depois de um momento de hesitação, desci ainda mais, chegando próximo à sua cintura, indecisa se prosseguia ou não, porém, quando ele deu uma mordida mais forte no meu pescoço, elas deslizaram rapidamente e apertaram aquela região tentadora.
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— Fica muito difícil manter meu autocontrole quando você faz essas coisas, sabia? — ele falou, rouco. — E quem disse que eu quero facilitar? — perguntei, debochando. — Você é meu fruto proibido, sabia? — Dizem que são os mais doces. — E o mais fatais, também — disse, rindo. — V ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3