Fanfics Brasil - 1 Temporada - 031 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 031

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POV DULCE


Nas semanas que se seguiram, sentíamos nossa relação amadurecer e ganhar intensidade. Devido a isso, manter nossa fachada para o mundo tornou-se um grande desafio. Aos poucos, chegamos à conclusão de que conduziríamos aquela situação fraternal a nosso favor, afinal, dentro de certos limites, era permitido carinho entre irmãos, correto?


Então, se assistíamos à TV na sala, o fazíamos de mãos dadas, o que a princípio parecia algo bem inocente. Se à tarde chegava em casa anunciando que tinha tirado boa nota na escola, ele aproveitava para me dar um forte abraço ao me parabenizar. Quando, certa noite, fui ver um filme com ele, em seu quarto, ficamos deitados em sua cama, abraçados o tempo todo, nos beijando disfarçadamente no rosto ou nas mãos. E, como era tudo tão aparentemente normal, o fazíamos de portas abertas, para quem quisesse ver, e na verdade aquilo ajudava a não gerar suspeitas. Somente ao despertar pela manhã foi que me dei conta de que tínhamos adormecido juntos.


Levantei o rosto de seu peito e, ao olhar seu rosto calmo, adormecido profundamente, me perguntei se realmente estava acordada, pois, depois de passar boa parte de minha vida sonhando com algo assim, viver essa inesperada realidade era ainda surpreendente.


— Eu te amo — murmurei em seu ouvido.


Sorri ao perceber que, pelo sono tão pesado, ele nem se moveu, mas não importava. Minha felicidade era saber que meu sentimento era correspondido, estando ele consciente ou não.


Ao descer para o café da manhã, encontrei papai, que como sempre lia seu jornal, nos cumprimentamos como de costume, e ele me estendeu a parte que eu costumava ler.


— Você e Christopher parecem estar numa boa fase agora — comentou.


— Como assim? — perguntei, imediatamente alerta.


Ele deu uma risadinha antes de começar a falar.


— Bem, de uns tempos prá cá, vocês pareciam que andavam se estranhando, quase até que se evitando. Você sempre de cara fechada quando Chris estava por perto, enquanto ele vivia resmungando pela casa, impaciente e agitado. Já estava quase a ponto de chamar vocês dois para bater um papo e chegar a algum entendimento, pois pareciam duas bombas-relógios, prontas a explodir. E o mais curioso, sem fazer a mínima ideia de como essa esquisitice de vocês começou.


— Foi só uma fase, papai. Tudo passa, não é mesmo? — disse, enquanto dava uma mordida em uma torrada, tentando manter o rosto tranquilo.


Ele me observou por um momento, antes de responder:


— Sim, tudo passa — concordou, sorrindo com serenidade. — Agora há pouco, quando passei em frente ao quarto do Christopher e os vi adormecidos, fiquei muito feliz ao ver que estão tão unidos. Seu irmão e você.


Correspondi ao seu sorriso, tentando não parecer cínica, porque aquela situação era muito estranha. Eu podia ver o sincero alívio que meu pai sentia ao interpretar as demonstrações de carinho entre mim e Christopher como algo sem maiores consequências.


Baixei os olhos, me sentindo um pouco culpada. Se ele soubesse que, quando estávamos sozinhos em casa, nos comportávamos como qualquer outro casal apaixonado, faria um escândalo. Não conseguíamos ficar separados, e nosso amor se expandia à medida que ficávamos cada vez mais próximos.


Certo dia, enquanto eu lavava a louça e ele secava, Christopher sugeriu que saíssemos juntos publicamente.


— Como assim? — sussurrei, olhando ao redor para conferir se estávamos sozinhos.


— Nós ainda não tivemos a oportunidade de fazer um programa normal de casal — ele sussurrou de volta. — E eu queria sair com você, te exibir um pouco. Você é tão gata!


Olhei para seu rosto, que transparecia um enorme orgulho por me ter como namorada, e não tive como não sorrir e ficar um pouco embaraçada. Ele baixou rapidamente o rosto e deu um suave beijo perto da minha orelha.


— Quero ir para um lugar onde possa te beijar até perder o fôlego — disse baixinho, e fazendo-me arrepiar com seu hálito em meu pescoço.


— Qual é a sua sugestão? — perguntei, ao encarar seu olhar quente.


Ele olhou para minha boca, tão próxima da dele, e passou a língua em seus lábios. Seria tão fácil nos beijar agora, mas também muito imprudente, por isso, mesmo querendo muito, me afastei um pouco, enquanto ele suspirou, frustrado.


— Pensei em algo básico, um cinema talvez — disse, enquanto voltava a olhar para os pratos.


— Parece uma boa ideia — concordei, enquanto continuava ensaboando e enxaguando.


Mais tarde, chegamos à conclusão de que assistirmos a um filme seria um bom primeiro passo para um encontro oficial como um casal de verdade. Mas, para que isso ocorresse, preparamos um verdadeiro esquema à prova de suspeitas.


O local escolhido foi um drive-in, que ficava num bairro distante o suficiente para não sermos pegos em flagrante. Combinei que iria de carro com Anahí, enquanto Christopher iria de carro com Alfonso. E assim desviamos o foco sobre nós, pois quando mamãe perguntou por que não iríamos os quatro juntos, usamos minha conhecida relação tempestuosa com Alfonso como motivo para não querer ficar em sua companhia.


No final da tarde daquele sábado, saí com Anahí pouco tempo depois de Christopher e Alfonso terem partido. Eles foram na frente para poder guardar lugar para nós. Foi com certa dose de nostalgia que me aproximei daquele antigo drive-in, que embora tivesse sido recentemente reformado tinha um estilo bem retrô. Quando crianças, fomos ali algumas vezes com nossos pais, mas já fazia alguns anos que não voltávamos, realmente Christopher tinha tido uma ótima ideia em querer rever esse lugar, sabia que eu adorava aquela sensação de estar ao ar livre e ao mesmo tempo poder assistir a um bom filme, numa tela gigantesca.


Depois que compramos nossas entradas, não foi muito difícil localizá-los, já que Christopher estava parado ao lado do carro do Alfonso, que era de um vermelho berrante. Vi seu sorriso aliviado e satisfeito ao nos ver, mesmo a uma boa distância, e meu coração deu pulos no peito diante da alegria desse encontro.


— Por que todo homem fica com esse olhar idiota, quando está apaixonado? — perguntou Anahí, quando nos aproximamos, e eu tive que rir, diante de seu humor ácido.


Assim que estacionei bem ao seu lado, ele se inclinou na minha janela aberta e deu-me um beijo estalado nos lábios.


— Vocês demoraram.


— Minha culpa! — eu disse, erguendo a mão. — Estava tão ansiosa que demorei a decidir o que usar.


Ele baixou os olhos para conferir minha roupa, que nada mais era do que jeans, camiseta e sapatilhas, mas que havia me custado horas de muita dúvida e indecisão, pois queria estar perfeita para o momento. Até que finalmente tinha desistido de fazer uma superprodução, optando então pelo meu visual básico, que era como eu me sentia à vontade.


— Você está incrível — ele comentou, me beijando novamente.


— Alô! Estou aqui! — Era Anahí, tentando chamar a atenção.


— Desculpe, amiga. Não pretendia ignorar você — falei, ao me soltar dele e me virar para ela.


— Foi mal — disse Christopher, olhando pra ela também.


— Não esquenta. Sei que vocês estão doidos para ficar juntos, então vamos logo trocar de lugar aqui. Vem, Christopher. Assuma seu posto!


Arregalei os olhos ao ver o que ia acontecer. Tentei avisá-la, mas foi tarde demais. Anahí abriu a porta sem olhar para o lado de fora, sem reparar que Alfonso tinha acabado de parar bem ao seu lado. Então, ao escancarar a porta com força, esta bateu violentamente no pobre do garoto, que foi ao chão soltando uma imprecação.


Ela olhou assustada para a figura ali caída, e assim que viu o que tinha acabado de acontecer, seu rosto corou de embaraço.


— Desculpe! — ela disse, imediatamente saindo do carro e agachando ao lado dele.


— Caramba! — ele soltou, olhando a mão estendida que ela oferecia para ajudá-lo a se levantar. — Você realmente sabe como deixar um cara no chinelo.


Ela sorriu sem graça, mas ficou mais aliviada quando ele aceitou sua oferta e lhe segurou a mão.


Eu sabia que Anahí tinha uma quedinha pelo Alfonso, mas não deixava de ser engraçado ver que foi ela quem providenciou a queda, de forma literal. Foi impossível não rir ao ver o boa-pinta do Alfonso batendo com a mão no traseiro, para tirar a terra de sua calça de marca.


Depois daquela pequena confusão inicial, cada casal se posicionou em seu lugar combinado, Christopher se sentando ao meu lado, enquanto Alfonso e Anahí foram para o outro carro.


Ele colocou os braços ao redor de meus ombros, me puxando possessivamente, ficando assim bem próximos. Encostei minha cabeça em seu peito e me senti no paraíso. Olhávamos para a enorme tela, que a distância mostrava alguns comerciais, e depois olhamos um para outro.


— Feliz? — perguntou.


— Nas nuvens.


— Já disse que te amo?


— Não o suficiente — respondi em tom de reclamação, e ele deu uma risadinha.


— Às vezes as palavras são desnecessárias — murmurou, próximo da minha orelha.


Ele começou a baixar o rosto em minha direção, e meu coração disparou, percebendo o que iria acontecer a seguir. Desde a ocasião na festa de lançamento do filme que não nos beijávamos em público, então, foi numa mistura de sentimentos entre emoção e nervosismo, que senti seus lábios tocarem nos meus.


O gesto foi tão delicado, quase como ter os lábios tocados por plumas, e ele não parecia ter nenhuma pressa, pois permaneceu algum tempo acariciando-me dessa forma gentil. Aos poucos, seus lábios começaram a se demorar mais sobre os meus, movendo-se deliciosamente, e eu acompanhei seu ritmo, fazendo o mesmo com os meus. Mas foi quando ergui minha mão, segurando sua nuca e abrindo ligeiramente mais a boca, que ele aprofundou o beijo e imediatamente senti um calor delicioso se espalhar por meu corpo.


Senti sua mão rodear minha cintura, puxando-me para me aproximar um pouco mais. Coloquei uma mão em seu peito, enquanto a outra continuava a segurá-lo pelo pescoço. O beijo foi ficando cada vez mais apaixonado e intenso. De repente, ele parou e me olhou firme.


— Você me deixa de cabeça pra baixo — declarou com a voz rouca, antes de vir com tudo.


Como se sabia quando finalmente havíamos encontrado o verdadeiro amor? Aquele que nos estava reservado desde a aurora dos tempos? Aquele que nos completava de tal forma que se tornava tão essencial como o ar que eu respirava, como o sangue que circulava em minhas veias, como o espírito que em mim habitava? Para os outros eu não sei dizer, mas para mim ele existia, e isso já era resposta suficiente.


Eu estava em outro planeta, quando escutei uma voz ao meu lado:


— Dulce, você que ir ao banheiro co... ai, gente! Foi mal!


Paramos imediatamente o que fazíamos, enquanto eu me forçava a aterrissar.


— Tudo bem, Any — disse, enquanto ela nos olhava sem graça. — Eu te acompanho.


— O quê? — Christopher perguntou, um pouco surpreso.


— Calma, não demoro — falei, com um sorriso. — Posso aproveitar e passo também na lanchonete. Que tal um milk-shake de morango?


Ele me olhou meio emburrado.


— Então, tá — respondeu, fuzilando Anahí com o olhar. — Não é uma troca muito justa, mas já que você vai de qualquer jeito, por favor, traga o copo extragrande.


Tive de rir com seu evidente mau humor e lhe dei um beijinho rápido antes de sair.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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