Fanfics Brasil - 1 Temporada - 033 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 033

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***


Já era a segunda vez que eu tirava a mão da Belinda da minha perna, mas a mulher parecia ter mais tentáculos que um polvo.


Ela não parava de falar do filme a que havia assistido, de como tinha gostado, como me achou maravilhoso e por aí ia, falava, falava e falava. Toda vez que eu tentava dizer alguma coisa ela me atropelava.


À medida que o tempo passava meu pavor só aumentou, e quando vi Dulce e a Anahí voltando entrei em pânico.


— Belinda, olha, foi muito bom te rever, mas acho melhor você sair agora, está ficando tarde — disse, apressado.


— Sair? Mas eu acabei de chegar, e ainda é cedo, tolinho! — retrucou, colocando novamente a mão na minha perna.


Foi nesse momento que a Dulce chegou, fazendo a fatídica pergunta:


— O que está acontecendo?


Assisti horrorizado àquela loira safada colocar palavras na minha boca, senti o olhar irado da Dulce em cima de mim e, para completar, a vi chocado virar o milk-shake inteiro na cabeça da Belinda, seguido pelo saco de pipoca. Porém, nada me deixou mais alarmado do que ouvir as últimas palavras dela:


— Para seu governo, não sou a “irmãzinha” dele! Sou a “namorada”, ou melhor, era! Faça bom proveito!


Fiquei ali sentado, sem acreditar no que tinha acontecido, visto e ouvido. Dulce estava indo embora! Saltei do carro, deixando tudo para trás, e fui atrás dela.


— Dulce! — gritei.


— Me deixe em paz! — disse, sem se virar e começando a correr.


— Volta aqui, a gente precisa conversar! — Mas ela não parou, e comecei a correr atrás dela. — Dulce!


Caramba, como ela era rápida, podia ser baixinha, mas parecia uma flecha, me deixando para trás, mesmo tendo pernas bem maiores que as dela. Passamos correndo por metade do drive-in, o pessoal nos carros nos olhando com curiosidade ao passarmos. Já estava ficando sem fôlego, quando fiz uma promessa mental de praticar mais atividade física. Dulce fez uma curva e vi minha chance de interceptá-la: entrei no meio dos carros, cortando caminho, conseguindo finalmente ultrapassá-la.


— Desculpe! Isso é uma emergência! — avisei para um casal sentado num carro, enquanto eu subia no capô e pulava na frente dela.


— Ah! — gritou assustada, quando surgi na sua frente.


— Agora... vamos... conversar... — falei, lutando para respirar.


— Não temos nada... para conversar! — Ela também respirava com dificuldade.


— Temos sim! — disse, curvado com as mãos no joelho. — Você vai me ouvir!


— Me deixa passar!


— Não. Você não vai passar sem me ouvir primeiro!


— E o que você vai me dizer? Que a mão dela foi parar na sua perna por engano? Que ela entendeu errado quando você disse que eu era sua irmãzinha? Que ela entrou no carro obrigada?


— Não — respondi nervoso, passando as mãos pelos cabelos. — Não foi assim, ela estava se oferecendo e...


— E você não resistiu! — disse, me cortando com os olhos cheios de lágrimas. — Chega, estou saindo! — E, dando a volta, saiu correndo pelo caminho que tinha vindo.


— Eu não acredito! — disse, correndo atrás dela de novo, passando pelos mesmos carros, com os mesmos rostos nos olhando novamente de boca aberta.


Eu estava no meu limite físico, e quando vi que ela ia passar por nosso carro, gritei para o Poncho:— Segura ela! — disse de uma vez só, torcendo para que ele me ouvisse.


Deu certo, quando ela tentou passar ele a impediu, segurando-a com firmeza, enquanto Anahí pedia calma.


— Me solta, como se atreve?! — gritou Dulce com ele.


— Obrigado, deixa comigo! — eu disse, tirando-a das mãos dele e jogando-a por sobre meu ombro.


— Christopher, me solta, me põe no chão! — dizia ela, batendo nas minhas costas, no entanto ignorei.


Andei decidido, passei pela lanchonete, cheguei aos sanitários e entrei no banheiro feminino, onde estavam duas garotas que nos olharam surpresas.


— Por favor, poderiam nos dar licença? — pedi, com cara de poucos amigos.


Assim que elas saíram, fechei a porta, tranquei, tirei a chave e a coloquei no meu bolso, então devolvi Dulce ao chão.


— Agora, vamos conversar.


 


***


 


Olhava para Christopher, arrasada, cansada física e emocionalmente. Aquela noite de sonho tinha se transformado num pesadelo!


— Agora você vai me ouvir — ele disse.


— Banheiro de novo? Nada original! Mas tudo bem. Quer falar, então fale — rebati, tentando controlar a voz.


— Aquela garota surgiu do nada, não parou de falar desde o momento que apareceu e praticamente invadiu o carro! — ele começou a explicar.


— Por que você não a colocou para fora? — perguntei, ríspida.


— Tentei. Juro que tentei, mas nas poucas vezes que consegui falar ela não me ouvia!


— E a questão da “irmãzinha”?


— Ela me perguntou com quem eu estava, respondi: Dulce. Ela apenas concluiu que você era a minha irmã, porque eu tinha comentado naquele dia no bar.


Olhei para ele, as lágrimas correndo livremente por meu rosto. Queria muito acreditar nas suas palavras, mas as imagens da garota no carro e as palavras dela não me saíam da cabeça.


— Você ainda não acredita, não é? — perguntou com as mãos na cintura, mas não consegui falar, apenas confirmei com a cabeça. — Por quê? — perguntou arrasado, mas continuei em silêncio. — Droga! Responde, por quê? — berrou.


— Porque, se você pode ter alguém como ela, porque continuaria com alguém como eu? — gritei em resposta.


A primeira emoção que vi, no rosto do Christopher, foi de choque com o que eu tinha dito. Em seguida, seu rosto foi se fechando numa máscara de ira, fazendo-me ficar com medo do que viria a seguir.


Ele se aproximou de mim com fogo saindo pelos olhos, me agarrou com força pelos ombros e me sacudiu um pouco, enquanto falava:


— Essa é a primeira e última vez que quero ouvir isso! Está me ouvindo?! — disse, falando entredentes. — Como tem coragem de se valorizar tão pouco, se achar inferior àquela cadela? Vou te provar de uma vez por todas que sou somente seu! — completou, partindo para cima de mim.


Ele me beijou com fúria, paixão e desespero. Não me sentia beijada, e sim invadida. O beijo não terminava nunca, estava ficando tonta, e com muita dificuldade consegui soltar meus lábios por alguns segundos, mas ele não permitiu que me afastasse, grudando sua boca na minha novamente. Fui sendo empurrada contra a parede, sentindo o mármore frio nas minhas costas, e ele soltou minha boca brevemente.


— Estou sem ar... — falei fracamente, antes do novo ataque dele.


— Você foi feita para isso, para ser beijada por mim até perder o fôlego, para desmaiar nos meus braços de tanta paixão — disse, agarrando-me pelos braços. — Agora, repete o que vou dizer: “Christopher Uckermann, você é meu!” — olhei para ele, atordoada. — Repete!


Engoli em seco.


— Christopher Uckermann, você é meu — murmurei.


— Quero ouvir alto e claro, repete!


— Christopher Uckermann, você é meu — falei, com um pouco mais de firmeza.


Ele voltou a me beijar intensamente, pressionando seu corpo no meu, e estremeci da cabeça aos pés. Quando já estava ficando tonta novamente, ele me soltou.


— Quem é seu, Dulce? — perguntou, com a voz carregada de desejo.


— Você! — respondi, rouca.


Sua boca começou a correr pelo meu pescoço, beijando em lugares sensíveis que me deixavam sem ação.


— Dulce... repete quem é seu — disse novamente, me pegando pela cintura e me fazendo pular e abraçar seus quadris com minhas pernas.


— Christopher Uckermann. Você é meu! — gritei afinal, deixando a paixão me tomar por completo.


Ele voltou a me beijar os lábios, o desejo nos açoitando com suas labaredas invisíveis. Mas aos poucos senti Christopher se acalmar, o beijo foi se tornando mais lento, menos desesperado, por fim soltou minha boca, encostou sua testa na minha, acalmando a respiração devagar.


— Você quase acaba comigo hoje. Você me perdoa? — perguntou. — Me perdoa por ser tão covarde, tonto e atrapalhado?


— Só se você me perdoar por ser tão insegura — devolvi, sorrindo timidamente.


— Então, temos um trato, eu te perdoo e você me perdoa. Ficamos empatados.


— Feito! — respondi, beijando-o mais uma vez.


Eu esperava que ele fosse prosseguir da mesma forma apaixonada que antes, mas me surpreendi com sua ternura. O beijo acabou tranquilamente, e com cuidado ele me ajudou a colocar os pés no chão, mas o olhei interrogativamente.


— Sei que parece estranho, já que é a segunda vez que a gente se agarra num banheiro público, mas meus planos não mudaram e com certeza esse não é o lugar e essa nem a hora para fazermos algo mais — afirmou, colocando delicadamente uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.


Andei até o espelho e me assustei com minha aparência, completamente desarrumada; prendi os cabelos com minha presilha e alisei um pouco a roupa. Virei para Christopher, que tirava a chave do bolso e abriu a porta.


Saímos do banheiro de mãos dadas e procurei andar com a maior dignidade que pude até o carro, me sentindo o alvo de todos os olhares.


Ao passar por nossos carros, reparei que o do Alfonso estava todo fechado, as janelas embaçadas, com sombras se movendo em seu interior, sem sinal da loira.


— Incrível como esse pessoal não perde tempo — ele disse, rindo ao olhar o carro ao lado, e eu ri também.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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