Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
Ficamos ouvindo outras pessoas cantando, alguns em duplas, como nós, outras sozinhas.
Enquanto isso, pedimos alguns petiscos e mais algumas bebidas. De repente, ele se virou pra mim e disse, apontando para o palco:
— Vou voltar, lá! — Quase engasguei ao vê-lo levantar, já estava me levantando também quando ele me segurou pelos ombros, me mantendo na cadeira. — Não. Essa eu quero cantar sozinho — disse, piscando um olho.
Assisti a ele se dirigir firme até o DJ, dizer alguma coisa no ouvido dele e, em seguida, fazer um sinal afirmativo com a cabeça pro Christopher, que deu um largo sorriso.
“O que será que ele está tramando?”, pensei, muito surpresa.
Acompanhei o Christopher subir no palco, pegar o microfone e, no segundo seguinte, todos o observavam. Ele pigarreou e disse, em seguida:
— Dedico essa música à minha esposa linda e perfeita, que está sentada bem ali! — E apontou na minha direção. Espantada, senti um holofote imenso, bem sobre mim.
Fui pega totalmente desprevenida, mas em momento algum pude imaginar a música que ele havia escolhido para cantar, até ouvir os primeiros acordes da melodia. Ele tinha achado a música que escolhi brega, porém a que ele escolheu era a rainha das músicas bregas. Mas eu não estava nem aí, era meu marido e ia cantar aquela música escandalosamente romântica e ridícula pra mim. Nada mais importava!
Para meu espanto, nem precisou acompanhar a música pelo telão, pois começou a cantar de olhos fechados, sabendo a letra de cor! Quem diria? Ele cantava todo romântico e entusiasmado, e eu estava envaidecida, quase flutuando de emoção.
— Agora, quero ver todo macho apaixonado nesse salão cantando junto comigo! — Christopher gritou para a galera, e o salão veio abaixo, com as inúmeras vozes masculinas cantando com força o refrão da música.— Eu te amo, Dulce Uckermann! — gritou no final, para delírio de todos que aplaudiam sem parar.
Eu chorava de boca aberta, completamente emocionada, olhando aquele homem lindo, charmoso e sensível, que caminhava em minha direção sorrindo pra mim, me fazendo sentir especial só de olhar em seus olhos, e esse homem era meu!
Algum tempo depois, o caraoquê foi encerrado, e agora todos dançavam animados na pista de dança, com a música bombando. Totalmente descontraídos, nos juntamos aos outros dançarinos.
Já era muito tarde quando voltamos para casa, totalmente animados. Especialmente o Christopher, que, completamente elétrico, veio cantando o tempo todo pelo caminho.
Ao entrarmos em casa, ele me pegou nos braços, rodopiando comigo pela sala, cantando alegremente, eu ria junto com ele, agradavelmente surpresa com essa nova faceta que ele revelava.
— A noite ainda não terminou, senhora Uckermann. Agora, você vai sentar ali — disse, apontando para o sofá. — E vai me esperar só um pouquinho, tenho algo para você.
Olhei desconfiada, mas ele simplesmente me levou até o sofá, me fazendo sentar.
— Agora, seja uma boa menina e me aguarde.
— OK, senhor Uckermann — disse, concordando e fingindo bater uma continência.
Ele foi pro quarto, me deixando doida de curiosidade. O que será que ele estava aprontando? A noite estava sendo tão perfeita, não podia desejar nada mais enquanto lembrava a gente lá no caraoquê, cantando, rindo, nos divertindo pra valer.
— Está pronta? — Ouvi sua voz lá do quarto.
— Pode vir! — respondi, ansiosa.
No segundo seguinte, comecei a escutar uma música contagiante e, em seguida, vejo Christopher sair do quarto deslizando, de óculos escuros, usando apenas uma camisa social branca, cueca e meias. Parou de costas pra mim, fazendo pose, segurando minha escova de cabelo próximo à boca, como se fosse um microfone. Minha nossa, ele vai imitar o Tom Cruise em Negócio Arriscado! Abri a boca e não consegui mais fechar.
Ele deslizou pela sala, fazendo movimentos decididos, mexendo os quadris e passando a mão no peito em círculos. Veio dançando, até ficar na minha frente, e se ajoelhou enquanto cantava, acompanhando a letra da música. Depois, se jogou no chão, de costas no tapete, sacudindo braços e pernas. A cena era completamente hilária!
Comecei a rir, batendo palmas no ritmo, e isso pareceu animá-lo ainda mais. E ele se levantou, dançando e rebolando sem parar, ao estilo “Elvis Presley”. Devagar e cheio de charme, se aproximou de mim, ajoelhando-se na minha frente, pegou minhas mãos, levando-as até seu peito, e comecei a acariciá-lo por cima da camisa de cima a baixo, enquanto dançava e continuava cantando. Passando a língua nos lábios sugestivamente pegou novamente minhas mãos e as guiou até os botões da sua camisa; entendi o recado e comecei a abrir botão por botão.
Continuei abrindo-os devagar, as mãos trêmulas. No final, vim puxando sua camisa pelos braços, até parar no meio das costas. Ele acabou de tirá-la, puxando, até ficar só de roupa íntima.
Depois se levantou e caminhou dançando, em direção ao quarto.
Foi terminando a música, e ele acenava com a mão se despedindo, jogando beijos para um público imaginário, e entrou novamente no quarto. E agora, qual será o próximo passo?
— Dulcinha... — ouvi-o me chamar.
Dulcinha? Ele nunca me chamou assim antes.
— Chris-Chris quer Dulcinha... — voltou a me chamar.
Eu não fazia a menor ideia do que me aguardava. Ou fazia?
— OK. Lá vou eu! — pensei, me levantando.
Parei na porta do quarto, respirei fundo e entrei. Que os céus me ajudem!
***
— Christopher! Já é a quinta vez que te chamo! — reclamou Dulce.
Estava com tanta preguiça, mal consegui erguer a cabeça do travesseiro. Sempre detestei acordar cedo, diferente de Dulce, que sempre levantava pela manhã com a corda toda.
— E o nosso voo? — perguntei, preocupado.
— Sai daqui a uma hora, então é melhor você tomar um bom banho, antes de a gente começar a se arrumar.
Fechei os olhos, voltando a deitar, e depois de algum tempo finalmente criei coragem de me levantar e fui para o chuveiro. Após um banho revigorante e um café da manhã caprichado, me senti melhor. Enquanto isso, minha esposinha linda e perfeita tinha arrumado tudo, as coisas dela e as minhas.
Acabei de me vestir, envolvido num clima de melancolia. Realmente, tudo que era bom durava pouco, os últimos dias tinham passado num piscar de olhos, e agora estava diante do inevitável, retornar para casa, continuando nossa farsa. Só de pensar nisso, tinha vontade de vomitar.
O barco já nos esperava lá fora e demos juntos uma última olhada em nosso refúgio. Olhei em seus olhos e os vi brilharem, cheios de lágrimas. Seus lábios tremeram, e ela me deu um sorriso triste.
Abracei-a apertado.
— A gente volta um dia, te prometo. E, quando a gente voltar, não estaremos mais nos escondendo de ninguém — sussurrei em seu ouvido.
Ela concordou, fazendo um sinal afirmativo com a cabeça. Beijei-a rapidamente nos lábios e, de mãos dadas, deixamos pra trás Bora Bora e a semana mais importante de nossas vidas.
O retorno pra casa foi feito num clima tristonho. Voamos durante todo o dia, dormia, acordava, dormia e continuava viajando. Quando estávamos próximos de pousar, tiramos as alianças do dedo e as colocamos nos cordões em nossos pescoços. Podia ver as mãos da Dulce tremendo o tempo todo.
Chegamos a Londres numa noite chuvosa; nada podia combinar mais com o nosso humor do que
aquele clima escuro e sombrio. Pegamos um táxi e chegamos a nossa casa, onde fomos recebidos alegremente por nossos pais, que nos abraçaram, nos enchendo de perguntas.
— Espero que seu irmão tenha cuidado bem de você! — disse papai, e trinquei os dentes.
Aquilo era horrível, se antes sermos chamados de irmãos me incomodava, agora então era insuportável. Dulce era minha mulher, e ouvir alguém a chamá-la de minha irmã me soava como uma blasfêmia.
Claro que eu estava feliz por estar em casa, revendo nossa família; sentir o amor, a preocupação, a saudade e o carinho que nossos pais tinham por nós diminuíam um pouco o choque do retorno.
Dulce abriu uma mala, pegando os presentes que tínhamos comprado pra eles na loja do hotel, e agradeceram, entusiasmados.
Tinha sido um longo dia, e eu estava realmente cansado pela viagem e pelo estresse. Despedi-me de todos, subi as escadas sem conseguir olhar pra Dulce, entrei no meu quarto respirando fundo, fechei a porta, sentei na minha cama e o olhei ao redor.
Droga! Tudo o que eu queria agora era poder entrar num quarto com a minha esposa e poder descansar com ela numa cama de casal, sentindo seu corpo macio se moldando ao meu, cheirando seus cabelos ao fechar os olhos. Mas aqui estava eu, no meu antigo quarto, numa porcaria de cama de solteiro e, pior de tudo, sozinho.
Arranquei minhas roupas, jogando-as num canto qualquer, coloquei minha calça preta de moletom e deitei na cama.
As horas passavam lentamente e, apesar do cansaço, o sono não vinha. Rolava de um lado para o outro, ouvindo a chuva cair incessantemente. Olhei para o relógio e vi que já eram duas da manhã; não dava mais, me levantei decidido e fui ao encontro de quem eu queria.
Saí do quarto, o corredor escuro, a casa silenciosa, andei devagar e, na ponta dos pés, fui até sua porta, girei a maçaneta devagar, entrando furtivamente e fechando rápido a porta atrás de mim. O quarto estava escuro, mas podia vê-la deitada de costas pra mim. A princípio pensei que estava dormindo, mas observando melhor vi que ela tremia ligeiramente e me aproximei. Parei bem atrás dela, e então pude ouvir seus soluços: estava chorando, e meu coração se partiu ao ver aquela cena.
Levantei a coberta e me deitei a seu lado, ouvindo-a suspirar, surpresa, puxei-a, apertando suas costas de encontro a meu peito. Ela segurou meu braço com suas mãos, e ficamos assim, abraçados, sentindo suas lágrimas silenciosas molharem meu pulso, enquanto acariciava levemente seus cabelos com minha outra mão. Resolvi ficar ali, até que ela se acalmasse e adormecesse. Finalmente, ali deitado com ela em meus braços, sentindo seu corpo morno junto ao meu, me sentia em casa, ela era minha casa. Olhei para a janela, observando a chuva batendo no vidro, e senti meus olhos ficarem pesados.
Acordei sentindo uma perna entre as minhas e sorri de olhos fechados. Estávamos embaixo das cobertas naquela manhã fria e a sensação era muito boa, mas arregalei os olhos imediatamente ao ouvir uma voz:
— O que está acontecendo aqui?!
Sentamo-nos rapidamente juntos na cama, e encaramos os olhos surpresos de minha mãe na nossa frente.
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*** Meu coração quase saiu pela boca quando ouvi a voz da mamãe. Ainda estava meio adormecida, mas despertei completamente ao ouvi-la. Eu e Christopher sentamos ao mesmo tempo na cama, e avaliei rapidamente a situação em que nos encontrávamos: estávamos ambos vestidos, isso era bom, e quando mamãe entrou o edredom nos ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3