Fanfics Brasil - 1 Temporada - 051 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 051

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Arrastei Dulce dali, passando por uma Angelique que me olhava de olhos arregalados e boca aberta. Abri a porta que dava para o quintal e escapamos por ali.


Já do lado de fora, descemos os poucos degraus, atravessamos o gramado e paramos em baixo de uma árvore. Estava escuro e achei aquilo bom, não queria que ela visse a expressão de meu rosto, que com certeza poderia revelar mais do que eu gostaria.


Ficamos a princípio em silêncio, como se nenhum dos dois soubesse bem o que estava fazendo ali, muito menos o que falar. Ela cruzou os braços, e eu apoiei a mão no tronco da árvore, enquanto colocava a outra na cintura.


— Então, é verdade? — perguntei finalmente, engolindo em seco.


Ela olhou para seus pés, que se remexiam impacientes. Parecia acuada, mas eu insisti:


— É verdade que você beijou esse cara hoje?


Ela parou de mexer os pés, respirou fundo e ergueu o rosto. Estava escuro, ainda assim podia ver seus olhos, aqueles olhos que mexiam comigo desde a primeira vez que os vi, grandes, expressivos.


Sua alma se derramava por eles, transmitiam toda sua personalidade doce e sensível. Eu amava esses olhos, sempre amaria. E agora eles me olhavam envergonhados, quase constrangidos.


— Talvez — respondeu, insegura.


O ciúme me cortou como uma lança.


— Talvez? O que isso quer dizer? Ou você beija ou não beija alguém, não existe meio termo — disse, confuso, e depois outro pensamento me apavorou. — Espera aí! Vocês fizeram mais coisas, é isso? Ele se aproveitou de você? Ele te forçou a fazer alguma coisa? Você...


— Chega! — ela disse, me interrompendo bruscamente. — Eu não beijei! Não aconteceu nada!


Eu a encarei surpreso.


— Como assim? Mas eu escutei você contando pra Angel...


— Eu menti — respondeu, cortando-me novamente, me olhando envergonhada.


— Por quê? — perguntei, entre espantado e aliviado.


— Porque Angel não parava de insistir nesse assunto, e eu estava cansada de viver inventando desculpas, daí achei melhor dizer que já tinha acontecido e acabar de vez com essa história — respondeu, chateada.


Eu não sabia se ria ou chorava de felicidade, mas me segurei e tentei manter uma pose indiferente.


— Mas você queria? — perguntei, e ela apenas afirmou com a cabeça.


O ciúme latejou dentro de mim e acabei explodindo.


— Dulce, você ainda é muito nova, pode esperar e não precisa ficar aceitando as investidas de qualquer desclassificado! — falei, imitando o jeito como papai falava. — Afinal de contas, pra que você quer tanto beijar alguém?


Ela colocou as mãos na cintura, e seu rosto agora demonstrava irritação.


— Que tipo de pergunta é essa? Responda-me você! Por que você beija alguém?


Por aquela eu não esperava.


— Porque... porque não tive escolha — disse, sabendo que minha resposta era péssima.


Ela me olhou com a testa franzida.


— Como assim? Todo mundo tem uma escolha.


“Não. Eu não tenho”, pensei, enquanto a olhava amargurado. “Porque, se eu tivesse, só beijaria você.”


Ela continuava me olhando, esperando uma resposta. Toquei seu rosto com minha mão, sentindo os sentimentos queimando dentro de mim. O que aconteceria, se eu baixasse o rosto e tocasse seus lábios com os meus? Ela estava tão perto, tão convidativa, sem testemunhas, era tentador demais.


— O que foi, Christopher? — perguntou, colocando sua mão em cima da minha, parecendo preocupada. — Por que está tão triste?


“Porque amo você e nunca vou poder te ter”, meu coração gritou.


Eu nunca saberia como seria sua pele suave junto à minha, como seria a sensação de enterrar o meu rosto em seus cabelos, quão macios deviam ser aqueles lábios carnudos, qual seria o sabor de sua boca. Ela não podia ser minha.


— Porque eu sou um tolo — eu disse, afinal. — E, talvez, a Angel esteja certa, realmente eu seja um... irmão muito ciumento.


Ela me olhava de forma estranha, inexplicavelmente parecia decepcionada. Na época, não compreendi o motivo.


— Você não é mais criança, tenho que aprender a conviver com isso — falei, enquanto tirava minha mão do seu rosto. — Acho que só aconteceu rápido demais e não acompanhei o ritmo. Sou ou não sou um cara muito desatento?


Tentei fazer piada, mas até eu sabia que não tinha dado muito certo. Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, porém achei melhor me afastar enquanto ainda conseguia. Baixei meu rosto e beijei rapidamente sua testa.


— Vou entrar e tomar um banho.


Dando-lhe as costas, deixei-a sozinha no quintal, dividido entre a sensação de ter feito a coisa certa, cumprindo com o meu papel, e a impressão de que tinha feito a escolha mais estúpida da minha vida.


 


Fixei meu olhar na paisagem à minha volta, forçando-me a voltar ao presente.


— Não quero mais continuar a viver daquele jeito, Poncho — eu disse, de forma áspera. — Temendo a verdade e envergonhado de meus sentimentos.


— E o que você pensa fazer? — ele perguntou preocupado, parado à minha frente.


Bufei como um cão raivoso, enquanto sentia uma revolta gelada percorrer meu corpo.


— Não sei, cara. Mas nunca mais fico sem a Dulce. Nunca mais.


— Quando você diz que não fica mais sem a Dulce — Poncho falava, enquanto coçava o queixo —, você quer dizer em qual sentido? Tipo assim, sem vê-la, estar perto dela, ou sem fazer aquilo que o pequeno John faz escondido com a Mary atrás da moita?


Era impossível não rir das maneiras inusitadas que o Poncho inventava para se referir a sexo.


— Não fico mais sem meu muffin em todos os sentidos — respondi, sorrindo. — E é isso que está duro de aguentar, ela passou a assumir um papel multifacetado em minha vida, irmã, mulher, esposa, amante, tudo. E agora, ser obrigado a me comportar como se ela fosse apenas a irmã, é quase insuportável. É uma regressão, pois evoluímos para muito mais. Quando deito à noite em meu quarto e sei que ela está no mesmo corredor, apenas a duas portas de distância, fico quase louco, rolando na cama e pensando em tudo que faríamos se ela estivesse comigo. Em como, depois de nos amarmos, a aconchegaria junto a mim, com o rosto afundado em seus cabelos, sentindo seu cheiro de baunilha a noite toda. E feliz ao pensar que, pela manhã, ela seria a primeira coisa que eu veria ao abrir os olhos.


Ao parar de falar, estava quase murmurando, de tão concentrado que estava ao imaginar aquelas cenas, vivendo e interagindo, como se estivesse num cinema 3D. Em seguida, reparei que Poncho me observava com um olhar espantado.


— Amigo, não sei se te parabenizo ou dou os pêsames, pois essa foi a declaração de amor mais bizarramente melosa e honesta que já ouvi — falou, daquele jeito exagerado que era típico dele. — Se a coisa é assim, talvez eu possa ajudar a aplacar a saudade e a libido dos recém-casados.


Poncho cruzou as mãos atrás da cabeça, parecendo muito confortável e orgulhoso de si mesmo.


— Como assim? — perguntei, desconfiado.


Ele deu um largo sorriso.


— O que você acha de ter um lugar confortável e seguro, onde pudesse se encontrar periodicamente com a Dulce?


Fiquei imediatamente curioso.


— Um lugar para me encontrar com ela? Escondido?


— Exatamente — respondeu.


— E onde seria?


— Na minha casa — ele disse, abrindo os abraços. — Onde mais?


Fiquei um tempo olhando para Poncho, surpreso.


— Mas, tipo assim, lá não é só o seu espaço, não íamos incomodar?


— De jeito nenhum! —respondeu, sacudindo a cabeça. — Você sabe que divido o apartamento com meu irmão, mas ele quase nunca está lá, fica o dia todo fora, entre faculdade e estágio. Converse com a Dulce, veja o que ela acha, depois é só você me avisar o dia que vocês querem e pronto, saio de fininho e a casa é de vocês.


Fiquei olhando para ele, sem saber se o beijava ou sacudia.


— Alfonso. Eu te amo.


— Eu sei, cara. Não sou monogâmico, te divido com a Dulce.


Felizmente, Poncho era completamente hétero.



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CAPÍTULO TREZE "Não escolhemos quem vamos amar, e às vezes nosso coração quer se aventurar no amor proibido. Sabemos que não devemos, mas a paixão é maior que a razão." Meu celular tocou de novo, e sorri antes mesmo de atender, pois já imaginava quem seria. Olhei o visor e sorri ainda mais. Os homens ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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