Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
CAPÍTULO TREZE
"Não escolhemos quem vamos amar, e às vezes nosso coração quer se aventurar no amor proibido.
Sabemos que não devemos, mas a paixão é maior que a razão."
Meu celular tocou de novo, e sorri antes mesmo de atender, pois já imaginava quem seria. Olhei o visor e sorri ainda mais. Os homens são tão impacientes...
— Estou na porta — falei, assim que atendi.
— Já estou indo abrir — ele disse, afobado e desligando em seguida.
Enquanto olhava a porta do apartamento do Alfonso, aguardando, pensei no que estávamos prestes a fazer. De novo.
Já fazia cerca de um mês que tínhamos aqueles encontros secretos, mas desde a primeira vez uma sensação estranha me incomodava. Claro que estarmos juntos era maravilhoso, com tardes cheias de amor, carinho e deliciosa paixão. Contudo, sempre na hora da chegada ou da partida eu sentia um tipo de tensão, que aumentava pouco a pouco, se transformando em aflição e que ameaçava me dominar.
No mês anterior, saí com Christopher para comermos uma pizza, e lá ele comentou sobre a proposta do Alfonso de ficarmos nos encontrando na casa dele. Fiquei insegura desde o início, porque na verdade não estava acostumada a mentir para meus pais e, para que tudo desse certo, sabia que teria que enganar mais do que já o fazíamos. E isso acabava comigo. Eu sabia que a situação também não era confortável para ele, mas Christopher parecia mais empolgado com a possibilidade do que eu.
— Não vai ser por muito tempo. Só até decidirmos o que fazer.
Esse era o problema. Decidir o que fazer. Porque, na verdade, eu tinha a impressão de que só estávamos adiando o inevitável. Mas, como bons covardes que éramos, preferimos continuar nos ocultando. Que vergonha!
A porta à minha frente se abriu, e fui recebida por um sorriso de matar e por um par de braços, os quais me puxaram, ansiosos, além de uma boca que me beijou imediatamente.
— Isso é o que chamo de boas-vindas! — eu disse, depois que consegui respirar.
— Você demorou hoje — ele disse, entre beijos.
— Tive que inventar uma desculpa para sair mais cedo do balé.
Aquele era outro fator que estava me preocupando, as mentiras que eu era obrigada a contar a outras pessoas, para que conseguíssemos manter a farsa. E eu não sabia por quanto tempo mais poderíamos sustentar nossa situação. Era complicado encaixar nossos horários, ele com suas gravações e eu com minhas ocupações escolares e extracurriculares. Na maioria das vezes era eu quem cedia, largando tudo, porque o ritmo do trabalho dele estava tão intenso que, quando aparecia alguma brecha, ele me ligava e eu driblava a tudo e a todos para ficarmos juntos. Como hoje, inventei uma desculpa esfarrapada para minha professora, que me olhou desconfiada, mas não disse nada e me dispensou. Por enquanto.
— Não vai trabalhar mais hoje? — perguntei, tocando seu rosto.
— Só à noite — ele respondeu, afagando meu cabelo.
Ele beijou minha bochecha e devagar deslizou os lábios para meu pescoço, deixando-me arrepiada. Nesses momentos os problemas e receios começavam a se apagar da minha mente.
— Tenho que estar em casa antes do jantar — falei, abraçada a ele.
Ele se afastou um pouco para me olhar, e meu coração triplicou os batimentos ao ver seu olhar intenso. Senti suas mãos deslizarem das minhas costas para minha cintura e depois pararem em meus quadris.
— Pula, bailarina! — ele disse.
Eu pulei para dar impulso, e ele me ergueu com facilidade, encaixando-se entre minhas pernas, enquanto eu o abraçava com elas. O beijo que veio a seguir me fez esquecer definitivamente qualquer temor e preocupação, tudo que importava era estar com ele, sentindo nosso amor se expandindo, como ondas de energia ao nosso redor. Quando paramos de nos beijar, foi que percebi que tínhamos nos movido, ou melhor, ele tinha andado comigo no colo em direção ao quarto.
Outro fator que me incomodava: fazermos aquilo no quarto do Alfonso era tão estranho, estando rodeada das coisas dele, do cheiro dele, na cama e nos lençóis dele. Mas isso era eu analisando depois, friamente, porque nesse exato momento, quando tudo o que sentia era o Christopher, suas mãos, seu toque, seus lábios, seu perfume, eu esquecia todo o resto, enquanto nossas roupas saíam e o colchão afundava com nosso peso.
Ele parou para me admirar de cima a baixo.
— Quando será que eu vou parar de olhar pra você e me sentir como um garoto, que vê uma mulher nua pela primeira vez? — ele disse, sorrindo.
— Espero que nunca — respondi com doçura, estendendo os braços pra ele. — Você sabe o quanto eu te amo, Christopher Uckermann?
— Fala — ele disse, com a voz rouca.
— Te amo tanto, que às vezes acho que um coração é pouco para carregar tanto sentimento — sussurrei, encostando minha testa na dele. — Às vezes acho que meu corpo não é forte o suficiente para suportar tanto amor. Quando você me segura assim, sinto como se eu fosse me desmanchar, diante da força do sentimento que transborda pela minha pele, por meus poros. Eu te quero, te quero agora! — disse, segurando-o pelo pescoço e o beijando pra valer.
Logo não éramos mais Dulce e Christopher, eu não saberia dizer onde eu terminava e ele começava, nos completávamos de forma plena, o amor físico sendo um símbolo do sentimento maior que nos unia, o equilíbrio perfeito entre suavidade e força, espírito e carne, liberdade e prisão. O que fomos, o que éramos, o que seríamos. Sempre.
Cheguei a nossa casa já quase na hora do jantar. Subi a escada com minha mãe avisando que a comida estava pronta. Corri para meu quarto, peguei roupa limpa e fui direto tomar um banho rápido. Pouco depois, enquanto jantávamos, mamãe começou a fazer suas perguntas habituais de como tinha sido o meu dia. Respondi como de costume, comentando sobre o que achei mais interessante.
Depois fiquei olhando para meu prato, minha mente cheia de imagens da minha tarde com Christopher. Estava completamente imersa em doces lembranças e, sem perceber, dei um longo suspiro. Mas despertei completamente com a frase que ouvi a seguir:
— Acho que temos alguém apaixonada — disse meu pai.
Ergui os olhos e olhei para meus pais, que trocaram olhares e sorrisos cúmplices entre si.
— Não sei do que vocês estão falando — falei, tentando disfarçar, porém sentindo o rosto queimar de embaraço.
— Ah, não adianta me enganar! — disse minha mãe, rindo. — Essas bochechas rosadas são toda a resposta de que preciso.
— Ai, mãe! — falei sem graça.
— Hum, então quer dizer que tem alguém mexendo com esse coraçãozinho? — brincou meu pai.
— Pai, você também? — reclamei.
— Não precisa ficar encabulada, nada mais natural na sua idade! — disse mamãe.
— Quando vamos conhecer o sortudo? — perguntou papai, sorridente.
Nesse mesmo momento, Dan entrou na cozinha. Olhei surpresa, pois eu sabia que ele deveria estar trabalhando.
— Boa noite! — ele disse sorridente, e aproveitando para pegar uma batata frita do prato da mamãe e enfiar guloso na boca.
— Chegou cedo — ela disse, dando uma palmadinha na mão dele.
— A gravação foi cancelada, remarcaram para amanhã — explicou. — Peguei a conversa pela metade, mas a qual sortudo vocês estavam se referindo?
— Ora, o namorado misterioso da sua irmã — respondeu papai, brincalhão.
— Pai! — eu disse, nervosa. — Não falei nada, vocês é que estão fazendo suposições demais!
— Como assim, namorado misterioso? — perguntou Christopher, parecendo muito interessado.
— Sua irmã chegou em casa com essa cara de quem viu um passarinho verde — contou mamãe, rindo. — E é claro que não podíamos deixar de notar os olhinhos brilhando e os suspiros, seu pai e eu já vivemos o bastante para saber qual deve ser o motivo dessas reações.
Eu queria sumir, olhei pra cara do Christopher, e ele parecia estar achando tudo muito divertido.
— Passarinho verde, é? — perguntou, cinicamente. — Depois, quero saber o nome desse passarinho. — E virei os olhos.
— OK, agora que todos já se divertiram às minhas custas, se me dão licença, me retiro com o pouco de dignidade que me resta — disse, me levantando, enquanto ouvia mais risadinhas.
Fui para o meu quarto, liguei o som, colocando uma música suave, deitei na cama e fiquei me lembrando da última conversa que tinha tido com Christopher naquela tarde, enquanto estávamos deitados no quarto do Alfonso. Ficamos pensando na possibilidade de contar a verdade a nossos pais e na melhor forma de abordar o assunto. Era difícil decidir, afinal como revelar para seus amorosos pais uma notícia dessas? Se existisse um manual de autoajuda intitulado Como contar para seus pais que seus “filhos” estão apaixonados, juntos, casados e cheios de amor pra dar, eu seria a primeira a comprar.
— Já pensou se eu chegasse pro papai e falasse: “Pai, sabia que o senhor é o primeiro pai-sogro do mundo?” — disse, rindo, levantando os polegares e fazendo sinal positivo com as duas mãos.
— Cruzes! Pior que isso, só se você falasse que ele estava prestes a se tornar pai-sogro-avô! Aí, primeiro ele te matava e depois morria pelo choque! — comentei, rindo junto.
— Que nada, o velhinho é duro na queda! — comentou, animado. — Ele morreria mesmo só se eu chegasse falando assim: “Pai, me empresta sua cama? Sabe como é, acho que eu e Dulce precisaremos de mais espaço essa noite” — completou, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
— Aí, não ia ser o papai que ia te matar, eu mesma faria o serviço!
— Agora magoei! — disse, colocando a mão no peito se fingindo mortalmente atingido. — Isso é que dá me empenhar tanto!
— Chris! — falei, muito vermelha.
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POV ANAHÍ Parada na frente da porta do apartamento do Alfonso, eu, Anahí me perguntava o que estava fazendo ali. Eu sabia quem ele era, minhas amigas sabiam, os vizinhos sabiam, o bairro todo sabia, se duvidar até o entregador de pizza sabia quem era o Alfonso. O maior e notório conquistador de quem eu já tinha ouvido falar nas redondezas. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3