Fanfics Brasil - 1 Temporada - 059 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 059

940 visualizações Denunciar


Ao final, levantei meu rosto de seu ombro e ousei abrir os olhos: seu rosto estava de frente ao meu, e deparei com um par de olhos castanhos que me olhavam carinhosamente e, nos lábios um sorriso gentil.


— Bom dia — murmurei timidamente.


— Isso é o que eu chamo de um bom dia completo — respondeu, sorrindo e me fazendo corar violentamente.


— Desculpa — falei rápido. — Não tinha a menor intenção de me aproveitar de você esta manhã.


— Não? Puxa, agora estou decepcionado! — ele disse, se fingindo de ofendido.


— Não que eu não tenha gostado! — falei, tentando me corrigir. — Foi muito bom, de verdade, só quis dizer que não era pra ter acontecido agora, isto é, era pra ter acontecido, mas numa hora melhor, isto é, não que o momento fosse errado... — Ele tapou minha boca com sua mão.


— Já entendi. Mas quer saber de uma coisa, senhora Uckermann? Nada pode me deixar mais feliz do que acordar a seu lado, sentindo seus beijos roubados e te fazendo acreditar que você estava se aproveitando de mim, quando na verdade o aproveitador o tempo todo era eu.


— Sério? — perguntei surpresa.


— Sério! — respondeu, com aquele sorriso maroto. — Você estava tão gostosinha me beijando que não resisti — disse, roçando suavemente os lábios nos meus. — Prepare-se, senhora Uckermann, esse é só o primeiro dia do resto de nossas vidas.


— Sabe, deveria ficar zangada por ter sido enganada por você, senhor Uckermann. — falei, fingindo indignação. — Como você me acena com a possibilidade de muitas manhãs iguais a essa, posso abrir uma exceção e perdoar-lhe. – Ouvi-o rir baixinho.


— Ah, o que nós, pobres maridos, não temos que fazer pra sermos perdoados pelas esposas! — Não resisti e ri junto com ele.


— Está mais calmo agora? — perguntei, passando a mão em seu rosto.


— Sim. Ontem foi só um desabafo, liberei as emoções e agora estou mais conformado — respondeu com tranquilidade.


— Fiquei preocupada com você.


— Eu sei, desculpa — pediu, sem graça.


— Não precisa se desculpar, você agiu como qualquer ser humano diante de uma crise.


— Eu sei, mas tomei uma decisão — disse, confiante. — A partir de hoje não vou mais gastar energia com nada que não sejam você e minha carreira. O resto pode esperar.


Ele abaixou os olhos e não disse mais nada, mas senti suas mãos em meu pescoço.


— Ah, antes que eu esqueça! — disse, abrindo meu colar. — Agora não temos mais necessidade de usar isso.


Ele pegou minha mão esquerda e, estufando o peito de orgulho, colocou a aliança novamente em meu dedo, de onde eu não tiraria nunca mais. Sorri radiante e fiz o mesmo: abri seu colar, colocando a aliança em seu dedo. Erguemos nossas mãos e ficamos olhando o brilho dourado das joias na luz da manhã, nos olhamos felizes, sentindo que momentos como esse compensavam tudo que passamos e teríamos que passar.


Depois do banho, resolvemos tomar o café da manhã numa lanchonete que tinha na rua de baixo. Ao andarmos até a porta de casa, notamos pelo silêncio que nossos pais deveriam ter saído. Colocamos nossos casacos e saímos na manhã fria. Andamos de mãos dadas, vendo a fumaça que se formava com nossa respiração. Entramos na loja e procuramos logo fazer nossos pedidos.


Assim que fomos servidos, sentamos a uma mesa. Apreciando silenciosamente o nosso desjejum, sorria despreocupadamente, leve e em paz, como há muito não me sentia. Apesar da dor, revelar toda a verdade tinha sido realmente libertador.


— Enquanto você ainda estava dormindo essa manhã, tive uma ideia — disse, mordendo meu pãozinho.


— Qual?


— Já que agora dividimos o mesmo quarto, talvez fosse interessante fazer algumas alterações.


— De que tipo? — perguntou curioso.


— Que tal comprarmos uma cama maior? — sugeri, e ele abriu um largo sorriso.


— Claro! Podemos ir agora mesmo!


— Agora? — perguntei, surpresa com sua empolgação.


— Sim, por que não? O shopping está aberto e tem uma enorme loja de móveis lá.


— Está certo, então vamos.


Pegamos um táxi e fomos para o shopping. Entramos na loja e fiquei boquiaberta com o tamanho do estabelecimento: Christopher estava certo, a loja era imensa. Fomos diretamente ao departamento desejado e, de repente, nos vimos rodeados dos mais diversos modelos, tamanhos e variedades de camas.


— Quero uma enorme! — ele foi logo dizendo.


Começamos a passar por fileiras e mais fileiras de camas, até que no final deparamos com uma colossal.


— Que tal essa aqui? — perguntou empolgadão.


— Nossa! Isso não é uma cama, parece mais um tablado para prática de ginástica olímpica! — falei, impressionada.


— Bem... — disse, me abraçando pela cintura. — Se você pensar que o que vamos praticar sobre aquela cama seja uma modalidade esportiva, o tamanho é justificado.


— Hum... — disse abraçando-o pelo pescoço. — Está planejando muito treinamento?


— Intensivo! — respondeu, sorrindo maliciosamente. — Nunca ouviu falar que a prática leva à perfeição?


— E que nota você me dá pelo meu desempenho atual?


— Ainda não estou muito certo — ele disse, cinicamente. — Acho que vou precisar de mais tempo avaliando, profundamente.


— Boa ideia — respondi, com a voz sedutora. — Tenho algumas sugestões que talvez possam ajudar a tornar a performance mais, digamos, Olímpica!


— Vou perguntar se eles têm pra pronta-entrega! — disse, me soltando e procurando um vendedor rapidamente.


Christopher voltou com o vendedor, que, muito solícito, respondia a todas as nossas perguntas.


— E o colchão? Já escolheram?


Olhamos pro rosto um do outro. Não tínhamos lembrado aquele detalhe importantíssimo. O vendedor então nos levou a um local onde tinham os mais variados tipos. Ele começou a explicar sobre a importância de escolher o colchão certo baseado no nosso peso por pessoa.


— Quantos vocês pesam?


— Oitenta e cinco — respondeu Christopher.


— Cinquenta e cinco — disse eu.


— Então, um colchão com densidade para até 100 kg é o suficiente.


— Discordo — disse Christopher.


— Por quê? — perguntei.


— Bem, levando em consideração que estaremos naquele colchão boa parte do tempo, um por cima do outro, devemos considerar pelo menos 140 kg. – explicou, como se fosse a coisa mais natural do mundo. — O senhor não concorda comigo? — Eu queria sumir!


Olhei pra cara do vendedor que, chocado, gaguejou uma resposta qualquer, nos mostrando logo o mais resistente disponível. Christopher, mais do que depressa, se jogou em cima do colchão e, virando-se pra mim com uma piscadela de olho, deu um tapinha sugestivo no lugar ao seu lado. Depois disso, vi o vendedor sair de fininho.


— Você é maluco, sabia? — disse rindo, me sentando ao seu lado. — Pela cara do vendedor, no mínimo ele pensou que você estava me chamando pra fazer test-drive no colchão. — Ele deu uma gostosa gargalhada.


Test-drive! Por que não pensei nisso antes? — disse, antes de me puxar para sentar em seu colo. — Será que eles não têm um lugar pra isso por aqui? — Preferi ignorar a pergunta, acreditando que ele estava realmente brincando.


Fechamos a compra, eles prometeram entregar tudo no outro dia, no final da tarde. Lembrei então que íamos precisar de novas roupas de cama, pois não tínhamos nada em casa que fosse daquele tamanho. Enfim, depois de comprarmos tudo o que era necessário, saímos satisfeitos do shopping, com várias sacolas.


Mal chegamos em casa, o celular do Christopher tocou. Ele se afastou um pouco, e reparei que conversava sério com alguém. Enquanto guardava nossas compras, olhei disfarçadamente em sua direção, tentando adivinhar quem seria. Ele finalmente desligou e caminhou até mim, entusiasmado.


— Novidades!


— Me conta! — pedi, curiosa.


— Tenho boas e más notícias. — contou, calmo. – O que prefere ouvir primeiro?


Virei os olhos.


— As boas, claro!


— O seriado é um sucesso de audiência e vamos ficar permanentemente na grade da emissora. — revelou, alegre.


— Que legal! — disse, abraçando-o feliz. — Se são as boas notícias, quais são as ruins? — perguntei desconfiada, e ele suspirou.


— Viajo amanhã de manhã bem cedo, pra começar as filmagens numa locação distante, e vou ficar uma semana fora. — Murchei na hora.


— Uma semana. — falei baixinho.


— Eu sei que é horrível te deixar sozinha aqui em casa, com essa situação esquisita com nossos pais — ele disse, olhando meu rosto triste. — Você quer que eu cancele?


— Não! — respondi, imediatamente. — Essa é a sua profissão, melhor eu me acostumar logo com esse seu estilo de vida.


— Tem certeza? — perguntou, segurando meu rosto.


— Claro! — disse, com falsa animação. – Ossos do ofício, não é mesmo?


Passei o restante do dia fingindo que estava tranquila, na verdade estava arrasada de ter que me afastar dele agora, afinal, com o clima sombrio que estávamos vivendo dentro de casa, ter sua presença me apoiando era um alívio.


Ajudei-o a arrumar sua mala. Ele partiria de madrugada, e tínhamos pouco tempo para preparar tudo.


Àquela noite, nos amamos com um misto de emoções, alegria por mais uma oportunidade profissional, tristeza pela partida, saudade antecipada e expectativa pelo retorno, além, claro, de amor que exalava pelos poros.


Acordei de madrugada, ouvindo o som dele andando pelo quarto.


— Já vai? — perguntei sussurrando, me sentando na cama sonolenta.


— Quase — murmurou. — O carro que vem me buscar deve chegar a qualquer momento.


O quarto estava escuro, a única luz no ambiente era a que entrava pela janela. Ele segurou meu rosto com uma de suas mãos, fazendo uma carícia suave, passando o polegar pelos meus lábios. Peguei sua mão e beijei-a, apertando-a docemente em minha face.


— Vou contar os segundos até voltar. — ele disse, aproximando o rosto do meu.


Abri a boca para falar, mas escutamos uma buzina lá fora. Christopher se levantou indo à janela.


— São eles, tenho que ir — disse, pegando sua bolsa de viagem.


Saltei rapidamente da cama, ficando na ponta dos pés, e me pendurei em seu pescoço.


— Me dá um último beijo antes de sair.


Ele soltou a bolsa imediatamente, me pegando pela cintura e aproximando o rosto do meu. Se ele pensou que eu ia deixá-lo partir com um beijinho rápido e sem graça, estava muito enganado; queria que ele partisse com a lembrança de um beijo sem igual. Então, quando nossos lábios se encontraram, beijei-o com toda a paixão que era capaz de demonstrar. Senti-o vacilar ante a intensidade do meu beijo; quando me dei conta, ele estava me suspendendo, fazendo que eu abraçasse seus quadris com minhas pernas, e o beijo se tornava cada vez mais selvagem. Por fim ele nos jogou na cama, ficando por cima de mim, enquanto eu o abraçava com braços e pernas. Ouvimos a buzina novamente lá fora e fomos obrigados a nos separar, ofegantes.


— Isto foi pra você não se esquecer de mim — eu disse, respirando rápido.


— Como se isso fosse possível — falou, ainda com o desejo brilhando nos olhos.


— Agora, vá! — disse empurrando-o, tentando brincar. — Te amo!


— Também te amo! — garantiu, se levantando.


Ele pegou sua bagagem, foi em direção à saída, me jogou um beijo e, me dando um último olhar intenso, saiu fechando a porta.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

CAPÍTULO DEZESSEIS "O primeiro amor deixa marcas para vida inteira." Segunda-feira, manhã fria, acordo sozinha, abro os olhos e suspiro desanimada – o primeiro dia sem o Christopher.  A manhã foi deprimente, como imaginei que seria, e assim que desci encontrei mamãe, que mal respondeu meu cumprimento, ficando o tempo todo de cabe&c ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais