Fanfics Brasil - 1 Temporada - 061 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 061

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Ela me olhava de forma estranha, parecia que ao mesmo tempo em que minha confissão a tinha deixado fascinada, tinha também a entristecido ainda mais. Talvez no fundo ela ainda tivesse alguma esperança de que nos arrependêssemos e voltássemos atrás, mas deve ter percebido que isso nunca aconteceria, nunca voltaríamos a ser a família que ela tinha pensado que éramos. Talvez somente agora ela percebesse que, na verdade, nunca tínhamos sido o que ela tinha planejado, talvez somente agora ela começasse a entender que poderíamos continuar sendo uma família, só que um pouquinho diferente de seu sonho inicial.


Por enquanto, não havia nada mais a ser dito, porém senti que, mesmo ela ainda chocada, e sem conseguir nos perdoar, tínhamos dado o primeiro passo para a compreensão dos motivos que nos fizeram agir daquela forma, seja o papai com sua intransigência, seja eu, seja Christopher com nosso amor sem limites.


Segui para a escola, onde encontrei Anahí, e foi com quem, com alívio, abri minha alma, contando tudo o que havia acontecido na noite anterior e naquela manhã.


— Sinto muito pelo que estão passando. Apesar de tudo, acho que foi melhor assim, do jeito que a coisa estava seria apenas uma questão de tempo descobrirem alguma coisa. Continue sendo paciente e apoiando o Christopher, ele vai precisar.


— Pode deixar, apesar dos desafios estamos unidos, agora até mais do que antes — garanti, e depois decidi mudar um pouco de assunto. — Como anda seu rolo com o Alfonso?


— Enrolado! — respondeu, fazendo uma cara engraçada. — Sabe, eu e Poncho temos muita coisa em comum, ambos somos alegres, autênticos, gostamos de dizer o que pensamos, doa a quem doer, e não somos inibidos em demonstrar quando queremos algo ou como queremos — disse, enquanto mexia com a pulseira. — Mas, diferente de mim, ele não gosta de compromisso. — Já ia abrir a boca pra falar, mas Anahí me interrompeu. — Eu sei o que você vai dizer: “Eu te avisei!” Olha, eu entrei nessa com o Poncho totalmente ciente de quem ele é. Acho que inclusive isso faz parte do charme dele, sabe que é mulherengo e não esconde isso. Quando nós ficamos pra valer pela primeira vez, deixou bem claro que não era exclusivo de ninguém, então entrei na parada sabendo onde estava me enfiando, e até que é divertido. A gente marca de se encontrar de vez em quando, nossa afinidade é incrível, mas... — fez uma pausa, ficando pensativa.


— Mas... — incentivei que continuasse.


— Mas tem uma hora que cansa, mesmo ele sendo um gato todo-poderoso — completou, resignada. — Acho que vou começar a procurar algo mais permanente, alguém que queira um compromisso e não pareça ter medo de confiar nos outros, alguém mais maduro.


— Você merece esse alguém e tenho certeza de que vai encontrar! — disse a ela, confiante.


— Espero que você esteja certa — ela disse, meio tristonha. — Estava mesmo começando a gostar dele — falou, suspirando.


“Quando o Christopher voltar, vou pedir para ele ter uma conversinha séria com o Alfonso”, pensei.


— Bem, mas isso agora não importa — ela disse, voltando a ficar animada. — Que tal planejarmos o que fazer para nos divertir, até Christopher voltar? — Realmente, não era da natureza da Anahí ficar triste durante muito tempo.


Naquele final de tarde, nossa cama nova chegou, e papai e mamãe chegaram do trabalho encontrando na frente de casa o caminhão que descarregava o mais novo símbolo da minha união com o Christopher, uma espetacular cama de casal tamanho king-size plus.


Eles assistiram a tudo calados, tentando ignorar o esforço que os entregadores faziam ao tentar subir a cama imensa pela escada. Só para descobrir que ela não passava pela porta, tiveram que descê-la de novo pela escada, levaram-na para o lado de fora e a içaram por cabos para que entrasse pela janela, para extremo constrangimento dos meus pais, pois a vizinhança inteira parou para ver o espetáculo. No dia seguinte, a mais nova fofoca pelo bairro era que os filhos dos Uckermann agora viviam de forma pecaminosa e incestuosa.


Pois é, agora não era só dentro de casa que eu sofria discriminação, antes vizinhos que sempre me cumprimentavam e eram simpáticos me viravam a cara ou fingiam não me ver quando passava.


Na escola não foi muito diferente, assim que as pessoas começaram a notar que eu estava usando aliança, me perguntavam do que se tratava, e eu sempre falava a verdade, que tinha casado.


— Com quem? — perguntavam curiosas, depois de me darem os parabéns.


— Com o Christopher.


— Que Christopher?


Quando explicava, todo mundo deixava cair o queixo e ficava mudo. Alguns se afastavam, tentando disfarçar o susto, outros me olhavam com cara de nojo. Mas a notícia se espalhou mais rápido que erva daninha e logo chegou à diretora, que, chocada, resolveu chamar meus pais para saber se os boatos eram verdadeiros, ou se eu não passava de uma mentirosa compulsiva.


Se a situação já estava feia, a coisa se tornou muito pior, ao ficarmos eu, mamãe e papai de frente para a diretora, meus pais obrigados a não só confirmarem todos os boatos, como nos defenderem, explicando não se tratar de incesto, já que não éramos irmãos consanguíneos.


Ao sairmos da diretoria, me virei pro papai, já pronta para agradecê-lo, mas ele me interrompeu, levantando a mão.


— Só fiz o que fiz e disse o que disse para que não fosse expulsa da escola — afirmou, antes de sair. — Mas quero que saiba, nada mudou na minha forma de pensar.


Foi a semana mais infernal da minha vida. Estava morrendo de saudade do Christopher; nas poucas vezes que conseguimos nos falar aquela semana, não contei nada, pois não queria atrapalhar sua concentração no trabalho. Tinha medo que, se ele soubesse da verdade, desse uma louca e largasse tudo só para vir me consolar – eu o conhecia o suficiente para saber que ele era bem capaz de fazer isso.


À noite, como que, para tentar me sentir mais próxima a ele, dormia vestida com sua camiseta favorita, assim podia passar a noite toda sentindo seu cheiro, enquanto molhava meu travesseiro de lágrimas, deitada sozinha naquela cama gigantesca.


Finalmente, no sábado, pela manhã, ele me ligou avisando que chegaria naquela noite, só não podia dizer ao certo a hora, ia depender de quando acabassem as filmagens.


— Só gostaria que me fizesse um favor. — Ele disse de um jeito que já imaginava o largo sorriso que devia estar dando.


— Qual?


— Me espera usando aquele vestido vermelho-escuro que eu adoro.


— Tudo bem, mas por quê? — perguntei curiosa, e o ouvi rir do outro lado.


— Surpresa! — respondeu, bem humorado.


Finalmente voltei a sorrir, só de saber que o Christopher estava voltando me sentia mais leve e mais forte para encarar qualquer cara feia.


Passei o restante do dia arrumando nosso quarto, colocando lençóis novos e cheirosos na cama e fazendo as tarefas domésticas estipuladas pela mamãe, mas fiz tudo cantando o tempo todo, feliz.


Quando a noite chegou, me preparei tomando um banho gostoso, arrumando o cabelo, fazendo as unhas, me perfumando e me vestindo como ele tinha pedido. Fiquei um tempão na janela, procurando por qualquer sombra que se parecesse com ele, mas as horas passavam e, para meu desapontamento, ele não aparecia. Por fim, vencida pelo cansaço, pelo sono e pelo tardar da hora, adormeci deitada em nossa cama.


Eu estava sonhando conosco lá em Bora Bora, estávamos na praia, deitados na areia morna, nossos corpos molhados e ele tocando meu braço com suavidade. Seu rosto se aproximava do meu, e nossos lábios se tocavam num beijo perfeito.


“Nossa... esse beijo está tão real!”, pensei, durante o sonho.


Foi então que reparei que lábios de verdade se moviam sobre os meus. Abri os olhos, surpresa, e ouvi uma voz:


— Boa noite, Bela Adormecida! — disse alegre, com o rosto próximo ao meu.


— Você chegou! — disse imensamente feliz, pulando da cama e abraçando-o apertado pelo pescoço.


Nossas bocas se encontraram num beijo cheio de amor, paixão e saudade. Quando finalmente nossos lábios se separaram, olhei pra ele com mais atenção, e meu queixo caiu. Nada podia ter me preparado para aquela visão, Christopher de cabelo curto, estilo militar e usando farda.


Farda!


 Minha nossa, estava gato demais, meu pobre coração quase não aguentou, estava simplesmente maravilhoso com aquela roupa. Ele não era um pedaço de mau caminho, era o mau caminho inteiro. Agora eu sabia, se um dia o Christopher desistisse da carreira de ator, ia implorar para ele fazer carreira nas forças armadas, exército, marinha, aeronáutica, não importava, qualquer coisa que o fizesse usar farda!


— E aí, gostou da surpresa? — perguntou, me observando devorá-lo com os olhos.


— Uau! — foi tudo o que consegui dizer, colocando a mão no peito e tentando controlar meu batimento cardíaco exagerado.


— Gravei a última cena com essa roupa e pedi pra ficar com ela mais um pouquinho — disse, um pouco desajeitado, passando a mão pelo paletó. — Sei lá, achei que talvez você fosse gostar de me ver diferente.


— Gostar? Adorei! — disse, passando a mão pelo seu peito, por cima daquela roupa tentadora que combinava perfeitamente com seus ombros largos, depois passei em seus cabelos. — Estão mais curtos.


— Pois é. Eles tiveram que cortar para o personagem, mas daqui a pouco cresce. — disse, como se estivesse se desculpando.


— Está diferente, mas eu gostei assim também.


— Gostou, mesmo? — perguntou passando a mão na nuca, como se estivesse sentindo falta do cabelo que tinha ali.


— Gosto de você de qualquer jeito, mas tenho que confessar hoje você está... —Soltei-o me afastando um pouco, para olhá-lo de cima a baixo. — Simplesmente... nem tenho palavras!



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Ele sorriu meio sem graça, ficando ainda mais lindo. — Bem, eu fiz isso, pensando em algo diferente para comemorarmos nossa nova fase. — Nova fase? — perguntei confusa, e ele se aproximou, me abraçando novamente. — A fase da liberdade — respondeu, enquanto eu sorria. — Quero uma noite especial, quero dançar com minh ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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