Fanfics Brasil - 1 Temporada - 067 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 067

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CAPÍTULO DEZENOVE


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"O amor é o ultimo sentimento antes de uma briga e o primeiro depois da reconciliação."




— Por que não? — ele insistia.


— Porque dessa vez nós fomos longe demais! — respondi. — Apesar dos pesares, quero conviver bem com nossos pais, não precisamos fazer uma exibição pública diária da nossa vida íntima só porque eles não aceitam a nossa relação. Por favor, Chris, tente entender!


Ele estava bufando. Eu sabia que todo aquele clima de estresse dentro de casa mexia muito com ele, sabia que a constante indiferença do papai o magoava, mais do que revelava. Ele estava revoltado e estava extravasando isso da pior maneira, querendo constantemente chocar nossos pais com a exposição de nossas demonstrações amorosas. No início eu tinha até concordado, parecia realmente engraçado, mas o que aconteceu a noite passada e voltou a se repetir, agora há pouco, na sala, me tirou do sério. Eu não ia mais aceitar todas as ideias malucas dele, tinha que impor alguns limites, se quiséssemos continuar vivendo com um mínimo de harmonia.


— Você está com vergonha da gente? — Ele parecia muito aborrecido.


— Você sabe que não! — respondi, firme. — Mas também não precisamos nos expor dessa forma!


— Certo, mas agora estamos no nosso quarto, não é mesmo? — rebateu.


— Sim, mas eu não sou um brinquedo eletrônico, com tecla “liga e desliga”. Estou aborrecida, tenho todo o direito de estar assim, e enquanto eu me sentir dessa forma não rola o menor clima.


— Dulce, isso é ridículo! — ele disse, virando os olhos e erguendo os braços. — Você está deixando que os problemas “deles” — e apontou para o quarto dos nossos pais — interfiram nos da gente! Só porque fomos flagrados fazendo o que qualquer casal apaixonado faz!


— Acontece que não somos qualquer casal, nossa situação é diferente nessa casa, Christopher! — falei, nervosa. — Às vezes, me pergunto o que realmente anda motivando você quando nos amamos, sabia?


— O quê? — gritou, e em seguida fechou os olhos, colocou as mãos na cintura e disse, baixo: — O que você quer dizer com isso? — Mordi os lábios, sem saber se devia responder. — Diga! — insistiu com a voz fria, ainda de olhos fechados.


— Desde ontem, ando me perguntando se o que atualmente te motiva é o seu amor por mim ou apenas desejo de vingança e revolta.


Ele abriu os olhos e deparei com dois lagos gelados que me fitavam.


— Se você tem dúvidas com relação a isso, então não temos mais nada para conversar. — Pegou a carteira em cima da mesa e saiu batendo a porta com força.


Fiquei ali, chocada e trêmula, minhas pernas falharam, e caí sentada na cama. Aquela foi a primeira vez que discutimos desde que nos casamos, e pelo motivo mais idiota possível. Mas eu não podia continuar alimentando aquele comportamento dele, estava magoando desnecessariamente nossos pais e indiretamente a mim também.


Fui até a janela e o vi andando na rua, se afastando de casa e passando a mão nervosamente pelos cabelos. Tinha vontade de descer e chamá-lo de volta, porém não tinha forças, estava completamente sem ação, ainda chocada. Talvez fosse melhor assim, talvez precisássemos desse tempo para colocar as emoções sob controle.


Joguei-me na cama e extravasei toda a minha angústia da única maneira que sabia: abracei meu travesseiro e chorei copiosamente, até cair no sono.


Já devia ser bem tarde quando ouvi um barulho no quarto, como se alguém tivesse tropeçado e deixado alguma coisa cair. Fiquei completamente imóvel e tentei manter minha respiração o mais estável possível. Ouvi o som de roupas jogadas no chão, em seguida senti o peso de seu corpo no colchão ao deitar-se ao meu lado, junto com um cheiro muito peculiar de bebida, que chegou até as minhas narinas. Permaneci imóvel, prestando atenção a seus movimentos, e depois de certo tempo senti que ele estava quieto e sua respiração regular. Fiquei aliviada ao perceber que finalmente tinha adormecido.


Resolvi então me mexer, estava ficando dura de permanecer tanto tempo numa mesma posição. Abri os olhos, virando o corpo, ficando de barriga pra cima e esticando as pernas. Quase gritei de susto quando senti o Christopher me segurando pelos ombros com força, jogando o corpo por cima do meu e me prendendo ali.


— Como você ousa duvidar dos meus sentimentos por você? — disse, com a boca colada na minha, e pude sentir o cheiro de bebida no seu hálito. — Como você ousa duvidar de nós?


Ele estava visivelmente transtornado, mesmo na penumbra do quarto pude ver o brilho intenso e perigoso em seu olhar. Seu corpo estava anormalmente quente, como se estivesse com febre. Também senti suas pernas nuas encostadas nas minhas; ele estava completamente despido.


— Será que você ainda não sabe que nada mais importa? Só você? Será que ainda não sabe que você é o ar que respiro? Você é minha razão de existir, o motivo por que acordo, levanto e encaro qualquer um e qualquer coisa em nosso caminho. Será que ainda não sabe que sou viciado em você? — Ele segurou meu rosto em suas mãos. — Sou completamente viciado no seu cheiro... — disse, passando o nariz pelo meu rosto e parando no meu pescoço. — Na sua pele... — disse, enquanto descia uma mão lentamente pelo meu braço e parava na minha cintura. — No seu corpo... — disse, pressionando o quadril no meu. — Nessa boca que me enlouquece! — E desceu os lábios famintos nos meus.


Meu coração batia tão rápido que parecia que a qualquer momento ia saltar pela boca. Ainda estava em choque pelo ataque inesperado e apaixonado dele. A boca dele movia-se sem trégua sobre a minha, forçando-a a se abrir, invadindo-a sem piedade com a língua. Suas mãos desciam e subiam pelas laterais do meu corpo, desesperada e obsessivamente.


— Estou tendo uma crise de abstinência, Dulce! — disse apressado, ao soltar minha boca por um momento, com a respiração completamente irregular. — Sou viciado em você! Será que ainda não entendeu que preciso de doses diárias e constantes de você para não enlouquecer? Me beija! Deixa eu matar minha sede na sua saliva, deixa eu matar minha fome no seu corpo! Eu te amo!


Não podia nem queria mais resistir a ele. Abri meus lábios e meu coração para recebê-lo, correspondendo com a mesma intensidade.


Não foi nada gentil a forma como ele arrancou minha camisola, não foi nada gentil a forma como me acariciava, parecia dominado por um instinto primitivo e selvagem, demonstrava uma necessidade de mim que estava além da compreensão. Entreguei-me a ele completamente assombrada com o nível das suas emoções.


Ele parecia estar em todo lugar, ao mesmo tempo, em alta velocidade, subindo e descendo pelo meu corpo, beijando, cheirando, mordendo, completamente afoito. Podia jurar que o ouvi até rosnar baixinho.


Ele me segurou forte pelos braços, como se temesse que eu fosse fugir – até parece que conseguiria ou queria, senti seus dedos afundando na minha pele. Abri os olhos e vi seu rosto: parecia estar numa espécie de transe, os olhos fixos, a boca ligeiramente entreaberta, olhando pra mim como se eu fosse uma aparição, como se ainda não acreditasse que era eu ali com ele.


— Você não faz ideia de como preciso de você — disse, de forma desesperada, e então me entreguei a ele, recebendo-o em meu corpo, como uma bainha a sua espada.


***


Acordei assustado, tateando pela Dulce ao meu lado, não encontrando ninguém. Sentei na cama nervoso e ainda tonto de sono.


Eu me lembrava de cada detalhe da noite passada e me sentia péssimo; estava envergonhado e arrependido. Eu tinha atacado a Dulce de um jeito que nunca imaginei que faria, o desejo tinha me consumido por completo. Eu precisava conversar com ela, me desculpar, tentar explicar o inexplicável. Está certo que a bebida contribuiu e muito para meu comportamento alterado, mesmo assim sabia que tinha extrapolado.


Levantei e vesti a primeira calça que encontrei. Já pensava em sair e procurá-la quando a porta do quarto se abriu e ela entrou. Pela surpresa estampada em seus olhos, percebi que não esperava me ver ali, acordado àquela hora. Olhávamos um pro outro, ambos constrangidos, sem saber o que dizer para quebrar aquele clima estranho. Até que ela deu um passo na minha direção, abrindo a boca, sem nada dizer. Estiquei o braço, estendi minha mão, que ela segurou insegura, mas quando nossos dedos se tocaram a mágica aconteceu.


Jogamo-nos um nos braços do outro, chorando juntos ao mesmo tempo. Nossos corpos se sacudiam com a intensidade do nosso pranto, lavando toda a mágoa e ressentimento que estivessem guardados.


— Desculpa! — consegui dizer entre soluços, sentindo sua cabeça no meu peito. — Eu não podia ter feito isso!


— Desculpa! — ela dizia ao mesmo tempo que eu. — Eu nunca devia ter duvidado dos seus sentimentos!


Ficamos assim, nos desculpando e chorando um bom tempo, até que nos afastamos um pouco, olhando no rosto um do outro, e rimos de alívio entre as lágrimas. Passei os dedos carinhosamente por sua face, enxugando as lágrimas que tinham acabado de escorrer.


— A partir de hoje, prometo ser mais cuidadoso, prometo ter mais autocontrole, prometo respeitar mais nossos pais e principalmente você, que é a coisa mais importante da minha vida — falei, com sinceridade. — Você me perdoa?


Ela ergueu os olhos pra mim, numa mistura de assombro, carinho e ternura.


— Como posso não perdoar? — sussurrou. — Você é e sempre será meu amor, meu único e verdadeiro amor. E também prometo ser mais compreensiva e paciente, OK?


— Você não precisa me prometer nada, você é perfeita! — eu disse, puxando-a novamente e beijando seus cabelos.


— Chris, só peço que não deixe de ser você mesmo — ela disse, tranquila. — Eu te amo exatamente do jeitinho que você é, amoroso, sensível, brincalhão e libertino! —Com essa última eu tive que rir, e ela riu também.


— Ah, Dulce! Eu te amo!


— Te amo mais! — ela respondeu.


Beijamo-nos gostosamente, demonstrando toda a alegria que sentíamos por estar fazendo as pazes.



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— Eu só queria que você entendesse essa necessidade vital que tenho de você — eu falei. — Sei que a noite passada ultrapassei alguns limites, mas... caramba! Eu precisava mesmo de você, sabe? Nunca precisei tanto de você, e a bebida colaborou para que eu realmente perdesse o controle. Mas, por favor, entenda que, se errei, err ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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