Fanfics Brasil - 1 Temporada - 071 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 071

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Eu estava evitando ter contato físico com ele a noite toda, procurando conversar com o máximo de pessoas possível, estando em todo lugar ao mesmo tempo, para que ele me visse sempre ocupada e desistisse de vez. Tocá-lo e ser tocada por ele era ao mesmo tempo prazer e dor, era a certeza do que eu ansiava e também do que eu nunca teria. Por isso, fugia covardemente de perto dele. Pensei mil vezes se devia ou não convidá-lo para essa festa, até que a razão venceu a emoção e liguei pra ele com aquele papo de amigos, inclusive sugerindo disfarçadamente que trouxesse alguém, coisa que eu pensei que ele faria, mas me surpreendeu chegando apenas com a Dulce e o Christopher.


E agora eu estava nessa enrascada. Como conseguiria continuar a evitá-lo, se ele teimava em aparecer?


— Olha, agora preciso verificar algumas coisas lá na cozinha — dei a desculpa mais esfarrapada possível.


— Não tem problema — disse. — Espero você voltar.


Droga! Agora eu teria que ir à cozinha, só pra tentar despistar o Alfonso. Fui, fiquei lá uns 20 minutos e voltei, na esperança de ter me perdido de vista. Olhei para um lado, para o outro, e nada dele, por isso respirei aliviada. Tinha dado cinco passos quando senti alguém atrás de mim.


— Voltei, Vossa Majestade. — Nem preciso dizer quem era, não é?


Virei-me, e lá estava ele, com aquele sorrido matador no rosto. Por que ele tinha que ser tão charmoso, irresistível e sexy? Eu estava pirando!


— Certo, mas antes preciso ir ao banheiro.


— Claro, eu espero — ele disse, paciente.


Fui para o banheiro quase em pânico. Tinha alguma coisa errada, o Alfonso não era assim, com essa paciência toda, sempre foi afoito, sem conseguir esperar por nada, agora esse comportamento estranho estava muito esquisito.


Enrolei no banheiro o máximo que eu podia, me olhei no espelho, retoquei a maquiagem, ajeitei a coroa em minha cabeça e saí dali, pois não tinha mais como fugir.


— Se quer dançar comigo, tem que ser agora — eu disse, parando a seu lado.


Ele apenas sorriu e acenou com a cabeça, pegando-me pela mão e me levando pra pista de dança.


***


Finalmente a sorte parecia ter virado a meu favor, pois, assim que colocamos os pés na pista, começou uma música lenta. Segurei sua cintura, mas percebi que ela não estava relaxada, estava tensa e com o rosto sério. Achei melhor começar um papo qualquer para quebrar o gelo. Por que eu estava tão inseguro? Já tinha experimentado toda intimidade física possível com ela, então por que estava me sentindo como se nunca a tivesse visto? Nunca tive problema em me expor fisicamente, mesmo com estranhas, não era esse tipo de pudor que eu temia, já que nessa situação as etapas e os objetivos eram tão claros. Mas expor o coração? Era como saltar de um avião sem paraquedas, ou seja, só um milagre salvaria. Será que eu teria tamanha fé, para que milagres acontecessem?


“O que está acontecendo comigo?”, pensei. “Se eu continuar desse jeito, ficarei pior que o Christopher. Melhor dar um basta na filosofia e partir para a prática.”


Procurei dar meu melhor sorriso insinuante, antes de começar a falar:


— Interessante coincidência, não?


— Qual? — ela perguntou, indiferente.


— Eu e você. Marco Antônio e Cleópatra.


Era de conhecimento público que os personagens históricos de Marco Antônio e Cleópatra, retratados em livros, filmes e peças de teatro, tinham vivido uma relação amorosa e trágica.


— Sim. Relacionamento tumultuado — ela comentou.


— Mas eles terminaram juntos.


— E mortos — rebateu, em seguida.


Franzi a testa; aquilo não estava saindo como eu queria. Tinha que achar uma forma de atingi-la. Tinha que admitir, não era bom em palavras como o Christopher, esse papinho romântico nunca foi meu forte. Sempre fui um cara de ação, nisso, sem falsa modéstia, era PhD. Então, resolvi atacar com aquilo que eu sabia fazer melhor.


De forma inesperada e sem dar tempo para protestos, com um braço agarrei Anahí pala cintura, grudando meu corpo no dela, e com o outro a segurei firme pela nuca. Ela me olhou surpresa e, quando abriu a boca para reclamar, a cobri com a minha.


Ela tentou reagir a princípio, tentando socar meu peito e me empurrar, mas não dei trégua, beijei impiedosamente e saí, arrastando-a pelo salão, até que consegui alcançar a parede do outro lado e a prensei num canto, imobilizando-a. Então, de repente, ela parou de lutar e, numa deliciosa rendição, senti suas mãos em meu pescoço e sua boca correspondendo ao meu beijo. Quando reparei que ela tinha entregado os pontos, me afastei, para que respirasse um pouco.


— Por que... por que... — ela dizia, tentando recuperar o fôlego.


— Já sei de tudo, Anahí — disse em seu ouvido.


— Tudo o quê? — perguntou.


— De tudo, do seu primo, de você ser prometida em casamento pra ele, do acordo maluco dos seus pais, de obrigarem você a se mudar pra Alemanha caso não arrume um namorado firme este ano, enfim, de tudo.


— Como é que é?! — ela disse, arregalando os olhos.


— Então, pra te mostrar como eu sou legal, vou fazer a minha boa ação do dia, me oferecendo pra ser seu namorado em tempo integral, que tal? — propus, sorrindo.


Ela ficou me encarando durante algum tempo, provavelmente digerindo o que tinha acabado de falar. Eu estava certo de que ela ia pular de alegria, então não entendi quando, ao invés disso, me soltou, olhando-me furiosa.


— Você está se oferecendo pra ser meu namorado como estivesse me fazendo um favor? Você acha que eu preciso da sua caridade? Você se acha um Todo-poderoso, não é mesmo? E o que sou eu, apenas mais uma de suas conquistas fáceis, tão desesperada por sua atenção, que aceito migalhas? — disse, com raiva. — Pois eu prefiro morar na Alemanha, me casar com meu primo e ter 10 filhos, a namorar você por esse motivo. Idiota!


Ela me pegou completamente desprevenido, com uma força surpreendente para uma mulher tão pequena, que me empurrou e saiu dali marchando duro.


“O que foi que fiz de errado?”, pensei, atônito.


***


Eu e Dulce assistimos, ansiosos, ao momento em que finalmente Alfonso foi dançar com a Anahí. Eles conversaram, dançaram e, depois do ataque poderoso do Alfonso, ficamos animados quando finalmente ela correspondeu.


Mas, para nosso completo espanto, depois de uma breve troca de palavras, vimos Anahí andar furiosa pra longe do Alfonso e ele ficar lá, com cara de otário. O que tinha acontecido para as coisas terminarem assim? Dulce correu atrás de Anahí, e eu fui falar com Alfonso.


— O que aconteceu? — perguntei, assim que me aproximei.


— Eu... eu não sei — ele disse, com sinceridade. — Eu me ofereci para ser seu namorado, e ela ficou com raiva.


— O quê? — perguntei, descrente. — Não pode ser, me conte exatamente o diálogo que vocês tiveram.


Ouvi tudo em silêncio e respirei fundo.


— Alfonso, só tenho uma coisa a te dizer. Seu mané!


— Agora é você que me xinga! — ele disse, aborrecido. — Isso é que dá tentar ajudar os outros! O que fiz de errado?


— Isso que você acabou de dizer, foi o que você fez de errado — tentei explicar. — Nenhuma garota quer ouvir que você quer ficar com ela por pena, Alfonso!


— Mas não foi isso que eu disse! — Ele tentou se defender.


— Bem, não com essas palavras, mas resumindo sua proposta pra ela, foi isso, sim!


— Como eu deveria ter dito? — perguntou, confuso.


— Já pensou que, talvez, bastasse dizer que queria ficar com ela por estar apaixonado? — Ao dizer aquilo, percebi que seus olhos começaram a demonstrar compreensão.


— Eu... bem... quer dizer... — Ele fechou os olhos e suspirou. — Estraguei tudo, não é mesmo?


— Tudo eu não sei — respondi. — Mas, com certeza, você enfiou os pés pelas mãos.


— Eu te falei, Ucker! Eu não sei fazer direito esse negócio de namorar! — disse, nervoso. — Quando o negócio é pegação eu dou aula, mas falou em namorar... sinto-me no Maternal!


— OK, não precisa ficar em pânico, acho que ainda dá para consertar.


— Sério? — perguntou, cheio de esperança.


— Sério — respondi. — Antes, preciso saber uma coisa. Você estaria disposto a tudo pra ter a Anahí como namorada? Quando digo tudo, é tudo mesmo!


Ele olhou espantado pra mim.


— Tudo? — perguntou, inseguro.


— Sim, tudo. — Olhei debochadamente para sua roupa de general. — Ou essa fantasia aí é só fachada?


Ele ergueu as costas, me olhou duro e disse, com firmeza:


— Pode dizer, encaro qualquer parada!


E expliquei meu plano mirabolante.


— Qualquer coisa, menos isso! — Alfonso disse, apavorado.


— Você disse que encarava qualquer parada — lembrei, calmo. — Agora, você vai lá, naquele palco, se declara pra ela na frente de todo mundo e canta uma música bem romântica.


— Como é que vai ficar minha reputação? — reclamou.


— Não é hora de pensar em reputação, Alfonso! Caramba, quer ou não quer a gata?


— Quero — disse, enxugando o rosto com as mãos. — Nossa! Nunca pensei que fosse tão difícil iniciar uma vida de monogamia.


— Considere esse seu batismo de fogo — disse, sorrindo. — Agora, chega de perder tempo, vamos lá!


Fui na frente, com o Alfonso atrás de mim, que nem cachorrinho com o rabinho entre as pernas. Falamos com o pessoal da banda e toparam nos ajudar na hora, quando souberam do motivo romântico por trás de tudo. Pedi o repertório deles para escolher a música ideal e, depois de muito procurar, escolhi uma e a mostrei pro Alfonso.


— O quê? — quase gritou. — Além de romântica, tem que ser brega?


— Motivos desesperados exigem ações desesperadas. Quer ver uma garota se derreter de verdade? Cante uma música bem brega pra ela — respondi, seguro. — Acha que dá para encarar?


Em vez de me responder, Alfonso começou a pular no mesmo lugar, como se estivesse fazendo preparação física para entrar num ringue de luta. Rodou o pescoço, estalou os dedos, sacudiu os braços e respirou fundo.


— Pode trazer os fuzileiros, eu encaro! — falou, ao final do estranho ritual.


— Beleza! Agora vai lá, pega aquele microfone e faz o seu show!


E foi o que ele fez.



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*** Assim que subi no palco, percebi que todos na festa pareciam surpresos pela música ter parado de repente, e alguns começavam a reclamar. Entre a multidão surpresa, vi Dulce abraçando Anahí, que parecia estar chorando no seu ombro. Quando me dei conta, estava com o microfone na mão, começando a falar. — Boa noite! & ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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