Fanfics Brasil - 1 Temporada - 073 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 073

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CAPÍTULO VINTE E UM 


vondy


"E, um dia ela partiu. E ele ficou, com o coração partido!"


— Amor, acorda! — senti Christopher me abraçando gentilmente.


Abri os olhos assustada, e foi então que reparei que tinha gritado de verdade. Confusa, passei a mão na testa, piscando os olhos, aliviada ao perceber que estava na minha cama, deitada com meu marido.


— Você está bem? — perguntou, preocupado.


— Sim, só me dê um minuto — respondi, respirando fundo, procurando me acalmar.


— Foi o mesmo sonho? — Não tive coragem de falar e apenas confirmei com a cabeça. — Já é a terceira vez essa semana que você tem esse sonho.


Ele me puxou, para que deitasse em seu peito, enquanto acariciava delicadamente meus cabelos, e o abracei com força, completamente tomada pelo medo. Era sempre o mesmo sonho, o mesmo que eu tive em Bora Bora. Eu me via sozinha, andando numa mata escura, em meio a uma terrível tempestade, cansada, molhada e com frio. Começo a procurar por abrigo e encontro uma caverna, mas, uma vez dentro dela, me perco, chamo desesperada por ajuda, chamo pelo Christopher e, às vezes, tenho a impressão de que consigo ouvi-lo, por isso começo a correr, chamando desesperada por ele, procurando uma saída, gritando por socorro, e então acordo.


— Você começou a ter esse sonho desde que te contei que vou viajar de novo — falou baixo em meu ouvido.


Christopher tinha recebido uma proposta para fazer um comercial e, como queria muito trabalhar e conseguir dinheiro para que pudéssemos ter nosso próprio espaço, aceitou na hora. Infelizmente, como nem tudo é perfeito, as locações eram em outra cidade. Quando ele me contou sobre tudo, perguntando minha opinião, claro que o apoiei, afinal era a profissão dele, tinha que me acostumar logo com isso.


Eu sabia que, futuramente, dependendo da proposta e do tamanho da produção, ele poderia ficar meses gravando em um lugar distante, então não podia fazer de poucos dias um problema. Porém, ao me lembrar dos fatos que ocorreram da última vez que ele se ausentou, tremi de pavor. Tinha sido tão difícil suportar tudo aquilo sem ele, mesmo assim tentei não demonstrar nada, para não atrapalhar seus planos e sua concentração no trabalho. Foi nessa época que os sonhos recomeçaram.


— Você sabe que ainda posso desistir de tudo, não é? — ele perguntou.


— Nem pensar! — disse com firmeza, levantando minha cabeça para olhá-lo. — Não vai ser um bando de sonhos bobos que vão atrapalhar nossos planos.


— Mas você fica tão apavorada quando tem esses sonhos — ele disse, segurando meu rosto entre suas mãos. — Não quero te deixar sozinha, acordando assustada no meio da noite e cheia de medo.


— Não se preocupe comigo, já sou bem grandinha e posso me virar. Anda, desfaz essas rugas, assim você vai envelhecer antes do tempo — falei, tocando a testa dele, que estava enrugada de preocupação, tentando brincar.


— Você sabe que nada é mais importante na minha vida do que você, não é? — perguntou, me fitando com atenção.


— Sim, eu sei — respondi, e como sempre ele me emocionava. — Mas, sonhos são sonhos, não precisamos nos preocupar com eles, logo vai amanhecer e eles voltam para o lugar a que pertencem. O esquecimento. Vamos voltar a dormir, quero acordar bem disposta amanhã para aproveitar nosso último dia juntos, antes de você partir.


Voltei a deitar minha cabeça em seu peito, enquanto ele continuava passando as mãos suavemente em minhas costas.


— Posso só te pedir uma coisa? — perguntei.


— O que você quiser.


Molhei os lábios e falei, titubeante:


— Se... se, algum dia, eu me perder e você descobrir que, sei lá, estou em algum lugar estranho ou perigoso, você vem me buscar? — Senti-o estremecer ligeiramente com minhas palavras.


— É claro que sim! — respondeu, imediatamente. — Vou até o fim do mundo, se for necessário!


— Não vai desistir nunca?


— Nunca! Não existe força que possa tirar você de mim. — Ele me abraçou com força, e me senti mais tranquila ao ouvi-lo dizer aquilo.


— Só me prometa mais uma coisa — falei, olhando-o novamente nos olhos. — Nunca me deixe entrar numa caverna e... — Ele colocou seus dedos em meus lábios, impedindo-me de continuar.


— Se depender de mim, você nunca vai chegar perto de uma caverna na vida — ele garantiu, com firmeza. — Você vai sempre estar no lugar que foi feito exclusivamente pra você.


— Onde? — perguntei, e ele aproximou os lábios dos meus antes de responder:


— Nos meus braços. — Em seguida, beijou-me com toda a delicadeza.


Quando ele me beijava assim, sentia que podia morrer naquele momento, sabendo que conheci a plena felicidade de amar e ser amada, que experimentei o júbilo de tocar e ser tocada por ele e de saber que nada podia ser mais perfeito do que tudo aquilo que vivemos juntos até agora. Se fosse necessário, faria e passaria por tudo novamente, apenas pela alegria simples e pura de tê-lo junto a mim.


Senti o beijo se aprofundando, tornando-se apaixonado e exigente, e ele afastou brevemente os lábios dos meus.


— Quer continuar? Afinal, você ainda deve estar abalada... — Foi minha vez de colocar meus dedos em seus lábios.


— Vou ficar mais abalada se você não continuar agora — respondi sorrindo, insinuante.


Observei-o dar um largo sorriso antes de voltar a me beijar, rolando comigo na cama e ficando por cima de mim. Corri minhas mãos por seu corpo, querendo guardar a sensação de tocá-lo nas palmas de minhas mãos, sentindo a textura de sua pele, a firmeza de seus músculos e o seu calor.


Finalmente eu compreendia o amor, ao vivê-lo. Amar era isso, amar e ser correspondida na mesma medida. Depois de passar tanto tempo acreditando viver um amor platônico, podia comprovar a grande diferença que era ter o sentimento retribuído. Ao me despir, ele me fitava quase com reverência, seu toque e seu amor, acendendo uma chama dentro de mim, que ameaçava me consumir por completo.


— Queria fazer uma estátua em sua homenagem — sussurrou, na penumbra. — Para ajoelhar-me diariamente diante dela, beijando suas mãos, seus pés e adorando-a tal qual uma deusa.


Meu coração saltou dentro do peito, diante da força e sinceridade dessa declaração inesperada. Senti-me muito envaidecida, mas também temerosa. Certas coisas não deviam ser ditas, nem certas forças desafiadas. Não me considerava uma pessoa supersticiosa, mas procurava respeitar certos conceitos. Tanto em religiões mortas, como a mitologia grega ou na crença cristã, entre outras, era ensinado que os homens deveriam conhecer o seu lugar, se colocar ou colocar a alguém, ou a algo, no mesmo patamar de seres divinos, não costumava ser tolerado. Temi as possíveis consequências de sua declaração apaixonada.


— Não diga isso! — pedi, preocupada. — É pecado!


Ele sorriu, abaixando-se devagar, e quando percebi a direção que seguia tentei fugir, mas já era tarde demais; estava de joelhos, no chão, na beirada da cama, e tocava meus pés com seus lábios, segurando-os em suas mãos.


— Se te adorar é meu pecado, então sou um pecador, pois nunca encontrei prova maior de divindade que você.


Sentei-me na cama e fitei seus olhos.


— Não posso ser uma deusa, não sou perfeita.


— Pra mim você é. Deixe-me te mostrar. — e, dizendo isso, deslizou seu corpo sobre o meu, tombando-me novamente de forma gentil.


Naquela noite com Christopher, aprendi algo surpreendente: que o amor podia ser, ao mesmo tempo, sagrado e profano.


***


Acordei sozinha na cama aquele sábado. Sorri ao imaginar o Christopher tentando fazer um café da manhã lá na cozinha e resolvi descer para ajudar, antes que fosse obrigada a engolir uma gororoba qualquer. Com certeza culinária não fazia parte de seus talentos.


Qual não foi minha surpresa ao entrar na cozinha e encontrar alguém sentada à mesa, conversando com ele.


— Maite! — disse alegre, assim que a vi. — Que surpresa boa!


— Oi, maninha! — disse se levantando, beijando-me no rosto e me abraçando. — Que saudade!


— Também senti saudade! — comentei, correspondendo ao abraço. — Já está de férias? — perguntei, sentando-me na cadeira ao seu lado.


— Felizmente! Resolvi vir aqui, ver como anda essa família, antes de viajar — contou, sorrindo.


— Qual vai ser seu roteiro esse ano? — perguntei curiosa. Olhei pro Christopher e ele também sorria, animado.


Cheia de empolgação, Maite nos revelou seus planos de ir para a Itália com alguns amigos, e enquanto conversávamos preparei chocolate quente para todos, servindo-o em canecas.


— Hum, está uma delícia! — Maite disse, saboreando com prazer.


— Está delicioso, amor — concordou Christopher.


Quando ele se dirigiu a mim dizendo aquilo, vi Maite nos olhar diferente, e fiquei imediatamente alerta. Maite já havia se formado e atualmente trabalhava na assessoria de imprensa de uma empresa localizada em outra cidade, onde residia. Como o diálogo com nossos pais, andava tão limitado, ainda não tinha certeza se ela já tinha sido informada da minha relação com ele, então fiquei esperando por mais perguntas e imaginando sua reação.


Depois de um momento nos avaliando em silêncio e bebendo o chocolate quente, ela depositou a caneca na mesa e cruzou as mãos.


— Mamãe me ligou semana passada e me contou algo... espantoso! — disse, parecendo escolher as palavras.


Fiquei tensa, olhei para Christopher, ele estendeu a mão pra mim, segurei-a e ficamos de mãos dadas sobre a mesa.


— Então é verdade? — perguntou, olhando fixamente para nossas mãos entrelaçadas. — Vocês estão juntos mesmo?


— Sim, Maite — respondeu Christopher, calmamente. — Nós estamos.


— E é verdade que se casaram? — perguntou, séria.


Apenas confirmamos, balançando a cabeça, e a reação seguinte dela me deixou sem fala: deu uma risada!


— Caramba! Eu daria tudo para ter visto a cara do papai quando soube! — ela não parava de rir.


Realmente, o senso de humor dos Uckermann era estranho.


— Você não está... chocada? — perguntei, ainda surpresa.



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— Claro que estou, seus malucos! — respondeu, enfiando a mão na cabeça do Christopher e arrepiando o cabelo dele. — Para, Maite! — Christopher reclamou. — Querem saber de uma coisa? Sempre achei que tinha um lance estranho entre vocês. — Sempre achou? — perguntou Christopher, descrente. — Hum, hum &mdash ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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