Fanfics Brasil - 1 Temporada - 075 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 075

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— Ah, Chris! — disse mamãe, ao me abraçar. — Finalmente, você chegou! — Maite entrou em seguida, falando no celular com alguém.


— Alguma notícia dela? — perguntei.


— Assim que chegamos, fomos informados de que ela foi encaminhada imediatamente para cirurgia, parece que sua cabeça foi atingida — disse, nervosa.


— Cabeça? — perguntei, preocupado. — Isso é certo?


— Ainda não temos certeza de nada — mamãe desabafou. — Estamos completamente de pés e mãos atados!


— Consegui falar com a Angelique, ela vai pegar o próximo trem para Londres. — disse Maite, desligando o celular. — Sente-se um pouco, Christopher.


— Prefiro ficar em pé — respondi.


Não conseguia sentar, estava nervoso demais, e comecei automaticamente a andar de um lado para o outro. Olhei para papai, que continuava me ignorando, e aquilo me magoou de verdade, nem diante de uma tragédia como aquela o coração dele amolecia.


— Você avisou a mais alguém? — perguntei a Maite.


— Avisei a Anahí, também — ela respondeu.


— Certo, ela também deve avisar ao Alfonso.


Cerca de 20 minutos depois, os dois entravam na sala.


— Chris! — disse Anahí, ao me abraçar. — O que aconteceu? Ninguém quis nos dizer nada!


— Uma recepcionista metida só sabia repetir que não tinha mais informações! — completou Alfonso, ao seu lado.


— Sei a quem se refere — falei, chateado. — Infelizmente, acho que sei tanto quanto vocês.


— Ela está mesmo passando por uma cirurgia? — perguntou Anahí, preocupada, e Alfonso a abraçou pelos ombros.


— Sim — respondi baixo. — Ainda não temos certeza, parece que é algo no cérebro. — Anahí cobriu a boca com a mão, ao ouvir aquilo.


— Fica calma, gata! — disse Alfonso para ela. — Não deve ser nada muito sério.


Ela apenas concordou, movendo a cabeça, e eu desejei ardentemente que ele estivesse certo. O tempo arrastava-se vagarosamente, os segundos viravam minutos, os minutos horas, mas eu não iria me afastar dali por nada. Maite me trouxe um copo com café, mas eu recusei, pois não conseguia engolir nada.


Depois de andar de um lado para o outro sem parar, decidi sentar um pouco. Olhei para o relógio na parede e verifiquei que já estávamos ali havia mais de três horas, e sem nenhuma informação nova.


Papai e mamãe tinham ido à cantina do hospital, e ficamos nós quatro naquela espera horrível. Finalmente um homem vestindo jaleco branco entrou na sala.


— Vocês são a família da paciente Dulce Uckermann? — perguntou educadamente.


— Sim, somos! — respondi imediatamente, ficando de pé. O homem aproximou-se, estendendo a mão.


— Deixe-me apresentar, sou o Dr. Alec Sanders, neurocirurgião do setor de emergência. — Ele apertou a mão de cada um de nós.


— Sou Christopher Uckermann, marido da Dulce — informei, ao apertar sua mão.


— Marido? — Ele me deu o mesmo olhar surpreso da recepcionista. — Tão jovens! Bem, mas isso não vem ao caso, acho que vocês todos devem estar ansiosos por notícias e estou aqui para isso. — Todos o rodeamos, aguardando. — A paciente chegou à emergência inconsciente, em choque, mas sem fraturas, apenas com hematomas pelo corpo e no rosto, o que é bem raro nesse tipo de acidente. — Ao dizer aquilo, todos respiramos aliviados. — Mas, infelizmente, o crânio foi muito atingido, ela teve uma parada cardiorrespiratória...


— Parada cardiorrespiratória, o que quer dizer? — perguntou Maite.


— O coração dela parou por alguns segundos — respondeu, para nosso espanto. Imediatamente levei a mão ao peito.


Como meu coração podia ter continuado a bater, se o dela tinha parado? Parecia ser impossível que isso acontecesse, afinal nossos corações eram um só, o meu deveria ter parado também naqueles terríveis segundos.


— Porém, conseguimos reverter a parada, e seu coração voltou a bater normalmente — disse, tentando nos tranquilizar.


— E o cérebro? — perguntei, preocupado.


— Ela sofreu uma pancada muito forte na cabeça, o crânio sofreu uma fratura, o que deu início a uma hemorragia no cérebro. Fizemos uma cirurgia para conter essa hemorragia, aliviando a pressão no local atingido, e fixamos os ossos no lugar.


Olhei para a cara do Alfonso, que tinha acabado de soltar um gemido baixo. Ele parecia ter ficado verde ao ouvir aquela explicação e levou a mão à boca, como se fosse vomitar. Anahí o apoiou segurando seu braço.


— Então, agora está tudo sob controle? — perguntei, nervoso.


— Conseguimos conter a hemorragia, mas o cérebro está muito inchado, as próximas 24 horas serão decisivas, se dentro desse tempo seu cérebro desinchar, saberemos que o procedimento terá sido um sucesso.


— E se não desinchar? — perguntou Maite, angustiada, e notei que o médico franziu a testa ao ouvir aquela pergunta.


— Bem, então teríamos que submetê-la a outra cirurgia.


— Podemos vê-la? — perguntei, ansioso.


— Infelizmente, não — respondeu, olhando-me com empatia. — Ela está na UTI e está intubada, respirando com a ajuda de aparelhos. Se esta semana o quadro dela melhorar, poderemos removê-la para um quarto, e aí poderão vê-la. — Ele colocou uma mão em meu ombro ao ver minha expressão frustrada com sua resposta. — Ânimo! Ela é jovem e forte, tem muitas chances de recuperação. — Em seguida, despediu-se e partiu.


— Ela vai ficar bem, Chris — Maite falou, me abraçando pela cintura. — Nossa Dulce é dura na queda, ela vai sair dessa!


— Eu sei — falei, baixinho. — Queria tanto vê-la, nem que fosse por um momento apenas.


— Logo, logo você vai ver! — ela disse, me sacudindo. — Lembre-se do que o médico disse: ânimo!


Nesse momento, nossos pais voltaram, e deixei Maite se incumbir de dar as explicações enquanto voltava a me sentar, colocando o rosto entre os joelhos. Ouvi um choro forte e levantei o rosto; vi que era o papai num pranto intenso, abraçado à mamãe. Apesar de tudo, de uma coisa nunca tive dúvidas, papai amava a Marina como se ela fosse realmente sua filha. Desde o início, tinha uma conexão especial com ela, e isso se provava agora mais uma vez, com seu sofrimento ao ser informado do risco de vida que Dulce corria.


Reparei que todos ali já tinham conseguido extravasar sua angústia chorando, até mesmo o Alfonso enxugava disfarçadamente uma lágrima ou outra, enquanto abraçava Anahí. Porém, não sei o motivo, eu não conseguia, parecia que algo dentro de mim tinha fechado todos os meus ductos lacrimais. O choque fora tão grande que simplesmente não conseguia reagir daquela forma, embora até gostaria, pois seria uma forma de aliviar um coração arrasado.


As primeiras 24 horas foram um pesadelo. Sempre que alguém de branco se aproximava da porta, já imaginávamos o pior, e era com alívio que os víamos se afastando. Enfim, na noite seguinte, o médico voltou e chegou sorrindo.


— Boas novas! A paciente está reagindo bem e, embora o quadro ainda seja grave, saiu do estado crítico e está estável. — Todos nos abraçamos aliviados ao ouvir aquilo.


— Ainda não podemos vê-la? — perguntei, esperançoso.


— Ainda não — respondeu, com um sorriso amarelo. — Provavelmente, ela só irá para o quarto daqui a alguns dias.


Suspirei desapontado.


— Eu gostaria de conversar algo importante com vocês — o médico continuou. — Embora a cirurgia tenha sido um sucesso e seu objetivo alcançado, quero prepará-los para as possíveis consequências.


— Que tipo de consequências? — perguntou mamãe, levando a mão à garganta.


— Sequelas, na verdade — respondeu. — O cérebro, mesmo tendo sido atingido superficialmente, sofreu alguns danos, e isso pode gerar algumas deficiências futuras. — Ao ouvir aquilo, senti meu estômago se torcer.


— Deficiências? De que tipo? — perguntei.


— Inúmeras — ele respondeu. — Somente depois que ela acordar é que poderemos avaliar com mais precisão a extensão dos danos.


Voltamos todos a ficar preocupados, parecia que aquele pesadelo não teria fim. Acabava um e começava outro pior ainda. Sentei-me na cadeira completamente devastado. Já haviam se passado 48 horas, e todos já tinham se ausentado em algum momento. Eu era o único que não tinha me retirado nenhuma vez.


— Christopher, vá pra casa! — Maite implorou.


— Não, Maite! — falei, aborrecido. — Se acontecer alguma coisa, quero ser o primeiro a saber!


— Chris, você não dorme há dois dias e mal comeu alguma coisa. Assim você vai ficar doente, e aí, como vai cuidar da Dulce quando ela sair daqui? — Com essa, fiquei sem resposta. — Vá para casa, descanse um pouco, coma alguma coisa e, por favor, tome um banho, ou daqui a pouco as enfermeiras vão começar a perguntar se tem algum rato morto nessa sala! — disse, tentando fazer piada.


— Tá bom, Maite! Você venceu! — respondi conformado.


— Aleluia! — ela disse, franzindo o nariz ao me cheirar.


Peguei o táxi num estado de completa exaustão, e só reparei que tínhamos chegado e estávamos parados em frente à minha casa porque o motorista me chamou ao notar minha imobilidade.


Fui direto para o banheiro, joguei as roupas imundas no cesto de roupa suja e entrei no chuveiro quente, suspirando de prazer. Deixei a água quente correr por minhas costas, ajudando a desfazer os nódulos de tensão. Então me lembrei do dia em que a Dulce fez uma massagem deliciosa, apertando meus músculos com firmeza; na época eu nem sonhava que poderíamos ficar juntos, e a experiência tinha sido motivo de um profundo prazer proibido.


Suspirei novamente ao me lembrar do toque de suas mãos, uma mistura de delicadeza, força e calor que me deixava encantado. Ah, como sentia falta dela!


Não sei quanto tempo fiquei ali, mas foi um banho demorado. Saí do chuveiro pingando, enxuguei-me rápido com a toalha e saí com ela enrolada na cintura, em direção à cozinha. No caminho, cruzei com papai, que como sempre passou por mim como se não estivesse me vendo. A essa altura, eu já não deveria me importar mais com isso, mas a verdade é que ainda doía. Chegando à cozinha, encontrei a famosa macarronada com almôndegas da mamãe, esquentei uma porção generosa no micro-ondas e comi tudo com rapidez, bebendo vários copos de suco de laranja. Ao terminar de comer, senti que todo o cansaço acumulado começava a fazer efeito, e resolvi ir pro quarto antes que dormisse em cima da mesa.


Entrei, fechei a porta, olhei ao redor e fui pego desprevenido com a onda de emoção que me atingiu.



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Cada canto daquele quarto lembrava Dulce, seu perfume de baunilha impregnava o ar e respirei profundamente. Caminhei observando ao redor: vi o computador que ela esqueceu ligado, provavelmente porque saiu com pressa e que mostrava como papel de parede nossa primeira foto como namorados na lanchonete, achei sobre a cama um livro com uma página marcada, o guarda-roupa e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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