Fanfics Brasil - 2 Temporada - 013 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 013

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Se eu tinha alguma dúvida, acabou ali, com o jeito tão absolutamente amoroso que ele me tratava.


Como não ficar completamente cativada com esse nível de devoção? Contei o que tinha acabado de lembrar e, à medida que falava, pude ver seu rosto, antes concentrado, relaxar. Quando terminei, ele esboçava um leve sorriso.


— Então a nossa visita não foi infrutífera. Não era essa a lembrança que imaginei despertar, mas mostrou-se ainda melhor.


— Aconteceu assim mesmo, não foi? Uma cerimônia ao pôr-do-sol?


— Foi. — respondeu simplesmente.


Devagar, coloquei a mão em seu peito, da mesma forma como tinha me lembrado há pouco. Nossos olhos se encontraram e senti aquela conexão imediata que me deixava com vontade de fugir e de ficar ao mesmo tempo. As palavras de minha promessa se repetiam em minha mente, coçaram em meus lábios. Porém, não as repeti, ficaram presas. Eu sabia que as tinha falado, mas eu não era a mesma. Se as repetisse agora, não teriam a carga de sentimento, nem de veracidade da experiência anterior. No momento, seria impossível ratificá-las. Acho que nós dois já tínhamos votos quebrados o suficiente para incluir mais um.


Ele aproximou seu rosto do meu, vi aqueles lábios rosados ficarem mais próximos. Os vapores das nossas respirações saiam longa e profundamente. Estávamos tão próximos que eles se misturavam formando um único vapor. Meus lábios tremeram, revelando meu nervosismo. Não consegui controlar aquela reação involuntária. Não queria demonstrar o quanto sua proximidade era perturbadora, o quanto me sentia cativa daquele olhar, embriagada por aquele hálito. Ele olhou pra minha boca, que voltou a tremer, e fez algo que me deixou mais surpresa do que se tivesse me beijado. De forma gentil, porém firme, afastou-se de mim, esticando os braços.


— Você tinha nove anos quando viemos aqui pela primeira vez.


Olhei-o admirada, tanto pela afirmação quanto pelo beijo que ficou em suspenso. Pedi que continuasse. A história, não o beijo. Sim, eu era uma covarde crônica.


— Foi à véspera da sua primeira festa de aniversário lá em casa. Mamãe tinha avisado que faríamos uma comemoração animada e ficamos muito empolgados, inclusive você. Mas à medida que o grande dia se aproximava, notei que você ficava mais quietinha e reservada. Achei estranho você agir assim, pois, apesar da tranquilidade ser um traço de sua personalidade, naquele primeiro ano, você tinha se comportado de forma alegre e participativa. Estranhei essa mudança de humor. Acredito que tenha até procurado disfarçar, mas já naquela época, observar você era quase um vício pra mim, um prazer secreto.


Era tão assombroso ouvi-lo falar essas coisas, de como seus sentimentos por mim começaram e se desenvolveram. Sua intensidade nunca deixava de me espantar.


— Fui ficando cada vez mais encucado com isso, até que não aguentei mais e fui até você para perguntar se havia alguma coisa errada.


— E havia? — perguntei muito curiosa e estarrecida de não me lembrar de nada disso.


— A princípio você tentou desconversar, mas não me deixei enganar. Insisti um pouco mais e você desabafou, confessando que se aproximava a data de falecimento de seus verdadeiros pais e que gostaria muito de visitar seus túmulos para levar flores. A data era próxima de seu aniversário e você não tinha coragem de falar sobre isso com a mamãe, com receio dela interpretar mal o seu pedido, achando que não se sentia amada ou querida. Claro que achei isso uma tolice, mas você me fez prometer que não ia falar nada. Para resolver essa questão, combinei que a levaria escondido no dia exato, depois da escola. E foi o que fizemos.


— Você fez isso por mim? — perguntei num sussurro.


Ele deu de ombros e enfiou as mãos nos bolsos da calça, meio sem jeito.


— Não foi nada demais. Desde então, tornou-se uma espécie de segredo nosso. Voltávamos todos os anos no mesmo período ou em alguma outra data que você quisesse.


Olhei para os túmulos, o chão estava com várias folhas secas.


— Esse ano nós já estivemos aqui?


— Não, acho que viríamos próximo ao Natal.


Virei-me e comecei a remover as folhas, limpando um pouco.


— É tão... estranho.


— O quê?


— Saber disso tudo, que viemos aqui juntos, que compartilhamos confidências, que testemunhamos tantos acontecimentos marcantes de nossas vidas... É quase apavorante perceber o quanto éramos íntimos.


Ele segurou minhas mãos, parando o que eu estava fazendo. Voltei a olhá-lo.


— Dulce, por anos nos comportamos como apenas irmãos; desenvolvemos uma relação baseada em amizade e cumplicidade, mesmo querendo e sentindo muito além. Entretanto, quero que entenda, e isso é essencial, sempre fui seu amigo, nossa empatia foi imediata, a gente compreendia um ao outro e se respeitava. Quando mais ninguém nos compreendia, sabíamos que encontraríamos no outro apoio e carinho. Preciso que entenda que, apesar de não se lembrar, para mim nada mudou, continuo o mesmo. Se precisar de mim, estarei aqui.


Ao ouvir aquilo, senti algo partir dentro de mim, como uma taça de cristal muito fino que inexplicavelmente trinca. Por essa pequena rachadura começou a sair alguma coisa morna e doce, fluindo pelo meu peito e me permitindo relaxar. Oficialmente Christopher poderia ser meu marido, título que para mim ainda era difícil de aceitar. Mas agora eu sabia que tinha nele um amigo. E isso eu não só queria como precisava desesperadamente.


— Obrigada. — agradeci com voz embargada.


Ele não respondeu, limitou-se a mover a cabeça levemente e apertar minha mão.


— Queria tê-los conhecido. — disse olhando para as lápides.


— Tenho certeza que gostariam de você. — murmurei e depois falei algumas palavras em português.


— O que você disse? — perguntou curioso.


Sorri, antes de responder.


— Algo que minha mãe costumava dizer. “Os amigos são a família que escolhemos”. E eu escolho você.


 


 


 


Prontinho, tá ai os capítulos de hoje.


Então, até quarta-feira.


c



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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