Fanfics Brasil - 4.Rest in peace, little girl Victim of a crime

Fanfic: Victim of a crime


Capítulo: 4.Rest in peace, little girl

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Não demorou muito e eu me mudei de cidade, meus pais pensavam que iria, eu também pensei. Novo ar iria me fazer bem. Fora que ninguém me conhece. Vai ser mais fácil. Além de nova cidade seria uma nova escola. Amigos novos. E Como queria esquecer de vez meu passado não prestei queixa, quem vive de passado é museu. Então vou seguir enfrente e virar a pagina negra da minha vida. E iremos escrever novamente em uma folha branquinha e limpa, sem nenhuma história ruim.


O bairro era legal, minha casa nova também. Estava contente com essa mudança. O cheiro de ar novo me dava esperança. Aos poucos iria conseguir amigos novamente. E tudo seria diferente.


6 meses depois.


Ao entrar no meu Facebook vejo pessoas da minha antiga cidade postando fotos de veneno, além disso, me marcavam. Aquilo me deixou completamente sem chão. Meus amigos novos iriam ver com certeza iriam perguntar, e se não perguntassem iriam descobrir de qualquer maneira, e novamente iria vir aquele inferno.


Porra, agora que eu estava melhorando, que estava começando a deixar minha vida de vícios e remédios. Meus demônios começam a voltar e me atormentar.  Não demorou muito e começou as piadas, para novas fotos de venenos, novas frases, e uma que me marcou foi quando uma menina disse que eu devia tentar outro tipo de veneno, essa menina era a Jenna, aquela que já foi minha amiga. Outros torciam com a minha morte, com frases agressivas e baixas.


Logo tudo que eu havia recuperado no meu processo de melhora veio para baixo. Porra eu cometi um erro, todos são perfeitos ao ponto de não cometer uma droga de um erro? Caramba por que todos apontam o dedo pra mim, como se eu fosse a única culpada da face da Terra. Caralho, por que devo aguentar isso? Por que todos tem que me perturbar e falar que tipo de veneno devo morrer, e além disso, torcer para que eu morra.


Flashback Off


Eu só sei chorar dia e noite. Não aguento mais isso. Não quero mais isso para minha vida. Acabei pensando, por que eu ainda estou aqui?  Ninguém gosta de mim mesmo. Encarei novamente o copo de bebida alcoólica e os remédios em minha mão. Lagrimas cortaram meu rosto


“Nada é mais difícil


Do que acordar sozinho


Perceber que não está tudo bem


É o fim de tudo o que conhece


O tempo continua passando


Mas parece que continuo congelado nele


As cicatrizes são deixadas para trás


Mas algumas são profundas demais para sentir”


Minha ansiedade está horrível, não sai nenhuma vez esse verão, não sei nem o que está acontecendo na rua. Não posso conhecer pessoas, meu passado volta, sempre volta, por mais que tento apagar, isso nunca vai mudar, já tomou uma intensidade enorme, jamais irei acabar com a internet, pois só assim iria me livrar de tudo. Mas existem pessoas que jamais esquecem.


Atualmente a coisa que mais faço é me cortar, cada vez que sinto insegurança, medo, ou raiva, eu me corto, pois só assim eu me sinto melhor. Ver meu sangue é o único alivio hoje eu tenho medo das pessoas. Estou sobre remédios fortes como antidepressivos e acompanhamento de psicólogos, meus pais acham que isso irá me ajudar, mas eu sei que jamais irá resolver. Meus demônios falam alto ultimamente, e todos apontando para somente um lugar, o suicídio.


Flashback Onn


1 mês antes


São férias de verão. Grande merda. Não quero sair de casa. Tenho medo do que possa me acontecer. Meus demônios falavam alto, só me restava oportunidade. Estava decidida, hoje irei colocar fim na minha vida.  Peguei o ultimo saquinho de droga que tinha dentro de uma gaveta, e a consumi, em seguida tomei um energético.


Não demorou muito e comecei a passar mal, comecei a ver tudo girando em minha volta e meu corpo dormente, não sentia dor, sentia desespero, não estava conseguindo respirar. Logo comecei a convulsionar, era terrível, eu estava me sufocando com minha própria baba. Mas sabia que no fim de tudo iria morrer. Não demorou muito e eu apaguei tudo o que vi foi uma escuridão.


Acordei escutado pequenas batidas eletrônicas, ao tentar olhar vi tudo embaçado, mas parecia um aparelho que mostrava meus batimentos cardíacos. Sabia exatamente onde estava. Em um hospital.


Meu pai ficou feliz em ver eu acordando, disse que tive uma overdose, porem agora iria ficar bem, disse que tive sorte em continuar viva. Sorte? E desde quando viver esse inferno que vivo é sorte? Não queria viver, não era para ele me ajudar. Mais que raiva.


Acabei ficando dois dias no hospital.


Flashback off


 Não tenho ninguém nessa droga de vida, não tenho ninguém para eu encostar meu ombro e chorar, onde eu possa encontrar uma esperança. Eu preciso de alguém. Todos precisam, porra olha minha situação, eu estou enfrentando sozinha, e isso é demais para mim. Não aguento mais isso. Ninguém me entende. Ninguém quer entender. Só sabem acusar, pois isso é fácil.


“Essa paz na terra não está certa


(com as minhas costas contra a parede)


Sem dor ou sinal do tempo


(eu sou muito novo para cair)


Então fora de lugar não quero ficar


Eu me sinto errado e este é meu sinal


Eu cheguei à uma conclusão.”


  Coloquei os remédios em minha boca, encarei o copo, olhei para o calendário era 10 de outubro de 2012, esse era o dia da minha morte. Minha liberdade estava a míseros goles. Suspirei, e tomei todo o liquido presente no copo. Comecei e me sentir com sono, mas sabia que era o efeito dos remédios, deitei-me e fechei os olhos. Acabou. Consegui encontrar minha tão esperada liberdade.


“Quando tudo se for e não puder ser recuperado


Parece que não conseguiremos abrigar a dor dentro


Nós todos somos apenas vítimas de um crime”


Fim.


***


E ai, o que acharam? Gente, o pior é saber que essa história é real, a menina realmente se matou. E tudo por perseguições de pessoas idiotas. Existem meninas de vários lugares e de todos os países que ainda está caindo nesse golpe. E podem até se matar, pois elas ficam mal, então em depressão. Chega a pensar que ninguém mais quer ser amigo delas. Vamos dizer um basta. Vamos divulgar essa história.. Vamos mostrar que a pessoa só fez uma coisa errada, não precisamos ficar apontando o dedo e ridicularizando a mesma, como se jamais tivesse feito algo errado. Todos pecam, e nem por isso precisamos e pessoas apontando e nos tratando mal por isso. O que fizeram é CRIME, é foda por que até achar o criminoso que a levou a ter perseguições dificilmente será pego. Como os pais dessa menina se sentiram ao perder a filha? Ninguém deseja isso para seu filho, e nem para si mesmo, além, com certeza todos temos alguém que a gente ama.. Ou é a mãe, a irmã, a prima, a tia, e ninguém quer ver uma pessoa que amamos nesse estado.


Obrigada pela leitura e Beijos



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Autor(a): Mary Harakaly

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