Fanfic: Peças de um quebra cabeça perfeito | Tema: ValeCamil

Nem continuo dobrando as roupas. Desanimei. Ajeitei as que estavam sobre a bancada colocando-as mais ou menos arrumadas dentro do guarda-roupa. Me sento na cama pegando o not. O Twitter e facebook do Jaime estavam logados, mas nem `invado` essa `privacidade` dele. Saio de suas redes sociais e entro no meu twitter. Vejo algumas menções dos meus fãs e óbvio; era inevitável a citação do momento não ser a nossa aparição juntos, no aeroporto do México. Aparentemente eles não desconfiaram muito que acho que foi pelo fato da minha mãe estar junto, mas mesmo assim. De um certo modo eles já sabiam do fato que eu queria velar.

Não estava gostando desse clima chato com o Jaime no nosso primeiro dia em nossa nova casa, mas estava com raiva dele. Ele também as vezes agia como uma criança mimada. Pow, eu quero proteger o que é nosso, quero manter um certo sigilo. Já provei de diversas maneiras o quando eu o amo, o que ele quer mais? De uma coisa eu estava certa; não ia abrir todas as janelas e gritar aos quatro ventos que estamos juntos. Será que ele não entende que isso poderia servir de brecha para pessoas maldosas que não querem ver o nosso bem? Aff. Balanço a cabeça para me livrar dos meus pensamentos.

Me direciono para o banheiro, lavo meu rosto e escovo os dentes em seguida vou em uma das minhas malas para pegar minha camisola. A visto e me deito na cama. Ligo um pouco a TV e coloco em qualquer canal.

Fiquei uns minutos assistindo, mas não conseguia ficar bem sabendo que Jaime estava chateado. Então rapidamente a desligo me levantando da cama. Passo pela porta do quarto logo descendo as escadas.

Angélica: Amor! - o chamo parada no último degrau da escada esperando ele esboçar alguma reação ou me responder, que não o faz. Vou andando de mancinho até a cozinha e quando chego perto dou uma breve olhadinha e lá estava ele. Sentado na cadeira de costas pra porta, tomando suco. Sorrio de canto ao vê-lo. Vou andando em sua direção lentamente mas paro na metade sem me aproximar muito dele: Jaime! - o chamo. Ele por sua vez se vira dando uma breve olhada pra mim e voltando a sua posição anterior.

Jaime: Fala Angélica! - ele finalmente fala comigo. Vou em sua direção e me sento em uma cadeira próxima, ficando de frente pra ele.

Angélica: Não gosto quando você me chama de Angélica quando está bravo. Soa forte demais! - falo colocando minha mão acima da dele que estava sobre a mesa. Ele manteve-se sério meio triste, nem sabia interpretá-lo muito naquele momento: Amor, não quero te ver chateado. Poxa, eu sei que as vezes eu sou meio bipolar quanto as coisas que digo, mas gostaria que você entendesse o meu lado também. - ele me olhava sem esboçar nenhuma reação de fala, continuo: Você sabe que eu te amo e assim como você eu também já provei de diversas formas. - falo com uma expressão preocupada em meu rosto, no entanto bem calma. Jaime dá uma entortada na boca, respira fundo, tira minha mão de cima da dele e a coloca em sua palma a segurando firme levando até sua boca e beijando.

Jaime: Vem cá! - ele me puxa para que eu levante e me induz para sentar em seu colo que logo o faço. Fico com meu rosto virado olhando firme em seus olhos. Ele prende seus braços em minha cintura, encontrando suas mãos em torno da mesma, e fala: Eu sei Angie, eu sei... Só fiquei chateado, queria muito que você não se importasse para coisas fúteis como um telefonema, ou sei lá... - ele fala me olhando nos olhos e eu mantenho os meus firmes no dele.

Angélica: Jaime, você sabe que nada do que eu penso pra nós é pro nosso mal. Eu sei que as vezes ou quase sempre eu exagero, mas eu quero que você saiba que é somente para o nosso bem. - fico com meus braços apoiados em seus ombros com minha mão acariciando seu cabelo na região da nuca.

Jaime: Eu sei Angie! Fui meio duro nessa parte, confesso, mas só queria que não fosse tão sigilosa essa nossa relação. Gostaria sim de gritar aos quatro ventos que você é minha. - ele fala todo cheio e continua: Vamos esquecer tudo isso, sim? Não suporto ficar bravo contigo pequena. - ele fala depositando uns selinhos em meus lábios, pescoço, antebraço, resumindo me enchendo de beijinhos.

Angélica: Sim amor, vamos esquecer tudo isso! - falo sorrindo, mais pelos seus beijos que me arrepiavam inteirinha.

Jaime: Vamos para o quarto amor? - ele pergunta me soltando.

Angélica: Vamos sim. - me levanto de seu colo puxando sua mão para ajudá-lo a levantar. Ele arruma a cadeira e logo envolve seu braço atrás do meu pescoço até meu ombro oposto. Naquela altura cruzo nossas mãos e coloco meu braço oposto envolve sua cintura e assim andamos juntos até o quarto.

Entramos no quarto e Jaime fecha a porta atrás do seu corpo. Vou até a cama, andando de quatro na mesma até o meu lado dela.

Jaime: O que a Rosy falou amor? - ele pergunta curioso.

Angélica: Ah, ela disse que no sábado vai ter uma reunião de todo elenco a noite na televisa e disse que impreterivelmente temos que estar lá. - falo me ajeitando na cama.

Jaime: Ah, era isso? - ele fala vindo em minha direção na cama.

Angélica: Sim, era só isso amor! - o respondo fastando um pouco meu corpo pra frente pra ele se encaixar atrás de mim e eu ficar no meio de suas pernas.

E ficamos assim. Jaime liga a TV e ficamos assistindo a um filme de terror. Eu não gostava muito, mas estando com ele eu acabei assistindo. Levei cada susto que se não fosse o Jaime ali comigo me abraçando eu tinha infartado. E o besta ainda dava risada de todos os sustos que eu levava. Ele por sua vez não levava susto algum e sinceramente nunca tinha assistido a um filme de terror com alguém tão corajoso do meu lado. Ele me surpreendeu.

Mesmo o filme não sendo o melhor para me fazer dormir eu vou ficando cansada e ficando mais largada em seus braços. Fico com a cabeça encostada em seu braço quase dormindo. Jaime nota que eu estava de olhos fechados e me surpreende com sua voz no pé do meu ouvido.

Jaime: “Sólo tu, sólo yo, no ay nadie más com que yo quiera estar. Sólo tu, sólo yo puedo pasar mi vida entera así...” - ele canta em tom de sussurro em meu ouvido e logo em seguida me abraça mais apertado, me envolvendo mais em seus braços encostando sua cabeça na minha. Sorrio com tudo isso. Me movo e deposito um beijo em seu braço que estava a frente do meu corpo: Angie, está acordada? - ele pergunta ao sentir meu beijo.

Angélica: Claro que estou, mas se você continuar cantando eu vou dormir aqui mesmo. - falo me desprendendo dele, me virando para olhá-lo sentando em uma das minhas pernas: Havia esquecido o quanto você canta tão bem. Tempos que não te ouvia - passo minhas mãos pelo seu rosto. Ele abre um sorriso largo correspondendo minhas carícias.

Jaime: E eu havia esquecido o quanto é bom cantar para quem amamamos de verdade! - ele sorri de canto e eu sorrio terna pra ele. Nem tinha palavras para me expressar, apenas me inclinei para beijá-lo. O beijei com vontade e com todo o meu amor.