Fanfic: Peças de um quebra cabeça perfeito | Tema: ValeCamil

Ficamos um tempão mais com a minha mãe na casa dela. Ela nos serviu sobremesa e quando caiu a tarde fizemos um lanchinho.

O celular do Jaime não parava de vibrar nem um segundo. Como ele estava perto de mim eu sentia o mesmo vibrando em seu bouso direito direto. Eu sabia do que se tratava no entanto me mantive firme e focada no que conversava com a minha mãe. Jaime o pegava por vezes e olhava apenas na tela, mas não olhava o conteúdo todo. No minímo era aquela vadia da Núbia.

Rapidamente quando ele percebe que ela não iria desistir de mandar tantas mensagens então inventa de ir na casa de um velho amigo dele que morava bem próximo da casa da minha mãe. Eu conhecia o amigo dele, sendo assim acabei deixando ele ir, mas eu também sabia que ele não queria que eu ficasse brava com ele pelo fato de ser, com certeza, a Núbia naquelas diversas mensagens e eu de verdade precisava de um tempo sós com a minha mãe, nem que fosse por minutos.

A.Maria: E ai filhinha me conta mais sobre você, como está? - ela pergunta se aproximando mais de mim e colocando sua mão em cima da minha que estava sobre a minha coxa.

Angélica: Ah, bem, você sabe! - desvio meu olhar do dela.

A.Maria: Mas o que houve filha? Você mudou de expressão de repente, depois que o Jaime saiu! - ela coloca as pontas dos dedos em meu queixo virando meu rosto.

Angélica: Ah mãe, estou um pouco encabulada com umas coisas ai! - respiro fundo olhando por vezes pra ela.

A.Maria: Quer me contar Angie? - ela segura mais firme em minha mão, com os olhos fixados em mim, me olhando atenta.

Angélica: Ah mãe não queria te encher com essas coisas, mas... - dou uma pausa na fala e continuo: Me sinto mal em não te falar, na verdade eu quero te falar. - ela balança a cabeça positivamente me dando total espaço para contar: Mãe tem uma mulher que fica atrás do Jaime e isso está me deixando cada dia mais nervosa. Ela não larga ele, fica ligando, mandando mensagem e pra ajudar ela está na novela. Diz o Jaime que é uma velha amiga de trabalho, mas ela se acha no direito de ficar ligando pra ele direto sabendo que ele está comigo. Confesso que tenho um pouco de ciúmes dele, mas sabe, ela fica sufocando com contínuas ligações, mensagens, com que intuito? Claro, querer me deixar mal com ele e me fazer ficar nervosa. - minha mãe me olhava com a mesma expressão preocupada que a minha ao contar. Continuo: Estou começando achar que Jaime já teve alguma coisa com ela no passado e por isso ela está se achando no direito de tentar reconquistá-lo de algum forma. Até pensei que teria problemas com a Heidi depois de tudo que o Jaime me contou sobre seu distanciamento de mim após e durante o seu casamento com ela, mas na verdade não, a pedra no sapato é outra e... Está me deixando muito, mas muito nervosa e preocupada! - termino de contar e minha mãe balbucia algo que não entendo, mas logo é fala claramente.

A.Maria: Você confia nele Angélica? - ela me pergunta e assim que o faz, fico pensativa, mas logo me ponho a respondê-la.

Angélica: Acho que sim mãe! - respondo, com o tom mais baixo da voz.

A.Maria: Sabe Angélica, se você confia nele não tem o que temer. Creio eu que ele nunca deu motivos para você desconfiar dele, então, procura ficar tranquila e atenta quanto essa mulher meu amor. - ela passa sua mão em meu rosto, sempre com a melhor resposta para me dar.

Angélica: É mãe, vou tentar me importar menos, mas confesso que tenho um pouco de medo ou talvez um pouco de insegurança, o que não deveria existir depois de tudo que passamos juntos. - falo com uma expressão preocupada.

A.Maria: Você já conversou com ele Angie? - ela pergunta.

Angélica: Já sim e inclusive Jaime já conversou com essa mulher dizendo que não quer que ela fique de cima dele para que ela não se torne um estorvo para nós. No entanto ela não quer desistir. Estou a ponto de... Sei lá, falar umas poucas e boas pra Núbia ou mais que isso. - falo um pouco mais enfurecida.

A.Maria: Não, não Angélica, não pense assim. Você tem que agir de forma tranquila e idônea, pensa que você carrega um ser dentro de você e não é nada saudável esses tipos de pensamentos e muito menos essa fúria que você sente ou possa sentir por ela. - ela fala tentando acalmar meus sentimentos.

Angélica: Você está certa mami, eu sei que preciso manter a calma, mas não sei, espero que não aconteça, mas quando explodir, não sei como vai ser, como vou lidar. - concordo com ela em partes.

A.Maria: Ou talvez não exploda, não é mesmo? - ela engia a testa falando.

Angélica: Espero que não! - falando a cabeça entortando a boca logo em seguida: Obrigada mãe! - sorrio pra ela a abraçando.

A.Maria: Conta comigo pra tudo, eu te amo mi chiquita! - sorrio pregada em seu abraço.

Fiquei com a minha mãe por mais um tempo. Ela por sua vez, estava tão contente com a minha gravidez que já queria me encher de presentes, acessando a internet e me mostrando roupinhas, sapatinhos, berços e tudo de fofo para menina e menino que tinha. É claro que eu não deixei ela fazer nada precipitado porque afinal eu ainda não sabia qual era o sexo do meu bebê, mas no entanto ela insistia em querer comprar itens unisex, como carrinho, berço entre outras coisas e é óbvio que mesmo assim não deixei. É evidente que são coisas que serão necessárias de fato, mas que para agora seria irrelevante e só serviria para ocupar espaço em casa, então eu disse que quanto a isso ela poderia se preocupar mais pra frente, podendo com certeza me presentear depois e sendo assim ela acaba concordando comigo.

Já estava um pouco cansada. Jaime não havia chegado ainda, então acabei que tirando meus sapatos e deitando no sofá da minha mãe. Eu queria ligar pra ele, mas estava gostoso ficar na casa da minha mãe, então me aconcheguei ficando bem a vontade no sofá dela. Já era provavelmente umas 18 horas da noite. Fiquei assistindo com a minha mãe até que meus olhos começaram a pesar e eu não pude evitar dormir ali mesmo. Estava realmente cansada.

Quando acordo me sento depressa no sofá. Não sei por quanto tempo dormi só sei que acordei hiper assustada com a terrível impressão de que tinha perdido o horário do início da gravação de amanhã. Estava com um lençol fino em minhas pernas que no mínimo minha mãe havia posto.

Jaime: Angie você está bem? - Jaime assim que me vê assustada se aproxima de mim abaixando seu corpo na frente o sofá em que eu estava, afim de ficar mais rende ao meu corpo.

Angélica: Que horas são Jaime? - pergunto buscando o relógio na parede da sala da minha mãe. Assim que pergunto Jaime olha imediatamente para o seu relógio de pulso.

Jaime: São oito horas da noite Angie. - quando ele diz a hora respiro mais aliviada. Ele fala voltando a olhar pra mim pegando em minha mão: O que houve meu amor? - ele pergunta passando a sua outra mão em meu rosto.

Angélica: Tive a impressão de que havia perdido o horário da gravação de amanhã. - passo a mão na testa.

Jaime: Não meu amor, foi só um sonho! - ele sorri dando um beijo em minha mão que ele segurava.

Angélica: Faz tempo que você chegou? - pergunto, soltando da sua mão, me sentando melhor cruzando as pernas e puxando o lençol que me cobria dando espaço para ele sentar do meu lado.

Jaime: Faz uma meia hora. Ia só aparecer por aqui pra te buscar mas te encontrei dormindo e não quis te acordar. - ele fala colocando sua mão direita no meu ombro oposto, me puxando pra deitar nele.

Angélica: Cadê a minha mãe? - pergunto assim que encosto nele.

Jaime: Ela subiu, disse que ia arrumar umas coisas e que depois descia - ele responde imediatamente.

Angélica: Vamos nos despedir dela então. Já quero ir embora. - falo me levantando e colocando meu sapato.

Subimos até o quarto da minha mãe. A porta estava aberta e ela realmente arrumava algumas coisas como havia falado para o Jaime.

Angélica: Licença mami! - peço licença e entro no quarto dela junto do Jaime.

A.Maria: Filhinha, acordou! - ela larga o que arrumava no armário e vem ao meu encontro para me abraçar.

Angélica: Na verdade nem era para eu ter dormido. - dou um breve riso voltando a olhar pra ela.

A.Maria: Você estava cansada meu amor! - ela passa as mãos em meu rosto.

Jaime: É e na verdade precisa descansar mais! - Jaime passa a mão nos meus antebraços, atrás de mim.

Angélica: É, preciso mesmo mãe e na verdade, só subi para me despedir de você. - comento com ela.

A.Maria: Mais já meu amor? Vamos comer alguma coisa! - ela pega em minha mão me puxando para sair do quarto e acompanhar ela até a cozinha.

Angélica: Não mãe, não! Estou sem fome! Só quero ir pra casa tomar um bom banho e descansar, porque você sabe que amanhã meu dia será cheio. - sorrio pra ela pegando em suas duas mãos e dando um beijo em cada uma.

A.Maria: Sem fome nada, tem comer alguma coisa quando chegar ouviu? - ela fala olhando para o Jaime dando um piscadinha apontando para mim.

Angélica: Tá mãe, tá bom! - deposito um beijo em seu rosto.

A.Maria: Eu os acompanho até o portão. - saio, em seguida o Jaime e minha mãe por último do quarto. Ela abre o portão para sairmos: Cuida bem dela Jaime! - minha mãe fala próximo do ouvido dele por estar abraçada.

Jaime: Pode deixar dona Maria! Sua filha continuará sendo bem cuidada. - ele fala balançando a cabeça positivamente olhando fixamente para os seus olhos, em seguida olhando para mim, sorrindo.

Angélica: Tchau mãe! Te amo muito! - falo dando um último abraço e beijo em minha mãe.

A.Maria: Tchau meu amor! Boa sorte amanhã, vai dar tudo certo e se cuida viu? - ela fala pregada em meu abraço.

Angélica: Obrigada mami! Eu espero que dê mesmo! - volto com meu rosto rente ao seu e ela deposita um beijo em minha testa. Sorrio pra ela e logo em seguida entro no carro que já estava com a porta aberta pelo Jaime. Ele deposita um rápido beijo em sua bochecha e vai para o lado do condutor do carro, entrando rapidamente. Acenamos para minha mãe e assim fomos embora.

Assim que chegamos em casa, não espero o Jaime colocar o carro na garagem e já saio. Havia esquecido de tomar meu remédio para enjoo e estava completamente mal. Jaime chama pelo meu nome, mas saio correndo do carro, fechando a porta do mesmo, abrindo rapidamente o portão de entrada.