Fanfic: Peças de um quebra cabeça perfeito | Tema: ValeCamil

Achei meu remédio para enjoo, tomei, em seguida descemos para a sala pra fazer uma horinha e se não me falhava a memória, hoje seria o dia que a Betty viria para arrumar algumas coisinhas aqui em casa. E era um pouco cedo pra sair e queríamos ficar menos possível desocupados lá, ainda mais tendo aquela mulherzinha baixa muito próxima de nós.

Angélica: Ta bom Jaime, chega de beijos chega! - falo enquanto Jaime me enchia de beijos no pescoço, bochecha, boca. Estava sentada com as duas pernas em cima das dele e parte dos pés no sofá. Uma de suas mãos estava apertando minha coxa e a outra atrás da minha nuca, impulsinando um pouco a minha cabeça pra frente, facilitando seus beijos.

Jaime: Não quero parar, estou sentindo sua falta. Você acha fácil ser desprezado quase uma semana inteira por você? - ele fala com seu rosto rente ao meu agora, olhando fixamente em meus olhos.

Angélica: Digamos que você mereceu um pouco! Só um pouquinho! - faço a intensidade do `pouco` com os dedos e ele só me observa com cara de deboche.

Jaime: Mereci um pouquinho, mas você fez dele um poucão! - ele deposita um beijo em minha mão, em seguida volta a beijar meu pescoço.

Angélica: Você sabe que mereceu esse poucão! - falava soltando o ar pela boca, um pouco ofegante, porque seus beijos eram intensos contra a minha pele e eu estava sentindo falta deles. Logo Jaime volta com seu rosto rente ao meu, olha para os meus lábios e os toma. Começa massageá-los apenas com seus lábios, puxando levemente os meus, dando algumas chupadinhas e estalinhos e antes de iniciarmos o beijo meu celular toca. Jaime meio que tenta me impedir de levantar do sofá para pegar em minha bolsa sobre a mesa de centro e atendê-lo, mas eu não podia deixar de atender: Espera James, eu preciso atender! - falo após soltar nossos lábios, tirando minhas pernas de cima dele. Ele me puxa para me dar um último beijo mas não me impede mais. Pego na mesa de centro a minha bolsa voltando a sentar no sofá, e caçando meu celular dentre as inúmeras coisas que eu carregava na mesma, mas finalmente eu acho, passo a mão pela tela: ¿Bueno? - atendo.

Cris: Dona Angélica? - ela fala em um tom de felicidade no entanto não reconheço sua voz de primeiro momento.

Angélica: Quem é? - pergunto.

Cris: É a Cristina, sua empregada aqui de LA. - como eu podia não reconhecer a Cris. Que gafe!

Angélica: Cris, poxa me perdoa! Que bom falar com você mulher! - falo sorrindo, animada em falar com ela, virando meu rosto para o Jaime apontando para o telefone sussurrando que era a Cris do outro lado da linha. Ele balança a cabeça positivamente sorrindo.

Cris: Também estou feliz em falar com você Dona Angélica e também aliviada! - ela comenta.

Angélica: Aliviada? - pergunto curiosa por sua colocação.

Cris: Sim, muito aliviada! Faz tempo que não falo com a senhora e fiquei preocupada. Não liguei antes porque fiquei com medo de atrapalhá-la sabendo que está gravando novela, mas eu realmente precisei te ligar agora. - ela vai falando e eu escutando atentamente.

Angélica: Eu realmente estive muito ocupada esses dias Cris e sabe que eu literalmente esqueci que tenho uma casa em LA. Mas também eu esqueci porque sei que tenho alguém de confiança cuidando dela pra mim. - comento.

Cris: Que nada dona Angélica, eu só faço o meu trabalho. - percebo que ela sorri do outro lado da linha.

Angélica: Mas você me disse que precisou me ligar, aconteceu alguma coisa? - pergunto mais séria agora. Jaime fica atento me olhando, quando eu pergunto.

Cris: Para senhora talvez não seja motivo de ligação, mas eu queria te avisar que as rosas brancas que o senhor Jaime te deu, morreram. - ela fala com um tom de desapontamente na voz e continua: Eu juro dona Angélica que eu estava cuidando bem delas, trocava a água todos os dias que vinha para regar o seu jardim e colocava elas um pouco no sol da manhã. - ela fala um pouco mais enforica. Confesso que lá no fundo fiquei um pouco chateada, porque eram as primeiras flores que o Jaime havia me dado e que ficavam perfeitas naquele meu vaso vermelho, mas não era culpa da Cris.

Angélica: Calma Cris! Fica tranquila! - de repente ela volta a falar.

Cris: Elas começaram a ficar meio amareladas quando você foi embora e daí quase murcharam na semana passada e hoje quando cheguei aqui, as vi mortas. - Cris era superticiosa então falou seriamente que um dos principais motivos que causaram a “morte” das minhas rosas foi por conta da minha mudança de casa, o que fazia um pouco de sentido, até porque, além de estar morando no México agora, essa semana que passou, inteira, eu passei brigada com o Jaime, no entanto se elas morreram é porque de fato essas supertições bobas não eram reais, porque ninguém morreu aqui, graças a Deus! Um lógica meio boba.

Angélica: Só você pra me fazer rir Cris! - falo dando breves risos e continuo: Não se preocupe com as flores, Jaime pode me dar outras e aliás, ele já me deu algo mais valioso que simples rosas. - dou uma pausa na fala virando meu rosto para olhar ele, que sorri assim que eu fixo meus olhos nos seus, segurando uma das minhas mãos e logo em seguida depositando um beijo em minha testa.

Cris: Sério dona Angélica? - ela fala com um ar de espanto na voz: Ele te ama de verdade, então é lógico que te daria algo muito melhor não é mesmo? Mas, mas... - ela gagueja meio sem jeito de perguntar o que é.

Angélica: Quer saber? - eu mesma pergunto se ela quer saber.

Cris: Claro se a senh... - a corto imediatamente.

Angélica: Um bebê! Estou grávida Cris! - falo pra ela com a mão em minha barriga um tanto feliz em lembrar que carregava um serzinho dentro de mim.

Cris: Dona Angélica, mas que maravilha!!! - ela fala muito espantada no entanto muito contente.

Angélica: Sim Cris, você não imagina o quanto estamos felizes! - sorrio largo.

Jaime: Muito felizes! - ele fala próximo do celular para a Cris escutá-lo. Ela solta uma gargalhada ao ouvir a voz do Jaime.

Cris: Parabéns pra vocês dona Angélica, que venha com muita saúde e que vocês sejam cada dia mais felizes! - ela nos parabeniza com uma voz muito doce e terna e eu sorrio boba com cada palavra sua.

Angélica: Obrigada de verdade Cris! Mas por favor pare de me chamar de dona, dona, dona, senhora, senhora, senhora, eu ainda não sou casada. - falo brincando no entanto a repreendendo: Você sabe que já é da família pra mim e pode me chamar de Angie! - complemento.

Cris: Desculpa don... Angie, é que já é um costume! - ela fala de modo engraçado que me faz soltar um risinho.

Angélica: Tudo bem Cris! Bom, peço que continue cuidando muito bem da minha casa, não precisa de esforçar muito, afinal, não tem ninguém ai. Só regue as flores do meu jardim mesmo. Já vou ter que desligar, já está na hora de ir para o set gravar.

Cris: Tudo bem dona Angélica! Pode confiar que comigo estará sempre tudo sobre controle, apensar de não poder ter feito nada mais para impedir suas rosas de morrerem! - ela fala com um tristeza na voz.

Angélica: Tenho certeza que você cuidou muito bem delas! - falo tentando confortá-la.

Cris: Isso sim... Bom, então até mais, bom trabalho para vocês, se cuida e não deixe de ligar quando puder! - ela fala já se despedindo.

Angélica: Sim Cris! Obrigada por tudo, ah e na próxima ligação sem o dona, ouviu? - brinco com ela.

Cris: Pode deixar que eu vou ensaiar isso também! - ela sorri e continua: Mande abraços para o senhor Jaime. - ela complementa.

Angélica: Pode deixar que será dado. Besos Cris! - me despeço dela e assim desligo o celular tocando com o dedo na tela.

Jaime: Wooow, nunca vi uma pessoa com tanto assunto para com a empregada. - Jaime fala assim que desligo o celular, me observando colocá-lo na bolsa.

Angélica: Você sabe que ela pra mim é mais do que uma “empregada” - faço aspas com as mãos, porque de fato não a considerava somente como minha empregada, era pra mim como uma boa amiga também.

Jaime: Eu sei, eu sei, mas afinal onde estávamos? - ele pergunta se referindo ao beijo que ia se iniciar quando meu celular tocou.

Angélica: Estávamos nos levantando do sofá e indo para o set da Televisa, porque se não vamos chegar atrasados. - falo desviando o pensamento do assunto que ele queria, me levantando do sofá e pegando minha bolsa na mesa de centro colocando-a em meu ombro.

Jaime: Mas e o nosso beijo como fica? - ele pergunta, ainda sentando no sofá.

Angélica: Fica pra depois, horas! - coloco a mão na cintura, olhando pra baixo por ele estar sentando.

Jaime: Mas eu quero agora! - ele pega em minha mão e me puxa me fazendo cair no sofá. Dou um gritinho por não esperar e ele imediatamente se poe por cima de mim com parte do peso do seu corpo sobre o meu. Tento falar, mas ele rapidamente toma meus lábios. Ele estava com pressa do beijo e aquilo me fez ter mais pressa em beijá-lo também. Ele introduz sua língua em minha boca, buscando a minha língua que rapidamente se encontra com a dele, as roçando e mudando o lado da cabeça instantaneamente a cada chupadinha que dava em meu lábios inferior. Explorava todos os cantinhos da minha boca e eu fazia o mesmo. Era tão bom sentir o seu gosto, seu beijo bem molhadinho, cheio de prazer.

Como ele estava de um jeito não muito confortável, ele como pode, coloca sua mão em minhas costas, que estava um pouco deitada, induzindo meu corpo a sentar junto com o dele e fazendo força, induzindo meu corpo a sentar de frente em seu colo. Por incrível que pareça fizemos esses movimentos sem soltar nossos lábios.

Agora por estar sentada em seu colo facilitava sua mão livre acariciando quase todas as partes do meu corpo, mas ele mantém sua mão firme em minha coxa, alisando e apertando aquela região. Sua outra mão estava em meu pescoço acompanhando os movimentos do beijo. Jaime já estava determinado beijando a frente do meu pescoço, que era onde ele alcançava, até o colo dos meus seios, dando algumas chupadinhas na região. Meus olhos estavam fechados, respiração um pouco ofegante e minha boca entreaberta sentindo seus beijos e seu toque que fazia meu corpo extremecer. Era lógico que se eu desse mais brecha esses `simples` beijos iam tomar proporções maiores e precisávamos chegar na Televisa hoje e não atrasados, então imediatamente o barro.

Angélica: Jaime, precisamos ir pra Televisa, estamos atrasados... - falo com a voz um pouco falha e as mãos em seus ombros o emburrando, tentando despregar suas mãos da minha cintura e sua boca do meu pescoço. Ele murmura algo contra a minha pele do pescoço, mas logo me solta e assim posso me levantar de seu colo. Ele respira soltando o ar pela boca assim que eu me levanto.

Jaime: Você fez `ele` acordar de um sono profundo! - ele aponta para a frente da sua calça, onde se encontrava seu membro.

Angélica: Então pede pra `ele` dormir de novo porque estamos atrasados já! - pego em sua mão tentando fazê-lo levantar, que era quase impossível com aquele tamanho todo. Ele faz força apoiando sua outra mão no sofá e levantando do mesmo.

Jaime: É meio difícil pedir isso com esse momumento em nossa frente assim. - ele olha para o meu corpo enquanto eu caminhava para pegar a chave no chaveiro e quando ele fala olho sínica pra ele no entanto acabo rindo com esse jeito safado dele.

Como a Betty ainda não havia chegado eu ligaria pra ela avisando que deixaria a chave escondida, próxima do portão de entrada, para ela entrar pode entrar, e o fiz.

Fomos para a Televisa e só de pensar que teria que olhar pra cara daquela azeda da Núbia me dava náuseas. Prometi pra mim mesma que não ligaria para nada do que ela possa falar ou fazer. Como antes agiria como profissional e Jaime também, afinal, era a única coisa que deveríamos ser.

No momento o que eu mais aumejava era que o nosso dia terminasse bem e que voltássemos pra casa com a certeza de que deu tudo certo e encaramos mais um dia de trabalho e mais um dia com a presença dessa mulher ridícula que só fazia de tudo para acabar com a vida de quem está bem.