Fanfic: Peças de um quebra cabeça perfeito | Tema: ValeCamil
De longe eu avisto o Jaime. Ele vem caminhando em nossa direção com passos largos. Não entendi bem, mas ele ainda estava de terno lilás de seu personagem da série.
Estava de cara amarrada, no mínino por ver Otto do meu lado e o pior não foi isso, foi o fato dele já chegar intimidando a presença dele comigo no local.
Jaime: Otto, que maravilha te encontrar com a Angélica! - ele ironiza, olhando fixamente pra ele, sem direcionar a fala a mim e muito menos ligar para o que havia acontecido comigo.
Otto: Relaxa Jaime! Eu trouxe ela pra cá, ela estava morrendo de dor e... - Jaime o corta imediatamente.
Jaime: Quem pediu pra você trazer ela aqui? Eu pedi? Ah não ser que a Angélica se sentiu a vontade de estar com o ex dela... - ele finalmente se direciona a mim. Eu nem sabia o que dizer, só sabia que não ficaria tudo bem.
Angélica: Jaime por favor! - falo em tom de suplica, olhando pra ele em pé em minha frente. Otto estava sentado do meu lado ainda: Otto me trouxe porque eu me machuquei e estava sentindo muita dor, poxa, só entende! - gesticulo com a mão oposta, engiando a testa por ter que olhar pra cima.
Otto: Calma Jaime, eu não fiz isso pra atrapalhar, só queria ajudar. - ele fala com uma certa tranquilidade na voz e esse jeito dele certamente estava deixando Jaime irritado.
Jaime: Angélica não precisa da sua ajuda, ela tem a mim, não precisa de você pra nada, entendeu? Pra nada! - enquanto ele falava, movia o dedo indicador em direção do Otto.
Angélica: Jaime, por favor, estão olhando pra gente, fala mais baixo.
Jaime: Agora você está preocupada em não ser notada por eu estar falando alto aqui né Angélica, mas antes, também não se importou em ser vista por ai, por qualquer paparazzi imbecil quando você estava entrando no carro do seu ex. Não teve o cuidado nem em sujar a minha imagem. - Jaime estava irado, não tinha nem como eu me defender, mas não tinha cabimento ele ficar desse jeito. Parecia que ele não confiava em mim e como sempre tendo pensamentos idiotas e desconfiança desde quando comecei na academia e contei sobre o Otto.
Angélica: Jaime para! Chega por favor!
Otto: Eu já vou embora Angie, não quero brigar e muito menos causar mais discórdia entre vocês. Se cuida! - ele sorri pra mim olhando fixamente em meus olhos, pegando minha mão direita depositando um beijo rápido.
Jaime: Já era tempo de terminar com essa falsidade de fingir que se importa. - ele fala enquanto via o Otto se distanciar de nós. Fecho os olhos respirando fundo assim que o Jaime fala.
Angélica: Por que você está fazendo isso Jaime, porquê? - pergunto sem entender a raiva dele pelo Otto.
Jaime: Ainda você pergunta Angélica? - ele ainda se mantém em pé me olhando abaixo dele.
Angélica: Eu não quero discutir com você aqui, já que você não respeitou o Otto por ter me ajudado e muito menos eu que estou machucada e com dor, por favor respeite o local em que estamos. - sou bem direta e seca em minhas falas direcionadas a ele. A verdade é que Jaime estava com um ciúmes doentiu de mim e isso fazia com que ele desconfiasse até da minha fidelidade.
O enfermeiro entrega as minhas fichas e a receita médica impressa dos remédios que eu precisaria tomar caso sentisse dor e algumas precauções que devia ter. Lá mesmo ele imobilizou meu pulso com uma munhequeira que pegava do meio do meu braço até o pulso e um pouco da mão, colocando em seguida a tipoia para segurar meu braço mais imóvel, e no pé, somente uma tornozeleira. Jaime observava de longe com cara amarrada e sem dizer uma palavra ou mostrar preocupação por mim como sempre costumava mostrar. Preocupado ele estava, mas seu orgulho e sua braveza naquele momento era maior que tudo.
Com meu exames feitos e entregues, já podia ir embora. A cadeira de rodas estava em minha frente e Jaime encostado em uma das paredes opostas de braços cruzados, mexendo no celular. Respiro fundo por estar a uma pilha de nervos com a indiferença dele comigo. Porra! Estamos juntos a tanto tempo, só porque Otto é meu ex, não tem motivo para ele o tratar daquele jeito e muito menos desconfiar de mim. Me levanto do banco, segurando a cadeira com a mão boa e sentando com uma certa dificuldade por estar com a tipoia no braço. Jaime finalmente se mexe, mas já era tarde demais, já estava sentada e mexendo com a mão direita na roda do mesmo e com dificuldade movendo-o para andar.
Angélica: Solta Jaime, não preciso da sua ajuda! - falo brava e querendo ele bem distante de mim naquele momento.
Jaime: Angélica, você está com braço machucado.
Angélica: O pulso! - corrijo ele.
Jaime: Tanto faz, mas está machucado não está? Então sim, você precisa da minha ajuda. - ranjo os dentes, soltando o ar pela boca. Eu estava machucada e precisava da sua ajuda o que eu não queria pro momento. Que ódio de mim, que ódio desse momento desnecessário com o Otto, que ódio do Jaime. A minha única vontade naquele momento, era sair daquele pronto socorro andando, deixando o Jaime ali, sem dizer uma palavra a ele, mas desgraçadamente meu tornozelo estava machucado, não tinha opção e nem escolha, a não ser ir com ele.
Jaime empurrou o carrinho de rodas até o carro que ele havia parado ali perto. Chegando ele desativa o alarme, abrindo a porta pra mim. Ele se abaixa em minha direção, colocando um braço apoiado em minhas costas e o outro embaixo das minhas pernas fazendo força me levantando e me colocando no banco do passageiro, também colocando o cinto em mim. Ele fecha a porta e logo vai deixar a cadeira de rodas de volta no hospital, voltando rapidamente: Seu celular está comigo! - ele fala assim que entra, colocando o cinto e fechando a porta. Bufei passando a mão direita em meu rosto. Mais essa! Ele ia alegar várias e várias coisas por eu ter esquecido meu celular lá: A moça da recepção da academia me ligou dizendo que você tinha saído pro hospital e esquecido o celular lá e a carteirinha. Quando recebi a ligação sai correndo do set de Jane The Virgin que nem deu tempo de tirar a roupa, mas pelo o que vi não era necessário a minha pressa. Você estava bem acompanhada. - ele ironiza, já saindo com o carro.
Angélica: Jaime, porque você está agindo assim? Otto não fez nada demais comigo ele só quis me ajudar e... - Jaime me corta. Hoje ele estava determinado em não me deixar falar.
Jaime: Por que você não me ligou Angélica? Por que preferiu ser ajudada por aquele cara do que ligar pra mim e pedir pra eu ir te buscar e te levar pro hospital? Você não entende que eu morro de ciúmes de você? - ele indaga diversas perguntas a mim um tanto bravo e continua: Ele é seu ex e se um dia você já se casou com ele foi porque de fato sentiu algo a mais por ele e quem garante que isso não pode acontecer de novo? Não adianta falar que não pode acontecer, porque pode... - agora é a minha vez de cortar ele.
Angélica: Não, eu não acredito que você está pensando nessas coisas! - falo em tom elevado na voz, olhando pra ele dirigir: Depois de todo esse tempo que estamos juntos e de tudo que passamos, você ainda acredita na possibilidade de eu voltar a gostar dele? Pelo amor de Deus Jaime! Você ficou maluco ou o que?
Jaime: Maluco eu estou desde quando você me disse que ele estava fazendo academia com você. Agora quer que eu fique tranquilo, te vendo com ele como um lindo casalzinho no hospital te ajudando? - ele fala, ainda todo nervoso: Faltou muito, mas muito pouco para eu não dar umas boas bofetadas na cara amassada daquele cretino. Eu só não fiz isso porque estávamos em um hospital e porque eu respeito você.
Angélica: Jaime meu Deus, o que está acontecendo com você? Você tem noção das coisas que você está falando? Você tem noção da proporção do seu ciúmes sem motivo? - indago diversas perguntas pra fazer ou talvez tentar fazer ele pensar. Ele não fala mais nada, apenas me escuta agora: Você é único pra mim. A gente não pode fazer com que o Otto mesmo sem ter feito nada, atrapalhe.
Jaime: Você devia dizer isso pra você que foi quem deixou ele se aproximar.
Angélica: Ah, claro e eu ia adivinhar que ele iria fazer academia no mesmo lugar que eu? E mesmo assim Jaime, não tem o porquê eu ser desrespeitosa com ele, não falar com ele. Em nenhum momento ele me desrespeitou ou desrespeitou a nossa relação, sabendo agora que estamos juntos. - ele respira fundo, passando suas duas mãos pelo rosto, voltando com as mãos no volante do carro.
Jaime: É o mínimo que ele devia fazer, é tipo que obrigação dele te respeitar e respeitar a nossa relação. - ele gesticula com uma das mãos enquanto falava.
Angélica: Chega Jaime, estou cansada. Eu literalmente não sabia que o seu ciúmes era doentiu assim, você perde a noção das coisas e assim como você disse no bilhete que você escreveu hoje de manhã pra mim “você perde ou melhor perdeu mais um pouco de mim”. - essa foi minha última fala. Jaime esboça uma reação preocupada após eu lembrar do bilhete que ele havia deixado de manhã pra mim. Pelo canto do olho percebo que ele fixa seu olhar sobre mim por uns poucos segundos, ainda preocupado e tenso, mas não diz mais nada também. Encosto melhor minhas costas no banco do carro. O silêncio naquele momento soava. Soava alto. Era um silêncio que pesava, deixando o clima extremamente chato e foi dessa forma que chegamos em casa.
Jaime não colocou o carro na garagem porque ele sabia que ficaria ruim para eu subir as escadas, então imbica o carro na frente. Ele primeiro abre o portão em seguida vem até mim abrindo a porta do meu lado para me ajudar.
Angélica: Não precisa me levar no colo, eu posso me apoiar em você e ir andando. - falo, antes dele me levantar.
Jaime: Não Angélica, eu vou te levar do jeito mais fácil. - ele não me dá ouvidos e coloca sua mão me apoiando pelas costa e a outra em minhas pernas, fazendo força, me levantando e me tirando de dentro do carro. Ele fecha a porta com o pé, me levanto até dentro de casa.
Na sala ele me coloca no sofá e sai logo em seguida de novo pra fora para colocar o carro na garagem. Bufo, porque pensei que ele iria me levar para o quarto, mas quem precisa dele? Ainda aque mancando eu conseguia me movimentar. Me levanto do sofá e lentamente, com passos pequenos vou me locomovendo até a escada, logo chegando e com a ajuda do corrimão vou subindo devagar e sem pressa. Era horrível, porque eu sentia breves dores no meu pé junto com as dores em meu pulso recentemente machucado, mas com cautela logo chego em meu quarto.
Assim que chego, fecho a porta atrás de mim. Respiro fundo pensando em tudo que havia acontecido. Não gostava quando coisas ruins aconteciam e faziam do meu dia turbulento, mas fazer o que né? Ninguém prevê nada antes de acontecer, infelizmente.
Me sento na cama, tiro a tipoia que segurava meu braço esquerdo do pulso machucado e com a mão boa e com cuidado, tiro a tornozeleira do meu pé. Não ia ter como eu ficar com ele em meu pé e pra falar a verdade, acho que nem usaria. A munhequeira do pulso eu não ia conseguir tirar, porque estava muito sensível e por esse motivo eu não conseguiria colocar de novo, então resolvo envolver um plástico nele e tomar banho sem tirá-lo.
Sentada na cama e com uma certa dificuldade e pressa, vou tirando minhas peças de roupas, que apesar de tudo, consigo fazer sozinha. Queria entrar no banheiro antes do Jaime subir e por incrível que pareça, assim o fiz.
Já dentro do banheiro tranco a porta, o que normalmente não fazia, mas eu não queria que o Jaime entrasse e nem se punha a me ajudar. Dando breves passos, penduro meu roupão e entro no box. Regulo a água do chuveiro deixando um pouco mais morna o que me ajudava a tirar um pouco da tensão que regia meu corpo nesse momento, e assim tomei meu banho sossegada. Quando estou quase terminando o banho, Jaime dá duas batidas na porta, isso depois de um bom tempo. Não o respondo. Fecho o chuveiro por ter terminado meu banho, indo lentamente pra fora do box, me segurando em algumas coisas próximas para ir até o meu roupão pendurado. Vendo que havia uma toalha ali próxima, me seco com ela primeiro, já pensando em não me vestir e nem me secar na frente do Jaime. O mesmo, insiste mais duas vezes em bater na porta chamando pelo meu nome, mas não o respondo. Me seco e em seguida coloco o roupão, tirando o plástico que envolvia meu braço com a munhequeira, indo até a porta respirando fundo e a abrindo.
Jaime: Por que você trancou a porta? Fiquei preocupado com você ai dentro sozinha, de pulso machucado e tornozelo. - assim que saio dou de cara com ele e o mesmo, pega em meu antebraço me ajudando a andar.
Angélica: Eu não preciso da sua preocupação e nem da sua ajuda. Eu sei me virar. - falo, enquanto ainda com sua guia, vou até a cama, no qual ele me deixa sentada.
Jaime: Angélica, por favor eu... - o corto imediatamente.
Angélica: Por favor digo eu Jaime! Você é sínico demais! Agora você está preocupado comigo, mas lá no hospital só pensou em ofender o Otto que não te fez nada e muito menos a mim e que pelo contrário do que você pensa, só queria me ajudar. Seu ciúmes doentiu te faz ficar cego. Agora por favor, sai do quarto que eu preciso me vestir. - falo tudo sem parar para respirar, um tanto nervosa.
Jaime: Eu tenho os meus motivos Angélica! E sim eu morro de ciúmes de você. - apesar de eu estar nervosa ele me responde mais sereno, caminhando pra fora do quarto. Passo a mão pelo meu rosto encabulada com todas essas situações.
Autor(a): Juu vc
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Espero o Jaime sair por completo do quarto e fechar a porta e assim me sinto a vontade para tirar o roupão. Não tinha pego nada, então vou até o closet com a mesma dificuldade e dor pra andar, escolhendo uma camisola pra dormir e ali mesmo me vestindo. Outra coisa era o meu cabelo pingando de molhado. Por estar próxima da penteadeira resolv ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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nathalyaespinosa Postado em 07/08/2015 - 17:04:51
FIM... Meu Deus como eu vou sentir saudades, eu não queria que acabasse, mas como dizem "Tudo que é bom dura pouco" . Pensa se você não poderia fazer uma 2ª temporada, pensa com carinho. Obrigada, obrigada, obrigada de verdade, por tudo que você mim fez descobrir, sentir, refletir entre tantas outras emoções. Se fizer outras fanfics, ou continuar essa (que é o que desejo) conta comigo pra ti acompanhar. Beijão, e mais uma vez OBRIGADA.
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martaduarte Postado em 07/08/2015 - 07:57:11
Infelizmente chegou o fim... Quero dizer que foi imensamente prazeroso ler sua Fic, amei cada detalhe, cada dialogo, voce soube como ninguem expressar exatamente os sentimentos de Angelica e Jaime. Atiçou nossas ilusões, nos fez acreditar um romance que tanto torcemos. Sofri junto com eles, torci, acreditei e finalmente tiveram um feliz digno de um romance tão lindo. Mas temos que seguir e sentirei muita falta dessa Fic, espero que vc continue a escrever, tem um imenso talento que não pode desperdiçar. Quem sabe uma continuação, deles lidando com a maternidade/paternidade. seria showww. Fica ai a dica. Obrigada por esse 100 capítulos de pura ilusão, mas como voce disse " a vida e um quebra-cabeça, cabe a nós juntarmos os pedaços e fazer dele Perfeito".... Obrigadaaaa.. Bjs
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nathalyaespinosa Postado em 03/08/2015 - 23:28:10
Continua pf
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nathalyaespinosa Postado em 28/07/2015 - 22:40:52
Vai perdoar sim Angie se n eu vou entrar nessa fanfic e vou ficar com o Jaime!!
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nathalyaespinosa Postado em 28/07/2015 - 21:08:08
Cont pelo amor de Deus n consigo fazer mais nada a n ser pensar nessa fanfic, tirei nota baixa na escola por causa da fanfic,minha mãe disse q eu to ficando louca,traumada,viciada nessa fanfic (minha mãe tacou o not no chão pq viciei) posta logoo
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martaduarte Postado em 27/07/2015 - 23:02:17
Pelo amor de Deus, ele tem que chegar a tempo... Esses dois não podem ficar separados.
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martaduarte Postado em 24/07/2015 - 22:35:34
Triste...
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martaduarte Postado em 22/07/2015 - 23:22:48
Não estou acreditando nisso... Pelo amore, espero que isso não dure muito tempo.
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martaduarte Postado em 16/07/2015 - 23:44:55
não etou gostando dessa aproximação de Otto..
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martaduarte Postado em 08/07/2015 - 15:14:50
Pergunta que não quer calar.... Que tanto Jaime mexe nesse celular, algo esta estranho nisso tudo... Começo achar que Jaime esta escondendo algo tambem.... Tempestade a frente....