Fanfic: As Dificuldades do Amor [VonDy] | Tema: Rebelde

Dulce narrando

4 anos depois...

- Mamãe.. - Noah reclamou enquanto eu puxava suas cobertas.

- Bebê, você tem escolinha hoje.. - disse beijando seus olhinhos, que ele mantinha fechados, cheio de dengo. - Mamãe promete que quando sair do trabalho e for te pegar,  leva você no parquinho.

- Jula mamãe? - ele perguntou, abrindo os olhos de repente, interessado.

- Claro, a mamãe sempre cumpre o que promete. - disse beijando seu rostinho amassado pelo travesseiro, e ajeitando seus cachinhos. Tão parecido com ele... - Agora vamos, você precisa se arrumar!

[...]

- Dulce, amanhã é o seu aniversário, uma sexta-feira e você se recusa a sair com a gente? Que tipo de alienígena você é? - Anahi, minha melhor amiga, perguntou com sua voz indignada.

- Ah, Dul, a Anny tem razão, só se comemora 25 anos uma vez na vida! - Maite completou.

- Só se completa cada idade uma vez na vida, se voces nao sabem. - falei rindo da cara de raiva das duas. - Além do mais, com quem eu vou deixar o Noah?

- O Poncho e o Christian ficam com ele. Os três se adoram. - Anahi sugeriu.

- Claro que não! Quem vai tomar conta de quem? Noah é mais responsável que os dois juntos. - falei rindo.

- Detalhes. - Anny falou, dando lingua em seguida.

- Olha, podemos ir passar o fim de semana lá na casa de praia do Poncho, o que vocês acham? Dul, pensa no Noah, ele vai amar passar um fim de semana na praia. - Anahi disse como se tivesse achado a solução, eu sabia que nao adiantava mais dizer não, um fim de semana na praia seria excelente.

- Tudo bem, suas chatas. - disse, suspirando vencida. - Agora eu preciso ir, tenho uma lista enorme de paciente pra dar banho e trocar curativo. - falei fazendo uma careta.

- Ta certo, tchau, Dul! - nos despedimos e eu segui para meu trabalho.

Depois que eu descobri que estava gravida do Noah, há 4 anos atrás, decidi dar definitivamente um rumo na minha vida. Juntei todo o meu dinheiro, e me mudei para uma cidade vizinha, longe o suficiente para me afastar da minha antiga vida, e aluguei um quartinho no centro da cidade. Os dias foram passando e mesmo tenho uma boa quantia de dinheiro guardada, resolvi ir atrás de emprego antes que eu ficasse sem dinheiro, mas não tinha a qualificação necessária para nenhum trabalho.

Foi aí que vi alguns panfletos desses cursos técnicos, acabei optando por enfermagem. Empreguei boa parte resto do dinheiro que eu tinha e me dediquei ao curso, conciliando minha rotina entre as consultas da gravidez e as aulas.

Quatro meses depois do inicio do curso eu já estava fazendo estágio remunerado em um bom hospital do centro, e seis meses depois eu já estava formada com o emprego fixo.

Foi aqui nesse hospital que conheci a Anahi e a Maite, Anahi é enfermeira como eu e Maite é pediatra. Ambas me acolheram de um jeito maravilhoso, mesmo conhecendo o meu passado, que eu fiz questão de ser sincera.

Aos nove meses de gestação o Noah nasceu. Minha razão de viver. Noah nasceu com um problema respiratório e passou alguns dias na UTI Neo Natal, mas graças a Maite, que é a pediatra dele, meu bebê está aqui comigo hoje e procuro cumprir sempre a minha promessa de quatro anos atrás, criar meu filho da melhor maneira que ele merece e bem longe do pai.

[...]

- Mamãe, a pofessola hoje, disse pa gente fazê um desenho. - ele comentou enquanto tomava um sorvete, sentado no meu colo, em um dos bancos da praça. Sentindo a leve brisa do outono em nossos rostos.

- Foi, meu príncipe? O que você desenhou?

- Desenhei o Noah, mamãe e o au au. - ele falou rindo. Au au é realmente o nome do cachorrinho yorkshire que Noah ganhou das tias no aniversario de três anos.

- Aposto que ficou lindo o desenho. - disse rindo, e limpando seu rostinho lambuzado de sorvete.

- Mas.. A tia disse que tava faltano. - ele parou como se estivesse pensando o que dizer. - Tava faltano meu papai. Cadê o meu papai, mamãe? - ele perguntou inocente.

- Filho.. Seu papai mora longe, nós não precisamos dele. Só a mamãe não serve? - pedi sentindo meus olhos embaçando pelas lágrimas.

- Seve sim, mamãe. Noah ama a mamãe. - ele disse me olhando, e percebendo minhas lágrimas colocou as mãozinhas em meu rosto, sujando minha bochecha de sorvete. - Não chola mamãe, Noah não quer papai não. Deculpa, mamãe.

- Mamãe ama você ta? - falei dando vários beijos em seu rostinho, arrancando gargalhadas gostosas dele. - Sabia que amanhã cedinho a gente vai pra casa de praia do tio Poncho?

- Vamos mesmo mamãe? - ele perguntou animado - Noah vai pa praia! - disse rindo, batendo palmas animado. - Au au também, né mamãe?

- Sim, bebê, o Au au também. - falei levantando e pegando-o no colo. Ele encostou a cabeça em meu ombro, me abraçando, provavelmente cansado do dia na escolinha. - Agora vamos para casa, príncipe.

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E então gente, o que acharam?

Alguém? Sinal de fumaça? Comentário? <3