Fanfic: Apenas mais uma de amor. ♥ | Tema: Rebelde

No sul do país, em uma cidade grande, centenas de garotas e mulheres gritavam na porta do hotel mais famoso da cidade. Algumas choravam de felicidade, outras choravam de ansiedade. Tinham aquelas que dentro da mochila ou da pequena bolsa, guardavam de cartas à presentes de valores altíssimos. Todas estavam ali por um único motivo, por uma única pessoa. Para elas, valia a pena cada segundo de espera. De longe, viram um carro preto se aproximando. Os seguranças já tomavam conta do local, fazendo uma barreira para que o carro pudesse parar na frente do hotel. Os sentimentos eram transformados em gritos e em choros.

Alfonso Herrera saiu do carro acompanhado de seu produtor e amigo, Christian Chavez. Os flashes das
câmeras começaram a invadir a frente do hotel de luxo. Frases como “Poncho, eu te amo” “Lindo” “Gostoso” eram clamadas pelas fãs.

– Vai Poncho, pelo menos um sorriso, caramba! – pediu Christian, com um tom de braveza, acenando para as pessoas.

Alfonso deu um sorriso forçado e a reação já era esperada. A gritaria sem ordem começou novamente, e os seguranças se desesperavam com a euforia. Dentro do hotel já não se ouviam mais os gritos, mas
podiam ver como aquelas pessoas amavam seu ídolo.

– Olá. – um funcionário do hotel se aproximou – Com licença, aqui estão as chaves do quarto de vocês.

Alfonso tomou a chave da mão do rapaz e foi em direção ao elevador.

– Obrigado. – disse Christian antes de correr atrás do amigo, que já estava dentro do elevador.

Os dois subiram até o décimo andar, que fora reservado especialmente para eles e para sua equipe. Poncho foi diretamente para o quarto 108, tirando seu boné e óculos de sol. Estava com dor de cabeça e sem a mínima vontade de fazer ceninhas. Quando abriu a porta do quarto, se jogou em cima da cama de bruços e fechou os olhos, só pensando em descansar e acordar no dia seguinte. Mas todos os pensamentos duraram até Christian abrir a cortina, deixando a claridade de fora tomar conta do cômodo.

– Eu dou exatamente dez minutos pra você sair dessa porr* de cama, tomar um banho e ir lá pra baixo.

Um rapaz baixo entrou no quarto, pedindo licença, já que a porta estava aberta. Colocou as malas de Alfonso perto da cama e Christian agradeceu, fechando a porta.

– Está me ouvindo? – estava começando a ficar nervoso com o amigo, que nem ao menos se mexia na cama. – Po Alfonso, levanta dessa merd*! Você tem uma entrevista daqui a pouco lá em baixo, no salão do hotel. Os repórteres já estão lá esperando a mocinha descer. 

– Me deixa, caralh*. – ele resmungou baixo.

– Caralh* digo eu, porr*! Que bost*. Sabia que você tem um show hoje? Sabia que toda essa merd* de
dinheiro que todo mês você recebe na sua conta, é por causa das pessoas lá em baixo? Daquelas pessoas que nem um sorriso sincero ganhou de você hoje!
– Vai à merd*, Christian! – resmungou um pouco mais alto.
– Vai à merd* você, Alfonso! Eu to cansado disso. É sempre a mesma ladainha. Você ta sempre de ressaca antes dos shows. E eu que tenho que ser sua babá. Vê se cresce!
– Crescer? Pra que eu vou crescer? Pra ficar um chato e entediante igual você? Vai se divertir, Christian. Quer dinheiro? Pega ali na minha carteira e vai em algum puteiro que abra a essa hora. – ele sentou na cama, passando as mãos pelo rosto.
– Vai se f*der! Você não tem responsabilidade, caralh*. Não sei porque ainda trabalho nessa merd*. –
Christian gritava – Você é um moleque, Alfonso. Um moleque! – saiu do quarto, batendo a porta.