Fanfic: Apenas mais uma de amor. ♥ | Tema: Rebelde

A apresentação foi um sucesso, mesmo com a ausência de Maite e o espaço do palco, que em comparação ao teatro, era minúsculo. Receberam muitos aplausos, agradeceram e saíram do palco para irem ao camarim. Anahí não escondia a felicidade estampada em seu rosto, abraçou cada uma das colegas e agradeceu à todas pelo belíssimo espetáculo.

– Que bom que deu tudo certo. – Viviana comemorou.
– Meninas, queria me desculpar pelo que aconteceu. – Karla estava chateada por ter preocupado as amigas e principalmente a chefe da equipe – Especialmente pedir desculpas à você, Annie.
– Tudo bem, Karla. – sorriu, mostrando que estava sendo sincera – Todo mundo erra. – segurou as mãos da colega.
– Ah não! – gritou Angelique com um tom de euforia – Meninas, aquele ali na frente é Alfonso Herrera?
– Ahhhh! – Viviana e Allison gritaram juntas.
– É ele sim. – Karla disse em um tom superior – O meu Alfonso!
– Hahahaha – todas riram, inclusive Anahí.
– Seu Alfonso? – perguntou Allison – Desde quando?
– Desde hoje, querida!

Karla foi em direção ao cantor, que estava rodeado de fãs. Atrás dela estavam Allison, Viviana, Angelique e Anahí. Sim! Anahí estava indo em direção à Alfonso Herrera junto com as colegas. Contrariada, é claro.

– Acho que vou pro camarim e espero vocês lá. – ela disse para Angelique que estava caminhando do seu lado.
– Não, Annie. Você não vai me deixar sozinha no meio dessas meninas loucas.

Angelique era a mais velha da equipe de dança. Com 25 anos, as vezes ficava perdida nos assuntos um tanto quanto adolescentes que surgiam de vez em quando entre elas. Viviana e Karla tinham 19 e Allison 18, mas se comportavam como pré adolescentes. Ainda não tinham maturidade alguma, apesar de serem ótimas dançarinas.

– Então vamos comigo, Angel.
– E perder o autógrafo do gatíssimo Alfonso Herrera? Nunca! – ela riu, pegando na mão de Anahí para apressá-la.
– Ok. Ok. – já estava se acostumando com a idéia de todas serem alucinadas em Poncho – Vai lá. Eu te espero aqui. – encostou em uma parede, bem perto de onde Alfonso se encontrava.

Angelique apenas sorriu e deu mais 4 passos para chegar onde todos estavam. Em volta do cantor, deviam estar umas 10 garotas, incluindo suas amigas. Algumas perguntavam se estava solteiro mesmo, outras pediam autógrafos no corpo, enquanto outras tiravam dezenas de fotos.

– Karla, pede pra ele dar atenção pra gente. – implorou Allison.

A morena se enfiou no meio das garotas, abraçando Alfonso que se assustou, mas sorriu ao se lembrar dela.

– Minhas amigas querem te conhecer. – sussurrou em seu ouvido.
– Traz elas aqui. – ele respondeu enquanto escrevia seu nome na barriga de uma das garotas.
– Meninas! – gritou Karla.

As três, com certa dificuldade conseguiram se aproximar dos dois. Allison estava em choque, enquanto Viviana abraçava Poncho. Angelique ria das amigas, mas também quis tirar algum aproveito dele.

– Então vocês são as amigas da...?
– Karla. – a mesma respondeu, tentando fazer Alfonso se lembrar de seu nome.
– É, da Karlinha.
– So... somos! – Allison respondeu.
– Mas essa cidade só tem mulher bonita, que que é isso hein? – ele sorriu, olhando Angelique de cima em baixo, que logo corou.
– Obrigada. – agradeceram as três.

Anahí observava de longe. Como Angelique tinha virado uma adolescente boba perto dele? Logo ela que sempre foi a mais madura de todas. Tentava observar alguma coisa em Alfonso. Alguma coisa boa que lhe chamasse a atenção. Mas não conseguia. Para Anahí, ele era apenas... bonito.

– Esperando as fanáticas falarem com ele pra você ir lá tirar uma casquinha? – um rapaz perguntou sorrindo.
– Hã? – olhou de lado para ele.
– Estou falando de Alfonso. Está esperando essas doidas sairem de lá, pra você ir falar com ele?
– Ah! – bufou – Não! Estou esperando as doidas das minhas colegas que idolatram esse cara idiota.
– Cara idiota? – perguntou confuso.
– É! Idiota. – sorriu ela.
– Nossa! – surpreso – Você é a primeira mulher que ouço falar mal do Poncho.
– Qual o problema? – perguntou ela sem entender.
– Nenhum. – ele riu.
– Já sei! Você é algum tipo de fã maluco dele também. Acertei?
– É. Pode ser.
– Como assim pode ser?
– Digamos que sou mais do que um fã maluco. Digamos que eu sou um amigo e produtor maluco.
– Ah! – respondeu em um tom de deboche – Então se for defender seu amigo, pode dar meio passo e ir embora.

– Não. Não vou defende-lo.

– Não? – Anahí, pela primeira vez, olhou certo para o moço.

– Não! – sorriu – Concordo que Alfonso é meio inconsequente.
– E idiota! – resmungou ela.
– E irresponsável. – ele continuou.
– E sem educação. – Anahí deu um sorriso torto, como se estivesse contente em ter pelo menos uma pessoa no mundo que concordava com ela.
– E triste!
– E... – ia continuar, mas parou para pensar sobre o que ele havia dito – Triste? – perguntou.
– É! Ou você acha que ele tem esses defeitos porque é uma pessoa má? Tudo isso é uma máscara. Conheço ele desde criança, somos amigos faz muito tempo e ele sempre foi [i]diferente[/i]. Nunca ligou para tudo que dá importância atualmente.
– Como assim? – perguntou interessada em saber mais.
– Qual é o seu nome?
– Anahí.
– Sabe Anahí, a fama e o dinheiro pode transformar as pessoas. – começou a andar em direção onde Alfonso estava, mas parou no meio do caminho e virou-se para a loirinha – A propósito, sou Christian Chavez, prazer. – piscou, sorrindo e continuou a andar.

Anahí retribuiu com um pequeno sorriso e olhou diretamente para Alfonso. Começou a pensar sobre o que Christian lhe disse, mas logo foi interrompida por Angelique.

– Vamos?
– Hã?
– Vamos pro camarim? – Angelique explicou.
– Ah claro! – respondeu balançando a cabeça positivamente, mas logo voltou seu olhar para Alfonso, que tirava uma foto com duas crianças.
– Ele é lindo, não é?
– O que? – ainda olhava pro mesmo lugar.
– Alfonso. Ele é lindo né? E pessoalmente é mais ainda.
– Ah... – desviando o olhar, tentando disfarçar – É. Ele não é feio.

Angelique soltou uma pequena risada e as duas foram em direção ao camarim.

– Alfonso! – gritou Christian com uma garrafa de água na mão – Daqui cinco minutos você entra no palco.
– Ok. – respondeu ele tentando desviar do beijo de uma das fãs.
– Meninas, sinto informar, mas o Poncho vai ter que ir embora agora.
– Ah não! – algumas gritaram.
– Vou fazer show agora. Vão lá ver, ok? – disse Alfonso.
– Bom show. – Karla roubou um selinho dele – Anotei o número do meu celular, qualquer coisa, me liga. – piscou ela, tirando um papel da parte de cima de dentro do seu vestido.
– Ah claro. – ele sorriu.
– Vamos logo! – Christian puxou ele, dando a garrafa nas mãos do amigo e recebendo o papel anotado com o telefone de Karla. E ele já sabia o que fazer com aquele papel amaçado. Iria para o mesmo lugar que todos os outros papéis de telefones iam, diretamente para o lixo.