Fanfic: Apenas mais uma de amor. ♥ | Tema: Rebelde

Alfonso fez seu show. Foi o momento mais lotado do festival. Cantou dez músicas e quando saiu do palco, foi diretamente para uma van que estava lhe esperando atrás do local.

– Foi ótimo o show! – parabenizou Christian.
– Valeu cara. – ele passava uma toalha pelo rosto – Que horas vamos embora daqui hoje?
– Não vamos embora hoje, Alfonso. Vamos amanhã, logo cedo.
– Então quer dizer que a gente pode ir pra alguma boate mais tarde? – se animando.
– Não! Quer dizer que você pode ficar quietinho no seu quarto do hotel, porque amanhã tem almoço com fãs em outra cidade.
– Que merda! Será que esses fãs não tem comida em casa não? Qual a graça de comer comigo? Que encheção.
– Não começa, Poncho!
– Ah cara, mas...

Christian começou a rir, interrompendo Alfonso.

– Que foi? Qual a graça? – perguntou confuso.
– A graça é que hoje eu conheci uma garota que faria de tudo para não almoçar no mesmo local que você.
– Como assim?
– Como assim que ela te detesta, Alfonso. – ele ria.
– Onde você conheceu ela?
– Conheci antes do seu show, enquanto você estava lá fazendo a moralzinha com as fãs.
– Ah! - Alfonso bufou, se lembrando da briga que tivera com Anahí – É uma loira louca?
– Ela te xingou pessoalmente? – agora Christian ria ainda mais.
– Não. Nós tivemos uma pequena discussão. Mas o que ela disse? Ela falou mal de mim pra você? – ele se interessou.
– Ah... Um pouco.
– Dançarina de quinta! – resmungou.
– De quinta nada, cara. É a mulher mais linda que eu vi aqui nessa cidade.
– É... é gostosinha.
– A única gostosa que você nunca pegaria.
– Como não? – se irritando – Eu pego ela fácil e de jeito!
– Não. Não pega, Alfonso. Até porque, pra alegria dela, você e Anahí nunca mais vão se ver na vida.
– Anahí?
– É. Esse é o nome da sua mais nova inimiga.
– Inimiga? Não me faça rir, Christian!

Christian encerrou a conversa por ali. Sabia o quanto isso irritava Alfonso, que desde que começou a fazer sucesso pelo mundo, não aceitava a idéia de alguém não gostar dele, principalmente quando se tratava de alguma mulher, e o pior: uma mulher bonita. Até porque, ele não estava mais acostumado com nenhuma garota lhe rejeitando, já que é o homem mais desejado de todos, no momento.

Anahí chegou em casa, jogou sua bolsa no sofá e se deitou no mesmo. Não parava de pensar no que havia acontecido naquele dia torturante. A briga que tivera com aquele homem irritante não saia da sua cabeça.

– Você sabe com quem está falando, loirinha oxigenada?
– Sei! – balançou a cabeça afirmando – Com o homem mais sem educação e grosso do mundo.
– Você está falando com – ele pegou em seu braço direito com força, fazendo-a aproximar – Alfonso Herrera!

"Alfonso Herrera...". "Maldito nome", pensou ela. "Maldito homem". Os detalhes da discussão iam passando lentamente pela sua mente. Ainda se lembrava da tamanha força que Poncho usara quando pegou em seu braço, a fazendo se aproximar dele. "Maldito toque". "Maldito perfume". "Malditos olhos".

– Annie! – Dulce gritou ao entrar em casa, acompanhada por seu namorado – Eu e Christopher te procuramos tanto naquele festival para te dar parabéns... – se aproximou da amiga.
– E pra te darmos carona também. – completou Christopher fechando a porta.
– É! – afirmou a ruiva – Mas encontramos Angelique e ela disse que você já tinha vindo embora de táxi. Podia ter ligado pra gente, né dona Anahí?
– Que isso gente, não precisava. – respondeu ainda deitada no sofá.
– Que isso digo eu! – Christopher reclamou – Levanta daí... – puxando os braços dela para que se levantasse – ...me deixa te dar um abraço. – ele envolveu seus braços em sua cintura, a pegando no colo.

Christopher e Anahí se conhecem desde os dois anos de idade. Desde então, são muito mais do que amigos, se consideram irmãos. Ele morou no mesmo orfanato que Anahí, porém, teve mais sorte do que ela. Foi adotado quando completou 17 anos por uma família riquíssima, mas nunca deixou de falar com a melhor amiga e até conheceu sua atual namorada, por quem é extremamente apaixonado, através da "irmã".

– Obrigada Ucker. – ela sorriu, lhe dando um beijo na bochecha, enquanto colocava os pés no chão.
– Parabéns meu amor! – Dulce a abraçou – Você estava maravilhosa! Como sempre, a que mais se destaca no grupo.
– Não é à toa que é a chefe da equipe. – brincou Christopher.
– E a queridinha da dona da companhia de dança. – a ruiva completou, rindo.
– Parem de me elogiar ou vou ficar mal acostumada.
Eles riram.
– E então? – Christopher perguntou – Churrascaria, pizzaria, boate, barzinho... Aonde vamos comemorar?
– Hum... – Dulce se intrometeu – Um restaurante japonês cairia muito bem!
– Ai gente, vocês vão me desculpar, mas não estou com vontade de sair hoje.
– Como não? – a amiga estava indignada – Vai fazer essa desfeita?
– Não é desfeita, Dul. Apenas estou sem vontade.
– Não vou deixar, Annie! Hoje foi um dia totalmente esperado por todos, e sua apresentação foi um sucesso. Temos que comemorar! – Christopher tentou animá-la.
– Vamos, Annie! – implorava Dulce.

– Não estou com...

– Ok. – interrompeu Christopher dando um selinho em Dulce – Estou indo pra casa... – deu um beijo na testa da loirinha – Passo aqui às nove, ok? Quero as duas mulheres da minha vida lindas. – sorriu ele, abrindo a porta – Às nove em ponto, ok? Sem atrasos! – fechou a porta.
– Não é justo! – reclamou Anahí sentando no sofá.
– E ah... – Christopher abriu a porta – Sem reclamações! E deixamos você escolher o que quer fazer, Annie. Afinal, a noite é sua! Amo vocês. – fechou novamente a porta, indo embora de verdade.
Dulce ria do namorado e da cara que Anahí fez a cada frase de Christopher.
– Vai ser legal, Annie. Prometo que vamos embora assim que quiser, ok?
– Ok. – respondeu sem ânimo.
– Chame a Maite e as meninas do grupo, vai ser legal.
– Tá, vou chamar.
– Ânimo mulher! – Dulce chacoalhou os ombros da amiga, lhe deu um beijo na cabeça e foi para seu quarto tomar banho.

Anahí ligou para as meninas do grupo de dança e todas adoraram a idéia de ir em uma churrascaria comemorar o sucesso da apresentação. Anahí escolheu a churrascaria mais famosa da cidade, e apesar de não comer muitas carnes por causa de sua dieta, o estabelecimento servia várias saladas deliciosas. Ligou para Maite algumas vezes, mas ela não atendeu, então resolveu se arrumar para o jantar.