Fanfic: Levyrroni: Desde que te vi. | Tema: Levyrroni

Após o café da manhã, Maite elogiou:

- Meu Deus, tia! Que delícia essa comida do campo. É tudo tão mais saboroso. E esse mel? Hmmm nossa. - ela lambia os dedos sujos de mel como uma criança.

Magda riu.

- Realmente, o Mel daqui é delicioso. Eu sempre levava para você, quando era criança. Mas acho que você não lembra, era muito nova...

- É, não lembro mesmo. Mas aqui, o Mel é liberado? Podemos comer sempre?

- Uhum, fazem bastante e sempre deixam um potinho. Fazemos doces, coisas do tipo. E o patrão adora leite com mel.

- E por falar nele, cadê? Ainda não o conheço. - ela dizia. - Preciso fazer uma queixa sobre o capataz..

Sujeito mais mal educado.

- O que aconteceu? O capataz sempre foi tão tranquilo.

- Aquele sujeito jogou o cavalo para cima de mim quando cheguei. Aff. Só de pensar dá uma coisa que....argh!!!!

Maite olhou para o nada e se lembrou da hora em que caiu no chão. Aquele susto. O olhar sério daquele homem. Seu rosto masculino, barba por fazer. Um súbito frio na barriga. Será medo? Aquele carinha havia mexido com seu nervosismo.

Magda olhou para a sobrinha que viajava.

- Ei, menina... acorda! - riu. - Vem, vou te mostrar a casa...

Elas se levantaram e Magda fez questão de mostrar cada canto da sala. Maite ficou admirada pelo luxo sofisticado daquele ambiente. E viu o quanto estava errada ao pensar que seria uma casa feia e velha. Entrando na sala de estar, ela ficou boquiaberta. Era enorme, tinha uma TV enorme também.

- Que fantástico. Nem parece uma fazenda, juro! É tudo tão lindo que dá vontade de viver aqui para sem... - seus olhos bateram num porta retrato de William. Ela franziu o rosto e caminhou até a fotografia. - Tia, esse foi o capataz que jogou o cavalo encima de mim.

Magda olhou e riu da confusão que a sobrinha havia feito.

- William, capataz? Que nada. Esse daí, é o dono disso tudo. O único filho dos donos, que descansem em paz.

- Dono? - Maite gritou com o espanto.

- Shhhhh.

- Então esse cara é meu patrão? Ai, que droga! - fez um bico de desânimo e olhou pra tia. - Já comecei com o pé esquerdo então, que coisa.

- Não seja tão dura. Ele é um cara sério, não é de brincadeiras. Pelo menos, ficou assim desde...

- Desde o que?

- Nada, coisas pessoais. - Magh apontou pra um corredor. - Bom, vamos pro seu quarto. Pedi pra deixarem do seu gosto, com um papel de parede mais vivo e além disso, você poderá descansar.

Com muita insistência, Magda conseguiu fazer a sobrinha dormir. Estava com dó, ela passou bastante horas viajando e estava com uma cara de sono. Foi adiantar umas coisas na casa. Passou o dia inteiro ocupada. Mesmo sendo uma governanta, gostava de ajudar os outros empregados, para se sentir mais útil.

A noite foi caindo. Maite se levantou às 19:50 e quase pulou da cama. Sentiu-se envergonhada por dormir tanto e deixar a tia sozinha. Tomou um banho rápido e colocou uma roupa mais confortável. Desceu para procurar a tia. Andou pela casa toda e se perdeu, pois havia muitos cômodos.

- Ai, desisto. - sentou-se no sofá. - Essa casa é enorme, preciso de um GPS.

A porta se abriu e ela virou para olhar. William, chegando completamente embriagado pelo álcool.

- Vish, o outro encheu a cara. - murmurou. - Boa noite, sr William.

Ela se levantou para tentar ajudá-lo.

- Não me toca garota, eu tô bem... abusada.

- É. - ela o analisou de cima até em baixo. - Tô vendo como está bem. Bem bêbado.

- Não fala asneiras, eu não tô bêbado. Eu tomei só dois copos para não pensar em vagabunda nenhuma.

- Vagabunda?

- É, VAGABUNDA! TODAS AS MULHERES DO MUNDO. - cambaleando ele tentava ficar parado. - NENHUMA PRESTA, E APOSTO QUE VOCÊ TAMBÉM NÃO.

- Eiiiii. - Maite cruzou os braços. - Você nem me conhece, pé de pinga.

- Ai meu Deus, William, você prometeu! - Magh apareceu e puxou William pelo braço. - Vem, vamos tomar um banho gelado.

- Não, você não vai me dar banho. Nem essazinha aí. - olhou com desdém para Maite, que olhava séria.

Pelo visto seu patrão era um amargurado que bebia para esquecer de tudo. Ela subiu e ficou no corredor, ouvindo sua tia tentar fazer ele dormir.

- Promete que se ela ligar, você vai me contar, Magh? Diz que vai me dizer...

- Ela quem? - Magda se fazia de desentendida mas sabia muito bem de quem ele falava.

- A Ximena... Você vai me dizer né? - agora sua voz saia melancólica. - Eu vou falar com ela, e a gente vai se resolver... Não é?

- É, meu querido. É sim. - suspirou, fazendo carinho em seus cabelos. - Agora dorme...

Em 15 minutos, ele dormiu. Não por sono mas sim por estar bêbado. Magda o cobriu e se lamentou por ele estar sofrendo ainda. Pensou que havia superado, aliás, já ia fazer um ano. Apagou a luz e saiu do quarto.

- Ele dormiu? - Maite perguntou.

- Sim... desculpe ele pelo modo que lhe tratou. Ele pode ser durão mas... é uma boa pessoa.

- Não se preocupe, tia... Quem é Ximena? Por quê ele falava tanto esse nome?

- Ah, é uma longa história. Prometo lhe falar algum dia.

Maite aceitou a resposta e foi cozinhar com a tia. Aquela cena não saia de sua cabeça. 

jessmariana: Obrigada :D

William, não chore por ela :`(