Fanfic: Levyrroni: Desde que te vi. | Tema: Levyrroni

Com sua mente talvez confusa, era melhor sem dúvidas pedir ajuda e conselhos a alguém mais vivida. Como sua tia, por exemplo. Assim que chegou na casa grande, foi até ela, com suas dúvidas, perguntas, pensamentos... poderia saber agora, se realmente estava apaixonada, ou era só coisa de sua imaginação, ou quem sabe um ciúme bobo de amiga.

- Tia tá ocupada? - se debruçou no balcão.

- Não querida. Vou desligar o fogo e já lhe atendo. - ela estava de costas. Colocou a tampa na panela e se virou para a sobrinha. - Quer alguma coisa?

- Não sei tia... eu só queria conversar mesmo sobre umas coisas que estão acontecendo comigo. Será que você abre minha mente sobre o assunto?

Claro que sim. Maite tinha agora o apoio total de sua tia. Magh tinha um amor imenso por ela. Sua única sobrinha por parte de irmão. Agora que ela estava sozinha, sem os pais, Magda serviria como uma segunda mãe para Maite se confortar.

- Claro! Mas que assunto?

Maite corou. Olhou para os lados com sua tímidez e falou baixo:

- Sobre amor!

Magh sorriu. Sentou-se para começar a entender as dúvidas da sobrinha.

- Como sabemos quando estamos apaixonados? Damos algum tipo de sinal... sentimos o que exatamente?

- Você nunca se apaixonou antes? - sua tia fez um carinho em sua mão.

- Bom, eu acho que já... mas quando era adolescente. Uns 16 anos e tal... mas agora acho que é diferente.

- E por qual motivo acha isso?

- Eu não sei tia. Isso eu não posso te responder porquê nem eu mesma sei.

Sua tia soltou um longo suspiro e começou a falar tudo o que sentia quando estava com seu finado esposo. Maite prestava atenção, meio constrangida por estar confirmando sua suspeita.

- [...] quando estamos apaixonados por uma pessoa, ela lhe transmite segurança, um bem estar que faz parecer que nada de ruim pode nos atingir. É um frio na barriga que vai para o corpo todo. Amar é sentir os olhos brilharem ao ver essa pessoa... é quando seu coração acelera tanto, que faz parecer que você pode infartar. É um incomodo bom no estomago.

- Caramba! - Maite respirou fundo, buscando ar e confirmou sua suspeita. TUDO batia, tudo se encaixava com o que ela sentia. Estava apaixonada, estava gostando de William. Que droga. Ele tinha uma noiva. Era seu amigo, mas também seu patrão. Por quê isso tinha que acontecer justamente agora que ele recuperou seu amor?

Se a vida queria ensinar alguma coisa a Maite, ela não sabia, só tinha a certeza de que esse sentimento maluco tinha que ser cortado antes que se misturasse com a paixão e a fizesse cometer loucuras que não responderia por si.

- Você tem mais alguma dúvida?

- Não tia. Tudo o que eu precisava saber, você soube me explicar com detalhes!

Magda beijou a testa da sobrinha e voltou ao seus deveres. Maite a ajudou para ela terminar mais rápido, mas sua mente estava lá no campo de flores. No primeiro beijo que ela e William trocaram. Aquilo foi algo natural, um beijo não é sinonimo de estar apaixonado. Mas ela não imaginava que um tempo depois, isso chegaria onde chegou. Qual foi o exato momento que o cupido flexou seu coração? Quando Ximena voltou e William reconstruiu sua vida? Talvez não. Ela não sabia. Ou então da primeira vez que se viram? Acho que também não, pois ela teve uma péssima imagem dele. Então onde? Quando? A que momento? O amor é assim... chega sem avisar, e se for fraco vai embora quando menos esperamos. Ela esperava que isso acontecesse. Logo ia embora. Pensamento positivo. William iria casar e ela se conformaria. Logo conheceria um cara bacana também, se apaixonaria de verdade e ia começar a montar sua família. Pensou numa nova vida e acreditou nela.

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No dia seguinte, William teve que viajar para uma fazenda distante, ali mesmo no interior. Deixou a responsabilidade da casa com Magh como sempre e seguiu tranquilo. Maite tentou evitá-lo o máximo que pôde enquanto ele não fosse. Ver ele fazia seu coração gritar e ela tinha medo que ele escutasse aquele grito.

Ximena aproveitou a saída do seu "gatinho" para fazer uma festa. Sem o que comemorar. Sem razão alguma. Uma festa por uma festa mesmo. Ligou para os amigos da cidade. Maite e Magh tentaram impedir, mas foi em vão. Ela jogou na cara das duas que ali, podia fazer o que quisesse, pois a casa era um pouco dela e logo seria por completo.

Obrigadas a concordar, tiveram que fazer comida para os amigos desocupados de Ximena. William não gostaria nada se visse a bagunça, e com razão.