Fanfic: Levyrroni: Desde que te vi. | Tema: Levyrroni

Peças de roupas pelo chão, bebidas derramadas, copos, pratos, talheres sujos. Essa foi a visão que William teve quando chegou pela manhã. Olhou diversas vezes tentando achar alguma pista de que aquela era realmente sua casa. Tudo estava fora do lugar. Algumas pessoas dormiam no chão. Que péssima visão. Ele ouve um barulho vindo da cozinha e vai para lá, desviando das pessoas.

Maite e Magda estão distraídas quando ele fala, com sua voz nada feliz:

- Alguém pode me explicar o que diabos aconteceu enquanto eu estive fora? - nenhum sorriso brotava em seu rosto.

- Ah! William, pensamos que você só chegaria pela tarde... assim poderiamos limpar tudo. - Magda foi franca.

- Então foram vocês que armaram essa festa? Que bonito!

- Não! - exclamou Maite. - Claro que não, William! De onde tirou isso? Quem fez isso foi sua querida noiva. Pedimos para ela não fazer, mas ela foi muito teimosa. E nos obrigou a fazer comidas e o pobre capataz teve que comprar várias bebidas as pressas.

William com a cara fechada deu um soco no balcão. Era só ele sair que as coisas iram para o espaço? Foi pra sala. Magh e Maite trocaram olhares, ele havia ficado muito estressado com essa história.

Ele foi em casa pessoa, cutucando e mandando ir embora. Sua educação havia ficado na varanda. Não queria saber de ninguém ali. Tinha 10 pessoas, 7 mulheres e 3 homens mas era bastante óbvio que não foram apenas essas que fizeram a bagunça. Com certeza, o resto dos desocupados já haviam ido.

Ximena descia as escadas quando ouvia William expulsar todo mundo. Ficou muito indignada e já foi pra cima dele com toda sua autoridade.

- WILLIAM! ISSO É JEITO DE FALAR COM MEUS AMIGOS?

- Essa casa é dos meus pais! Eles morreram então agora é minha! E SENDO MINHA CASA EU FAÇO O QUE BEM ENTENDER!

Ximena engoliu seco e "saiu do salto". Pediu desculpas baixinho para os amigos e os levou até a porta. William estava com raiva, e nada melhor que uma cena infantil e boba pra resolver isso:

- Desculpa môzinho. - Ximena sentou no colo de William. - Eu realmente não sabia que isso ia sair do controle. Era apenas para a gente beber, ouvir uma música.

- Mas saiu Ximena! Saiu tanto que encontrei até pacotes de camisinha aberto pelo chão da varanga. Que porra é essa? Minha casa virou puteiro ou motel?

- AI! VOCÊ É UM GROSSO! Vou voltar a dormir. - com a cara amarrada ela subiu. William ficou ali, olhando pro nada se perguntando no que fazer.

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Os empregados chegaram e fizeram uma faxina pesada na casa. William prometeu pagar um extra por aquilo. Reconhecia que eles não tinham a menor obrigação, a não ser Ximena. Ela deveria estar ali, limpando tudo. Mas ele não ficou batendo boca com ela. Ela dormindo era melhor.Foi até Maite, que estava no banheiro ao lado da cozinha lavando tudo. Pegou uma esponja e começou a ajudar. Maite o olhou e disse:

- William, não precisa! Vai descansar, você deve ter dirigido muito.

- Precisa sim. E além disso não quero ficar perto da Ximena hoje. - ele murmurou e continuou.

Ficaram alguns minutos em puro silêncio. Maite o olhava e ele correspondia ao olhar. Ela pensava:

- Ah, se eu fosse sua esposa! Faria tudo tão diferente... você iria ter orgulho de mim.

Ele suspirava ao sentir o doce perfume que ela sempre usava. Tão suave e marcante, como ela.

- Você anda muito distante ultimamente. - ele disse por fim.

Maite olhou para baixo, tentando disfarçar.

- Não que isso. Estou... estou normal!

- Não está! Você está distante sim! Por quê? - ele quis saber.

- Não é nada William...

- Pode me falar... é por causa da Ximena? Ela te fez alguma coisa?

- Não, não, não. - suspirou. - É que... sei lá, estava com vergonha. É que sabe, William... tô gostando de alguém.

William sentiu uma ponta de ciúme ao ouvir isso, mas era um direito dela. Ela teria que se apaixonar por alguém e William não poderia a proteger para sempre. É a vida.

- E ele sabe? - suspirou.

- Não! Não sei como ele reagiria. E tenho vergonha de falar.

- Algo impede de vocês ficarem juntos?

- Na verdade sim!

- O que? - William perguntou.

- Uma terceira pessoa! - ela se virou e continuou a ensaboar o box.

William ficou pensando sobre aquilo e deduziu que ela estava apaixonada por Daniel. Sim, claro! Era ele. Daniel era sua paixão e ele a terceira pessoa que impedia esse romance de acontecer.