A cara de pau era tanta que ela nem ao menos esperou o dia seguinte para botar seu plano em prática. Ximena pegou seu celular e discou um número de telefone. Era de alguém que ela não via um tempo, por isso quis matar um pouco da saudade, então nada melhor que um reencontro para suprir toda essa necessidade. Cara de pau e dissimulada do jeito que era, esperava a pessoa do outro lado da linha atender e tudo isso na frente de Maite, que olhava com curiosidade e queria saber o que ela estava tramando dessa vez.
Quando a pessoa da outra linha atendeu Ximena falou com uma voz extremamente melosa e enjoada, daquele tipo que a gente só fala com um cachorro ou um bebê. Maite ergueu uma sobrancelha e continuou olhando sem disfarçar.
- Quanto tempo, meu lindo! Como você está? Aah, muito bem também! Estou com saudades, pensei de você vir aqui amanhã... aliás, hoje mesmo!
- Meu lindo? Como assim, que papo é esse? - Maite murmurou, mas continuou atenta a Ximena.
- Claro, hoje mesmo. São só 9 da noite, dá tempo de você vir e poderemos nos divertir. - falava com sua voz sensual.
- Que safada! - Maite totalmente indignada pensou.
- Haha. - Ximena ria. - Também estou louqinha pra te ver. Pode ter certeza que essa será melhor viu... eu te espero! Beijinhos meu lindo!
Vagabunda e cara de pau ao extremo! Como pôde fazer isso? Ela estava dentro da casa de seu próprio noivo, isso não era nada certo com William, o coitado estava longe e não fazia ideia do que estava acontecendo. Mas Maite não poderia deixar aquilo assim. William pediu para ela que cuidasse da casa e isso era o que ela ia fazer. Se aproximou de Ximena e lhe falou:
- Você não tem vergonha Ximena? Como pode fazer isso? William te ama!
- Primeiramente é falta de educação escutar o telefonema das pessoas.
- Essa não é a questão e você sabe muito bem disso.
Ximena a encarou. Olhou-a de cima embaixo e deu de ombros. Não ficaria ali discutindo com uma criada. Subiu pro seu quarto mais Maite segurou pelo pulso e olhou séria para ela. Queria manter as coisas justas, manter a ética da casa e principalmente manter o William em uma boa relação, mesmo o amando, ela desejava vê-lo feliz.
- Me solta, garota! Eu hein, parece que perdeu a noção.
- Não perdi minha noção, mas parece que você perdeu o senso do ridículo, não é mesmo? - reclamava Maite.
- Olha, eu tenho 29 anos, sei muito bem o que faço da minha vida e não será você que irá me impedir de fazer o que eu quero.
- Eu tô pouco me lixando para o que você faz da sua vida. Não ligo. Minha única preocupação é William. Ele sim. Você já fez ele sofrer uma vez, e não fará novamente.
Naquele momento Ximena sentia uma vontade incontrolável de fuzilar Maite. Pena que não tinha uma arma em suas mãos porque se tivesse com certeza faria o uso. Mas respirou fundo. Queria botar um ponto final daquela inútil discursão. A casa de certa forma também era dela, então, ela tinha muito mais direito. Olhou para a menina de cima em baixo novamente e lhe falou com toda frieza.
- Não se meta em mejs assuntos, querida. E acho bom você não tocar em uma só palavra com William sobre esse assunto.
Claro que não! Ela nunca seria tão malvada ao ponto de falar isso para o William. Queria super protege-lo de tudo e de todos. O amava! Ele estava em seu coração então vê-lo chorar ou vê-lo sofrer fazia tão mal a ela, mas tão mal, que era como se ela e ele dividissem uma alma só.
Porém Maite, não podia guardar isso sozinha. Tinha que contar a alguém e esse alguém claro, era nada mais, nada menos que sua tia Magh.
Chegou a cozinha e sua tia estava sentada, ela reparou em sua cara e foi logo perguntando:
- O que você tem Maite? Não parece muito confortável! - Magda passou a mão suavemente sobre o ombro de sua sobrinha.
- Realmente, tia! Realmente não estou. Você não tem ideia do que Ximena aprontou agora.
A face de Magda mudou. Vindo de Ximena boa coisa não podia ser. Já estava com mal pressentimento, o pior era que nem sabia do que se tratava mas no fundo sentia que isso não daria coisa boa.
Maite se sentou, explicou toda a história para sua tia que ficou tão indignada quanto ela. Agora as duas falavam o quanto Ximena havia perdido o juízo, e o pior é que não podiam fazer nada, nada mesmo para evitar aquilo. William estava viajando a negócios do seu pai. Não poderia voltar assim, de uma hora pra outra e além disso provavelmente estaria casado por conta da perna que havia machucado. A única coisa que podia fazer, era pedir a Deus que o tal homem, ainda desconhecido, não viesse.
Mas dessa vez toda oração foi em vão. Uma hora depois, ouviram barulho de carro se aproximando. Ximena desceu com seus cabelos soltos, uma leve maquiagem, um marcante perfume. Magda e Maite se encararam naquele momento. Aquilo não daria uma coisa boa. Olharam do lado de fora e viram um carro muito luxuoso por sinal, logo em seguida um homem, bem alto, forte pele negra e muito bonito por sinal. Com pinta de modelo ou rapper americano.
- Santa Virgem Maria! - Magh excamou. - Meus patrões devem estar se revirando no túmulo, vendo a casa deles se transformar num motel misericórdia.
Ximena ia subindo com o rapaz e nem se deu conta que ali estavam Maite e Magda observando tudo. O rapaz olhou para elas com curiosidade mas logo notou que eram duas empregadas sorriu para ser educado mas foi logo subindo com Ximena.
Uma grande falta de consideração com William. Ele que tinha perdoado todos os erros dela do passado, não merecia isso. Provavelmente, aliás, com certeza Ximena nunca se arrependeu do que fez e voltou para casa dele com algum motivo. Deveria ser talvez por que estivesse sem grana ou até mesmo sem nenhum homem para lhe dar prazer e lhe bancar ao mesmo tempo.
Mas a bichinha não brincava em serviço. Aproveitou cada momento daquela noite e não disfarçou seus exagerados gemidos que ecoavam pela casa inteira, fazendo todos os empregados ouvirem e saberem que aquilo não estava sendo provocado por William. Que lástima! Todos estavam de prova de sua traição. Ela poderia no mínimo ter sido mais discreta mas não, agora já era.
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