O dia surgiu não muito bonito. Nenhum pássaro cantava e o céu, estava tão escuro fazendo parecer que não era uma manhã.
Maite estava no jardim regando algumas flores, plantas e cortando alguns pezinhos. Distraída em seu mundo e em seu trabalho, Maite pensava em William a todo momento. Em como ele estaria e quando voltaria. Mas não adiantaria ficar ansiosa, o jeito era esperar com calma seu regresso.
Do outro lado da cidade, William estava em seu carro fazendo o caminho de volta para a fazenda. Seus pensamentos estavam a mil. Eram muitas coisas para resolver e muitas questões de sua vida para responder. Deitou a cabeça no vidro do carro e passou a mão sobre a bota. Já não doía tanto, ao contrário de sua cabeça.
Desde que Ximena voltara para sua vida, muitas coisas estavam acontecendo. Mas no entanto, era normal. Seu namoro com ela sempre foi algo agitado, como uma montanha russa. Talvez ele e Ximena não se completassem, porém a paixão gritava mais alto. E quanto a Maite, desde que ela surgiu em sua vida, algo muito celestial começou a acontecer. Ela veio como um anjo que estava destinada a tirar William daquele buraco profundo em que ele tinha entrado. Ele sentia um grande afeto por ela mas, no fundo no fundo, tinha algo a mais. Porém ele não via isso.
E no outro lado da casa, Ximena se glorificava pela noite intensamente prazerosa que teve com seu amante. Dava risadas com ele e aos beijos comemorava sua vitória. Mal ela sabia que sua diversão estava no fim.
Uma hora e alguns minutos depois.
Colocando sua mala em cima do gramado, William suspirava o ar puro do campo. Finalmente estava de volta à sua casa, seu lar. Queria muito desfrutar da maciez de sua cama, do café maravilhoso que Magh fazia e andar em seu cavalo. Era tudo que precisava no momento mas o cavalo teria que esperar, pois ele ainda estava com a perna doendo. Quando Maite o avistou, sentiu seu estômago doer. Ele já estava de volta, assim, tão rápido? Ela não esperava por isso. Queria muito ver ele, aliás, mas Ximena estava lá em cima com seu amante. Isso não daria nada nada certo.
- Wi-William? - gaguejou. - O-o quê está fazendo aqui?
- Ué não entendo o que há de estranho em um homem voltar para sua casa. - ele riu.
- Não foi isso que quis dizer, me perdoe! - se explicou. É que achei que o senhor ficaria mais tempo fora.
Wiliam notou algo de muito esquisto em Maite. Ela não estava agindo naturalmente, tinha algo em sua voz que o incomodava bastante. Parecia nervosa, aflita e preocupada e com medo. Mas estava muito cansado, poderia perguntar o que estava acontecendo mais tarde. Agora só precisava de um banho e umas horas de sono.
- Você tá estranha, mas depois conversamos. - ela viu que ele ia indo em direção a escada e se pois a entrar na frete. - Que isso Maite, bebeu quantas?
- Não suba agora não. Tome seu café primeiro, você deve estar faminto. - ela tentava disfarçar.
- Eu não consigo comer com sono, melhor eu dormir primeiro. - ele continuava a subir as escadas.
- É que minha tia também precisa falar com você. - ela criava uma desculpa.
- Pode deixar, a primeira coisa que eu vou fazer quando acordar é procurar Magda. - agora na frente da porta do quarto, Maite ficou mais apreensiva e falou:
- Não entre aí. - mordeu o lábio de nervoso. - Tá uma bagunça danada, ainda não tive tempo de ajeitar.
- Eu vou dormir não fazer uma fes... - sua fala foi interrompida assim que ele abriu a porta de seu quarto. Não acreditou na cena que viu: Ximena beijando outro homem completamente nus em cima de sua cama. Tua cabeça deu umas mil voltas naquele momento. O que pensar? Nada mais do que traição! Pega no flagra. Maite engoliu seco tudo o que ela menos queria naquele momento, estava acontecendo.
- William, me...meu amor. Vo-você chegou. - ela gaguejou.
- Por sorte, cheguei. - disse.
Completamente destruído Wiliam olhava aquela cena com nojo mortal. Sua confiança em Ximena estava completamente destruída! Uma traição bem em sua casa, em sua cama.
O rapaz que estava com Ximena começou a se vestir rapidamente, estava muito nervoso e queria sair rápido da li. Ximena apoiou a mão na cabeça e fazia "não" repetidamente. Seu plano havia fracassado, ele tinha chegado mais cedo da viagem, muito mais cedo! Como ela poderia imaginar? William nem se quer ficou com tanta raiva do rapaz e sim dela, aliás o cara não tinha culpa de sua noiva ser uma tremenda safada. Quando o tal se vestiu, saiu correndo em direção a porta. Maite o seguiu com o olhar, mas logo voltou a olhar para William, onde via todo rastro da destruição.
- E-eu posso explicar, Will! - dita a frase típica.
- Não precisa. Está tudo muito claro, você me traiu. - limpou uma lágrima do rosto. - Espero que tenha sido bom, pois você irá sair imediatamente da minha casa.
- Mas amor, por favor.
- Não me chame assim, sua vagabunda imunda. - com a raiva, deu um tapa em Ximena, que ficou calada.
- Você tem exatamente 30 minutos para pegar suas coisas e ir embora da minha casa. - falou frio, saindo do quarto com Maite.