Fanfic: Levyrroni: Desde que te vi. | Tema: Levyrroni

No dia seguinte, por volta das 8h da manhã, Maite ainda se sentia muito "deslocada" por não estar trabalhando no que era acostumada. Já havia outra moça em seu lugar, e ela teve que se acostumar em ser servida ao invés de servir. Tirando todo o incomodo, o café da manhã ao lado do William fora bem agradável, até que ele se trancou no escritório para poder iniciar os trabalhos e ver os lucros da fazenda.

Maite correu pra cozinha para fazer companhia para a tia. Lembrou que ela também não era uma empregada em si. Era uma governanta que gostava de ajudar, pois sempre dizia que quanto mais ajuda, mais rápido terminamos.

- Maite, não quis comentar nada na frente de William, mas, seu amigo da fazenda vizinha ligou. - Magh lhe falava.

- Ah, depois eu vejo dele. Assim que der. Ando tão confusa sobre tudo e todos que nem sei o que fazer agora.

- Não quero que você corte relações com esse rapaz. Ele é um bom homem, mas as vezes pode ser bem atiradinho.

Maite riu.

- Não sei por qual motivo o Daniel tem essa paixão por mim. Nunca lhe dei confiança, só a amizade...

- Sabe como são os homens... eles amam o que não tem.

William apareceu na cozinha e por sorte, não pegou o assunto do começo. Abriu a geladeira para pegar água e logo se virou para a esposa.

- Então, Maite... ainda quer trabalhar?

- Claro que quero.

- O que? - Magh sorriu. - Como conseguiu convencer a fera?

Maite riu e passou a mão na costas de William:

- Sabe como é tia... - falou e deu uma piscadinha. - Truques de esposa.

William deu um leve cascudo de brincadeira nela. Após isso, os dois caminharam para o escritório. O lugar mais silêncioso da casa. Onde só se ouvia o barulho do computador ligado e do ventilador. Nada mais. O cheiro dos livros fazia o lugar se tornar mais agradável.

- Então, tudo bem nos negócios? No gado, no Mel, nas flores...

- É, tudo sim. - ele falou se sentando e digitando algumas coisas no computador. - Eu odeio ter que admitir isso, sério. Mas eu notei hoje que realmente preciso de ajuda. E, antes de trazer qualquer desconhecido, prefiro que seja você.

Maite pensou por uns segundos e deu um sorriso amarelo, falando:

- Eu vou levar isso como um elogio.

- É um elogio. - afirmou ele. - Me diz, o que sabe fazer? Pois até onde sei, não tem faculdade. 

- É, não tenho. Tive que sair para cuidar da minha mãe. E acho que o curso no qual estava, não era pra mim. - ela deu uma longa pausa e William a encarou. - E você?

- Ah, tudo o que aprendi sobre negócios meu velho me ensinou. Quase cursei medicina mas... Não é minha praia. Sai no meio do curso. 

Os dois ficaram conversando por um tempo sobre a vida profissional de cada um. Se entendendo e organizando como cada um poderia ajudar cada um. Maite ficou encarregada da supervisão física dos negócios, já que gostava de andar. Teria que ir na fábrica, no campo de flores e no gado. William, ficou com a supervisão econômica. Calculou como seria dividido o dinheiro. 50% dos lucros iam para a fazenda em si. Coisas como alimento, salário de empregados, funcionários, decoração e afins. 25% pra ela e 25% pra ele. Bem justo. 

Quando terminaram, William deu uma lista de coisas para Maite fazer. Ela foi logo animada cumprir seu papel naquela história. Foi a cavalo no campo de flores verificar como estavam sendo regadas, se não havia nenhuma praga, se o solo estava bom.

Na vez do gado, foi com William. Ele precisava verificar se tudo andava bem com os bois e vacas. Achando-os fraquinhos, preferiu pedir para Maite ir comprar algumas vitaminas  no povoado, mas não quis ir junto. 

Uns minutos depois, ela já estava lá, cumprindo as ordens dele. Já tinha tudo o que precisava, então poderia ir tranquila para casa.

- Oi, recém casada. - a voz de Daniel surgiu atrás dela, e quando se virou o encontrou sorrindo. 

- Oiii Dan! - sua simpatia o encantava. - Tudo bem?

- Tudo sim. Vejo que também está ótima, né... - ele se mostrava feliz, mas por dentro estava com raiva, por William ter conseguido se casar com ela.

- É, bastante... - concordou com ele. - Desculpa por andar muito sumida mas... sabe né. 

- É. Sei. Agora você é uma mulher casada. Mas, ainda seremos amigos? 

- É claro, eu sou muito grata as coisas que você fez por mim. Amigos sempre. 

Maite carregava em si uma pitada de esperança que Daniel e William fossem deixar as diferenças de lado um dia. Mas será mesmo?