Fanfic: Levyrroni: Desde que te vi. | Tema: Levyrroni

Ao voltar da cidade, Maite não fez questão de explicar nada a William. Preferiu dizer que só foi passear um pouco, o que até então não era uma mentira. 

Passado alguns dias, ele acordou mais tarde do que de costume. Havia passado a noite e o começo da madrugada brincando com o Rafael, que tinha uma energia de outro mundo. Seu corpo doía. Pulou, dançou com ele, andou a cavalo. Estava acabado, mas precisaria renovar essas forças para quando os gêmeos viessem.

Tomou um longo banho, e olhou pela janela do banheiro. O dia era de um sol fresco, um tempo agradável e bem renovador para seu estado físico. Olhou no relógio, 11:47 da manhã, quase na hora do almoço. Ele jamais acordara a essa hora desde muito tempo. 

Desceu e ouviu vozes felizes vindo da cozinha. Foi até lá, e então viu Maite sendo parabenizada pelos empregados e por sua tia.

- O que estão comemorando? - ele sorriu e foi abrir a geladeira.

Sem resposta, olhou pra cima da mesa, onde haviam dois vestidinhos de bebê. Um rosa e o outro lilás. Lindo, feito a mão. 

Ele abriu um pouco a boca e levou a mão na cabeça:

- Oh não, era hoje! Hoje iríamos ver o sexo dos bebês. 

Maite respirou fundo e fez que sim com a cabeça. Pegou os dois vestidos e colocou na caixa. 

- Bom, agora você já sabe, "papai super presente". Estão vindo duas meninas. 

William colocou o copo no microondas e se aproximou dela. Todos saíram, deixando eles sozinhos. 

- Eu não fiz por mal. Eu realmente esqueci. Estava tão cansado que...

- Que até esqueceu de vir comigo. Tudo bem, eu entendo que você quis passar um tempo com seu filho. Mas a sua responsabilidade hoje de manhã te chamou. Aliás, até eu te chamei, mas você me pediu 5 minutos... desci, te esperei por meia hora e nada...

- Me perdoe, olha...

- Poupe suas palavras, William! - ela pegou a caixa. - E sim, são duas meninas.  Duas fusão de você e eu.

Ximena entrou na cozinha, pegando essa parte da conversa:

- Wow, mas deve ter sido o destino, não foi? Eu tive um menino primeiro, e logo depois ela com duas garotinhas. Hahaha, que sorte a sua William. Ao menos terá alguém pra cuidar disso tudo... um homenzinho.

- Ximena isso não é hora para suas piadas. - Maite revirou os olhos.

- E quem disse que é piada? Me sinto lisonjeada de ter dado a vida ao homem que irá cuidar disso tudo... 

- Por favor! - Maite riu. - Se ele é "filho do William", é porque você foi muito esperta e ele muito bobo. Onde que eu não faria um exame de DNA? Só pra ter certeza. 

- Já falei, se vocês querem um DNA, vocês poderão ter. Não será nada difícil esfregar na sua cara que o Rafa é o primogênito. E não essas duas crianças que estão vindo.

Pelo deboche, pelo sarcasmo, Maite ergueu as mãos e deu um belo tapa na cara de Ximena, que se segurou na geladeira para não ir para trás. 

- Você pode ter dado o primeiro filho a ele. Mas agora com muito gosto eu posso te dar uns tapas nessa sua cara de sonsa, sem medo de ser demitida, pois você gostando ou não, a senhora dessa casa sou eu. E quando eu me esgotar, você vai pra rua.

William engoliu seco e pressionou o maxilar. Nunca havia visto Maite assim, falando com tanta firmeza e pondo Ximena em seu lugar. Enquanto ela estava com o cabelo na cara,  Maite subiu sem dizer mais nada.

Antes de que Ximena reagisse, William saiu dali e foi pro escritório. Era bom manter as duas quietas, senão quem apanharia seria ele.

Mais tarde, a noite, arrependido de sua atitude irresponsável, William subiu com umas flores colhidas por ele mesmo. Quando entrou no quarto, Maite vestia uma camisola de seda dourada e penteava devagar os cabelos longos. Estava maravilhosamente linda com aquela barriga. 

Ela se virou devagar e olhou pra ele com o rosto mais sereno.

- São pra você. - ele estendeu os braços, lhe entregando as flores. 

Ela deu um sorriso um pouco magoado e cheirou lentamente as flores. 

- Me perdoa? Por favor... - ele dizia com um tom de voz baixíssimo, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.

- Tudo bem, William. De qualquer forma, agora você já sabe... mesmo não tendo nenhum menino meu, as duas também são suas filhas.

- E já são muito amadas, e sempre vão ser as princesas da casa, disso não tenha dúvidas. 

Ela sorria, agora era um sorriso contente, firme. Deixou as flores na água e foi se deitar, e ele a acompanhou. 

- Vem aqui, vem... - ela o chamou e ele deitou a cabeça em seu colo. 

Ficaram se olhando, imaginando o que o outro estava pensando. Ela lhe fazia carinho nos cabelos e ele beijava sua barriga. Se sentia tão sortudo por amá-la. Era a mulher de seus sonhos e nada nem ninguem iria mudar isso. Disso ela tinna certeza. 

- Vindo pra casa hoje cedo, pensei num nome que gosto muito. Laura! E decidi colocar o nome em uma delas... o que você acha? 

- É um nome doce, delicado... eu gostei. - sorriu. - Só que falta um nome, né? Você já decidiu? 

- Não, acho melhor você decidir. Tem algum nome que você goste? 

William fechou os olhos para tentar se lembrar. Veio um filme antigo em sua cabeça, onde havia uma menina corajosa, determinada. Ele havia assistido quando tinha uns 13 anos, mas nunca se esqueceu. 

- Beatriz! - ele exclamou. 

- Beatriz?

- Sim, um dia vi um filme, de uma menina que era bem valente sabe... sempre gostei muito então... Você não gostou?

- É realmente um nome bem forte... eu adorei.

William sorriu mais uma vez e deu um beijo na barriga dela:

- Laura e Beatriz. Perfeito!!!