Fanfic: Levyrroni: Desde que te vi. | Tema: Levyrroni

Culpa. Era a única coisa que Daniel sentia. Desde pequeno sempre teve uma vontade absurda de sempre vencer William - a qualquer custo. Mas, seu coração dizia, que por ter ajudado, ele havia pegado pesado demais. Brincar com duas pessoas? Esse definitivamente não era ele.
A enfermeira pegou um pouco de seu sangue. Era o mínimo que poderia fazer para ajudar em alguma coisa nesta história, assim ele pensava.

Após doar, foi procurar William. Segurando um copo de café na mão, para recuperar um pouco a energia da falta de sangue, foi andando pelo hospital com um dos braços dobrados. 

- Com licença, Magda. Onde está o William? - ele perguntou ao ver que o vizinho não estava mais ali.

- William foi falar com Ximena... - ela tinha uma cara preocupada. Que dia!

- Pode me dizer em que parte eles estão? 

- Não sei exatamente, mas creio que na ala pediátrica.

Daniel nada mais disse. Foi caminhando, procurando a parte de pediatria do hospital. Pediu algumas informações pelo caminho, até chegar. Precisava falar com William e explicar tudo o que aconteceu. Mesmo que isso resultasse mais ódio e briga entre os dois. Quando entrou na ala pediátrica, ouviu algumas vozes de adultos discutindo e não teve muita duvida.

- E em qual momento você achou que tinha esse direito? De voltar pra minha vida, com uma criança que não é meu filho... você é tão cara de pau assim?

- Eu disse que estávamos precisando de ajuda. Você foi o único que eu pensei. O que queria que eu fizesse? Deixasse o menino passar fome?

- Se você soubesse administrar seu dinheiro com cautéla, e não fosse tão fútil, não ia precisar de um segundo para criar seu filho.

- Então só por causa disso, vai anular tudo o que ele tem? - a cara de pau chegava a um nível que William não podia acreditar.

- Ximena, ouça bem o que está dizendo. Você está me pedindo para continuar com um filho que não é meu. Com uma criança que eu não fiz? - ele carregava ódio em sua voz. - É uma pena, esse menino não ser meu filho. Porquê caso contrário, você nunca mais ia ver ele, por incapacidade de criar. Ele iria ficar comigo; Mas como não é, infelizmente tenho que deixar o coitadinho em suas mãos.

Daniel entrou no quarto e os dois olharam para ele:

- Não quero atrapalhar. Só precisava vim dizer algumas coisas... Aliás, duas coisas.

- Não é hora para fazer fofoca, Daniel.

- O Daniel doou sangue para o menino. Seja um pouco mais simpática com ele. Você é capaz disto?

Ximena respirou fundo. Não estava podendo reclamar muito naquele momento.

- Na verdade eu tinha entrado para falar isso. Que já tinha doado o sangue... e outra coisa, que me envergonha muito também. 

Ximena ficou branca ao já saber exatamente do que aquele infeliz ia falar. Começou a andar de um lado para outro com nervoso:

- É, podemos falar disso numa outra hora. - ela abriu a porta. - Por favor, Daniel, o Rafa precisa descansar um pouco...

- O que eu vou falar é bem rápido, e se dirige a William. 

- A mim? - William se aproximou, ficando frente a frente a ele.

- Eu realmente odeio ter que confessar isso, mas me odiaria em deixar tudo guardado para mim. Ximena há um tempo, me pediu ajuda para falsificar o DNA da criança. E me odeio mais ainda por isso... por ter ajudado.

William, sem estar muito surpreso, disse:

- De vocês dois eu espero até o pior. Mas ao menos, você está sendo homem para consertar a droga que fez. Estão felizes agora? - William apontou pro garoto, com um tom irônico. - Eu me apeguei a esta criança. Eu cuidei dele como se fosse meu filho. Devo ter ficado mais tempo com ele do que cuidando das minhas outras filhas... que estão pra nascer a qualquer momento. Eu deveria estar lá, na porta da sala de parto, mas  estou aqui, limpando toda merda que vocês fizeram. 

- William, me perdoe, por favor... - ela se aproximou, mas William tomou uma decisão na qual poderia se arrepender mais tarde. Levantou a mão e deu um tapa na cara de Ximena. Coisa que há tempos queria fazer. 

- Meu pai disse pra eu nunca levantar a mão pra uma mulher. Mas se ele tivesse aqui, iria me entender. - ele olhava pra ela, que estava com a mão no rosto. - Você vai sair imediatamente da minha casa, junto com o menino. 

Essas foram suas ultimas palavras antes de sair do quarto.

MEUS AMORES, ESTOU COM PC DE VOLTA. Logo, mais capítulos. Beijuxxxxxxxxx ♥