Fanfic: Levyrroni: Desde que te vi. | Tema: Levyrroni

Em meio a tantas confusões, William não pôde deixar seu orgulho o dominar. Enquanto ia até Magda, suas lágrimas caiam e caiam mesmo, sem se importar. Estava doendo, aquela traição. Sentia-se culpado. Culpado por ter sido tão ingênuo novamente. Queria seu pai ali, próximo dele, para lhe aconselhar e lhe dar apoio. Mas não tinha. A única que havia restado, era Magda, que sempre foi como uma segunda mãe para ele.

Magda o viu. Seus olhos estavam vermelhos, haviam lágrimas escorrendo. Ela fez. Fez o que qualquer segunda mãe faria. Abriu os braços e sentiu ele a abraçar forte.

- Chore, meu anjo. Vai te fazer muito bem. Ninguém tem a obrigação de ser forte o tempo inteiro. Ninguém. – ela dizia enquanto passava a mão nos cabelos do menino que sempre cuidou desde criança. Menino que agora era um homem feito, que estava prestes a construir uma família.

- Ele me enganou, Magh! Na maior cara de pau. Poxa, eu me apeguei a criança. Isso não se faz... eu me sinto tão estúpido.

- Calma! De ilusões ninguém morre. – ela o encarou e começou a secar suas lágrimas. – Sei que mandei você chorar, mas agora não. Que seja de emoção, daqui a pouco suas duas filhas vão nascer. E essas são suas. Você acompanhou a gravidez, e vai poder ver elas daqui a pouquinho.

Ele respirou fundo para recuperar as forças. Secou o rosto e  afirmou. Agora tinha que ser forte. Não por ele, mas sim pelas três mulheres de sua vida.
Magda o levou para a porta da sala de partos, onde Maite estava. Não podiam entrar, infelizmente. Nem ele que era pai. Por ter pequenas complicações...

O nervosismo só crescia. Os minutos pareciam horas. William rezava mentalmente, para que suas filhas ficassem bem. Magh andava de um lado pra outro, na esperança de algum médico sair e dar alguma notícia. Mas nada... uma hora e meia se passou.

Já eram quase 23:00 quando um médico saiu da sala com a típica face séria que os médicos levaram.

- E então, Doutor La’font? Como elas estão? – William se levantou.

- Não se preocupe. As três estão muito, muito bem. Houve umas pequenas complicações na hora, mas, está tudo bem. – o médico falou, agora sorrindo um pouco.

- Mas elas são prematuras... – Magh comentou.

- Sim, mas por coincidência iam completar nove meses em 15 dias, então, não correm risco algum. Só precisam de umas horinhas na incubadora, para fortalecer um pouco mais os pulmões.

- Eu entendo. E minha esposa? Que horas posso vê-la?

- Ela está meio que dormindo agora, está sendo mandada pro quarto 16... se vocês quiserem, podem ir lá agora... só peço que não deixem ela fazer muito esforço pelos pontos.

- Tudo bem, claro! – William, que antes chorava, não escondia o sorriso.

Ele e Magh foram para o quarto de Maite, que dormia. Ela decidiu ir em casa pegar algumas roupas, porque sabia que Mai ia precisar, e assim pegava mais algumas peças para as meninas.
William estava exausto. O dia havia sido longo. Deitou no sofá que havia no quarto para cochilar um pouco enquanto sua esposa não acordava. Ainda estava muito chateado pelo fato do Rafael não ser seu filho, mas sabia que com o carinho das duas que tinham chegado, isso logo mudaria...

Era meia noite e vinte quando Maite acordou e viu William já acordado, de costas bebendo água.

- Amor? – ela falou com uma voz meio sonolenta por conta da anestesia.

William se virou, sorriu um pouco e pegou mais água. Caminhou até ela e lhe deu um beijo na testa.

- Você está bem minha linda? – ele perguntou.

- Sim, só estou me sentindo cansada. E as meninas? – falou preocupada.

- Acalme-se. – ele pediu. – Elas estão muito bem... só vão ficar um pouquinho na incubadora... só um pouquinho.

- Eu fico mais aliviada. – ela sorriu. – E o Rafa, está bem?

Ele suspirou e olhou pro chão. Fez apenas que sim com a cabeça, e preferiu cortar o assunto:

- Toma, bebe um pouco. – falou, dando água para ela.

Quando Maite terminou de beber, a enfermeira entrou no quarto carregando as duas meninas no colo. Os olhos dos pais brilharam. Eram tão pequenas, dava pra ver de longe...

- Achei que quisessem ver as pequenas. – Simpática, a enfermeira falou, e colocou as duas no colo de Maite, com cuidado.

A cara de apaixonados dos papais era bem evidente. Eram duas princesas. Literalmente. Já com as orelhinhas furadas, como os dois quiseram, o rostinho delicado dava um ar de felicidade. De coisa simples porém muito forte de bebês recém-nascidas.

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- Meu Deus! – William sentou ao lado de Maite, na cama.

- Elas são lindas, não são? – Maite olhou para ele.

- Demais, nossa! Amor! Eu mal sei o que dizer... – ele dizia orgulhoso.

- Nossas filhas, apenas nossas bebês.

- É o presente mais bonito que você poderia ter me dado... nossa pequena Laura e Beatriz... nossas.