Fanfic: Amor por Contrato - Vondy | Tema: Vondy, RBD, Rebelde,

Capítulo 14

Dulce quanto mais andava mais se perdia, não consegui a encontrar um banco para poder tirar dinheiro e pegar táxi naquele lugar e já estava ficando tarde. Passou na frente de uma padaria e resolveu entrar para comer algo. Enquanto esperava seu pedido resolveu que precisaria pedir ajuda, tentou ligar para Claudia que não atendeu nenhuma das ligações dela, também não obteve sucesso ao tentar ligar para Anahí cujo e celular dava fora da área de cobertura e Christian que o celular caia direto na caixa postal. Por último tentou ligar para Maite, que na segunda vez atendeu.

Dulce: Mai, graças a Deus que você atendeu, preciso de ajuda - disse sentindo-se aliviada assim que a amiga atendeu.

Maite: O que houve? - questionou preocupada

Dulce: É uma longa história que no final eu acabo perdida em um bairro desconhecido sem saber voltar para casa. - respondeu tentando não demostrar a preocupação que sentia

Maite: Meu Deus, Dulce você está no meio da rua?

Dulce explicou que estava dentro de uma padaria, e que não havia conseguido falar com mais ninguém, e não poderia pegar um táxi pois não tinha mais dinheiro vivo, e não consegui achar o banco para realizar o saque.

Maite: Dul eu, Poncho e o Luís teremos uma aula agora, conseguimos de última hora marcar uma aula extra para revisarmos antes da prova de amanhã - Maite fez uma pausa - olha, liga para o número que vou te mandar por mensagem. Agora preciso ir que a aula começou. Besos e se cuide!

Dulce desligou a ligação e aguardou a mensagem de Maite que não demorou a chegar. Dulce ligou para o número que desligou antes de atender, respirou fundo e tentou outra vez, estava quase desistindo quando alguém atendeu.

********: Bueno?

 
Dulce reconheceu a voz no mesmo instante, só podia ser brincadeira, tudo o que faltava era ela ter que pedir favor justamente a ele.

Christopher: Bom se não deseja falar nada desligarei, estou bastante ocupado. - Disse irritado

Dulce respirou fundo, era sua única solução, tomou coragem e quando percebeu que ele iria desligar falou - Não desliga por favor.

 
Christopher: Quem está falando? - perguntou sem conseguir reconhecer a voz do outro lado da linha.

 
Dulce: Dulce Maria - tentava controlar a raiva que ela sentia dele

Christopher: O que deseja? - questionou surpreso ao descobrir de quem se tratava.
Dulce engoliu seu orgulho e respirou fundo para conseguir responder.

Dulce: Preciso da sua ajuda - suspirou.

Christopher: E porque eu deveria lhe ajudar?

Dulce respirou fundo mais uma vez e explicou toda a situação a ele.

Christopher: E o que eu tenho a ver com isso?

Dulce tentava de todas as formas controlar sua raiva, precisava da ajuda dele e sabia que se falasse algo que o irritasse ficaria ali sozinha.

Dulce: Christopher você foi a única pessoa com quem eu consegui falar, por favor me ajuda. – Pediu aflita

Christopher: O que quer que eu faça? – Perguntou indiferente

Dulce: Vem me buscar, por favor – fez uma pausa – eu imploro se quiser! – respondeu aflita.

Christopher suspirou ao perceber que a garota estava realmente aflita com a situação.

Christopher: Veja só como são as coisas, ontem mesmo disse que preferia ir sozinha ao pegar carona comigo hoje implora por minha ajuda – fez uma pausa – A vontade que eu tenho é de desligar o telefone e te deixar ai.

Dulce: Não por favor, não faz isso – interrompendo-o – Christopher, me ajuda por favor – suplicou.

Dulce já havia engolido todo seu orgulho, por mais que odiasse Christopher naquele momento é o único com quem ela poderia contar.

Por mais que estivesse irritado com ela, ele sentiu pena da situação em que ela se encontrava e resolveu ajuda-la.

Christopher: Você disse que está em uma padaria, pergunte a alguém o nome do bairro e me diga o nome da padaria e do bairro.

 
Dulce assim o fez, foi até uma das atendentes e pediu as informações que precisava,

Dulce: Estou na padaria qualytá no bairro San Sebastian.

Christopher se sobressaltou a ouvir a resposta, a garota havia parado no bairro mais violento da cidade, dominado por narcotraficantes, por mais que houvesse decidido ignorar a existência dela não podia deixa-la naquele lugar, afinal era irmã de uma de suas melhores amigas.

 
Christopher: Não saia dai, chego o mais rápido que conseguir.

 
Desligou o telefone antes mesmo de Dulce falar qualquer coisa, correu para sala de reuniões para avisar que precisaria cancelar a reunião por conta de um contra tempo. Desceu como uma bala e saiu o mais rápido que as leis de trânsito permitiam, digitou a direção desejada no gps e em 25 minutos parou em frente a padaria que Dulce se encontrava.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Dulce já estava agoniada, enviou uma mensagem a Maite para lhe avisar que Christopher iria busca-la e esperou que ele chegasse. Os minutos estavam se arrastando, parecia que fazia uma eternidade que esperava quando finalmente seu celular tocou.

Dulce: Hola!

Christopher: Estou aqui fora te esperando. – falou indiferente

Dulce: Ok, pagarei a conta e já te encontro.

Dulce rapidamente pagou as despesas e ao sair da padaria viu um carro preto parado poucos metros à frente, andou até a janela para tentar ver se era Christopher e assim que ela se aproximou ele abriu a porta por dentro para que ela entrasse. Dulce entrou calada, evitava olha-lo, não se sentia nem um pouco confortável com a situação.

Os dois seguiram em silêncio, Dulce olhava pela janela as ruas passando até que teve seus pensamentos interrompidos.

Christopher: Merda – bateu no volante enquanto esperava o sinal abrir. Lembrou-se de que havia esquecido todas as suas coisas em seu escritório e precisaria delas.

Dulce se assustou e automaticamente virou-se para encara-lo

Christopher: Precisarei passar em um lugar antes de te levar para casa – falou sem encara-la.

Dulce: Tudo bem – pela primeira vez reparava no homem que estava ao seu lado, e estranhou ao vê-lo de terno e arrumado daquela forma. Não conseguiu evitar de franzir o cenho. Ele percebeu que ela o encarava, mas continuou evitando-a.

Ao abrir o sinal Christopher fez o contorno e se dirigiu em direção a seu escritório, estacionou no local anterior.

Christopher: Não vou demorar, você pode ficar ai se quiser eu pode me acompanhar – deu os ombros enquanto saia do carro.

Por mais que não agradasse estar na presença dele Dulce precisava usar o banheiro, então se viu obrigada a segui-lo pela garagem até o elevador. Cada um ficou em uma extremidade evitando qualquer troca de olhares exceto quando Dulce teve sua atenção roubada ao vê-lo afrouxar a gravata enquanto estralava*   o pescoço de olhos fechados, acordou de seus devaneios quando ouviu o barulho do elevador parando no oitavo andar.

Sem mira-la Christopher seguiu para fora do elevador e ela apenas o seguiu, chegaram no escritório e a secretária não se encontrava mais no local, parou em frente à mesa dela para ver os recados que ela havia lhe deixado e Dulce observava seus movimentos parada na porta. Ele parecia nem notar a existência dela.

Dulce: Christopher – chamou – Christopher – chamou um pouco mais alto fazendo ele erguer a cabeça para mira-la

Christopher: hm

Dulce: É... Eu preciso ir ao banheiro – disse sem graça

Ele apenas apontou com a cabeça a direção em que se encontrava e voltou a ler os recados.

Enquanto Dulce se virava para ir ao banheiro ele se encaminhou para sua sala, e começou a organizar o que precisava, ficou tão concentrado no que fazia que esqueceu completamente que estava acompanhado.

Dulce saiu do banheiro e não o encontrou mais na recepção, viu que uma das portas estava entre aberta e a luz estava acesa, se dirigiu até ela e ao entrar o encontrou concentrado em algo.

Dulce: O que você faz aqui? – Perguntou fazendo o encara-la

Christopher: É meio óbvio não acha? – respondeu sem dar-lhe atenção

Dulce: Bom, não para mim! – respondeu sincera

Por mais que odiasse Christopher não podia evitar de sentir curiosidade com aquilo tudo.

Christopher: Estou trabalhando – respondeu sem tirar a atenção da tela do computador. – Não vou demorar pode ficar tranquila.

Dulce: Tudo bem! Eu te atrapalhei muito? – questionou

Christopher: Quando você ligou estava no meio de uma reunião importante – respondeu sério

Dulce: Me desculpe eu não poderia imaginar, não fazia ideia de que você trabalhava. – Por mais que ela o odiasse ele havia interrompido uma reunião para ajudá-la, sua consciência a obrigava a trata-lo bem, pelo menos enquanto estivesse ali com ele.

Christopher: Você não faz ideia de muitas coisas – deu os ombros

Dulce se calou e foi sentar-se no sofá que ficava na recepção para espera-lo. Quase meia hora depois Christopher saiu da sala já com outra roupa e carregando suas coisas. Trancou tudo e voltaram para o carro no mesmo silêncio de antes.

Christopher deu partida no carro e ligou o rádio tentando amenizar o clima ruim que estava dentro do carro, ela continuava olhando pela janela até que se surpreendeu quando ele parou o carro de repente.

Christopher: Dulce – chamou-a para que ela lhe encarasse

Dulce: hm – não entendia o que ele pretendia, e não se sentia nenhuma vontade de descobrir

Christopher: Gostaria de te falar algo antes que chegássemos em casa

Dulce: Pois diga – respondeu indiferente

Christopher: Bom, eu sei que você me odeia e compreendo que tenha motivos suficientes para isso – fez uma pausa e engolindo todo seu orgulho continuou – Gostaria de lhe pedir perdão por tudo que te fiz.

Dulce: Acho que você se atrasou um pouco não é? – respondeu sarcástica

Christopher: Sim... Mas gostaria muito de lhe pedir uma coisa

Dulce suspirou, era uma tremenda cara de pau que ele ainda lhe quisesse pedir algo.

Christopher: Sei que não conseguiremos ser amigos, mas gostaria que convivêssemos civilizadamente, por nossos amigos! – disse sinceramente

Dulce apenas ficou calada e Christopher deu partida no carro novamente. Enquanto iam em direção a casa ela pensou bem na proposta de Christopher, sabia que aquilo era perfeito, ela se vingaria dele de uma vez por todas. O faria pagar por tudo que ele lhe fez.

Chegaram na garagem do prédio pouco mais de cinco minutos depois e antes de seguirem para suas respectivas casas ela resolveu falar.

Dulce: Christopher, eu.. bem – respirou fundo – gostaria de te agradecer por ter me ajudado hoje – sinceramente – E por mais que eu te odeie com todas as minhas forças tentarei conviver civilizadamente com você por nossos amigos.

Christopher: Bueno – esticou a mão para ela, fazendo com que os dois se cumprimentassem. – Buenas noches

Dulce: Buenas – forçou um meio sorriso e entrou no elevador.