Fanfic: Amor por Contrato - Vondy | Tema: Vondy, RBD, Rebelde,

Capítulo 20

Na manhã do dia seis de dezembro Dulce acordou mais cedo que o normal, não tinha animo para comemorar o aniversário, e sabia que se a irmã e as amigas a vissem com toda certeza inventariam algo para fazer. Como havia saído mais cedo de casa a ruiva pegou um taxi e foi direto para a faculdade onde aproveitou o tempo extra para comer algo já que não tomara café em casa.

Durante a manhã a ruiva recebeu ligações dos pais e alguns amigos e primos, tentou ao máximo ser simpática com todos agradecendo as felicitações, assim como nos outros dias almoçou com Ivalu que parecia não se importar com nada além dos planos para o encontro perfeito que teria no dia seguinte. A tarde andou um pouco pela praia, passou cerca de meia hora sentada diante do mar chorando em silêncio pelas lembranças do passado que ainda faziam sua ferida doer.  Preferiu ir andando para casa para gastar o máximo de tempo possível, sabia que não poderia evitar a casa para sempre então preferiu demorar o quanto pudesse.

Chegou ao prédio quando o relógio já marcava 17h00min trocou o elevador pela escada, quando chegou em frente a porta do apartamento respirou fundo mas no momento em que ela passou pela porta sentiu a garganta secar.

: SURPRESAAAAAA  - Os amigos estavam de pé no meio da sala com chapéus de aniversário, a sala estava toda decorada com balões e na parede haviam várias fotos de Dulce com seus amigos, seus pais, sozinha e um pouco acima da fotos haviam letras coladas formando “ Feliz Dulce Cumplaños”, a ruiva não conseguia pronunciar nenhuma palavra sequer, seus olhos marejaram, sentia falta de estar com eles.

Antes que pudesse apresentar qualquer reação sentiu a irmã lhe dando um forte abraço fazendo com que a ruiva não conseguisse controlar as lagrimas.

Claudia: Ei, Dul não chore ok? – limpando as lágrimas da irmã – Nós estamos aqui, sempre e para sempre! Sei que no momento certo você vai se sentir a vontade e vai dizer o que se passa com você, mas por favor, não se afaste. – apertou ainda mais o abraço – Hoje é seu dia, seu dia meu amor, dia de alegria, de comemorar, não é todo ano que se faz 20 anos.

Dulce apenas abraçou a irmã com mais força, sentia-se segura naquele momento, foi cumprimentada pelo cunhado, os amigos e amigas que felicitavam a ruiva e a enchiam de mimos, em pouco tempo Dulce já se sentia à vontade e já sorria com os amigos.

Anahi: Dul, nós pensamos em chamar o pessoal da sua sala, mas você andava tão distante que pensamos em fazer algo nosso, para passar o tempo e comemorar com você, como nos velhos tempos – justificou Anahi

Cantaram las mañanitas, fizeram guerra de chantili com a cobertura do bolo. Dulce pela primeira vez em meses se sentia feliz de verdade estava comemorando seu aniversário com os amigos e tudo havia sido planejado de forma tão incrível pelas amigas que não pode deixar de sorrir sinceramente, porém seu sorriso sumiu assim que olhou em direção a entrada.

Christopher tinha um sorriso fraco nos lábios, se sentia envergonhado e a alguns dias havia resolvido tentar concertar todos os erros que havia cometido com a ruiva, olhou para Dulce que o encarava com o mesmo olhar de desprezo, respirou fundo para tomar coragem e quando finalmente conseguiu dizer algo a saiu de forma quase inaudível.

Christopher: Dulce eu queria conversar com você – falou um pouco mais alto atraindo atenção da ruiva.

Dulce: Não temos nada para conversar. – respondeu com desdém

Christopher: Por favor, cinco minutos – pediu angustiado.

Dulce respirou fundo e se caminhou na direção da cozinha, vendo que Christopher continuava parado no mesmo local virou-se para ele.

Dulce: Você não vem? – Perguntou erguendo a sobrancelha – Te dou cinco minutos, e voltou a andar entrando na cozinha.

Christopher foi atrás dela carregando um pequeno embrulho nas mãos, quando entrou no como Dulce estava em pé encostada na pia sem deixar mudar o olhar de desprezo para ele.

Dulce: Seu tempo está correndo – falou enquanto tomava um gole da sua bebida.

Christopher: Eu queria te entregar isso – andou em direção a ruiva entregando-lhe o embrulho – sei que errei muito com você e isso não é de hoje, sei que fiz coisas das quais eu me envergonho e gostaria de voltar no tempo para consertar, mas infelizmente não posso, tomei decisões estupidas no passado e voltei a toma-las no presente e mais uma vez te causei algum dando – sincero – sei que me odeia mas queria seu perdão. – falou olhando-a nos olhos.

Dulce: Perdão Christopher? – gargalhou sarcástica – Você acha que o que me fez tem perdão?

Christopher: Por favor, eu me sinto mal por tudo o que aconteceu – falou abaixando a cabeça

Dulce: E o que eu sinto Christopher? E tudo o que eu senti todos esses anos, algum momento você pensou no que fez comigo naquele maldito dia? – sem conseguir controlar aumentava a voz se sentia as lagrimas escorrerem por seu rosto.

Christopher tentava pensar em algo para responder mas não conseguia encontrar as palavras, nunca havia visto tanta magoa em um olhar como via enquanto a ruiva falava, sentia um nó se formar em sua garganta enquanto via a ruiva andar de um lado para o outro tentando controlar as lágrimas.

Dulce: Você é patético – revirando os olhos

Christopher: Só me dê uma chance – sincero – sei que já te fiz muito mal, mas queria realmente consertar as coisas.

Dulce o olhava incrédula não conseguia acreditar que depois de tudo ele estava ali na frente dela falando como se perdoa-lo fosse a coisa mais simples do universo.

Dulce: Você acha que é simples – rindo nervosa – não tem um dia da minha vida que eu não me lembre daquele maldito dia, aquele dia em que você me fez conhecer o inferno Christopher. Você não faz ideia de tudo o que eu passei por culpa sua – tentava manter a calma e segurar as lágrimas.

Christopher: Só uma chance Dulce, não precisamos ser amigos só peço seu perdão – falava tentando segurar o próprio choro.

Dulce: VOCÊ ACABOU COM A MINHA VIDA – gritou enquanto sentia seus olhos serem tomados por lágrimas. – VOCÊ, UNICAMENTE VOCÊ!

Christopher: eu sei que errei, mas quero tentar concertar – suspirou.

Dulce: EU NÃO SOU UM BRINQUEDO QUEBRADO QUE VOCÊ PODE CONCERTAR CHRISTOPHER, AQUELE DIA AINDA DOI AQUI DENTRO – apontando para o peito.

 Os amigos ao ouvirem os gritos de Dulce se aproximaram da cozinha, não entendiam o que se passava ali, Dulce chorava a ponto de soluçar.

Dulce: EU FUI PARA A CAMA CONTIGO, EU ME ENTREGUEI A TI, VOCÊ ME TRANSFORMOU NISSO – apontando para si mesma – VOCÊ DESTRUIU TUDO O QUE EU SONHAVA – respirou fundo tentando se controlar, pegou o embrulho que havia deixado do lado na pia e se encaminhou em direção a porta da cozinha.

Levantou o olhar e viu que os amigos a encaravam boquiabertos esperando alguma explicação.

Dulce: O show acabou pessoal – falou enquanto secava as próprias lágrimas – o show, a festa, o dia, acabou – virou-se na direção de Christopher que apenas observava tudo sem conseguir falar qualquer coisa – Você conseguiu Christopher, me destruiu mais uma vez, meus parabéns, ótimo trabalho. –

Christopher: Dulce perdão, perdão por favor – caminhou em direção a ruiva.

Dulce: SAI DAQUI – gritava chorando – ME DEIXEM EM PAZ –.

 Antes de sair da cozinha jogou o embrulho na lixeira que ficava próxima a porta da cozinha e soluçava enquanto corria para o quarto trancando a porta com força

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Christopher olhava para o chão sem conseguir encarar os amigos. Quando levantou o olhar viu que a ruiva o encarava da porta.

Dulce: Você conseguiu Christopher, me destruiu mais uma vez, meus parabéns, ótimo trabalho. – Antes de sair da cozinha jogou o embrulho na lixeira que ficava próxima a porta da cozinha.

Christopher naquele momento não conseguiu mais conter as lágrimas, sentia-se um monstro, um lixo, não tinha coragem de encarar os amigos, sentia vergonha de si mesmo. De cabeça baixa saiu da cozinha antes que qualquer um dos amigos pudesse falar qualquer coisa, foi direto para garagem onde pegou o carro e saiu sem rumo.