Fanfic: Amor por Contrato - Vondy | Tema: Vondy, RBD, Rebelde,

Capitulo 21 

Após a discussão com Christopher na cozinha Dulce se trancou no banheiro do quarto e chorou por horas, não aguentava mais aquilo tudo, queria ir para longe, mas para onde fugiria dessa vez?

 Suas lagrimas caiam por seu rosto e os soluços cortavam o silêncio, fechava os olhos lembrava claramente daquele dia, quando pela primeira vez Christopher a destruiu.

- Flashback –

Dulce só queria correr para bem longe dali, suas lagrimas rolavam por seu rosto como cachoeiras, não podia acreditar como havia sido tão idiota, como poderia ter confiado naquele garoto de forma tão estupida. Sentia a dor da humilhação, da traição. Correu o mais rápido que suas pernas conseguiram chegar e até não ter mais folego depois continuou andando, sem ter certeza de que direção deveria tomar até que encontrou um tronco de árvore caído longe o suficiente para ficar em paz, sentou abraçando as pernas, abaixou a cabeça apoiando-a nos joelhos e chorou com mais força, deixando que toda a dor que sentia transparecesse.

 - Fim do Flashback –

Quanto mais Dulce se lembrava mais a ferida se abria e mas alto era o seu choro, depois de um tempo resolveu tomar um banho gelado para tentar acalmar os pensamentos e caiu na cama, pegando no sono quase instantaneamente.

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Christopher havia dirigido por quase duas horas até chegar ao limite da cidade, dirigiu por mais alguns minutos até chegar a uma área completamente deserta, parou o carro apoiando a cabeça no volante deixando todo orgulho de lado e se entregando ao pranto que a muito tempo estava preso em seu peito.

- Flashback –

Christopher a olhava nos olhos. eram tão doces, sinceros e puros. Aquela era sem duvidas uma garota diferente das outras.

Dulce: Eu confio em você! – Disse sorrindo.

- Fim do Flashback –

Quanto mais tentava não pensar naquele dia mais lembranças enchiam sua mente, conseguia ouvir nitidamente a voz da ruiva o acusando de ter lhe destruído, e agora ele via o quão grande foi o estrago. Conseguia ver naqueles olhos que agora eram amargos e tristes. Ficou a noite inteira ali naquele carro no meio do nada, sem conseguir dormir ou fazer qualquer outra coisa além de chorar.

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Dulce finalmente conseguira se acalmar e dormir tranquilamente quando foi desperta por batidas estridentes na porta do seu quarto. Pensou em ignorar mais como as batidas continuavam incessantemente resolveu levantar da cama e ver o que a pessoa do outro lado desejava.

Abriu a porta ainda tentando se acostumar com a claridade e se deparou com Maite, Anahi e Claudia a encarando com expressões sérias.

Claudia: Dulce Maria precisamos conversar! – Justificou entrando no quarto antes mesmo que a ruiva pudesse dizer qualquer coisa.

Dulce respirou fundo contando mentalmente até dez enquanto as amigas entravam no quarto e sentavam em sua cama, virou-se para encara-las tentando não transparecer o nervosismo e a irritação que estava sentindo naquele momento.

Dulce:  O que querem? – perguntou impaciente.

Claudia: Como eu já disse viemos conversar – respondeu ríspida.

Dulce: E sobre o que querem conversar? – questionou cinicamente

Claudia: Não se faça Maria – a encarava com a sobrancelha erguida.

Anahi: Claudia, deixa que eu falo! – interrompeu a loira – vocês vão acabar brigando se continuar assim.

 Anahi era a mais calma das quatro amigas, sempre tentava entender todos os lados da situação e por isso acabava sempre mediando as conversas em momentos de tensão.

Dulce: Ta chega de enrolação, o que vocês querem afinal – bufou a ruiva.

Anahi: Queremos falar sobre o que vimos e ouvimos hoje mais cedo na cozinha – respondeu calma.

Dulce: Se é isso então podem se retirar – apontou na direção da porta – não tem nada que vocês precisem saber.

Claudia: Não seja cínica Maria, nós ouvimos muito bem o que você disse ao Christopher – interrompendo a conversa – como assim você foi para cama com Christopher? – gritando.

Anahi: Claudia gritar não vai resolver nada – respondeu sensata fazendo a amiga bufar.

Dulce: O que aconteceu no passado, o que vocês ouviram só diz respeito a mim e ao imbecil que vocês chamam de amigos – respondeu irritada.

Maite: Não ofenda quem não esta aqui para se defender –  Maite estava visivelmente irritada.

Dulce: claro, porque ele é um pobre inocente – riu ironicamente – Deixa eu te contar uma coisa Maite: o seu amiguinho querido não passa de um merda, filho de papai mimado que acha que tem o direito de fazer as pessoas de brinquedo.

Maite: Você não conhece o Christopher! – respondeu aumentando a voz – Você não sabe pelo que ele já passou, ou o que ele já foi capaz de fazer por outras pessoas – apontando para si e para Claudia.

Dulce: Quem não o conhece é você! – respondeu na mesma altura – Você não faz ideia do que ele me fez e de como destruiu a minha vida. – segurando as lágrimas.

Maite: Não, eu não faço ideia do Christopher que existe na sua cabeça de garota mimada – respondeu enquanto andava de um lado para o outro – Você fala mal dele, ofende, grita, quer que fiquemos do seu lado, mas não é capaz de dizer o que aconteceu se faz de vitima e espera que todo mundo venha passar a mão na sua cabeça!

Dulce: VOCÊ NÃO FAZ IDEIA DO QUE ELE ME FEZ – chorava – NINGUÉM JAMAIS VAI FAZER.

Maite: ENTÃO EXPERIMENTA TENTAR CONTAR A DROGA DA VERDADE PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA – sentia as lágrimas escapando por seus olhos.

Dulce: Eu não posso, não consigo! – Chorava

 Maite: Você não passa de uma covarde Dulce Maria, se você contasse a merda da verdade ao em vez de ficar se escondendo atrás dessa mascara de garota forte independe que vai pra cama com qualquer um tudo seria mais fácil sabe por quê? Porque nós tentaríamos te entender, tentaríamos te ajudar. – Anahi e Claudia já não tentavam acalmar os ânimos das duas, ficavam caladas apenas observando atônitas o rumo que a conversa tomava.

Dulce: Você não tem ideia do que diz Maite, você não sabe o que seu queridinho me fez sofrer – ainda em choque pelas palavras da amiga – para você é fácil defender ele quando não se sabe os dois lados da história, ou nesse caso, não se sabe a história – respondeu dando as costas as amigas.

Maite: É realmente fácil defender o Christopher sem saber afinal que grande coisa ele te fez porque o que eu conheço e uma pessoa incrível – respirou fundo – É fácil defender a pessoa que mesmo não tendo nada a ver com a história disse que assumiria o filho da sua querida irmã que o idiota do ex-namorado dela não quis assumir, é fácil defender a pessoa que ficou e cuidou dela quando ela perdeu o bebê – suspirou – é fácil defender a pessoa que te tirou do buraco e não deixou você se afundar nas drogas depois de ser violentada pelo seu então ficante, é fácil defender a pessoa que mais te apoiou e cuidou de você mesmo tendo que superar a dor de ver o próprio pai morrer do seu lado, e se culpar por isso todos os dias  - suspirou pegando o embrulho em cima da cama jogando em cima da amiga – Só que mais fácil ainda é acusar as pessoas conhecendo só a ideia que criamos em nossas cabeças. – saiu do quarto antes que a amiga pudesse dizer qualquer coisa.

Dulce não conseguia formar nem uma palavra para dizer, não conseguia processar as informações que havia acabado de escutar. A irmã havia engravidado e perdido o bebê? Maite violentada e se drogando? Por um lado tudo fazia sentido afinal, ela tinha estranhado o fato de nem a irmã irem para casa desde que o ano letivo começara no meio do ano anterior mas não podia imaginar que havia sido por algo assim, ficou tão imersa em pensamentos que nem viu quando Anahi saia do quarto acompanhando Claudia que estava visivelmente abalada por relembrar os fatos que Maite contara para Dulce.

Respirou fundo e abriu o embrulho que havia caído no chão e a primeira coisa que viu foi um pequeno envelope, abriu sem se quer dar atenção ao presente dentro da caixa e começou a ler a pequena carta que Christopher escreverá a próprio punho, Dulce encavara o embrulho atônita não podia acreditar no que via na sua frente, a cada palavra que ela lia sentia como se a ferida tornasse a abrir mais uma vez, seu choro já era descompensado, se sentia perdida e tudo o que desejava era ir para bem longe dali. E assim que acabou de ler voltou à atenção para a pequena caixa que estava dentro do embrulho ficando sem reação ao ver do que se tratava.

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Christopher só voltou para casa quando já estava quase amanhecendo, não queria dar de cara com os amigos ou ter que explicar tudo o que acontecera no dia anterior. Chegou em casa dirigindo-se direto ao banheiro onde tomou um banho demorado tentando não pensar mais na ruiva e em todas as lembranças que a envolviam.

Saiu do banheiro de toalha e enquanto procurava o que vestir parado em frente ao guarda roupas ouviu seu celular do trabalho tocar, respirou fundo tentando não se aborrecer, mas assim que viu que o número era da capital soube que não viria noticia boa por ai.

Christopher: Bueno?

********: Buenos días señor Uckermann, soy Andrea la secretaría en la sede de la capital y recibió órdenes de presentarse a usted que su padrino tuvo un accidente y tiene que volver a casa de inmediato, tu madre te necesita aquí por negocios.

Christopher: Mas eu não posso largar minhas aulas, como foi o acidente? Porque minha mãe não me ligou? – perguntou preocupado.

Andrea: Senhor eu não tenho essas informações, apenas fui encarregada de lhe telefonar para informar ao senhor que sua passagem já está comprada para hoje a tarde – respondeu calmamente.

Christopher: Merda – revirou os olhos – minha mãe sabe que eu tenho aula e tenho compromissos? – perguntou retoricamente.

Andrea: Senhor infelizmente não poderei responder essas questões, a empresa está um caos e sua mãe precisa do senhor aqui isso é tudo o que eu sei.

Christopher suspirou, respirando fundo para tentar controlar a raiva e a preocupação – Andrea como estão as coisas na empresa ai?

Andrea: Senhor temos reuniões importantes agendadas, com sócios grandes e somente o senhor e o seu padrinho podem representar a empresa nessas reuniões, fechamentos de contratos.

Christopher apenas escutava a pessoa do outro lado da linha lhe passando informações, respirava fundo tentando concentrar a irritação.

Christopher: Tudo bem, eu vou – respondeu vendo que não haveria outra solução.