Fanfic: Amor por Contrato - Vondy | Tema: Vondy, RBD, Rebelde,

Capitulo 22

Desde a ultima conversa na cozinha já haviam se passado semanas, Christopher por problemas na empresa dividia seu tempo ente a faculdade e os dias na capital. Desde o dia que viajou pela primeira vez não voltou a encontrar Dulce, que por sua vez via as coisas na cobertura feminina ficarem cada vez mais complicadas.

Só falava o necessário com a irmã e as amigas se isolando cada vez mais dentro da própria casa, por conta do calendário apertado por conta da greve só teriam duas semanas de férias durante o período de festas natalinas e virada de ano, datas essas que Dulce preferiu passar na Capital na companhia dos pais em vez de viajar para Cozumel com os amigos. As aulas retornariam no quinto dia de Janeiro e mesmo sem vontade a ruiva retornou para Veracruz.

 16 de Janeiro de 2014

Naquela manhã de sexta feira Dulce não teria aula, mas preferiu acordar cedo para aproveitar o dia na praia, depois de tomar banho e se arrumar resolveu descer para tomar café acreditando que por conta do horário a irmã e as amigas já não estariam mais em casa, porém para sua surpresa assim que fechou a porta do quarto se deparou com a ultima pessoa que ela desejava encontrar naquele momento.

Sim, após semanas e semanas, noites em claro, e incontáveis sonhos Christopher estava ali em sua frente saindo do quarto de Maite, ele estava diferente desde a ultima vez que se viram, havia cortado o cabelo e aparentava estar mais forte, estava sem sombra de duvidas ainda mais bonito que o normal e Dulce não pode deixar de reparar nesse fato.

Assim que deu de cara com a ruiva Christopher ficou sem reação, havia escolhido justamente aquele horário para conversar com Maite pois acreditava que não correria o risco de encontrar Dulce que estaria dormindo ou na faculdade, a primeira coisa que reparou foi o fato dela estar muito magra e abatida, mas seu pensamento logo foi interrompido quando seus olhos captaram o brilho dourado na altura do pescoço . Ela usava o cordão que ele havia guardado por tanto tempo, sinal de que a garota havia voltado atrás e aberto o presente de aniversário.

Os dois apenas se encaravam em silencio, não conseguiam sequer formular uma palavra para ser dita, os dois minutos em que ficaram ali naquele pequeno corredor se encarando pareceu durar uma eternidade e só foi interrompido quando Dulce sentiu seus olhos molhados pelas lagrimas que se formavam involuntariamente e saiu correndo, desistindo da idéia de tomar café, tentando ficar o mais longe possível daquele lugar.

Christopher permaneceu por mais alguns minutos parado no corredor, tentara ao máximo evitar o encontro com a ruiva temendo que voltassem a discutir, mas a verdade é que o que havia acontecido foi muito pior do que qualquer discussão que poderiam ter tido. O silêncio da ruiva misturado ao seu olhar carregado de magoa fez com que o rapaz se sentisse o pior dos homens, precisava de todas as formas possíveis concertar os erros que cometera no passado, só  não sabia como faria isso.

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Dulce saiu andando sem rumo até que encontrou um bar aberto, o local não era dos mais bonitos e naquele momento se encontravam apenas alguns senhores que bebiam sentados em frente ao balcão.

- Uma dose de Whisky por favor – pediu ao senhor que se encontrava do outro lado do balcão.

- Tem certeza que já vai beber uma hora dessas? – questionou o homem espantado.

- Só me sirva o que eu pedi por favor, vim aqui para beber e não para conversar. – respondeu irritada.

O senhor então serviu o que a ruiva pedira, ela por sua vez tomou todo o liquido com um único gole fazendo sinal para o senhor voltar a encher o copo.

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Desde o momento em que encontrou a ruiva Christopher não conseguira se concentrar em nada direito, precisou ler quase dez vezes o mesmo relatório. Tentava ocupar o pensamento com os assuntos da empresa, mas volta e meia se via pensando em todos os erros que havia cometido com Dulce. Estava absorto em seus pensamentos quando foi despertado pelo barulho do telefone.

Christopher: Margo já disse que estou ocupado e não posso atender ligações.

Margo: Perdão senhor, é que esta na linha o senhor Espinosa e ele diz ser urgente.

Christopher: Pode transferir a ligação – Assim que ouviu o nome de quem se tratava Christopher se sobressaltou, Fernando era um dos grandes amigos de seu pai, os dois haviam feito faculdade juntos e mantiveram a amizade até o falecimento do pai. Porém nunca tivera muito contato com o homem depois da infância quando os pais se mudaram para os Estados Unidos onde passaram quase dez anos, só foi descobrir que ele era pai de Dulce e Claudia quando já estava em Veracruz.

 Fernando: Buenos Christopher. – o homem disse simpático assim que o rapaz atendeu a ligação.

Christopher: Buenos señor – respondeu já prevendo sobre o que seria a conversa.

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Dulce bebeu praticamente toda a garrafa de whisky antes de deixar o bar, caminhou com dificuldade até a praia onde sentou na areia e fixou o olhar no mar, sentia as lagrimas escorrendo sem dó por seu rosto, sua vida se tornara um inferno ainda maior em comparação ao que ela vivia com Bruno.

Ficou sentada por quase meia hora quando resolveu ligar para Ivalu que prontamente foi a seu encontro. A morena levou a ruiva para casa, tentando em vão fazer com que ela parece de chorar ou então falasse algo coerente, deixando-a na porta do prédio.

Dulce com muita dificuldade subiu até a cobertura, e assim que chegou nas escadas sentiu seu estomago revirar e em questão de segundos tudo o que tinha em seu estomago foi posto para fora, sem forças para dar se quer um passo a ruiva escorregou as costas pela parede apoiando a cabeça no degrau chorando cada vez mais alto.

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A ligação já durava mais de duas horas quando Christopher finalmente tomou sua decisão.

Christopher: Fernando sei muito bem que esse era o desejo de meu pai, a ultima vez que conversamos sobre isso acabamos brigando e me arrependo muito pelo que eu disse a ele naquele dia – suspirou – Sei que não posso mudar o que aconteceu, mas posso ao menos realizar o desejo dele, então eu farei o necessário.

Fernando: Christopher, você não faz idéia do quanto está me ajudando com isso, serei eternamente grato a você e ao seu pai. Muito obrigado.

Conversaram por mais alguns minutos encerrando a ligação com um encontro marcado para dali a poucos dias. Christopher recostou a cabeça no encosto da cadeira fechando os olhos por alguns instantes tentando evitar de pensar na decisão que acabara de tomar.