Fanfic: Amor por Contrato - Vondy | Tema: Vondy, RBD, Rebelde,

Christopher chegou em casa e pouco mais de vinte minutos. Foi direto ao quarto da mãe, precisava conversar com ela o quanto antes.

Christopher: Mamãe, preciso conversar com Senhora – falou enquanto batia na porta incessantemente.

Alexandra: Meu filho, o que aconteceu? – questionou preocupada.

Christopher: Acabei de voltar de um encontro com o Fernando – suspirou pesadamente - Tomei minha decisão.

Alexandra: E o que decidiu? – Olhava o filho temendo a resposta.

Christopher: Eu vou fazer o que é certo, vou cumprir a vontade do papai. – disse pausadamente.

Alexandra olhava atônita para o filho, sabia que Christopher estava pensando nisso a alguns dias mas jamais imaginou que ele realmente levaria aquela história para frente, não sabia o que dizer, apenas respirou fundo e deu passagem para o que filho adentrasse seu aposento, onde conversaram até a madrugada.

Alexandra: Vejo que não há maneiras de te fazer mudar de ideia – suspirou vencida – então terá o meu apoio.

Christopher: Gracias mama, muchas gracias – disse abraçando a mãe, feliz pelo fato da conversa não ter sido tão quanto imaginara.

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Veracruz, 21 de Janeiro de 2015

Sigue vivo tu recuerdo
Me hace daño si te pienso
Estoy triste pero estoy de pie

Dulce tocava violão em seu quarto, ultimamente passava a maior parte das horas nele, enquanto não encontrava um lugar para morar.

Aún que me hayas olvidado
Sé que tarde o más temprano
Vas a entender cuanto te amé

Sempre que se sentia triste tocava algún dia, era incrível mas sempre descrevia tudo o que ela sentia em seus momentos de tristeza, era assim desde sua adolescência.

Algún día sin pensarlo
Me vas a extrañar despacio
Algún día, una mañana
Sentirás que te hago falta
Y en tu interior vas a sentir amor
Nadie sabe lo que tiene
Hasta que al final, lo perde

Enquanto cantava deixava as lagrimas caírem sobre seu rosto, sentia-se solitária, desamparada, magoada, machucada e se via cada vez mais no fundo do poço. Ia começar a segunda estrofe da música quando foi interrompida por bruscas batidas na porta.

Levantou as pressas secando as lagrimas tentando se recompor, respirou fundo, e quando abriu a porta sentiu suas pernas bambearem.

Dulce: O que faz aqui? – Perguntou gaguejando.

Christopher: Vim te chamar, seu pai te espera na sala – respondeu em olha-la nos olhos.

Dulce: O que? Meu pai? O que ele faz aqui – questionou preocupada.

Christopher: Precisamos conversar – respondeu calmamente, indo em direção a sala.

Dulce voltou para o quarto, trocou de roupa rapidamente e correu para a sala, precisava saber o que o pai fazia ali, porém para sua surpresa assim que chegou na sala deu de cara com os pais, Claudia e Christopher sentados nos sofás em silêncio.

Dulce: O que está acontecendo aqui? – perguntou inquieta.

Fernando: Sente-se minha filha, precisamos ter uma conversa séria – respondeu enquanto a filha cumprimentava a mãe.

Dulce apenas assentiu, buscava em Claudia alguma resposta mas a morena parecia estar tão confusa e curiosa quanto a ruiva.

Fernando: Bom, antes de começar a falar preciso que as duas se comprometam a ouvir até o final antes de se pronunciarem, posso contar com isso? – As duas apenas assentiram com a cabeça, o homem estava mais sério do que as duas jamais haviam visto em toda a vida.

Fernando: Eu o Luiz, pai do Christopher, éramos amigos a muitos anos até fizemos faculdade juntos. Bom vocês não o conheceram nem ao Christopher por que eles se mudaram para os Estados Unidos quando vocês eram crianças – explicou vendo a cara de espanto das duas que escutavam caladas – Assim que eles voltaram para o México Luiz e eu nos reencontramos e voltamos a ter contato, e foi em uma de nossas muitas conversas que pensamos na possibilidade de fundirmos nossas empresas, mas infelizmente meu amigo faleceu antes que pudéssemos concluir a fusão.

Dulce olhou para Christopher e o viu abaixar a cabeça, sentiu-se mal por ele, não podia imaginar o quão doloroso seria perder o pai.

Fernando: Eu resolvi deixar esse assunto esquecido, porém agora é inevitável – suspirou – a empresa sofreu um golpe por parte de um dos diretores financeiros – Dulce e Claudia se olhavam assustadas – não estamos falidos, só que com o capital reduzido drasticamente isso não vai demorar muito a acontecer. E a única maneira de salvar a ES Telecom é realizar a fusão com a Uckermann.

Claudia: Ok. Então faça a fusão – interrompeu.

Fernando: Só tem um problema. – suspirou.

Dulce: E que problema tão grave é esse?

Christopher: Existe uma clausula que diz que a empresa só pode ser vendida, ou associada entre os membros da família Uckermann. – falou algo pela primeira vez.

 Dulce e Claudia se olhavam sem entender exatamente o que aquilo significava.

Fernando: Isso quer dizer que para salvar a empresa uma das duas devera se casar com Christopher.

Dulce/Claudia: Como é? – perguntaram atônitas

Fernando: Exatamente o que escutaram, para fundirmos as empresas uma das duas terá que casar com Christopher e cumprir as exigências do contrato. – disse calmamente.

Claudia e Dulce se olhavam perdidas com o que o pai acabara de dizer, Blanca apenas observava tudo calada, não achava certo o que estava acontecendo mas sabia que era a única maneira de salvar a empresa da família, e garantir o futuro das filhas.

Dulce: Papai, eu não posso me casar com ele. – disse desesperada – não posso!

Fernando: Isso não cabe a mim decidir, você e sua irmã terão tempo para conversar e decidir o que fazer. – respondeu friamente.

Dulce: Papai, você não entende – olhava para a mãe tentando encontrar apoio.

Fernando: Dulce Maria, eu já estou ciente do que aconteceu entre vocês no passado – respondeu fazendo com que ela perdesse a fala – Christopher me contou a história toda, se pudesse o teria matado, mas acho que a vida já o castigou demais pelos erros dele.

Dulce: Duvido muito que qualquer coisa que tenha acontecido com ele compense o que ele me fez – respondeu levantando a voz.

Christopher: Eu perdi o meu pai por causa disso – respondeu baixo, mas não o suficiente para passar despercebido por Dulce.

Dulce: Como é? – perguntou boquiaberta.

Christopher respirou fundo e tomou coragem para falar.

Christopher: Naquela época do acampamento eu já morava nos Estados Unidos, mas vim para cá passar férias com meus primos, nunca havia ouvido falar de você até tudo o que aconteceu. Quando fiz dezoito anos voltamos para cá e nossos pais começaram a conversar sobre a fusão da empresa, e um dia ele me levou a sua casa – respirou fundo – você e Claudia estavam passando o fim de semana fora com Anahi e Maite.

Dulce observava tudo calada, lembrava-se perfeitamente daquele fim de semana. Foram para Acapulco com as amigas para comemorar o aniversário de Maite, e os pais ficaram pois receberiam amigos em casa.

Christopher: Assim que cheguei a sua casa fomos direto ao escritório do seu pai, eu tava todo distraído achando aquilo tudo um tédio que nem prestei atenção no lugar direito. Mas quando eles começaram a falar sobre casamento eu fiquei louco, não podia me casar, tinha acabo de completar 18 anos, queria curtir a vida, foi ai que eu vi na mesa uma foto da sua família, e te vi ali, senti meu coração parar naquele momento, não era possível que justo nossos pais fossem amigos. – suspirou – nossos pais ainda conversaram por algum tempo e assim que entramos no carro meu pai veio falar comigo sobre o casamento, e como seria bom para a empresa, e começamos a discutir, ele não conseguia entender porque era tão difícil para eu aceitar uma coisa que parecia tão simples. Foi ai que eu contei para ele que você era a garota do acampamento, contei com detalhes tudo o que aconteceu e ele explodiu, estava decepcionado comigo, brigamos a maior parte do caminho, gritamos um com o outro, estava chovendo naquele dia, enquanto discutíamos ele perdeu o controle do carro, e batemos em um caminhão, capotamos duas vezes, lembro de sentir meu corpo todo doer, escorria sangue pelo meu rosto, tudo estava rodando, mas eu tive forças para abrir os olhos e ver meu se meu pai estava bem, e quando nos olhamos ele fechou os olhos e morreu ali na minha frente, e eu não pude fazer nada, morreu por minha culpa – disse com a voz embargada.

Dulce e Claudia olhavam boquiabertas a história, jamais poderiam imaginar aquilo tudo. A ruiva tentava encontrar palavras mas sua cabeça girava tanto com tantas informações que não conseguia sequer formular nenhuma frase. 

Comenteeem garotas, quero saber o que estão achando.