Fanfic: Amor por Contrato - Vondy | Tema: Vondy, RBD, Rebelde,

Fernando e Blanca se demorando mais algumas horas até que tiveram que se despedir das filhas e voltar para a capital. Christopher voltara para a cobertura masculina onde foi direto para o banho, passou cerca de trinta minutos de baixo da água quente chorando em silêncio lembrando-se de cada minuto daquele dia no acampamento, depois de algum tempo deitou-se e dormiu para tentar esquecer aquela enxurrada de mudanças que atropelavam sua vida.
Já as irmãs Espinosa naquela noite mal dormiram, ou se quer se falaram, apenas se trancaram nos respectivos quartos tentando a sua maneira absorver tudo o que haviam ouvido naquela tarde.

23 de Janeiro de 2015

Naquela sexta feira Dulce não foi a aula, não saiu do quarto se quer para comer, passou o dia deitada no quarto escuro, viajando nas músicas que escutava no último volume pelo fone. Quando deu por volta das 20hrs30min a ruiva resolveu descer para comer algo afinal seu estomago já reclamava pela falta de alimento durante o dia. Esperava não ter que encontrar ninguém, mas assim que passou pela sala deu de cara com a irmã, as amigas, o cunhado, os amigos e Christopher sentados no sofá, Claudia tinha olheiras profundas e nem sequer olhou para a irmã, que seguiu o caminho para a cozinha sentando-se para comer sozinha.
Depois de vinte minutos Dulce passou pela sala em direção ao quarto em silêncio, mas antes de alcançar o corredor foi interrompida por uma voz em suas costas;
Christopher: Dulce, já chega disso! – disse sério.
Dulce: O que é? – questionou virando-se para encarar o homem.
Christopher: Chega disso, não consigo mais guardar esse segredo, se você não contar agora, conto eu. – suspirou.
Dulce surpreendeu-se com as palavras do rapaz, olhava atônita para os presentes na sala, respirou fundo e caminhou em direção aos puff, sentando-se de frente para os sete.
Dulce: Ok Christopher, já que é isso que você deseja farei sua vontade – respondeu ironicamente.
Todos a olhavam em silêncio esperando para finalmente descobrirem a verdadeira história entre Dulce e Christopher e o motivo daquele ódio imenso que ela carregava dele.
Dulce: Vocês se lembram das férias em 2009 quando a escola levou a turma de vocês para uma viagem mas a minha turma não pode ir? – questionou olhando na direção das amigas, que apenas assentiram com a cabeça – A Fernanda e a Ingrid me chamaram para ir a um acampamento de férias que era promovido pela empresa de um dos tios delas e para eu não ficar sozinha meus pais me deixaram ir. Eu estava super empolgada, passaria três semanas longe de casa, e fui toda feliz.

- FlashBack –

Dulce acabara de chegar ao acampamento com as amigas, estava tão feliz por estar ali naquele momento que mal se aguentava de empolgação, deixou as coisas no chalé indicado para ela e as amigas e saiu correndo para o pátio central onde seriam organizadas as atividades do dia.
Nos dois primeiros dias a intensidade das atividades fora tamanha que a morena chegava no chalé tão cansada que sai do banho direto para cama dormir, porém, como o terceiro dia as atividades foram mais tranquilas ela e as amigas após o banho resolveram sair para a fogueira montada na parte central do acampamento,
Pouco depois de chegarem as amigas começaram a conversar com um grupo de meninos que estava por ali e logo fizeram amizade.
*******: Porque tão séria moça? – perguntou o loiro que se sentava ao seu lado;
Dulce: Nada não, só não sou muito chegada a essas histórias de terror. – respondeu dando os ombros.
********: Já vi que é medrosa – caçoou o garoto fazendo a morena revirar os olhos.
Dulce: Super engraçado, já pode se candidatar a trabalhar no circo - respondeu mal humorada.
*******: É brincadeira garota – afirmou empurrando-a de leve pelo ombro – E a propósito, sou Christopher – apresentou-se. – e você?
Dulce: Dulce, Dulce Maria – respondeu apertando a mão do loiro.
Os dois passaram o resto da noite conversando, e durante a semana que se passou os dois ficaram casa vez mais próximos. Dulce havia conseguido criar um laço de confiança com Christopher de uma forma tão rápida e pura que durante suas longas conversas sempre contava a ele coisas particulares de sua vida.
Na quinta feira da segunda semana de acampamento Dulce estava sentada em um banco de frente para o lago escrevendo em um pequeno caderno enquanto esperava as amigas voltarem da trilha.
******: Hola Dul – sussurrou no ouvido da ruiva assustando-a
Dulce: Por Dios Chris! – resmungou enquanto tentava acalmar a respiração que se descompensara devido ao susto – quer me matar?
Christopher: Claro que não anjo – respondeu abraçando-a por cima dos ombros fazendo-a sorrir. – Queria falar contigo. – continuou com o tom de voz encantador e o sorriso lindo de sempre.
Dulce: E o que queria me diz? – questionou curiosa.
Christopher: Bom, eu queria ver se sabe – tentava falar em meio a aparente vergonha – queria saber se você quer sair comigo hoje à noite? – falou rápido tamanho o nervosismo
Dulce: sair? Mas pra onde? Para que? – perguntou tentando controlar a empolgação que crescia em seu peito.
Christopher: Eu queria te levar para um piquenique a noite, tem um lugar perto do outro lago que dá para ver o céu todo estrelado – disse empolgado – você precisa ver Dul, é lindo – falou enquanto a olhava nos olhos.
Dulce: Tudo bem Chris – disse rindo – eu vou!
Christopher: Leva seu caderno, vou te fazer uma surpresa – pediu com os olhos brilhando.
O resto da tarde passou voando para morena que voltou às pressas para o chalé em que estava hospedada na tentativa de se arrumar da melhor maneira possível, estava empolgada mal podia esperar pela hora de se encontrar com Christopher.
Pontualmente as 20hrs30min Christopher chegou para buscar a morena, ele vestia uma bermuda de tecido preta com uma camisa branca e um tênis também preto, com os cabelos penteados com gel para trás, um enorme sorriso e os olhos brilhantes como sempre.
Dulce vestia um short de cintura alta jeans claro, com uma blusa também branca e uma camisa xadrez por cima abotoada até abaixo dos seios e a cintura marcada por um cinto do mesmo tecido do restante da blusa, os cabelos castanhos estavam naturais e o rosto apenas com um pouco de maquiagem.
Andaram até uma parte afastada do acampamento onde existiam algumas cabanas de frente para o lago, algumas mesas compondo a área comum e Christopher guiou a ruiva até uma das cabanas.
Quando chegaram até o local Dulce se surpreendeu ao ver que haviam várias guloseimas e sucos sobre uma toalha quadriculada, almofadas iluminadas por algumas luzes fracas que davam um ar aconchegante a sala vazia.
Os dois comeram e conversaram entre risadas durante a noite toda, Dulce se sentia completamente à vontade com o garoto, ele era tão sincero, carinhoso, era um verdadeiro príncipe.
Christopher se aproximou de Dulce fazendo o coração da garota acelerar, acariciou o rosto dela num gesto fofo, passando segurança a garota, aproximando o rosto sentindo a respiração ansiosa dela.
Christopher: Confie em mim Dulce – pediu olhando-a nos olhos.
Dulce: Eu confio em você de olhos fechados – respondeu levanto uma das mãos até o rosto do rapaz.
Sem mais delongas o loiro beijou Dulce, sentindo o doce gosto e suave dos lábios da morena, o beijo começou calmo e romântico mas aos poucos foi se intensificando, ele desceu as mãos pelas costas deixando um rastro de desejo onde tocava.
Enquanto se beijavam Christopher desfez o laço da blusa, começando a desabotoar com calma cada botão, tirando a blusa e a deixando ao lado das almofadas, e continuou a despir a morena de forma carinhosa e sem pressa.
Dulce: Chris, eu – respirou fundo – sou virgem – disse envergonhando-se.
Christopher: Eu sei meu anjo, confie em mim –pediu carinhosamente,
E esse pedido bastou para dar a Dulce a coragem de se entregar pela primeira vez a alguém.
Christopher com toda a calma possível tocou a morena de maneira intensa, distribuindo beijos por todas as partes daquele corpo até então intocado. E ali naquela cabana com pouca luz ele tirou dela sua pureza.
Dulce estava com a cabeça apoiada no peito ainda nu de Christopher, seus cabelos molhados de suor formavam uma cortina sob as costas da morena que sorria com os olhos brilhantes olhando para Christopher. Sentia-se boba naquele momento, suas amigas já haviam praticado tal ato diversas vezes, mas ela era diferente, acreditava no amor, e sonhava em encontrar o cara perfeito e ser feliz. Sem muita demora pegou no sono ouvindo as batidas ritmadas do coração de Christopher.
Na manhã seguinte Dulce acordou sentindo os raios de sol batendo em seu rosto, olhou em volta e não havia sinal de Christopher, espreguiçou-se procurando por suas roupas, mas achou apenas sua roupa intima, a camisa de Christopher e um bilhete dizendo: “Vamos brincar Dul, vista isso e venha me procurar “.Ao terminar de ler não pode evitar de rir Christopher era mesmo louco.

Vestiu as peças de roupa que haviam ali andou pela cabana procurando por Christopher em vão, até que ouviu um som vindo do lado de fora e decidiu ir até a varanda para ver o que se passava. Assim que girou a maçaneta indo até a varanda sentiu as pernas bambearem e o ar lhe faltar, várias garotas e garotos lhe encarando, rindo dela, tentou correr dali mas as pernas não lhe obedeciam.
Olhava em volta tentando entender o que se passava, e quando sua mirada pousou sob a mesa central viu Christopher ali rodando sua blusa em uma das mãos e com seu caderno em outra.
Reuniu forças e se dirigiu até lá, tentando conter as lagrimas que faziam forças para descer por seu rosto.
Dulce: O que significa isso? – questionou com a voz embargada.
Christopher: O Dulce tão bobinha – respondeu rindo – caiu tão fácil no meu jogo, quase não deu graça brincar. – sarcasticamente.

E foi ai que Dulce prestou atenção no que tocava ao seu redor, e ficou boquiaberta ao escutar sua voz sair de um pequeno aparelho de som apoiado ao lado de Christopher. A noite anterior estava sendo reproduzida para meia dúzia de pessoas.
Dulce se sentia humilhada, virou de costas para a mesa desejando correr para o mais longe o possível dali
Christopher: Espere Dulce – falou fazendo-a voltar a olhar para ele – gostaria de ler uma coisa.
E ele começou a ler um de seus poemas, arrancando gargalhadas dos que estavam ali.

En tu silencio oigo mi voz
Pidiendo a gritos amor
Maldito miedo que igual
Que a ti me ataba la razón
Gustosa te daria mi amor
La vida entera
Gustosa aceptaría vivir
Y morir a tu lado
Te daría todo
Si el miedo no insistiera
En que te vas a ir
Te daría todo
Si mi alma que ahora es tuya
Se pudiera ir contigo
Sueño a tu lado
Todo es tranquilidad
Pero de pronto llega esa
Obscuridad que me despierta
Y ensombrece mi mundo
Gustosa te daria mi amor
La vida entera
Gustosa aceptaría vivir
Y morir a tu lado
Te daría todo
Si el miedo no insistiera
En que te vas a ir
Te daría todo
Si mi alma que ahora es tuya
Se pudiera ir contigo
Brota un rayo de esperanza
En el corazón que
Se revela la razón
Y cuando gaño mis latidos
Este amor infinito
Me inunda de ti

Assim que acabou de ler em um tom dramático ele jogou o caderno em direção a morena, mas o mesmo caiu no chão fazendo com que ela abaixasse para pega-lo. Sentindo-se completamente humilhada a morena pegou o caderno, olhou para Christopher pela última vez e correu para o mais longe que pode.

- Fim do Flashback –

Os presentes alternavam a mirada entre Dulce e Christopher sem conseguir dizer qualquer palavra que fosse. Ele por sua vez estava sentado isolado olhando para o chão, respirando pesadamente.
Dulce: Espero que tenham apreciado a história – disse levantando-se – essa é a humilhante verdade sobre Dulce Maria que vocês tanto faziam questão de saber. – respirou fundo contendo as lagrimas e saiu da sala deixando todos atônitos.