Fanfic: Amor por Contrato - Vondy | Tema: Vondy, RBD, Rebelde,

“Não te conheço mais,
Viramos opostos como óleo e água
sem perceber.
Quanto tempo faz, que não nos falamos?
Eu nem me lembro mais por que...

Certas coisas não têm sentido e nem razão
para acontecer.
Sentimentos bons vêm e vão,
temos que viver.
Abra os olhos, siga em frente,
nada é pra sempre,
Vamos zerar e recomeçar.” 

Nx Zero

Zerar e Recomeçar

Dulce: Porque exatamente você está aqui? - perguntou arrogante.

Christopher: Você ainda não sabe? - perguntou confuso.

Antes que a ruiva pudesse dizer qualquer coisa o médico entrou no quarto e informou que tudo estava pronto para que fosse feita a transfusão de sangue. Explicou a Dulce o motivo pelo qual aquilo era necessário, Christopher foi caminhando até um outro quarto equipado para realizar o precedimento enquanto a ruiva era levada de cadeira de rodas, por ainda se encontrar debilitada.

Os dois foram colocados em cadeiras especiais lada -a- lado, enquanto Christopher conversava com a enfermeira Dulce apenas observava tudo esperando o momento em que o rapaz falasse qualquer coisa.

Dulce: De tanta gente no mundo tinha que ser logo ele – resmungou – devo realmente ter feito algo muito ruim nessa vida. - falou consigo mesma enquanto virava a cabeça para o outro lado para evitar olha-lo.

Christopher que havia escutado tudo apenas suspirou e respondeu – Olha só garota, eu to aqui tentando te ajudar, me tiraram da cama no meio da madrugada, me fizeram vir até esse bendito hospital para eu fazer essa maldita transfusão de sangue. Se você não quiser poupe meu trabalho e meu tempo e fale logo que eu me levanto agora e vou embora! - respondeu irritado. - Pelo menos nesse momento tente não ser essa pessoa amargurada presa ao passado que você se tornou e aceita minha ajuda – completou áspero.

A ruiva encarou o moreno por alguns instantes tentando processar tudo o que ele acabará de lhe dizer, mas, diferente do que ele esperava ela apenas virou a cabeça de lado tirando-o de seu campo de visão.

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Enquanto esperavam pelo fim da transfusão de sangue os amigos se encontravam na sala de espera e decidiram ir até a cafeteira deixando Claudia e Luis sozinhos.

Claudia: Achei que só voltaria no fim de semana – comentou sem olhar na direção do namorado – mas, pelo jeito é mais uma das coisas que eu não sei – suspirou.

Luis: Olha Clau, eu sei que as coisas ficaram estranhas entre a gente – falou pausadamente – mas, eu precisei ir as pressas para ter uma reunião com o meu pai e eu precisava de um tempo para assimilar tudo – disse enquanto virara o rosto dela para si – não estava preparado para descobrir que talvez a mulher da minha vida se case com outro cara para salvar a empresa da família – falou irritado.

Claudia: Ei – falou chamando a atenção dele – eu não pretendo me casar com ninguém além de você. - comentou sorrindo.

Luis: Isso é bom, porque eu preciso te contar uma coisa – comentou apreensivo – sobre a minha viagem.

A morena apenas observava o namorado calada e apreensiva, esperando pelo que quer que ele fosse dizer.

Luis: Quando fui para casa – falou pausadamente – meu pai me chamou porque uma das filiais da revista em Nova York está sem CEO e ele vai precisar que eu vá e assume as coisas – completou.

Claudia: E quando é isso? Porque você tem que ir? Por quanto tempo – questionou impaciente – E nós?

Luis: Clau, é definitivo – suspirou – vou transferir a faculdade para lá, e me mudar assim que acabar as férias. - se levantou e ajoelhou em frente a namorada – E eu te amo, e não saberia viver longe de você, por isso, quero que você venha comigo – pediu – vamos começar nossa vida juntos, só eu e você longe de toda essa confusão – terminou.

Claudia: Uau, calma você quer que eu vá com você para Nova York morar lá? - perguntou tentando entender o que se passava ali – Em menos de um mês? Mas ainda não resolvemos a situação da minha família, não saberia como falar isso para eles. - justificou

Luis: Existe alguma possibilidade, por menor que seja de você aceitar se casar com o Uckermann? - questionou e a namorada apenas negou com a cabeça – Você tem até o fim da próxima semana para decidir se vem comigo ou não – levantou-se e voltou a sentar na cadeira ao lado de Claudia.

Claudia: Até o fim da próxima semana? Mas é pouco tempo, preciso preparar meus pais, conversar com eles, arrumar as coisas e a minha faculdade? E se eu não conseguir transferência? - falava rápido enquanto sentia lágrimas caindo por seu rosto. - Não quero ficar longe de você, mas assim também não sei o que fazer. Uma semana é muito pouco para ver isso tudo. – disse baixo abaixando a cabeça.

Luis: Eu sei, mas não posso dizer não a essa proposta, minha família depende disso. - falou sério.

Cláudia: E a minha família? E eu? - respondeu chorando ainda mais - Não posso resolver isso assim dessa maneira.

Luis: Não precisa resolver nada disso agora – suspirou – Tem até o fim da semana. - encerrou o assunto levantando-se e seguindo em direção a cafeteria, deixando a morena sozinha, perdida em seus pensamentos.

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Enquanto o processo era realizado Christopher ficou entretido em seus pensamentos, olhando para o lado e não percebeu o momento em que a ruiva caíra no sono e acabará virando-se de frente para ele. Naquele momento olhando para ela daquela maneira, a única coisa que passava em sua cabeça era a culpa que sentia por ter sido em partes responsável por ela chegar aquele extremo, ele já havia causado mal a ela uma vez no passado, e provavelmente continuava causando, só queria que encontrar um jeito de compensar todo o mal que causará aquela menina, e esperava que seu plano realmente tivesse sucesso.

Pouco mais de dez minutos depois uma enfermeira veio informa-lo que o procedimento já havia acabado e ele poderia ir embora, assim que ela virou-se para acordar Dulce o moreno a impediu.

Christopher: Não acorde ela ainda, espere eu sair, ela precisa descansar e se aborrecer agora não fará bem a ela – senhorita que não entendeu o que ele queria com aquilo, apenas atendeu o pedido do rapaz – E mais uma coisa, será que a senhorita me emprestaria um papel e uma caneta para eu deixar um bilhete? - pediu a enfermeira que prontamente o atendeu.

“ Dul,

Imaginei que você não fosse querer me ver quando acordasse, então pedi a enfermeira que me esperasse sair para depois te acordar e te levar de volta para o quarto. Sei que você provavelmente vai jogar esse papel fora e não dará atenção ao que eu te digo, mas, se eu puder lhe pedir qualquer coisa ou lhe dar qualquer conselho ai vai: Não destrua mais sua vida, se você quer fazer mal a alguém faça a mim, que te fiz mal, só não continue assim, você é melhor que isso e sabe disso”

Entregou o papel a enfermeira e seguiu para sala de espera onde encontrou apenas Claudia sentada chorando em silêncio.

Christopher: Ei – disse chamando a atenção da morena – Acabamos, ela vai ficar bem – disse tentando tranquilizar a morena.

Claudia: Se tudo fosse só isso – falou suspirando.

Christopher: Quer conversar? - perguntou preocupado.

Claudia: Ah Chris, é que tá tudo complicado – disse contando a ele a conversa que tivera com Luis – E ainda tem a minha família.

Christopher: Clau, eu não posso te dizer o que fazer, mas se precisar estou aqui – comentou abraçando a morena, e seguindo com ela até a cafeteria, unindo-se aos outros amigos.

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A enfermeira tentou acordar Dulce para que ela fosse para o quarto e pudesse descansar até o médico lhe dar alta, no entanto a ruiva apenas despertou e foi sonolenta até a cadeira de rodas, em que a senhora a levou de volta para o quarto onde dormiu pelo resto da madrugada e parte da manhã.

Quando acordou sentiu-se um pouco confusa e com a cabeça pesada e aos poucos foi recordando o todo ocorrido na noite anterior. Quando despertou completamente virou-se para pegar o aparelho celular que se encontrava na mesinha ao lado da maca e assim que pegou o aparelho encontrou um bilhete e se surpreendeu com as palavras que haviam nele, enquanto relia ouviu a porta abrir e surpreendeu-se a ver Anahi.

Anahi: Oi ruiva – falou sorrindo carinhosamente – como você tá se sentindo?

Dulce: De ressaca – respondeu suspirando – só quero ir para casa – comentou fazendo bico.

Anahi: O médico já vai vir te liberar, ai nós vamos – respondeu pegando a roupa da ruiva e ajudando ela a levantar.

Enquanto se trocava Dulce se esforçou ao máximo para se esquivar dos olhares de Anahi que certamente de onde estava conseguia ver todas as marcas que a ruiva trazia no corpo, depois que se trocar e comer a refeição que havia sido entregue em seu quarto Dulce recebeu alta do médico assim como toda a dieta que deveria seguir, os medicamentos que deveria tomar e todas as precauções a serem seguidas. Anahi escutava tudo atentamente e hora ou outra fazia perguntas ao médico e fazendo a ruiva sorrir pela preocupação da amiga.

Assim que saíram do hospital Dulce seguiu em direção ao ponto de táxi, mas foi impedida por Anahi.

Anahi: Nossa carona já tá chegando – comentou sorrindo.

E poucos minutos depois Christopher parou o carro diante delas fazendo a ruiva engolir seco, as duas entraram no carro, com Dulce por insistência de Anahi sentando no banco do carona enquanto a loira se sentava no banco de trás.

Christopher: Como você está? - perguntou.

Dulce: Melhor – suspirou – só com um pouco de dor de cabeça, mas bem melhor. - respondeu calmamente.

O caminho todo transcorreu em silêncio, Christopher e Dulce apenas se olhavam de rabo de olho as vezes, até que chegaram ao prédio onde moravam. Anahi saiu literalmente correndo, dando a desculpa de que precisava chegar ao banheiro o mais rápido que pudesse deixando os dois sozinhos na garagem.

Dulce: Christopher - chamou a atenção dele que virou-se de frente para ela – eu só...- suspirou – eu só queria agradecer, de verdade por tudo o que você fez por mim, e me desculpe se fui meio grossa contigo. - falou abaixando a cabeça.

Christopher: Faria qualquer coisa para te ver bem – falou se aproximando dela, e levantando o queixo da ruiva para que ela o olhasse – qualquer coisa Dul, por mais que você não acredite.

Ela apenas o encarou em silêncio, até que os dois foram interrompidos pelo barulho do portão da garagem se abrindo, e assim que o rapaz virou na direção da entrada para ver o que se passava a ruiva saiu correndo e entrou direto no elevador deixando o moreno para trás.

Dois dias após a saída do hospital Dulce mal saia do quarto, trocava poucas palavras com Maite, mal falava com a irmã e a única pessoa com quem conversava era Anahi, que estava sempre preocupada com a ruiva.

Na quarta-feira Dulce decidiu que sairia para caminhar por um tempo, mas, assim que chegou ao fim do corredor se deparou com Claudia e Maite conversando, e assim que a viram as duas ficaram em silêncio.

Claudia: Já vai sair outra vez? - perguntou autoritária- A que horas devemos ir buscar a drogada no hospital? - questionou irritada.

Dulce: Não enche Claudia, por favor, não enche – respondeu tentando manter a calma – cuida da tua vida.

Claudia: Pois é, vou cuidar! Por isso mesmo te digo que resolvi e não vou me casar com Christopher! Não vou sacrificar a minha felicidade enquanto você fica ai bancando a drogadinha problemática ressentida, vou embora no fim das férias para Nova York com o Luis – disse gritando – e a empresa, o casamento e tudo mais é problema seu!

Dulce respirou fundo e continuou em direção a porta, assim que a fechou atrás de sí saiu correndo em direção ao elevador, saindo para caminhar sem rumo.

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Christopher estava concentrado analisando um relatório no escritório da empresa em Veracruz quando foi interrompido pela secretária avisando que ele tinha uma ligação de Claudia.

Christopher: Claudia, aconteceu algo? - Preocupado.

Claudia: Chris, eu me decidi! Podemos jantar essa noite para conversarmos – perguntou apreensiva.

Christopher: Podemos sim, as 20:00? - sugeriu – no Pier o que acha?

Claudia: Perfeito, nos vemos as 20hrs00min – encerrou a ligação deixando Christopher apreensivo sobre a decisão da morena. Seu plano estava por um fio.

O moreno voltou ao trabalho e assim ficou até as 19hrs45min quando encerrou o espediente e foi direto para o restaurante onde Claudia já o esperava.

Claudia: Boa Noite  – cumprimentou o rapaz – pedi vinho enquanto você não chegava.

Christopher: Fiquei preso na empresa desculpa – respondeu se justificando- vou aceitar um pouco de vinho.

Cláudia: Chris, eu me decidi - falou enquanto ele servia o vinho.

Christopher: E o que você decidiu – questionou ansioso.

Claudia: Não posso me casar com você Chris, eu amo minha família, mas não posso sacrificar minha vida, não posso perder o Luis –     justificou – eu o amo demais para isso.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa o telefone de Christopher começou a tocar incessantemente .

Christopher: Hola Any – atendeu apressadamente.

Anahi: Chris, você e a Claudia precisam vir para casa correndo! - falou apressadamente – A Dul sumiu.

Christopher: Como assim ela sumiu? - questionou preocupado enquanto olhava em direção a morena aflita em sua frente.

Anahi: Ela veio aqui e pegou as coisa. Não deixou nenhuma informação além de uma carta para Cláudia.

Christopher imediatamente pagou a conta e os dois voltaram para casa o mais rápido possível, subiram direto para a cobertura onde encontraram os outros amigos aflitos reunidos na sala.

Claudia: Como assim aquela irresponsável fugiu? - questionou num misto de preocupação e irritação.

Anahi: Vocês discutiram, ela voltou para casa e quando a casa estava vazia ela saiu – respondeu sarcasticamente, - Você tinha que ser egoista né! - disse irritada.

Claudia: CALA A BOCA ANAHI E PARA DE DEFENDER A DULCE SEMPRE – gritou irritada 

Anahi: Não adianta gritar, a culpada disso tudo é você – respondeu irritada – Tudo o que ela deixou foi isso – disse jogando a carta na direção da morena.

" Tenho estado constantemente perdida dentro da minha própria casa. Como se tudo me fosse diferente, mas, a verdade é que as coisas continuam as mesmas, nos mesmos lugares. Eu porém, nunca estive tão diferente, atada como um nó a coisas que por vezes creio que são para além do meu entendimento. Creio que em algum momento entenderei todas as coisas que habitam minha mente, que conseguirei responder todas as questões que me afligem. Mas esse momento talvez não seja agora e enquanto isso, continuarei tentando encontrar o sentido em tudo o que acontece, para conseguir me encontrar e de uma vez por todas me livrar dessa sensação de estar perdida em um mundo conhecido. Talvez todos tenham razão e eu deva apenas viver a minha vida, aceitar as coisas como estão e seguir em frente, enterrar o passado e deixar o futuro por conta do destino. Mas será que vale a pena sacrificar a felicidade de outras pessoas em troca da minha? Será que eu mereço sacrificar minha vida por causa da felicidade dos outros? É difícil escolher o que é certo, o coração e a razão não conseguem entrar em um equilíbrio, e eu não sei o que fazer. Preciso encontrar respostas, me encontrar e achar o caminho que minha vida deve seguir.

Dulce "