Fanfics Brasil - Capitulo 13 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 13

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Acordar nos braços de Dulce era mais que a realização de um desejo... Era tão bom que me deixou tonta a visão que tive: aquela mulher linda com a face tão serena. Espreguicei-me sem perceber que estava na pontinha da cama, virei da cama para o chão. O barulho da minha queda despertou Dulce que se sentou imediatamente na cama, assustada com minha ausência ali me chamou apreensiva:

-- Anahi? Onde você está?

Ainda sem forças para levantar, apenas acenei com a mão dizendo:

-- Aqui... No chão.

-- Ai meu Deus! Any você já começa seu dia assim? Você já caiu?

-- Não, não caí, estou aqui estatelada no chão fazendo meu alongamento matinal...

Dulce riu com meu mau-humor, veio em minha direção, ajudou-me a levantar, deu-me um selinho dizendo com um sorriso que me desarmou:

-- Bom dia pra você também...

Retribui o sorriso acariciando o rosto dela que mesmo recém-acordada, ainda esbanjava beleza. Sentou-me na cama novamente, certificou-se que não havia me machucado na queda e propôs:

-- Que tal um banho quentinho?

-- Ai, você acha que estou fedendo?

-- Nossa Anahi! Você só toma banho quando a fedentina sobe?

Sorri fazendo careta pra ela em seguida. 

-- Rapidinho preparo a banheira para nós?

-- Nós?

-- Sim... … um problema para você?

-- Não nenhum, só não sabia que banho era um programa a duas... Vamos?

Estendi minha mão para Dulce, e ela me conduziu até o banheiro. Enquanto ela preparava nosso banho, eu continuava a observá-la com desejo pelo espelho, enquanto improvisava uma higiene oral.

-- Venha, está pronto. – Avisou Dulce.

Abriu seu hobbie de seda, exibindo seu corpo impecável, me puxou pela cintura e tirou o laço do roupão me deixando como ela, nua e beijando-me, conduziu-nos até a banheira. O toque de Dulce na minha pele, junto com a espuma me excitava profundamente. Ela beijava meu pescoço, deslizava a esponja delicadamente, enquanto outra mão já se posicionava entre minhas pernas, provocando uma onda de tesão em todo meu corpo.

Dulce movimentou os dedos sobre meu sexo antes de penetrá-los arrancando meus gemidos enquanto ela sussurrava:

-- Você me enlouquece sabia? 

-- Não para... Vai...

Dulce me obedeceu e intensificou os movimentos de seus dedos dentro de mim, alternando as estocadas num ritmo que variava do forte ao suave, lento e rápido como se lesse o que me dava mais prazer.

Tomamos café juntas, sentadas no balcão da cozinha, trocando carícias e sorrisos. Não houve conversa sobre nossa condição, mesmo que eu estivesse ansiosa como uma adolescente que espera um pedido de namoro, eu contive minhas expectativas. Deixei-a na faculdade e cheguei ao jornal com um sorriso de orelha a orelha, chamando atenção de todos.

Sentei-me para a reunião de praxe no início do dia, não poupei elogios para minha equipe, entreguei minha entrevista com o Dr. Ernani a Luiza, para que ela transcrevesse. Encaminhei alguns últimos assuntos e segui para sala do Cris para saber a resposta dos patrocinadores. 

-- Tem gente que viu passarinho verde hoje... Ou será perereca?

Cris soltou uma gargalhada com o próprio comentário... Em outra circunstância eu teria me envergonhado me feito de ofendida, mas naquele dia, nada ia interferir no meu humor. 

-- Vi nenhum bicho não... Quem gosta de bi..cha é você! Só acordei com a mulher mais linda do mundo...

Cristian sem dúvida se surpreendeu com a leveza da minha expressão ao responder sua piada.

-- Quero saber tudo!

-- Não mesmo! Sou uma dama, e damas não saem espalhando suas intimidades sexuais assim.

-- Que mona fresca! Fala racha!

Dessa vez eu gargalhei, fiz cara de paisagem e disse:

-- Cristian! Isso é um ambiente de trabalho, vamos me fala, tem resposta dos patrocinadores?

-- Tenho, mas só falo quando você me contar sobre sua noite...

-- Cris!

Ele assoviou disfarçando sua chantagem até eu me entregar:

-- Tudo bem. Foi uma noite maravilhosa, a mais incrível da minha vida,Dulce é perfeita em tudo...

-- Estou boba! Menina que paixão é essa nesses seus olhinhos brilhando?

O comentário do Cris dessa vez despertou minha timidez, A surpresa dele era sincera, disfarcei insistindo sobre o assunto dos patrocinadores:

-- Agora me fala. Os patrocínios?

-- Então, conseguimos quatro bons patrocinadores, que gostaram da proposta, então essa edição, poderemos duplicar os números!

Abracei meu amigo e chefe, saboreando minhas pequenas vitórias na minha nova caminhada profissional. Nova Esperança estava de fato me renovando em todos os aspectos. De volta a minha sala, me concentrei num entrave: ligo ou não ligo para Dulce?

Dúvida cruel! E detalhe básico: nem ao menos o número do seu celular eu tinha. Meus dedos caminharam pela mesa até o aparelho de telefone dezenas de vezes, rabisquei todos os papéis disponíveis, imaginei mil motivos para justificar meu telefonema para Dulce, mas nenhum era seguro o suficiente para não me entregar como uma nova admiradora da melhor médica da cidade.

Lembrei do gesto de Dulce depois da noite do nosso primeiro beijo, e achei a ideia de retribuir a gentileza do lanche, perfeita. Claro! Levar o almoço para Dulce no hospital seria uma delicadeza e serviria para agradecer a melhor torta de morango do mundo. Chamei Berta e quase como se perguntasse uma informação secretíssima indaguei:

-- Berta, qual o melhor restaurante da cidade?

-- Deve estar com fome não é? Pode deixar Anahi, eu providencio seu almoço.

-- Não Berta! Eu estou apenas querendo saber qual o melhor restaurante da cidade, para quando eu precisar, saber aonde ir.

-- Ah claro... – Berta disse desconfiada. 

-- Então, você saberia me informar?

-- Claro Any! Bom, depende do seu gosto, se você quer comer uma boa massa, a Cantina das Massas é o melhor local, fica pertinho daqui, na rua de trás. Mas se quer algo mais requintado, o Julio’s tem uma culinária sofisticada, ah! Tem comida chinesa também, fica perto da universidade, no China na Caixa, coisa de estudante mesmo, fast food, mas é deliciosa a comida.

-- Obrigada Berta.

-- Você não quer mesmo que eu vá comprar? Vou rapidinho...

-- Não Berta, eu mesma vou quando eu estiver com fome.

Ansiosa, mal esperei Berta sair da sala, peguei minha bolsa e saí em disparada, decidindo o que comprar para meu almoço com Dulce. Para não errar o cardápio, optei pela massa, já que ela mesma cozinhara um spaguetti na noite anterior. Como não conhecia profundamente o gosto dela, escolhi uma lasanha ao molho funghi, e segui para a universidade.

Equilibrando o depósito térmico com a comida, entrei no prédio do centro de ciências da saúde, à porta da sala de Dulce, pedi a secretária que me anunciasse.

-- Desculpe senhorita, mas a Dra. Dulce está no hospital universitário.

-- Você sabe me informar a que horas ela volta?

-- Hoje ela não volta mais.

Decepcionada, voltei para meu carro e pensei: ela deve almoçar no hospital, vou até lá, acho que não terá problema. Só mesmo uma cabeça enlouquecida e apaixonada pensaria que não haveria problemas em levar almoço para diretora do centro de ciências da saúde no hospital universitário.

Mas eu estava privada de razão. Fui para o hospital e ansiosa afim de não servir o almoço frio para Dulce, andei rápido com o depósito solicitando informação à recepcionista sobre a localização da Dra. Dulce no hospital.

-- Dra. Dulce está no ambulatório com os internos. A senhorita quer deixar algum recado ou entregar alguma encomenda?

A recepcionista simpática disse isso olhando para minhas mãos, sem graça respondi:

-- Não obrigada. 

Constrangida nem tive coragem de perguntar sobre a possibilidade de falar com Dulce, de repente me dei conta do papel que estava fazendo seguindo o rastro de Dulce pela cidade. Saí apressada como se todos reconhecessem o que eu acabara de me dar conta. Não ouvi o funcionário com as mãos lotadas de pacotes de algodão e gazes vindo em minha direção apesar do pedido insistente dele:

-- Com licença senhorita.

Eu estava longe, formulando um plano no corredor e decidi: vou deixar o almoço para ela na recepção e um recado, assim ela me procurará depois. Infelizmente o coitado do funcionário não conseguiu desviar-se de mim diante da minha repentina parada. Resultado: o choque entre nós me empurrou para frente e nos levou ao chão, o funcionário por cima de mim, bati a cabeça na parede, e depósito térmico voou e ao cair sobre mim se abriu, espalhando a lasanha pelo meu cabelo. 

O acidente chamou atenção dos que estavam próximos, inclusive da recepcionista que foi simpática comigo, e foi dela a iniciativa de chamar Dulce, uma vez que eu permanecia no chão, tonta pela batida da cabeça na parede. Um enfermeiro me ajudou a levantar, e na cadeira de rodas me levou até a emergência. O molho funghi escorria pelo meu rosto enquanto a mussarela se grudava no meu ombro. Eis que o Dr. Ernani, o mesmo que entrevistei no dia anterior surgiu simpático me cumprimentou:

-- Como vai Anahi?

-- Sentindo-me atropelada por um restaurante italiano...

O médico sorriu, e foi interrompido por uma técnica de enfermagem que cochichou algo com ele, em seguida, Dr. Ernani avisou:

-- Foi um prazer revê-la apesar da circunstância Anahi. A Fátima vai te levar para ser examinada.

Não entendi o motivo dele mesmo não me examinar, mas nem argumentei a tal técnica empurrou a cadeira de rodas até um consultório, bateu à porta, e Dulce abriu.

-- Deixe-me adivinhar: outra queda?

Enquanto o molho funghi pingava da minha testa, tive a visão do paraíso: o sorriso de Dulce. A técnica de enfermagem empurrou a cadeira para dentro da sala, e saiu em seguida deixando-me a sós com Dulce no consultório.

-- Outra queda e você não estava lá para me segurar. Cansou da função de minha salvadora? 

-- Olha que para esse emprego tem que ter mesmo competência... 

-- A Dra. Dulce está pedindo arrego?

Dulce sorriu e disse com uma cara safada:

-- Já consegui o que queria. Não preciso mais salvar você pra te conquistar.

-- Ah é assim?

Levantei-me indignada, acreditando que Dulce era apenas uma sedutora que colecionava conquistas. Mas me esqueci que estava numa cadeira de rodas e tonta como levantei tentei me apoiar na cadeira e ela andou para trás, e aí Dulce foi obrigada a desempenhar mais uma vez seu papel de heroína, puxou-me evitando minha queda e colando seu corpo no meu, quase encostando sua boca na minha.

Sentir o cheiro de Dulce já despertou em mim o mar de sensações que me acompanharam fielmente nos últimos dias. Dulce deslizou um dedo pelo meu rosto em seguida o lambeu e disse com olhar malicioso:

-- Any, tenho que te dizer: você está deliciosa, literalmente.

Abriu aquele sorriso desconcertante, e não resisti, sorri com ela, esquecendo-me do comentário cafajeste que ela fez antes de me salvar. Delicadamente, Dulce me levou até a maca, me fez sentar, e com compressas umedecidas limpou meu rosto, meus ombros, meu pescoço, e eu precisando que ela limpasse também minha baba que escorria pela boca olhando praquela mulher linda e delicada cuidando de mim.

Depois de melhorar um pouco minha aparência de travessa de massa, Dulce me perguntou:

-- Onde você bateu?

-- Bati? Onde?

-- Sim Anahi, me disseram que você bateu a cabeça na queda, onde?

-- Na cabeça oras!

-- … sua cabeça já não era tão boa, a batida deve ter piorado... – Dulce sorriu.


 


– Estou perguntando onde sua cabeça bateu Any.

-- Ah! Na parede do corredor... Bati aqui de lado.

Esfreguei minha mão no galo que tinha subido logo após a queda. Dulce palpou minha face, fez alguns testes de reflexos, pediu que eu acompanhasse uma caneta com os olhos posicionando-a na frente dos meus olhos, mas eu mal via a caneta, nenhuma consequência da batida na cabeça, só a consequência de uma paixão avassaladora, não conseguia tirar os olhos dos olhos de Dulce.

-- Any? Você não está conseguindo acompanhar a caneta?

-- Caneta? Que caneta?

-- Essa aqui Any!

Dulce exibiu a caneta e eu voltei à realidade.

-- Ah claro, a caneta, o que tem ela? Preciso assinar algo?

-- Deixa pra lá Any, eu estou vendo que você está no seu estado normal...

O sorriso de Dulce era tão perfeito que nem fui capaz de me irritar com as piadas dela sobre meu jeito distraído e atrapalhado. 

-- Mas o que você veio fazer aqui antes de cumprir seu ritual de quedas?

-- Você é tão engraçada...

-- Ai adoro esse bico, já te disse isso?

Dulce me desarmava completamente com esse ar sedutor tão natural dela. Não conseguia impor minha indignação com ela, por não ser levada a sério.

-- Eu vim trazer almoço para você. Procurei você na universidade e me disseram que você estava aqui...

-- Então você estava me perseguindo com essa lasanha?

Balancei a cabeça positivamente tímida. 

-- Então ainda tenho tempo pro almoço... O que temos para comer?

-- Dulce você não está vendo o que aconteceu com a lasanha? Que foi? Minha cabeça tonta passou pra você?

-- Eu vi o que aconteceu com a lasanha... Você utilizou seu corpinho pra servir o almoço não é?

-- Dulce!

-- Vamos almoçar então, estou com fome e você abriu meu apetite ainda mais com esse cheiro de molho.

-- Já está tarde, preciso voltar para o jornal.

-- Então você vem me provocar, atiça minha fome e vai me deixar assim? Faminta?

-- Mas eu pensei que você não estava mais interessada. Já que conseguiu o que quer...

-- E quero muito mais...



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Autor(a): angelr

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Dulce tomou minha boca invadindo-a com sua língua, sugando a minha em um beijo intenso, longo e pleno. Devo ter ficado de boca aberta de olhos fechados depois que Dulce se afastou da minha boca, por que ela estalou os dedos como se me despertasse de um transe hipnótico: -- Any? Any? -- Hã? Eu sou Any. -- Então, vamos ou não almoça ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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