Fanfics Brasil - Capitulo 25 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 25

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Chegamos à casa de Dulce, e tive que ajudá-la a encontrar a chave, abracei-a quase que segurando-a, já que a tontura não permitia que ela ficasse com os pés firmes no chão. Entramos enfim, e eu mesma a conduzi até o quarto dela, deitei-a, Dulce me puxou por cima dela, arrancando-me beijos e carícias quentes. 

Arrancou minha roupa, e beijou cada pedaço de minha pele nua, acendendo meu corpo ainda mais, mexendo seus quadris por cima de mim, em instantes meu sexo estava encharcado, ansiando que ela me tomasse, e me fizesse sua mais uma vez. Senti Dulce diminuir o ritmo de seus movimentos, ficou do meu lado, e quando eu joguei meu corpo sobre o dela, roçando meu sexo no dela, Dulce fez um comentário inusitado:

- Ei... Eu estou muito bêbada...

Sorri como se concordasse com algo que eu já sabia, mas nem deu tempo eu exteriorizar meu pensamento, Dulce caiu no sono, ali comigo em cima dela nua. Não me restava mais nada a não ser sorrir e velar o sono dela. Durante um bom tempo daquela noite, permaneci ali, parada, contemplando Dulce dormir, me perguntando o que seria de nós depois daquela noite.

Peguei no sono deitada sobre o peito de Dulce, fazendo planos de no dia seguinte abrir meu coração para ela, não podia deixar que um sentimento tão forte como o que eu via nascer em mim, fosse abafado por pura covardia da minha parte.

Acordei cedo para preparar o café de Dulce, mas dessa vez não ousei mexer na cozinha impecável dela. Lembrei-me de guardar o telefone da delicatess que comprei a cesta de guloseimas da última vez, e encomendei uma cesta de café da manhã completa.

Arrumei a mesa com capricho, eu mesma colhi algumas rosas no jardim da casa, depois com muito cuidado para não fazer barulho, enchi a banheira, deixando o banho de sais pronto para Dulce, tão logo ela acordasse pudesse curar a ressaca com aqueles mimos.

Sentei-me na poltrona ao lado da cama, aguardando Dulce acordar, depois de ligar para casa e me certificar que Renatinha estava bem. Notei na mesa de cabeceira um álbum de fotos e fiquei curiosa para ver.

Para uma pessoa curiosa como eu, curiosidade ainda mais atiçada pelo instinto jornalístico e a vontade de conhecer mais de Dulce não hesitei: peguei o álbum e comecei a folhear e logo estranhei, não haviam fotos convencionais, haviam apenas negativos, e em encaixada na capa do álbum uma matéria de jornal antiga, de cerca de quinze anos atrás, que noticiava a morte do embaixador do Brasil em Honduras e de sua família, assassinados supostamente por guerrilheiros.

Antes que eu lesse o recorte de jornal, fui surpreendida com um grito de Dulce:

-- O que você está fazendo? Quem te deu o direito de mexer nas minhas coisas Anahi?

O tom de voz de Dulce me assustou a tal ponto que larguei o álbum no chão, espalhando tudo que tinha dentro. Ela abaixou-se imediatamente, recolhendo com pressa sem sequer me deixar ajudar:

-- Não toque nisso, deixe que eu pego!

-- Dulce calma... 

Eu só consegui balbuciar isso, diante de uma Dulce completamente transtornada.

-- Nunca mais mexa nas minhas coisas!

-- Não se preocupe, não tocarei em mais nada seu...

Meu tom magoado parece ter despertado Dulce daquele transe de raiva, enquanto eu recolhia minhas roupas para vestir-me na intenção de ir embora, ela guardou o tal álbum no seu guarda-roupa e se aproximou de mim perguntando com um tom de voz mais calmo:

-- Aonde você vai?

-- Pra longe de você!

Saí pela casa me vestindo, descalça, seguida por Dulce que ao ver a mesa posta se sensibilizou ainda mais e quase me implorando segurou meu braço:

-- Any, desculpe-me... Fica...

O timbre doce da voz de Dulce me acalmou, suspirei alto respirando fundo, e balancei a cabeça positivamente, Dulce me abraçou por trás envolvendo minha cintura e disse baixinho:

-- Vamos ver agora o que você preparou, e o principal sem destruir minha cozinha...

-- Você é muito mal agradecida viu...

Dulce sorriu, e me abraçou com ternura, não contive meu comentário:

-- Ai Dul... Você está com cheiro de chão de bodega!

-- Que comentário romântico Any...

-- Ah... Eu não sei mentir! Banho, já!

Empurrei Dulce até o banheiro e a surpreendi com a banheira pronta para ela. 

-- Nossa, você caprichou nos preparativos Any...

-- E até agora não derrubei nada...

Dulce sorriu, e antes de entrar na banheira, ela me pediu:

-- Any, no armário tem espuma de banho, você pode pegar por favor?

-- Claro Dul...

-- E depois... Entra aqui comigo...

O olhar de Dulce era pura malícia, peguei a tal espuma de banho ansiosa para cair naquela banheira com Dulce que tirou a última peça de roupa mordendo os lábios olhando para mim, aquilo foi para mim mais que um convite, foi uma intimação, e pela pressa, acabei pecando, escorreguei perto da banheira, caindo com o pote de espuma aberto dentro da banheira.

-- Any!

Dulce gritou preocupada comigo que permaneci com a cabeça mergulhada na espuma e as pernas pra fora da banheira. Apesar de escutá-la chamando meu nome, eu respondia balançando as pernas, já que tinha engolido espuma o suficiente para me sentir asfixiada. Rapidamente Dulce me ajudou a erguer a cabeça, surgi diante dela depois de me sentar na banheira com a espuma cobrindo meu rosto:

-- Você está bem?

-- Si...Sim

Minha resposta foi acompanhada de duas bolas de sabão por minha boca, fato que despertou uma crise de risos em Dulce. Eu fui limpando meu rosto, mas nem me importei com os risos dela, afinal de contas, a comicidade da cena era incontestável. Rindo ainda, Dulce disse:

-- Deixa eu te ajudar a tirar essas roupas molhadas, minha trapalhona predileta!

Eu nem podia dizer não a esse pedido tão doce. Deixei que Dulce me despisse daquelas peças já grudadas no meu corpo, acariciou meu rosto com carinho, e observou se havia algum hematoma pelo choque do escorregão, beijou com ternura minha testa, e puxou meu corpo para perto do seu, encaixando-me entre suas pernas.

As mãos de Dulce me dominavam completamente, não que ela não me dominasse só no olhar, mas nas mãos dela, eu me perdia e me encontrava, eu me desfazia em desejo e me refazia em entrega, cada toque dela fosse com suas mãos, fosse com seus lábios, anunciavam que meu corpo em pouco tempo sofreria uma erupção de sensações de prazer. 

Encaixada, com as minhas pernas envoltas na cintura de Dulce, ela penetrou com dois dedos meu sexo, impulsionando meu corpo para movimentar-se, ela me puxava dando ritmo às estocadas. Os movimentos do nosso corpo obviamente também provocaram movimentos na água, e gradualmente a espuma foi crescendo, a tal ponto de praticamente nos submergir. 

Não consegui disfarçar, ao invés de gemer com o prazer que sentia com Dulce dentro de mim, soprava a espuma que me cercava, e um gesto completamente inusitado, Dulce ao ver tal atitude minha, caiu no riso falando:

-- Poxa Any! Soprando? Assim brocha! 

Abracei Dulce, e rimos nos divertindo com a espuma que já estava espalhada no chão do banheiro:

-- Ai Any... Você é insuperável...

A observação de Dulce me deixou confusa, não sabia se ser insuperável era bom ou ruim, mas achei melhor não quebrar o clima daquele momento com algum tipo de DR, saímos da banheira com cuidado para não escorregar de novo, Dulce me cobriu com o seu roupão, e se envolveu com uma toalha conduzindo-me até a cozinha.

Pedi que ela se sentasse:

-- Faço questão de serviço completo, vou servir você...

-- Adoro... Apesar de não ter muito apetite...

-- Ressaca?

-- Sim... Mas confesso que estou adorando esse mimo todo.

Servi suco, pedaços de frutas com granola, em meio a beijos e carinhos no rosto de Dulce, que apesar de sorrir, não escondia a aparência de ressaca. Pediu que eu pegasse um analgésico em seu armário, e me puxou até a varanda, onde deitamos na rede armada, e ficamos por ali abraçadas.

-- Any, e sua namorada? Onde ela está?

-- Meu Deus!

Nem me lembrava mais de Renatinha, só sabia que ela estava em casa, mas como ela estava eu ignorava, que bela amiga anfitriã me saí...

-- O que foi? Você a perdeu em algum lugar?


Não sabia como reagir àquela expressão de desagrado de Dulce, e estava preocupada com Renatinha, sem pensar muito, disse:

-- Tenho que ir pra casa Dul...

Dulce baixou a cabeça, mexeu nos talheres como se engolisse a decepção da minha decisão anunciada.

-- Eu ligo pra você mais tarde... Precisamos conversar.

Falei constrangida, e surpreendentemente, Dulce disse:

-- Vou te deixar em casa então. 

-- Não precisa Dulce, chamo um táxi.

-- Deixa de bobagem, não me custa nada, vou me vestir.

A carinha de Dulce decepcionada me deu vontade de gritar que não havia motivos para insegurança dela, gritar a verdade que Renatinha era só uma amiga hetero, e meu suposto namoro com ela era puro teatrinho para provocá-la. Mas não falei, não senti que aquele fosse o momento. 

No trajeto até minha casa, não conversamos muito, o silêncio só foi quebrado pelo som baixo do rádio que Dulce ligou. Diante da porta de minha casa, me assustei me deparando com a porta aberta, supus o pior, assalto, tragédia...

Notando meu receio, Dulce se ofereceu para entrar comigo, subi as escadas silenciosamente apoiada pela mão de Dulce nas minhas costas depois de não notar sinais de destruição ou arrombamento no andar de baixo de minha casa. Minha preocupação era com minha amiga Renata, especialmente agravada pelo peso na consciência de tê-la abandonado na noite anterior.



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Autor(a): angelr

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Entrei no meu quarto, e encontrei Renatinha deitada, semi-nua, mas minha surpresa maior foi, ver saindo do meu banheiro, igualmente trajada, Luiza. -- Luiza?- Indaguei espantada. -- Oi Anahi... Oi Dulce. -- Mas o que você está fazendo aqui? Eu não conseguia conceber o óbvio, até o momento que Renatinha acordou e logicamente se assustou c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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