Fanfics Brasil - Capitulo 29 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 29

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Cheguei a casa, estacionei, e quando coloquei a chave na porta, ouvi um “bip” estranho, deduzi que fosse meu celular descarregando, entrei na casa de Dulce, acendendo as luzes e ouvi um barulho se intensificando, abri minha bolsa, e confirmei, não era meu celular, segui para o quarto, e para minha surpresa, a porta não abria, nunca percebi que Dulce trancava a porta do quarto ao sair de casa.

Dez minutos depois de entrar na casa de Dulce, ouvi barulho de carros se aproximando, coisa não muito comum, a noite, era difícil o trânsito de carros por ali. Em minutos vi luzes vindas do lado de fora da casa, me assustei, e fui me aproximando da porta, quando ouvi um estrondo, como se alguém arrombasse a porta.


Policiais armados invadiram a casa, me dominando em segundos, jogando-me no chão e me algemando enquanto anunciavam:

-- Não se mova! 

Completamente atordoada, eu só repetia:

-- Eu não fiz nada! Eu entrei com a chave!

Os policiais me colocaram de pé, e me sentaram no sofá ainda algemada, acenderam as demais luzes da sala e disseram:

-- Vamos esperar ela chegar.

-- Seus policiais, eu conheço a dona da casa, sou amiga dela, entrei com a chave dela, não sou criminosa...

A essa altura eu já soluçava de tanto chorar. Os policiais se entreolhavam, cochichavam, e eu repetia:

-- Liguem para Dulce, ela vai confirmar...

-- Dra. Dulce já está a caminho, fica caladinha aí.

Em pouco tempo que para mim foi uma eternidade, Dulce chegou enfim:

-- Anahi! O que houve aqui? Você está machucada? Espera aí, você está algemada?

-- Diz pra eles Dulce que não sou uma ladra...

-- Doutora, o alarme disparou, quando chegamos aqui essa moça estava aqui dentro de sua casa. – Um dos policiais falou.

-- Soltem-na, ela está falando a verdade.

Imediatamente os policiais me soltaram, eu tremia, meu rosto estava banhado em lágrimas, Dulce se aproximou de mim, agachou-se ficando com os olhos na altura dos meus e perguntou:

-- Você está bem?

Eu chorava compulsivamente, enquanto os policiais se justificavam:

-- Doutora, só cumprimos nossa obrigação, o alarme disparou, viemos o mais rápido de podíamos, a senhora sabe que estamos sempre atentos aqui na sua casa.

-- Tudo bem senhores, obrigada, mas está tudo bem, minha amiga não sabia do alarme eletrônico, foi só isso, boa noite.

Os policiais saíram e Dulce me trouxe um copo de água, me serviu e me perguntou:

-- Está mais calma?

Balancei a cabeça positivamente e Dulce prosseguiu perguntando:

-- E agora você pode me dizer o que faz aqui?

-- Queria te fazer uma surpresa... Esperar você aqui, quando chegasse do plantão... Senti falta do seu cheiro...

-- Ai Anahi... Você e suas surpresas... Você poderia estar presa a esse momento se eu não pudesse sair do plantão para conferir o que aconteceu em minha casa, já pensou nisso?

-- Na verdade não pensei nisso, eu estava com sua chave... Não sabia desse alarme.

-- Foi instalado há poucos dias, esqueci de te dizer.

-- Estranhei a porta do seu quarto trancada, nossa que susto a porta sendo arrombada, fui jogada no chão, algemada...

Eu ainda me tremia do susto, com certeza aquilo me deixou traumatizada. Dulce me olhava demonstrando compaixão, e quando pegou minhas mãos suadas e geladas eu pensei que meu coração rasgaria minhas roupas para pular no chão...

-- Está tudo bem agora. – Disse Dulce.

-- Na verdade não está tudo bem, por isso fiz essa loucura, hoje mais cedo, você... Terminou tudo...

-- Any...

-- Escute-me primeiro Dul... Eu sei que te fiz acusações, que a situação foi ridícula que dei a entender que sou uma louca, mas, eu juro, não fui àquela cidade para te seguir por não confiar em você, queria assistir sua palestra e aproveitei que o Cris iria para uma reunião lá...

-- E não se satisfez ao não me encontrar e saiu me procurando pela cidade?

-- Foi uma coincidência te ver na lanchonete no mirante da cidade, vi seu carro e depois vi você com a Maite,me desesperei e sim... Segui vocês duas.

Baixei minha cabeça envergonhada, relembrando a cena no galpão. 

-- Dul, eu sei que errei, mas não foi com a intenção de invadir sua vida, eu quero te conhecer melhor, e você tem tantos segredos...

-- Any escute-me você agora. Eu sei que meu comportamento pode parecer estranho algumas vezes, que você acha que te escondo muitas coisas, mas, há um motivo para que eu aja assim. Quando vi você ali, coberta de palha, deduzi tudo como uma inconsequente atitude ciumenta, depois as acusações, fiquei transtornada...

-- Eu sei, foi uma situação constrangedora de fato.

-- Mais do que isso Any. A questão é que falei coisas sem pensar... Passei o resto do dia pensando em você, me perguntando se você me perdoaria, se me entenderia.

Dulce apertava minhas mãos com os olhos marejados, e eu continha minha vontade em abraçá-la imediatamente, mas eu precisava aproveitar aquele momento para saber o que queria dela. 

-- Dulce, o que há entre você e a Maite, por que você se encontrou com ela em outra cidade? 

A expressão do rosto de Dulce mudou. Levantou-se, colocou as mãos no bolso da frente da calça e me respondeu:

-- A única coisa que posso te dizer a respeito de Maite, é que não temos nem nunca tivemos uma relação amorosa.

-- Isso você já me disse, mas por que esses encontros?

Dulce se aproximou de mim, segurou mais uma vez minhas mãos e pediu:

-- Any, preciso te pedir uma coisa muito importante.

-- O que Dul?

-- Confie em mim.

-- Mas Dul...

-- Escute-me, eu não posso falar nada por enquanto a você, pra minha e sua própria segurança, mas não quero te perder, eu... Gosto de você, você não imagina o quanto... Mas você precisa confiar em mim, sem espionagem, sem acusações...

-- Dulce você não confia em mim?

-- Acredite em mim, não é uma questão de confiança, não posso revelar algumas coisas, e se você me quer tanto quanto eu quero você, nosso namoro terá que ser nessas condições.

-- Não sei se sou capaz disso Dulce, você está me pedindo demais.

-- Eu sei que sim, por isso nunca aceitei namorar com ninguém, por que nenhuma mulher aceitaria tais condições, mas o que estou sentindo por você me motiva a te pedir esse pequeno sacrifício, por que te quero muito, gosto de verdade de você.

Obviamente aquela declaração de Dulce mexeu muito comigo, meu impulso era de aceitar qualquer condição e beijá-la consolidando nossa reconciliação, mas eu não podia ser tão irresponsável, haja vista que eu tinha quase certeza que não conteria minha curiosidade, depois de iniciar a investigação sobre a relação de Dulce com o assassinato da família do embaixador.

-- Dulce, eu tenho medo de não conseguir confiar assim cegamente...

-- Any, só há essa forma de continuarmos nosso namoro... Vamos tentar?

-- Tudo bem Dul, vamos tentar... Aceito essa condição por um motivo forte.

-- Que motivo?

-- Eu estou caidinha por você... 

-- Caidinha é? Isso eu acredito... Lembra de quando nos conhecemos? Você vivia caindo e eu te segurando...

Sorri enquanto Dulce se aproximava de mim, acariciou meu rosto e disse:

-- Estou completamente rendida a você Any, por isso quero fazer as coisas darem certo.

-- Vamos fazer dar certo então...

Puxei seu rosto para perto do meu e beijei-lhe com todo desejo de tê-la comigo inteira. Em minutos estávamos coladas no sofá trocando beijos quentes em meio ao toque de nossas mãos pelo corpo um da outra, nos entregando a paixão urgente.

Aquela noite, apesar de estar nos braços de Dulce, não dormi em paz. Eu me conhecia, e sentia que aquele mistério sobre a vida de Dulce, ia me importunar todo tempo, e não estava convencida que queria de fato cessar as investigações.

Deixei Dulce dormindo e saí para trabalhar. Cristian já me esperava na minha sala ansioso:

-- Liguei pra sua casa a noite toda, como você não atendeu, imaginei que estivesse com Dulce, e aí se entenderam?

-- …, não resisti, quase fui presa por invasão de domicílio, mas no fim das contas nos entendemos.

-- Ainda bem! Mas que história é essa de quase ser presa?

Narrei o acontecido, enquanto meu amigo caía na gargalhada.

-- Mas, voltamos com uma condição, que sinceramente não sei se vou conseguir respeitar.

-- Que condição?

-- Confiar nela e não fazer perguntas sobre a relação dela com Maite, enfim, não segui-la...

-- Você acha que não pode confiar nela?



-- Cris, e minhas suspeitas sobre a relação dela com esse atentado da família do embaixador? E todas as hipóteses que construir? Tudo que tenho investigado? Não vou conseguir esquecer isso.

-- Entendo, mas você terá que fazer esse sacrifício...

-- Tenho medo de estragar tudo.

-- Então nem vou te contar o que descobri.

Cristian já se levantou e caminhou até a porta quando saltei na frente dele:

-- O que você descobriu?

-- Any! Pra que mexer nisso? Você quer ou não salvar esse namoro?

-- Quero, mas... Só curiosidade, fala Cris!

-- Ai e eu louco pra contar, vou morrer engasgado se não repassar a fofoca!

Cristian gargalhou de um jeito afetado, denunciando a Lady Gaga que vivia nele.

-- Fala bi..cha! – Berrei.

-- Então sente aí mona, e escute.

Sentei-me ansiosa roendo as unhas enquanto Cristian prosseguia falando:

-- Toda mídia divulgou o atentado contra o embaixador e sua família, mas o que ninguém comentou, foi que o segurança do embaixador, era também o motorista do carro oficial no dia do atentado, e o seu corpo nunca foi encontrado.


-- Mas eu li todas as reportagens, a presença desse motorista e o sumiço do corpo dele não foi mencionado em nenhuma delas, como você sabe disso?

-- Curiosidade não é defeito só seu, ontem depois que você me falou aquelas coisas, mexi meus pauzinhos...

-- Que pauzinhos?

-- Mona o mundo homossexual tem suas conexões, em todo canto, em todos os setores e escalões, tem sempre um via..do que conhece outra bi..cha fofoqueira, e logo a globalização colorida chega até mim!


 


 



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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