Fanfics Brasil - Capitulo 35 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 35

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Saí de casa deixando minha mãe desolada, sendo consolada pelo meu pai, mas ao menos ia garantir que meus convidados não comessem plástico derretido com torrão de carne.

Encomendei desde a entrada até a sobremesa no melhor restaurante da cidade, e minha mãe ingenuamente me fez prometer que não revelaríamos o nome do verdadeiro cozinheiro do jantar. Meu pai se encarregou das bebidas, e devidamente arrumados, a família feliz e tradicional aguardou os convidados na sala. 

Cris foi o primeiro a chegar e trouxe Diego com ele, para o choque de minha mãe, apresentou-o como namorado, despedaçando as esperanças dela de que eu desse um jeito nele. Luiza e Arthur vieram depois, Berta também veio, e parecia a melhor amiga de infância de minha mãe, uma preocupação nasceu com isso, afinal, Berta curiosa como era, sabia muito da minha rotina, especialmente sobre as visitas de Dulce ao jornal.

Dulce chegou em seguida, linda, meu Deus que mulher linda! Adorava quando ela usava vestido, logo acendia meu desejo de colocar minhas mãos por baixo dele e possuí-la... Cabelos envoltos num coque discreto, maquiagem discreta, cheguei a respirar fundo ao vê-la. Meu pai recebeu-a com educação e encantamento, quem não ficaria encantado com ela? Cumprimentou a todos, e em mim, deu um beijo no rosto, percebi que naquela noite, Dulce não ia se comportar como no dia anterior, como uma estranha em minha casa.

Fernanda e Marcos chegaram praticamente ao mesmo tempo que Juliana, e assim, a lista de convidados estava completa. Artur caiu em cima de Juliana, assediando-a descaradamente, o que não era de se estranhar, ele era conhecido pela galinhagem despudorada e a enfermeira era uma mulher linda, sem o uniforme do hospital as suas formas curvilíneas e o belo par de pernas chamavam atenção, mas Juliana se esquivava, puxando assunto com minha mãe e Berta que pareciam uma fonte inesgotável de conversa.

Bebemos e beliscamos os petiscos que Rosa teve a inteligência de preparar, achei mais conveniente servir o jantar na grande mesa do quintal, já que na minha sala não caberiam todos. Por volta das 21h servimos o jantar, todos elogiando a comida de minha mãe que sem o menor peso na consciência aceitava-os como se de fato fosse a cozinheira dos pratos, que obviamente foram comparados aos do melhor restaurante da cidade. Meu pai e eu contínhamos o riso a custa de muitas caras e bocas de minha mãe, imagino que meu pai deve ter recebido uns bons chutes na canela por baixo da mesa...

Por mais que eu tentasse eu não conseguia parar de olhar para Dulce, que discretamente sorria para mim, flagrei meu pai nos olhando por duas vezes, antevi o momento que eu teria que revelar minha relação com ela para ele. Minha mãe estava mais preocupada em receber os créditos pelo jantar do que prestar atenção em mim, se o fizesse, perceberia de cara meus olhos brilhando ao olhar para Dulce.

Tudo correu bem no jantar, não posso negar que o astral de minha mãe animava qualquer reunião, o clima informal e agradável no quintal estava tão bom, que após o jantar ficamos por ali mesmo, nos divertindo com as piadas que Cristian contava, meu pai era um excelente contador de piadas e o desafio entre eles estava lançado.

Percebi Dulce se retirar para ir ao banheiro, aproveitando a distração de todos com o desafio de piadas entre Cris e meu pai, a segui, surpreendendo-a batendo à porta do banheiro. 

-- O que a dona da casa deseja aqui? – Perguntou Dulce com um olhar cheio de volúpia.

-- Você!

Mal esperei para concluir a resposta e já estava mergulhada na boca deliciosa de Dulce, sugando sua língua quente enquanto empurrava seu corpo contra a parede, rocei meu sexo no dela despertando seus gemidos, deslizei minhas mãos por baixo de seu vestido, tocando seu sexo por cima da calcinha até sentir a umidade dele molhar o tecido, afastei a peça com meus dedos penetrando-os suavemente ouvindo Dulce me pedir:

-- Vai... Me come...

Ouvir isso me pareceu mais que imperativo excitada ainda mais pela voz rouca de minha namorada, investi naquele movimento intenso, deixando seu corpo rebolasse com meus dedos dentro dela intensificando nosso prazer. A expressão de prazer se desenhando no rosto de Dulce me excitava de tal maneira que eu sentia meu sexo encharcando, como se adivinhasse, Dulce não tardou em sentir nos seus dedos essa umidade, subindo sua mão por baixo de minha saia e nos tocamos simultaneamente não contendo os gemidos roucos. Dulce tocava meu clitóris suavemente levando-me ao delírio quando alternava com movimentos de vai e vem dentro de mim. O remexido de nossos dedos com o roçar de nossos corpos, em meio a beijos molhados e mordiscadas no pescoço nos levou ao gozo enfim.

Abraçadas com os corações acelerados, suadas, ouvimos batidas na porta.

-- Anahi? Vocês estão aí?

Era a voz de Juliana que continuou:

-- Não quero interromper... Mas sua mãe está te procurando, ela está vindo para cá, vim para avisar vocês...

Mal esperei Juliana terminar a sua justificativa e eu já estava na porta, meio descabelada, com a saia torta, e a blusa abotoada com os botões em desalinho... 

-- Ela está vindo?

Perguntei assustada. Juliana desconcertada com meu estado, respondeu:

-- Aham...

Saí do banheiro enfim, e nesse momento minha mãe apareceu, quando Dulce saía se recompondo ficando ao lado de Juliana.

-- Any onde você estava? 

Minha mãe parecia espantada ao ver Juliana e Dulce juntas na porta do banheiro, e eu com culpa no cartório, gaguejei para responder:

-- Aqui mãe... Esperando o banheiro desocupar.

-- Vocês estavam esse tempo todo aí meninas?

O tom desconfiado de minha mãe me apavorou, Dulce não entendia o que se passava, Juliana então tomou a frente da situação:

-- Pois é dona Angelina, mas todas já usaram o banheiro, vamos voltar para o quintal?

-- Isso! Vamos mãezinha?

Puxei minha mãe pela mão sendo seguida por Dulce e Juliana, antes de chegar ao quintal minha mãe freou-me, e cochichou:

-- Essas duas estavam se agarrando no banheiro?

-- Hã?

-- … filha... Olha a cara delas de quem tem culpa no cartório! A doutora bonitona está com o zíper do vestido aberto e com uma marca vermelha no pescoço, olha só aquele arranhão nas costas dela!

Empalideci, minha mãe olhava estranhamente para Juliana e Dulce, que ignoravam a tese que minha mãe acabara de criar. Inventei uma sede inadiável e fiquei na cozinha tentando me recompor e me acalmar, muito educada, Juliana aproximou-se de mim e avisou:

-- Ajeita sua blusa e sua saia Anahi...

-- Juliana, obrigada!

Mais uma vez agradeci a gentileza da enfermeira, beijando seu rosto, quando Dulce surgiu na cozinha testemunhando a cena. Franziu a testa e perguntou:

-- Interrompo alguma coisa?

Quando olhei para Dulce, vi um olhar diferente, seria mesmo possível ela estar com ciúmes de Juliana? 

-- Claro que não minha linda!

Andei a passos rápidos para perto de minha namorada, notando o constrangimento de Juliana, apressei-me em explicar:

-- Estava só agradecendo a perspicácia da Juliana, é a segunda vez que ela me salva de uma encrenca...

-- Juliana é mesmo muito prestativa...


Notei o sarcasmo no comentário de Dulce, Juliana pediu licença e saiu nos deixando a sós na cozinha. Com meu jeito desajeitado, arrumei as roupas que estavam tortas no meu corpo sob os olhos atentos de minha namorada.

-- O que foi Dul? Está me olhando assim por quê?

-- O que sua mãe estava cochichando com você?

-- Ah! Você não vai acreditar! Imagina que ela acha que você e Juliana estavam se agarrando no banheiro! Pelo menos dessa vez me livrei do flagrante! -Falei divertida.

-- O que você disse a ela?

-- Nada né Dul! O que você esperava que eu dissesse? “Não mãe, Dulce estava se agarrando comigo, aliás, transamos gostoso...”

-- Algo parecido...

Notei que Dulce não estava em clima de brincadeira, e isso me deixou apreensiva.

-- Dul eu não posso ter esse tipo de conversa com minha mãe assim... Ela chegou ontem, te disse que preciso de tempo para prepará-la...

-- Então para você é melhor que ela pense que eu estou me agarrando com Juliana no banheiro de sua casa ao invés de saber que estou namorando você?

-- Dul, não dramatiza vai... Pelo menos agora ela desconfia que você é lésbica, vai ficar mais fácil falar de mim.

-- Se você quer que ela pense que estou com Juliana, pois muito bem... Agora ela vai ter mais motivos!

Dulce saiu enfurecida da cozinha, sentou-se ao lado de Juliana, tomando o lugar de Artur que insistia em assediá-la. Sentei perto de Luiza que com cara de interrogação perguntou cochichando:

-- Está tudo bem?

-- Sinceramente Luiza? Nem eu sei...

Passou-se mais uma hora e aos poucos os convidados anunciavam que iriam embora. Diego e Cris mais animados comunicavam que iam esticar no Chica’s, Luiza se escalou para ir junto, Artur conhecendo o público que freqüentava o local logo rejeitou a oferta, chamando Marcos e Fernanda para um bar na cidade vizinha, mas minha surpresa foi o convite de minha namorada, não direcionado a mim:

-- Vamos Ju?

-- Eu? Pra onde? – Juliana perguntou confusa.

-- Pro Chica’s, vamos comigo?

Juliana desconcertada, me olhou, mas não teve tempo de recusar, Dulce trouxe-a para mais perto dela lançando seu braço em volta dos ombros da enfermeira e disse:

-- Não aceito recusas! Vamos para o Chica’s. 


Embasbacada eu fechei minha cara, todos em volta notaram o desconforto da situação, exceto minha mãe que se despedia de Berta combinando um novo encontro no dia seguinte para conhecer Nova Esperança.

-- Dona Angelina a senhora cozinha muito bem, parabéns! Adorei o jantar e estou esperando a senhora para nossa consulta no hospital, Sr Alexandre, bom revê-lo, obrigada pelo convite Anahi, boa noite a todos, vamos pessoal?



Dulce mal me olhava, se olhasse seria um risco para ela ser atingida pelos raios que saíam do meu olhar. Cristian me abraçou e sem graça convidou-me:

-- Vamos conosco Any...

-- Obrigada Cris, estou cansada e amanhã temos trabalho, fica pra outra vez...


 


 



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Autor(a): angelr

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Subi as escadas antes de todos saírem, queria ligar para Dulce e dizer tudo que estava entalado na minha garganta. Liguei, e minha chamada foi ignorada, poucas coisas me irritavam mais do que isso... Não insisti, meu orgulho não deixou, mas não consegui segurar minhas lágrimas, me jogando na cama. Pouco tempo depois desci até a cozi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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