Fanfics Brasil - Capitulo 37 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 37

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Naquela noite, nos amamos de uma maneira diferente, a paixão não foi menor, mas existiam mais do que dois corpos banhados de tesão na cama de Dulce. Era almas se entregando completamente, deixando os sentimentos se fundirem com o desejo, os equívocos se desfazerem em esperanças e amor se encontrar naquele momento. 

Dulce parecia antecipar-se ao meu desejo tocando-me exatamente onde me dava mais prazer, os movimentos do seu corpo, mãos e língua pareciam sincronizados com o pulsar do meu corpo que estremecia para o sorriso satisfeito de Dulce se fazendo ao sentir o líquido quente do meu sexo se derramando pelos seus dedos.

Nossos corpos suados entrelaçados, não deixavam a excitação cessar, deslizei minha língua pelos mamilos eriçados de Dulce, enlouquecendo com os gemidos dela, desci com minha boca encaixando-a entre as pernas de Dulce, sorvendo o líquido que saía do seu sexo, sugando, lambendo toda extensão de sua vulva provocando espasmos no corpo dela, movimentei minha língua praticamente numa massagem pelo seu clitóris, enquanto penetrava dois dedos naquela cavidade encharcada, e Dulce se entregou num orgasmo pleno.

A noite foi quase inteira assim,nos amamos, duas, três, quatro vezes até nos entregarmos dessa vez ao sono, não conversamos muito, nem prometemos nada. Só trocamos olhares que por si diziam tudo. Como esperado, acordei atrasada, sair dos braços de Dulce chegou a ser doloroso, tive vontade de inventar uma desculpa e naquele dia não trabalhar, mas era impossível, dia de fechar a edição do jornal, e eu precisava fazê-lo de manhã para não atrasar a impressão.

Olhá-la dormindo ali, trajando apenas uma minúscula calcinha era de longe a visão mais sensual que eu poderia ter. Os cabelos lisos desalinhados espalhados pelo travesseiro, as bochechas rosadas iluminadas pela fresta de sol que entrava no quarto, aquela pele macia, quente, tiravam meu fôlego as oito da manhã... Oito? Meu Deus! Precisava mesmo ir.


Tomei um banho velozmente, vesti-me às pressas, enquanto Dulce dormia tranquilamente, na sexta de manhã ela não trabalhava, por isso nem me preocupei em acordá-la, beijei seu rosto suavemente, escrevi um bilhete carinhoso deixando-o sobre o criado mudo:

“Acordar nos seus braços é vislumbrar o paraíso com os olhos no retrovisor lembrando a noite perfeita que você me deu... Quero acordar do seu lado sempre, beijos meu amor, quando acordar me liga.”

No jornal minha equipe já me aguardava reunida na minha sala. Tentei ignorar os olhares atentos de todos, mas o comentário de Marcos não podia passar despercebido:

-- Parece que a noite não acabou ainda para nossa chefinha...

Certamente se referia ao fato de eu usar a mesma roupa da noite passada.

-- Vamos começar gente?

Desconversei, sentando no fim da mesa, dando início à reunião. Tudo acertado na diagramação exceto pela entrevista que Fernanda trouxe em cima da hora para Luiza transcrever. Quando nos preparávamos para encerrar a reunião, minha mãe nos interrompe com um sonoro:

-- Any! Quer me matar de preocupação? Onde você dormiu?

Minha mãe definitivamente era a personificação da “sem noção”. Ruborizei enquanto ouvi os risos baixos do pessoal tomarem de conta do ambiente.

-- Mãe, pelo amor de Deus!

Trinquei os dentes caminhando em direção a minha mãe apertando as mãos nas pernas.

-- Pelo amor de Deus digo eu! Você passou a noite em claro? E essas roupas amassadas? O mesmo vestido de ontem?

-- Mãe!

-- Você não deu notícias, vim visitar minha nova amiga Berta e ela me disse que você estava aqui, vim ver você trabalhar filhinha!

-- Mas mãe, estou ocupada e...

-- O pessoal não vai se incomodar fico aqui sentadinha, caladinha.

Bufei, mas sabia que não adiantava contrariá-la. Sentei-me junto à minha mesa, quando Luiza perguntou:

-- Fernanda, preciso da entrevista para transcrever, onde está o gravador?



-- Ah claro Lu, me deixa eu ver se está aqui na minha bolsa... – Respondeu Fernanda abrindo sua bolsa à procura do equipamento, quando Artur interrompeu:

-- Não é esse na mesa da chefinha?

-- Acho que sim. – Respondeu Fernanda não convicta.

Luiza pegou o gravador sobre a minha mesa, enquanto eu me distraía com as mensagens de texto no meu celular, enviada por Dulce, me dando bom dia. Quase caio da cadeira quando ouvi minha própria voz saindo do gravador ecoando na sala:

- Dra. Dulce, a senhorita está me fazendo de palhaça? O que a senhorita pretende comigo afinal? 

-- Anahi, eu não sabia que o teor da sua entrevista era esse...

Era a suposta entrevista que fiz com Dulce há meses atrás, logicamente, não era o gravador da Fernanda. Os olhares de todos se voltaram para mim, o de minha mãe parecia um grande ponto de interrogação, mas não uma interrogação inocente, uma interrogação reprovadora, uma interrogação que me fazia ter a certeza que eu finalmente teria que assumir para ela meu namoro com Dulce. O conteúdo gravado por si não nos delatava, mas o tom de voz de ambas e a reação de todos na sala, inclusive a minha, tornava as frases gravadas muito suspeitas, especialmente depois do quase flagrante que minha mãe nos deu no dia anterior.

-- Anahi o que significa isso? – Perguntou minha mãe.


- Isso foi uma entrevista que fiz com a doutora Dulce Maria mãe, logicamente Fernanda, esse gravador é o meu. – Disse tensa.

-- Sim Anahi, tem razão, o meu está aqui. – Disse Fernanda exibindo o equipamento, entregando-o a Luiza.

Minha mãe continuava com uma expressão nada agradável, eu desviava meus olhos dos dela e quando ela demonstrava intenção de falar algo eu lhe reprimia com um gesto, pedindo silêncio, precisava ter o mínimo de controle da situação para pensar na melhor forma de revelar à minha mãe minha descoberta sobre minha sexualidade.

Como eu supunha minha mãe logo se entediou com os detalhes técnicos do fechamento da edição do jornal. Levantou-se e avisou:

-- Vou pedir um cafezinho a Berta.

Não sabia se a folga que minha mãe me dava naquela manhã era um alívio para mim, ou, uma retirada estratégica para ela confabular com Berta acerca de meu relacionamento com Dulce. Em cima da hora, a nova edição do jornal foi concluída, pedi que Marcos levasse para a impressora, marcando uma nova reunião para tarde, para definir a pauta da próxima edição.

Interrompi a conversa de comadres entre minha mãe e Berta, convidando-a para almoçarmos. Durante o almoço, evitei a todo custo o assunto Dulce, não me sentia preparada para falar. Entretanto, o encontro com Elaine e Fábio no restaurante, trouxe o nome de minha namorada mais uma vez à tona:

-- Então,Dulce não vem almoçar com você? Ela está de folga hoje de manhã não é? – Perguntou Elaine.

-- …... Não sei...

Respondi sem graça, notando minha mãe estreitar os olhos, como se quisesse decifrar minha expressão de constrangimento. Na tentativa de mudar de assunto, aproveitei para apresentar o casal aos meus pais, mas isso não foi suficiente para cessar o clima constrangedor que se instalou.

-- Por que eles perguntaram a você sobre o paradeiro da doutora?

-- Não sei mãe...

-- Eles sabem que ela e aquela enfermeira...? Deviam perguntar a ela sobre a doutora.

-- Mãe, não sei!

-- Angelina vamos comer em paz! – Meu pai interviu.

O almoço transcorreu nesse clima, eu não via a hora de sair dali e correr para os braços de Dulce, cobri-la de carinho, e experimentar a paz que eu sentia ao lado dela, buscando forças para me revelar para minha mãe enfim. 

Deixei meus pais na minha casa, fugindo das perguntas de minha mãe, meu pai sabendo do meu segredo e conhecendo sua mulher, ajudou-me nas repentinas mudanças de assunto. 

Cheguei à casa de minha namorada meia hora depois do almoço, encontrando-a como sempre linda, sentada na varanda com um short minúsculo, camiseta de alça, lendo um livro.

-- Boa tarde minha doutora!

-- Boa tarde namorada...

-- Já almoçou? 

-- Comi qualquer coisa, acordei tarde... Teve gente que me arrasou ontem...

Sorri, enquanto me aproximava dela beijando seus lábios suavemente. 

-- Senta aqui do meu lado linda.

Obedeci, Dulce fechou o livro e envolveu seu braço no meu ombro, recostei minha cabeça no seu colo, desabafando:

-- Minha mãe está desconfiada, vou contar sobre nós, como dizem por aí: sair do armário! Não há por que esconder dela a mulher que me faz tão feliz.



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Autor(a): angelr

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Senti Dulce me abraçar forte, mas ela nada disse. Contei o que aconteceu durante a manhã, e pude escutar o riso dela imaginando a cena no jornal.  -- Você não apagou essa entrevista? – Perguntou. -- Não podia apagar, tem que ficar arquivada, mas não lembrava de ter gravado esse trecho de nossa conversa, e nem muito menos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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