Fanfics Brasil - Capitulo 42 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 42

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Meu web romance continuava fazendo sucesso, e Dulce me inspirava ainda mais, tornou-se uma leitora fiel, se derramando em elogios à minha escrita. Estávamos mais unidas do que nunca, nossa relação não era mais segredo para as línguas desocupadas da pequena cidade, apesar de se incomodar com isso, Dulce não mudou nossa rotina.

Descobri pesquisando na internet que o contato da família do motorista do embaixador era de um telefone de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, como eu teria acesso a essa família para mim ainda era uma incógnita. 

Dois meses se passaram tranquilos, minha mãe continuava insensível aos argumentos de meu pai, e assim, continuava sem falar comigo. Dulce me incentivava a manter contato mesmo assim, notava o quanto ela prezava por meu relacionamento com meus pais. Fernanda e Artur continuavam com a tal investigação sob minha supervisão e durante esse tempo praticamente esqueci-me da minha investigação particular até que, ouvi um telefonema estranho de Dulce:

-- Não Maite! Não vou colocar todo esse tempo de sacrifício em risco, você sabe o que está em jogo! Essa á única garantia que tenho, é a minha moeda de troca. Não, minha resposta é não! E já estou cansada, quero a certeza que ele está vivo, apresse isso, há meses não tenho notícias dele, preciso de informações o quanto antes. Maite é a da vida do meu pai que estamos falando!

Arregalei os olhos e ao perceber que Dulce vinha em minha direção escondi-me atrás da cortina, atrapalhada como sempre, enrolei-me no tecido, derrubando um jarro colocado na mesa de cabeceira do quarto de Dulce que vinha da varanda com uma expressão preocupada:

-- Any eu vi você aí, deixa de palhaçada saí daí... E a propósito, você me deve um jarro de porcelana...

Saí com aquela cara de criança que tem certeza que vai ficar de castigo:

-- Desculpa Dul... Eu ouvi sem querer... Derrubei sem querer também o vaso...

-- Sei... Preciso sair meu amor, tenho uma reunião na universidade, você me espera aqui?

-- Unrrum.

Dulce agiu com naturalidade, evitando assim explicar sua expressão preocupada e o teor tenso da conversa que ela sabia que eu ouvi. Fiquei no seu quarto, perdida entre minhas hipóteses, e minha curiosidade voltou a me atiçar. Dulce falou de seu pai, sobre a vida dele, entretanto, ela me deu a entender quando nos conhecemos que ela era órfã de pai e mãe. Do que ela estava falando afinal? Moeda de troca? O que seria essa moeda de troca? Como assim ela não sabia se ele estava vivo? Ele seria seu pai? Eu precisava reler meus arquivos, e agora, eu precisava ir à tal cidade gaúcha investigar a família do tal motorista do embaixador.

Nos dias posteriores, Dulce acordava com pesadelos frequentemente, algumas vezes gritava pelo pai, eu sempre a abraçava sentindo seu corpo trêmulo, chorava sem me dar explicações, assustada, ela me abraçava forte, até voltar ao sono e no dia seguinte nada falava, fugindo de minhas perguntas sobre os pesadelos, ela respondia apenas:

-- Foi um sonho ruim apenas, nada mais.

Entretanto, Dulce na maior parte do tempo aparentava preocupação, sentia sua angústia, e eu me sentia impotente por não poder ajudá-la e magoada por sentir que ela não confiava em mim para compartilhar o que a afligia tanto.

Reli meus arquivos, constatando o que eu lembrava sobre o tal motorista do embaixador, que seu corpo nunca fora encontrado, deduzi então, que Dulce poderia ser filha do motorista desaparecido, e de alguma forma ela o protegia. Mas como? O que aquelas fotos que encontrei no seu quarto tinham haver com todo esse mistério? Se eu pudesse ver as fotos mais uma vez... Quem sabe fazer uma cópia delas... 

Em certa ocasião, aproveitei que Dulce cuidava do jardim, fingi que dormia para ficar a sós no seu quarto, e sorrateiramente procurei o tal álbum que encontrei por acaso meses atrás. E o pior aconteceu, Dulce entrou de surpresa no quarto enquanto eu mexia no seu guarda-roupa:

-- Perdeu alguma coisa aí Anahi?

Pálida, olhei para Dulce procurando alguma desculpa em minha mente confusa:

-- Você tem absorvente interno amor? Onde você guarda?

-- No armário do banheiro... Você sabe disso... Mas você está menstruada de novo? Semana passada você estava...

-- Pois é, acho que está desregulada.

Dulce me olhou desconfiada, adiantando-se em fechar a porta do guarda-roupa, percebi então, que não seria fácil encontrar as tais fotos, tinha que seguir outra pista, e decidi visitar Calhetas, a cidade gaúcha da família do motorista do embaixador.

Procurei meu amigo de confiança, o Cris, para pedir folga de dois dias para viajar até a cidadezinha, combinando com ele de dar uma desculpa que estava me enviando para alguma reunião ou congresso da área de cultura. Mesmo não gostando da ideia de eu arriscar meu namoro com Dulce por essa curiosidade absurda, ele consentiu advertindo:

-- Saiba que se Dulce descobrir os extremos que você está atingindo para descobrir o mistério que ela esconde, ela não vai te perdoar, você está preparada para isso?

Senti um aperto no peito quando ele me perguntou isso, por que no fundo eu sabia o quanto eu estava arriscando com esse tipo de atitude:

-- Cris, eu só quero ajudar. Saber mais da mulher que eu amo, e provar que ela pode confiar em mim, contar comigo para tudo...

Não consegui convencer nem a mim mesma nessa argumentação, eu tinha sim isso como motivação, mas minha curiosidade, meu faro jornalístico tinham grande influência nas minhas ambições. Cris balançou a cabeça negativamente e disse:

-- Não concordo com isso, mas como sei que não vai adiantar tentar te convencer do contrário, pode deixar, eu te cubro... Até mesmo por que adoro romances policiais, de mistério, mas amiga, prefiro histórias com finais felizes... Então cuidado com o amor que a vida te presenteou.

Engoli seco, e saí da sala dele depois de me despedir. Fui para casa arrumar minhas malas quando Dulce chegou:

-- Oi amor, está ocupada? – Perguntou-me depois de selar meus lábios com um beijo.

-- Um pouco, estou fazendo minhas malas.

-- Malas? Aonde você vai?

-- Para um congresso de cultura brasileira em Porto Alegre, volto em dois dias.

-- Você não me disse nada sobre esse congresso...

-- O Cris pediu que eu fosse representá-lo, hoje de manhã.

-- Hum... Se soubesse há mais tempo, poderia ir com você...

Beijei-lhe com carinho e disse:

-- Teremos outras oportunidades de viajarmos juntas meu amor...

-- Vou ficar morrendo de saudades, dois dias serão uma eternidade!

-- Vai passar rapidinho... Mas o que você acha de... Uma despedida gostosa...

Disse isso descendo minhas mãos pelas pernas de Dulce, roçando meus lábios nos dela. Dulce sorria enquanto seu corpo arrepiava:

-- Que horas é seu vôo? 

-- Daqui a quatro horas...

-- Então temos tempo para nos amar!

Empurrou-me para a cama, caindo por cima de mim, roubando-me beijos urgentes, famintos acompanhados de mãos sedentas que exploravam meu corpo acendendo ainda mais o desejo de ambas. Dulce despiu-me rapidamente, praticamente rasgando as roupas do meu corpo, sentindo a umidade abundante do meu sexo, penetrou-o com a autoridade de quem conhecia o prazer que proporcionava ao meu corpo. Gemi alto com os movimentos dos dedos de Dulce dentro de mim, arqueando meu tronco me oferecendo à sua boca, enquanto me penetrava, Dulce sugava meus mamilos levando-me à loucura e ao ápice.

Desejava o corpo quente de Dulce, tomei sua boca ofegante, apalpando seu bumbum, seus seios, deslizei minha língua por seu pescoço, descendo pelos seios, barriga, umbigo, até encaixá-la entre suas pernas, lambendo toda extensão da vulva, sorvendo aquele líquido quente que se derramava. Suguei com vontade, usando minha língua para massagear o clitóris de Dulce que se oferecia ainda mais à minha boca, segurando minha cabeça como se me guiasse aos seus pontos mais sensíveis, remexendo-se e gemendo Dulce se entregava:

-- Vai meu amor, me faz gozar na sua boca...

Penetrei meus dedos sem parar de chupá-la, sentindo o orgasmo de minha namorada se anunciar pela vibração do seu sexo e o tremor de suas coxas:

-- Aaai...Any...

Jogada na cama, Dulce respirava rápido, com um sorriso nos lábios. Abracei-a sentindo seu coração acelerado e sussurrei:

-- Vou levar seu gosto e voltar correndo pra te amar mais uma vez minha mulher...

-- Eu te amo Anahi.

Meu coração quase salta pela boca ouvindo essa declaração de Dulce, e um misto de felicidade e apreensão tomou conta de mim, minha consciência pesou por estar mentindo assim para a mulher que eu amava e que acabara de se declarar a mim, e por colocar em risco esse amor em detrimento de uma curiosidade, as palavras de Cris ecoaram na minha cabeça e deixei que meu coração se entregasse aquele momento:

-- Eu também te amo Dul, como nunca amei ninguém.


 


 


Bom gente, gostaria ja de desejar um Feliz Ano Novo a todos vocês que acompanham as webs que posto por aqui, e que em 2015 tenhamos mais e mais fics.


 


Boas Festas...


 



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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