Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon
Ouvir Dulce me chamando de amor com aquela voz melosa, deu-me a certeza que eu já não tinha o que fazer ali, peguei o primeiro vôo de volta, chegando quase de madrugada à Serra Linda e como combinado, Dulce estava lá me esperando: linda, segurando uma boneca de pano, fofa, na camisola da bonequinha havia uma frase: “Minha vida é uma delícia com você”.
Abri um sorriso largo e a abracei forte. Ela me entregou a tal boneca, pulei feito criança que ganhara brinquedo novo.
-- Ela está com meu cheiro... Dormi abraçada com ela ontem...
Cheirei a boneca confirmando o que Dulce disse, sorri e a abracei mais uma vez. Dulce dormiu em minha casa, evitei qualquer comentário sobre minha rápida viagem para não ser pega em pequenas mentiras.
Senti o tamanho da nossa saudade, quando Dulce começou a acariciar minhas pernas ainda no trajeto de volta dentro do carro, despertando o arrepio da minha pele. Mal entramos em casa e Dulce me agarrou por trás segurando meus cabelos com força, investindo sua boca sedenta no meu pescoço, deslizando suas mãos por minha cintura, habilmente desabotoou minha calça respirando forte junto ao meu corpo:
-- Amor, calma... – gemi
-- Dá pra mim meu amor...
O sussurro de Dulce me excitou profundamente, facilitei o acesso de minha namorada abrindo minhas pernas, e ela empurrou-me contra a parede, intensificando os movimentos dos seus dedos dentro de mim inundando meu sexo. Dulce impunha mais força e velocidade nas suas estocadas dando-me mais prazer e antecipando meu gozo. Enquanto eu descansava contra a parede, Marisa despiu-me por completo, sedenta não me deu descanso, virou-me de costas e me conduziu até o sofá:
-- Fica de costas amor... E dá pra mim.
Dulce disse passando a língua nos lábios. Mesmo não muito convicta que queria isso, obedeci, ela me dominava na cama, me encharcava de prazer. Deitou-se sobre mim, roçando seu corpo no meu, beijando minhas costas, deslizando sua língua até meu bumbum, e sem que eu percebesse sua mão estava entre minhas pernas, com seu corpo abriu espaço entre elas, e penetrou com dois dedos meu sexo e com o polegar meu ânus, alternando movimentos suaves, dando-me um prazer inédito.
-- Vai amor, não páraaa.
Cada momento de paixão com Dulce parecia inédito, ela despertava em mim um prazer inexplicável, e mais uma vez ela me deu um orgasmo surpreendente, repousando sobre minhas costas, ofegante.
Aquela noite eu evitei minha própria consciência, também não queria continuar a divagar com minhas suposições, queria aproveitar aquele momento com a mulher mais incrível que eu já conheci, fosse ela Dulce ou Lisa, seja qual fosse o mistério que a cercava, era ela que tinha me mostrado o amor, e tinha me devolvido o brilho do meu sorriso, ou melhor, dando o sentido real dele.
Passamos meses tranquilas, impus-me um limite nas tais investigações, qualquer coisa da origem, do passado de minha namorada, não era mais importante do que a história que estávamos construindo juntas no presente.
Fernanda e Artur andavam às voltas armando o tal flagrante que concluiria a reportagem investigativa que prometia alavancar o jornal que agora era distribuído para toda região, e as nossas carreiras.
Meu pai mantinha contato, a última vez ligou para avisar que estava mais uma vez se preparando para uma viagem com minha mãe, dessa vez para uma estação de esqui em Bariloche, não se esqueceu de comentar que dona Angelina vez por outra perguntava se eu estava bem e se continuava com a palhaçada de namorar a doutora, e ele respondia que continuava, assim como ela continuava com a palhaçada de rejeitar a filha.
Meu web romance estava concluído, minha leitora apaixonada enchia as páginas do site com declarações apaixonadas e cada vez mais eu tinha certeza que se tratava de Dulce. Inspirada pelo amor que vivia, já escrevia outro romance, dessa vez com o intuito de publicar, já que recebi proposta de uma editora especializada em livros lésbicos.
Dulce apesar de tentar disfarçar, mas, estava tensa, atendia telefonemas que eu deduzia que fosse de Maite, por vezes seu sono era agitado, em algumas noites acalmei-a em meus braços quando ela acordava banhada de suor com pesadelos. Esses episódios ficaram cada vez mais frequentes, o que reativava a curiosidade e a vontade de ajudar Dulce descobrindo a verdade sobre sua história.
Em uma de nossas saídas noturnas com nossos amigos, para variar no Chica’s, Dulce me surpreendeu, nunca tinha a visto ela beber tanto, empolgada desafiando Diego em viradas de copos com doses de tequila, em pouco tempo já não pronunciava as palavras com clareza, os olhos vermelhos denunciavam a alteração de seu estado. Antes que ela caísse de vez, levei-a para sua casa, mas foi difícil chegar ao destino, Dulce estava com um fogo insaciável.
Suas mãos não paravam. Hora estava por baixo da minha blusa, hora estava entre minhas coxas, e não adiantava eu apelar para o bom senso:
-- Meu amor estou dirigindo... Ai amor...
Meu corpo reagia às investidas de Dulce, que não perdeu a destreza manual para o álcool, desabotoou os botões e o zíper de minha calça, e com seus dedos massageou meu clitóris por cima da calcinha encharcando-me quase que instantaneamente.
-- Amor...
-- Para esse carro então... Quero te comer agora...
Não discuti, parei o carro no caminho da casa dela, estrada de terra, ignorei qualquer perigo, tomada de tesão, desafivelei o cinto de segurança e invadi a boca de Dulce com minha língua enquanto ela abria espaço entre minhas pernas, penetrando seus dedos no meu sexo pulsante e ensopado.
-- Vai amor, não para, sou sua.
-- Minha mulher, quero você inteira...
Dulce sussurrava ao meu ouvido, descendo sua boca até meus mamilos, sugando-os, lambendo, num ritmo alucinante intensificava as estocadas, baixei o banco e assim Dulce ficou sobre mim introduzindo ainda mais seus dedos, forçando o peso de seu corpo no meu sexo acelerou meu gozo. Numa excitação desenfreada, praticamente rasgou minha blusa e forçou a retirada de minha calça, pouco se importou com as buzinadas que inevitavelmente e acidentalmente disparavam com seus movimentos, subiu meu corpo no banco de maneira que pode alcançar meu sexo com sua boca, mergulhando sua boca, despertando em mim gemidos roucos e altos enquanto eu arranhava suas costas, os vidros embaçados do carro tinham as marcas de nossas mãos, o nossos corpos as marcas de um prazer inenarrável.
Queria mais de Dulce, ainda com o corpo dela sobre o meu, deslizei meus dedos até seu sexo, provocando-a, ela remexeu-se sobre mim, com um sorriso safado nos lábios, a massagem dos meus dedos no clitóris dela deu lugar a um vai e vem que gradualmente se intensificou e enfim o gozo de Dulce se derramou em minhas mãos.
Levei-a para casa, Dulce quase entregue ao sono, me olhava com os olhos pequenos, balbuciando algo quase incompreensível:
-- Minha... Mulher... Amo demais...
Sorri com a expressão dela, e seu esforço para se declarar a mim naquele estado:
-- Também te amo muito meu amor.
Esforcei-me para levá-la para cama, uma vez que Dulce praticamente dormia em pé despi-a com carinho, e com uma voz manhosa ela pediu:
-- Agora vem e me abraça.
Assim o fiz, nem mesmo o hálito de álcool me fazia não desejar dormir agarrada com Dulce. O corpo dela era delicioso também assim. Tratei de acordar antes dela, sabia que ela acordaria com uma baita ressaca e precisaria de meus cuidados. Preparei um banho quente, um café forte (a única coisa que eu sabia fazer na cozinha), algumas torradas e a custa de alguns cortes nos dedos, algumas piquei algumas frutas joguei aveia por cima, me impressionando com a beleza da bandeja que preparei.
Como supunha, Dulce acordou com aquela dor de cabeça, mal conseguia abrir os olhos:
-- Bom dia meu amor.
Beijei seus lábios suavemente.
-- Quem mandou você acender a luz?
Sorri do seu mau humor:
-- O dia meu amor... … a luz do sol...
Enquanto ela se sentava na cama, mostrei-lhe a bandeja bem preparada:
-- Preparei para você, que tal um banho bem gostoso antes?
-- Nossa, de onde veio tanta disposição? Minha cozinha está inteira dessa vez?
-- Deixa de ser chata!
Joguei um travesseiro na sua cara.
-- Desculpa amor... Mas me faz um favor, antes de qualquer coisa, pega no armário do banheiro um analgésico pra mim, um engov.
-- Tudo bem.
Depois de prestar os devidos cuidados à minha doutora, nos deitamos na cama abraçadas, quando Dulce me pediu:
-- Abre essa gaveta pra mim?
Pediu apontando para o criado mudo ao lado da cama. Abri a gaveta e ela orientou:
-- Está vendo uma caixinha?
-- Sim.
-- Pegue-a e abra, é sua.
Ansiosa, abri imaginando encontrar algo do tipo, anel, aliança... Qual não foi minha surpresa quando vi apenas um maço com três chaves. Minha cara de interrogação antecipou a explicação de Dulce:
- São as chaves daqui de casa. Pra você não correr o risco de ser presa de novo invadindo-a. O código do alarme está nesse cartãozinho dentro da caixa.
Fiquei completamente embasbacada, sem ação. Não era uma aliança, ou anel de brilhante, mas o valor era igualmente importante.
-- Dul... Dul... Meu amor... Eu... Eu...
-- Amor... Calma... São só chaves... Da porta da frente, da porta dos fundos, e do cadeado do portão.
Pulei em cima dela cobrindo-a de beijos:
-- Nossa não sabia que você gostava tanto de chaves. - Dulce disse divertida.
-- Eu te amo.
Beijei-a e ela sorriu:
-- Também amo você minha trapalhada...
No mesmo dia dei a Dulce a cópia da chave de minha casa também. Estávamos mais apaixonadas do que nunca, ela me apoiava em tudo, me aconselhava, me consolava tantas vezes quando sofria pela rejeição de minha mãe, me incentivava na escrita, cuidava de mim, e eu tentava retribuir à altura me desdobrando em dedicação, carinho e dando-lhe o voto de confiança, esperando o momento que ela se abriria para mim sobre seu passado, sua família.
Oi gente que 2015 seja um ano maravilhoso para todos nos, ta ai mais capitulos da fic espero que estejam gostando hahaha e poxa elas estao fofinhas né e com fogo hahaha.
Autor(a): angelr
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Certa noite, depois de discutir com alguém ao telefone, Dulce voltou à sala de sua casa, onde assistíamos a um filme, desabafando: -- Não aguento mais isso! -- Aconteceu alguma coisa amor? -- Any... Eu preciso de te falar tanta coisa... - Dulce suspirou. Segurei suas mãos e disse: -- Estou te escutando amor. Dulce respirou fundo e pro ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 247
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tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11
Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante
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NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36
Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06
justin_rbd - *__*
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41
portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15
flavianaperroni - Pode deixar que aviso
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45
anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46
garotaloka - Que bom fico feliz *_*
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justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52
final mais que perfeito !!
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portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21
Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima
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portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33
Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos