Fanfics Brasil - Capitulo 48 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 48

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Apesar de estar triste, e não ver muita graça em qualquer festa, a presença de Márcinha me animou, e afinal, nossa vitória profissional não poderia mesmo passar em branco. Cristian não poupou purpurina, e a promoveu uma grande festa no Chica’s, fechou o bar só para convidados seletos, de cara Márcinha adorou o clima da festa, apresentei-a aos meus amigos, e logo o mulherengo do Artur atraiu a atenção de minha amiga, Márcinha tinha um fraco por homens cafajestes, logo perdi a companhia dela, para o fotógrafo do jornal.

A banda tocava o melhor de rock-pop, recebi os cumprimentos de autoridades e de outros jornalistas, e meus amigos não cansavam de tentar me animar, notando meu esforço para demonstrar alegria com o momento. Depois de um discurso inflamado do Cris, subi ao palco para agradecer a presença de todos e o empenho da minha equipe, e logicamente convidei até o palco os verdadeiros donos do mérito da reportagem: Fernanda e Artur.

Precisava beber para esquecer um pouco a tristeza que me assolava, uma vez que a pessoa que eu mais desejava que estivesse ali, dividindo comigo aquela conquista, eu sequer sabia onde estava, ela me ignorava completamente, dando-me a sensação de que minha vitória profissional não tinha glamour. Assim, fui até o bar, encontrando um rosto conhecido e solitário como eu:

-- Juliana?

-- Oi Anahi!

Cumprimentei-a com dois beijinhos de comadre, sem deixar de notar seu visual deslumbrante naquela noite. Fato: ela estava linda. Cabelos soltos com as pontas cacheadas, maquiagem discreta, mas, perfeita, um vestido na altura dos joelhos frente única, não havia modo de não prestar atenção nela:

-- Que bom te encontrar aqui! – Disse simpática.

-- Deve estar pensando que vim de penetra... – Comentou sem graça jogando os cabelos para o lado.

-- Imagina, isso nem passou pela minha cabeça, muito bom te rever.

Respondi sorrindo, passando minha mão nas costas dela. Juliana retribuiu o sorriso, ruborizada, ela continuou se explicando:

-- Cristian me convidou por acaso, vim para encontrar amigas, para comemorar... Mas ao chegar fiquei sabendo que estava fechado para um evento, o Cristian me viu e convidou-me para ficar...

-- E onde estão suas amigas?

-- Parece que levei bolo...

-- Mas se elas vieram para cá, talvez tenham voltado quando souberam que estava fechado para esse evento.

-- Não... Avisei-as e Cristian deixou o nome delas na recepção autorizando a entrada delas...

-- Nossa... Você está com moral com meu amigo!

-- Na verdade ele foi muito gentil comigo por que a comemoração seria do meu aniversário e...

-- Hoje é seu aniversário?

-- Sim... – Respondeu tímida.

Abracei-a com força desejando sinceramente:

-- Juliana tudo de bom pra você! Parabéns! Se suas amigas furaram com você, conte comigo para comemorar com você essa noite!

-- Obrigada Anahi, você é muito gentil.

-- Ai... Anahi é um nome muito grande, me chame de Any. Pra começar os festejos, faço questão de te pagar uma bebida!

-- Tudo bem... Obrigada Any.

Chamei o barman e pedi:

-- Duas taças de champagne por favor.

-- Champagne? – Juliana perguntou surpresa.

-- Claro, é a bebida oficial de comemorações não?

Juliana abriu um sorriso tímido, balançou a cabeça positivamente, e brindamos ao aniversário dela e ao sucesso do jornal. Ficamos sentadas ali no balcão do bar, bebemos, dois, três, quatro e perdemos a conta de quantos drinks ingerimos, em meio a um papo animado sobre assuntos banais, percebi os olhos de Juliana para mim com um brilho diferente e não fiquei imune a eles. O que eu estava fazendo afinal? Flertando com ela? Certamente era fruto de minha carência, não podia ser irresponsável com uma pessoa tão legal quanto a Juliana.

-- O papo está muito bom Ju, mas eu acho que já bebi demais... Tenho que achar minha amiga e ir para casa.

-- Espera! Você me disse que ia comemorar meu aniversário comigo! Ainda está cedo...

Juliana falou segurando meu braço, nitidamente tocada pelo álcool, se mostrando mais ousada. Relutei, mas acabei cedendo, afinal ainda era cedo mesmo e com certeza a Márcinha não ia querer ir embora aquela hora, estava na pista dançando no maior agarro com o Artur.

-- Você nunca mais apareceu no hospital... – Comentou mexendo o gelo do seu copo com o indicador.

-- Isso é bom não é? Sinal que não adoeci... – Sorri sem graça.

- … bom sim... Principalmente por que você não tem mais outros motivos para freqüentar o hospital... Estou certa?

Baixei os olhos e mexi no copo fugindo do olhar fixo de Juliana para mim.

-- Sim... Está.

-- Doutora Dulce está muito diferente, todos comentam no hospital.

-- Diferente como?

-- Ela mal cumprimenta as pessoas, os pacientes que antes eram só elogios, comentam hoje que ela está seca, mais rápida em suas consultas. Está triste, abatida.

Meus olhos marejaram imediatamente, Juliana segurou minha mão com muito carinho, confortando-me:

-- Vocês se amam, uma hora vocês vão se entender.

-- Não há mais volta Juliana, eu errei feio, ela nunca vai me perdoar. 

-- Não há nada tão grave que apague um amor.

-- Eu temo que eu tenha cometido a exceção dessa regra...

-- Eu posso dizer que sinto muito pela doutora Dulce... Por vocês duas não estarem mais juntas, mas não posso mentir, fico feliz por mim que você esteja solteira...

Fiquei nervosa com o comentário de Juliana, e mais ainda pela secada que ela lançou ao me dizer isso, e a velha Any estabanada acabou derrubando a bebida no vestido da Juliana, trêmula eu peguei os guardanapos tentando minimizar o estrago, sem perceber eu já estava com o guardanapo passando a mão pelos seios de Juliana que sorria divertida:

-- Any... Assim você me excita... Não vou resistir e te agarrar aqui mesmo!

-- O quê? Ai meu Deus! Desculpa, Juliana eu...

-- Ei... Calma! Só estava brincando...

-- Eu te sujei toda... – Disse sem jeito.

-- Está tudo bem... Pra quem salvou minha noite de aniversário, você tem muito crédito comigo, isso não foi nada, água e sabão resolvem esse estrago...

Juliana pediu com delicadeza:

-- Você me pode me acompanhar até o banheiro?

-- Onde?

Ao ouvir o convite logo me lembrei do que representava a ida ao banheiro naquele ambiente, lembrando-me imediatamente do meu primeiro encontro com Dulce, naquele mesmo banheiro.

-- Banheiro, toilette... Estou meio tonta, tenho medo de cair...

-- Ah sim... Claro.

Desconcertada segui até o banheiro com Juliana, ela se apoiando no meu braço, e eu visivelmente nervosa, apressava meus passos. Diante da porta, parei:

-- Pronto, aí está o banheiro.

-- Você não vai entrar?

-- Não, não preciso usar...

-- Any, você está com medo de mim?

Arregalei os olhos, engoli seco, enquanto Juliana sorria divertida:

-- Não vou te atacar no banheiro, fique tranquila, se eu fosse te atacar escolheria um cenário menos clichê no nosso mundo.

-- Eu não pensei isso... … que...

-- Para de gaguejar garota! Venha comigo, estou mesmo com medo de escorregar, já viu a beleza do meu salto? Lindo, mas nada seguro para alguém no meu estado alcoólico.

Sorri relaxando e entrei no banheiro com Juliana. Ela estava mesmo tonta coitada, sentou-se em um sofá na saída do banheiro depois de lavar as mãos e desabafou:

-- Any eu acho que bebi demais...

-- Você acha? Eu tenho certeza!

Juliana sorriu.

-- Mas você também bebeu muito...

-- Acho que sou mais resistente do que você.

-- Parei por hoje, se não nem dirigir conseguirei.

-- Vamos comer algo, quem sabe diminui esse efeito do álcool.

Ajudei-a levantar-se e nos acomodamos em uma mesa no pátio, depois de nos servirmos no Buffet. Juliana tinha dificuldades até para partir a torta, eu não contive o riso, o que irritou Juliana. Para me redimir, ofereci-me para ajudá-la, e inocentemente aproximei minha cadeira dela, e naturalmente servi as porções na sua boca. Juliana me encarava despudoradamente, e só aí percebi a intimidade e o clima sedutor instalado nesse gesto até então ingênuo para mim.

-- Achei você! – Márcinha animada me assustou.

-- Eu não sumi não, você é que se escondeu... – Disse franzindo a testa.

-- Vim só te avisar que vou dar uma esticadinha com o gato do seu fotógrafo...

-- Mas Márcinha...

-- Any, por favor! Você sabe muito bem que não é sempre que dou sorte com homens...

-- Continua não dando... – Sorri.

-- Quero nem saber, por hoje está valendo! 

Saiu animada, nem preciso dizer que ela estava completamente bêbada. Juliana então avisou:

-- Any, eu não estou me sentindo bem, vou pra casa.

-- O que você está sentindo?

-- Estou com náuseas, tonta...

-- Eu te levo então, não vou deixar você dirigir assim. Amanhã se você quiser venho com você buscar seu carro.

-- Any não há necessidade... Não precisa se incomodar...

-- Não é incômodo e não vou deixar você terminar a noite de seu aniversário passando mal sozinha, que tipo de amiga eu seria?

Juliana concordou com um sorriso, e saímos de lá. Mal dobrei na primeira curva quando ela pediu:

-- Para o carro Any!

Meio no susto, parei, e ela imediatamente abriu a porta do carro curvando-se passando mal. Mesmo sabendo que não sou muito resistente vendo pessoas vomitando eu desci para ajudá-la, segurando o reflexo de fazer o mesmo que ela. Depois de alguns minutos, recuperando-se do mal estar, Juliana olhou-me segurando um sorriso de canto de lábios:

-- Você seria uma péssima enfermeira...

Gargalhamos. 

-- Já está se sentindo melhor? – Perguntei.

-- Sim, obrigada. Preciso de água.

-- Aqui no porta-malas tem uma garrafinha, sente-se...

Molhei sua nuca, ela bebeu água, lavou o rosto depois segui para sua casa. No caminho, Juliana ainda pediu que parasse algumas vezes, em seguida caiu no sono, como eu não sabia onde era sua casa, levei-a para minha casa. Acordei-a para que ela entrasse em casa, praticamente arrastando-a entrei em casa, coloquei-a no sofá, enquanto a acomodava melhor assustei-me com passos se aproximando:

-- Você não perdeu tempo...

Era Dulce, vindo da cozinha, parada diante de mim.


 


 


Vixe e agora hein???


 



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Autor(a): angelr

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Eu que segurava a cabeça de Juliana para colocar um travesseiro em baixo, soltei-a de vez. -- Dulce...  -- Não quero interromper nada... Estou indo embora, aproveito pra deixar as suas chaves que estavam comigo. -- Dulce espera, não é nada que você está pensando... -- Anahi tudo bem... Você não me deve explica&cc ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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