Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon
Suspirei decepcionada e insatisfeita com a inconveniência de minha amiga alcoolizada. Acomodei Juliana de uma forma mais confortável no sofá, Márcinha logo parou de falar entregando-se ao sono diante de meu silêncio às suas conversas repetitivas de bêbada. Não consegui dormir, liguei para Dulce e como supunha seu celular mantinha-se desligado, vi o amanhecer chegar tentando ressentir o toque, o gosto e o cheiro de Dulce em mim.
Dormi poucas horas, até ser despertada pela voz suave de Juliana, abri os olhos e a vi sentada junto a mim na cama:
-- Só vim avisar que estou indo.
-- Mas, você vai como? – Apertei os olhos e espreguicei-me.
-- Não se preocupe, pego um táxi, eu precisava te agradecer por sua delicadeza ontem.
-- Imagina, não tem o que agradecer e faço questão de te levar Juliana.
-- Você já fez muito por mim Any, descanse, não precisa se incomodar.
-- Não é incômodo algum, adoro sua companhia. Mas antes de qualquer coisa, acho que nós duas precisamos de um café, isso eu sei fazer.
Sorri, e Juliana concordou. Enquanto eu providenciava o café, Juliana me encarava, fiquei tímida lembrando-me do clima entre nós no Chica’s.
-- Posso te perguntar uma coisa Any?
-- Claro.
-- Essas olheiras são de ressaca ou você andou chorando?
-- Você é observadora... – Disse sem graça.
-- … impossível não observar você.
Ruborizei. Mas Juliana parecia ter perdido a timidez e o pudor com o porre da noite anterior, continuou a me encarar enquanto eu enchia a cafeteira com o primeiro conteúdo branco que achei no armário sobre a pia.
-- Então, você está bem? – Insistiu Juliana.
-- Sim... … que... Dulce estava aqui ontem quando chegamos...
-- Oh meu Deus! Ela achou que você e eu...
-- …... Mas nós discutimos e... Bom, preciso procurá-la, esclarecer as coisas...
-- Faça isso, afinal vocês se amam.
Juliana disfarçava sua insatisfação com aquela constatação. Servi-lhe o café, e antes que eu mesma provasse, Juliana ingeriu um gole fazendo uma careta engraçada:
-- O que foi Juliana, está tão ruim assim?
Tossindo e controlando o engasgo, Juliana respondeu:
-- Eu sei que estou de ressaca e preciso de um café forte, amargo... Mas esse café está esquisito Any...
Provei para me certificar do gosto esquisito que Juliana se referia, e posso assegurar que minha careta foi bem pior do que a dela soltei um palavrão despertando os risos dela. Imediatamente olhei para o armário sobre a pia, e atestei que ao invés de açúcar, coloquei sal no café.
-- Ju... Desculpe-me, sou uma desastrada conhecida!
Juliana sorriu e ofereceu-se para café um novo café. Prontifiquei-me a deixá-la em casa, depois de muito insistir, ela aceitou minha oferta. Ao nos despedirmos em frente à sua casa, Juliana agradeceu-me o cuidado, a carona, a companhia, e sem que eu esperasse, quando inclinei-me para beijar seu rosto, ela virou a face e nossos lábios se tocaram rapidamente num estalinho o qual me deixou totalmente sem graça, quanto à ela, apenas um sorriso amolecado, e um aceno cheio de charme foram suficientes para ela sair vitoriosa em mais um momento de sedução.
Apesar de me sentir lisonjeada por despertar o interesse de uma mulher linda e adorável como Juliana, minha cabeça só tinha um pensamento: reconquistar Dulce. Aproveitei a saída para procurá-la em sua casa.
Era quase meio-dia quando bati à porta de Dulce, fiquei no jardim esperando que ela aparecesse, e como se fosse uma grande provocação, ela surgiu ainda mais linda, como se isso fosse possível. Usava um vestido de alças, decotado, cabelos presos, seus óculos de leitura no rosto, e não escondeu a surpresa de me ver ali.
-- Anahi? O que você faz aqui?
-- Oi Dulce, preciso falar com você. Tem um tempinho para mim?
Dulce apenas balançou a cabeça, fazendo sinal para que eu entrasse. Para meu alívio, ela parecia desarmada, e enfim eu tinha esperanças de explicar-me com ela de uma maneira mais calma.
Convidou-me a sentar, sentando de frente para mim, mantendo relativa distância.
-- Pois não Anahi.
-- Acho que temos um assunto mal resolvido Dulce, ontem tentei conversar, mas você saiu correndo lá de casa...
-- Melhor esquecermos o que houve ontem a noite Anahi, foi um erro, um momento de fraqueza de minha parte.
-- Não concordo. Foi um momento de força do nosso amor, da paixão que existe entre nós, você não pode ignorar isso.
-- Anahi...
-- Dul me escuta, por favor. Eu sei que errei feio com você, investigando sua vida, eu não sei como te coloquei em risco, mas acredito na gravidade dos meus atos pela reação que você teve. Mas eu te amo de verdade... O que quer que eu tenha feito, isso não vai se repetir, eu vou respeitar os motivos de seu segredo, reconquistar sua confiança... Mas, volta pra mim meu amor, não posso viver sem você.
Não contive meu choro, aproximando-me de Dulce enquanto implorava seu perdão. Ela se esquivou, e eu continuei:
-- Dul me dá uma chance de te provar que estou falando a verdade, minha vida está sem cor, essa conquista profissional para mim não tem o menor sentido por que não tenho você ao meu lado pra compartilhar comigo, eu só penso em você, preciso de você na minha vida. O que sinto por você é o que tenho de mais pleno, nem consigo me lembrar como era minha vida antes de você, volta pra mim meu amor...
Segurei suas mãos, e Dulce dessa vez não me evitou. No seu rosto as lágrimas caíam fáceis, na mesma intensidade que as minhas. Apertei forte suas mãos, e as conduzi até meu rosto, sentindo-as trêmulas, lutando contra si mesma, Dulce relutou antes de relaxar suas mãos numa carícia suave, colei meu corpo no dela, abraçando-a com ternura.
Nesse momento as palavras eram completamente desnecessárias, ficamos por minutos abraçadas, apenas sentindo nossos perfumes se fundindo, o compasso de nossos corações adquirirem o mesmo ritmo, e gradativamente nossas respirações aceleraram na medida em que nossas mãos iniciavam uma excursão pela pele de ambas, rocei meu nariz pelo rosto e pescoço de Dulce, com a ponta dos dedos massageei sua nuca desnuda, até enfim, invadir com minha língua sua boca quente, tomando um beijo ardente.
Dulce entregou-se a mim naquele beijo, a conduzi até o sofá, jogando meu corpo sobre o dela, facilmente minhas mãos estavam entre suas pernas, enquanto Dulce sugava minha língua deixando escaparem gemidos roucos. Senti a umidade do seu sexo e não tardei penetrá-lo com dois dedos e com o polegar permaneci massageando seu clitóris, movimentos lentos, mas intensos, intensifiquei as estocadas sentindo o corpo de Dulce vibrar:
-- Vai Any... Fica dentro de mim, me faz Go..zar...Aaai...
A voz de Dulce ao meu ouvido excitava-me de tal maneira que gozei junto com ela, seu gozo escorrendo por suas pernas era uma intimação para minha língua mergulhar no seu sexo encharcado. Deslizei minha língua por toda extensão do sexo de Dulce, sorvendo aquele líquido quente, impus força, chupando seus pequenos lábios, posicionei minha boca na altura do clitóris e movimentei meus lábios e língua num vai e vem envolvente, Dulce se arqueava gritando de prazer Go..zando mais uma vez em minha boca.
Descansei meu corpo sobre o dela, ficamos por minutos abraçadas, recuperando o fôlego, até Dulce despir-me tórax e deslizar a ponta dos seus dedos por minhas costas, acendendo meu tesão. Sentei-me sobre seu corpo, com as pernas encaixadas na sua cintura, encarei-a mordendo os lábios, e as mãos dela agora percorriam meu colo, seios e minha barriga. Gemi com o toque de Dulce, em poucos segundos seus dedos invadiram meu sexo molhado, movimentei-me sobre os dedos de Dulce que os remexia dentro de mim dando-me um prazer inenarrável levando-me ao ápice.
E quando nossos corpos se procuraram mais uma vez, meu celular tocou:
-- Que bela anfitriã você está me saindo hein dona Anahi? Acordei sozinha nessa casa enorme...
-- Ai Márcinha, desculpa amiga... Tive que resolver uma coisinha, mas já estou indo para te levar para almoçar.
-- Vou esperar você então, passa em uma farmácia e me traz um analgésico, por favor?
-- Imaginei que você acordaria com ressaca... No armário do meu banheiro tem alguns, pega um pra você, chego em pouco tempo.
Olhei para Dulce com o olhar ainda mais apaixonado, e disse:
-- Preciso ir... Mas você vem comigo.
-- Acha que agora pode mandar em mim é?
-- Deixa eu mandar só uma veizinha vai...
Sorri beijando os lábios de Dulce delicadamente.
-- Vamos? Minha amiga está de ressaca, e preciso tirar minha impressão de anfitriã mal educada.
-- Quem é essa Márcinha?
-- Uma amiga da capital, éramos colegas no antigo jornal que eu trabalhava.
-- Outra jornalista... Ai ai... Ela também faz investigações sobre mim?
-- Ai amor... Não, ela não faz investigações sobre você não.
-- Any, nós precisamos conversar seriamente sobre toda essa história, você não pode imaginar o quanto repercutiu nos altos escalões do ministério o vazamento dessas informações as quais você teve acesso... Existem vidas em risco Any, não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas temos muito que esclarecer, e por enquanto, acho mais seguro você não saber de alguns detalhes, pelo menos até poder assegurar o sigilo do processo mais uma vez.
-- Eu te prometo meu amor, vou fazer tudo que você me disser, não vou mais mexer nessa história, no momento certo, quando você julgar seguro, e confiar em mim de novo, você me diz, e claro, vou te contar como e o que descobri.
-- Você só fez mesmo a pesquisa de documentos?
Respondi instintivamente:
-- Sim.
Xiii mais uma vez a Anahi mentiu sera que pode dar algum problema? O que voces acham?
Autor(a): angelr
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Temi revelar que visitei Calhetas, e que conheci a antiga vizinha delas, e omiti o que Márcinha havia descoberto sobre sua avó. Nossa reconciliação ainda estava frágil, em outro momento eu contaria todos os detalhes, inclusive esses. -- Espero que seja assim mesmo, vou me vestir então, ou posso ir assim? -- Adoraria... Se a gente n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 247
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tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11
Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante
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NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36
Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06
justin_rbd - *__*
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41
portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15
flavianaperroni - Pode deixar que aviso
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45
anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46
garotaloka - Que bom fico feliz *_*
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justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52
final mais que perfeito !!
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portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21
Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima
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portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33
Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos